A diferença entre amigos e chegados – Crônica de Elton Tavares – (Do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Aprendi a ter amigos longevos. Mas para isso, de vez em quando, é preciso dar um tempo deles. Pois mesmo os bons companheiros, precisam de uma pausa no convívio. Noutros casos, existem aqueles chegados otários que todo mundo tem, que a gente convive em um determinado grupo social, mas que a gente nem curte, só atura.

Como dizia meu avô, é preciso ser água, que passa por entre as pedras no caminho. Sim, sigo neste aprendizado. Hoje em dia, brigo menos e ignoro mais. Aliás, eu, você ou qualquer um pode ser aquele amigo antipático de alguém, na opinião de terceiros.

Quem me conhece, sabe: tenho palavra. E odeio papo furado. Tento manter uma boa relação com todos, mas não gosto de blá, blá, blá, leva e traz e coisas do tipo.

Outros, que se dizem amigos, mas não passam de parceiros de birita ou algo assim, devem ser tratados como tal. Aprendi também que parcerias de ocasião também são formas de consideração, algo menos visceral, mas não deixa de ser.

Entre estes “chegados”, tem muito nego que precisa inventar que é foda. Estes mentem e tentam diminuir os outros para se auto afirmarem. E é o pior tipo, pois se acham safos, mas são otários. Suas personalidades são mutáveis e suas palavras um risco na água.

Muitos que você pensou ser ou foram amigos no passado, tornaram-se chegados. Entre estes, no ápice da babaquice, ACHAM que fazem de você “Pateta” e elegem a si próprios como Mickeys. Ledo engano. Na maioria das vezes, só têm inveja de ti. Dá pra aturar, só não dou muita confiança.

Tenho amigos que quero sempre junto a mim, eles energizam o ambiente. Amizade é um bem precioso, portanto, cuide daqueles que lhes são caros. Mas somente os que são amigos de mão dupla, pois a reciprocidade é fundamental.

Elton Tavares

*Do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, lançado em setembro de 2020.

Editora O Zezeu: Uma Nova Era para a Literatura na Região Norte

Por Silvio Carneiro

No cenário literário brasileiro, a região norte do país sempre foi um celeiro de talentos e histórias a serem contadas. Porém, muitas vezes, os desafios logísticos e estruturais dificultaram o florescimento pleno dessa riqueza cultural. Agora, um novo capítulo está sendo escrito nessa história com o nascimento da Editora O Zezeu, que emerge como uma referência de excelência para a literatura produzida na região.

A transição da Revista Literária O Zezeu para a Editora O Zezeu marca um ponto de virada significativo. Esse movimento não é apenas uma mudança de nome — até porque a revista permanecerá normalmente com suas edições mensais — mas é também uma evolução natural, um salto corajoso em direção ao futuro. Sob a liderança visionária da escritora Lulih Rojanski e do jornalista Silvio Carneiro, a editora nasce com um propósito claro: fortalecer e enriquecer o mercado de livros na região norte do Brasil, oferecendo qualidade gráfica e editorial comparável às melhores editoras do eixo sul-sudeste.

O Zezeu já conquistou um lugar especial no coração dos amantes da literatura na região norte e também em diversos pontos onde é acessada, incluindo outros países. A revista literária tem sido uma plataforma de visibilidade tanto para escritores emergentes quanto estabelecidos, oferecendo um espaço para expressão e reconhecimento. Agora, também como Editora O Zezeu, esse compromisso com a promoção da diversidade e da qualidade na literatura regional será ainda mais robusto.

Uma das características mais empolgantes da Editora O Zezeu é o seu espírito competitivo. Em vez de se contentar ou se resignar às limitações geográficas, a editora abraça a competição saudável e a busca pela excelência. Seus padrões de qualidade gráfica e editorial não serão apenas comparáveis, mas sim competitivos com as melhores editoras de pequeno e médio porte do país, desafiando limites e redefinindo padrões.

Além disso, a Editora O Zezeu está comprometida com a ampla diversidade de vozes e perspectivas. Seu catálogo será um reflexo autêntico da riqueza cultural da região norte, abrangendo uma variedade de gêneros, estilos e temas. Desde contos amazônicos até poesia indígena contemporânea, passando por romances urbanos e ensaios sociopolíticos, a editora buscará dar voz a uma multiplicidade de narrativas.

Para garantir que suas obras alcancem o maior público possível, a Editora O Zezeu investirá em distribuição e promoção estratégicas. Parcerias com livrarias locais e nacionais, participação em feiras literárias e uma forte presença online serão algumas das estratégias adotadas para ampliar o alcance e a visibilidade das obras publicadas.

Mas o verdadeiro diferencial da Editora O Zezeu reside em sua paixão pela literatura e seu compromisso com os escritores e leitores da região norte. Mais do que uma empresa comercial, a editora pretende ser uma plataforma para realização de sonhos, um catalisador para histórias que merecem ser contadas.

O primeiro livro a ser publicado pela editora será a Coletânea Muruwakã – Poetas do Amapá, que esteve com inscrições abertas no site da revista (ozezeu.com/coming-soon-03) até HOJE, 15 de abril de 2024. Depois disso, a editora anunciará o período de chamadas para recebimento de originais.

Fonte: Zezeu

‘Trabalho que já me levou a inúmeros lugares e oportunidades’, diz indígena em feira de artesanato promovida pelo Governo do Amapá

A Fortaleza de São José de Macapá foi espaço para mais uma edição da feira de artesanato indígena, evento realizado pelo Governo do Amapá em parceria com o coletivo ‘Tudo com Arte’, que trouxe uma diversidade de joias, acessórios e adereços com materiais retirados da natureza. A artesã Zuleika Henrique, de 27 anos, da etnia Galibi Marworno, tem o artesanato como única fonte de renda há 10 anos.

A indígena, que tem origem em Oiapoque, conta que veio para Macapá aperfeiçoar seu trabalho, construir uma rede de contatos e firmar sua identidade como criadora. Ela começou a vender as peças na fronteira com a Guiana Francesa, onde rapidamente ganhou notoriedade pelos acessórios feitos com sementes da floresta e miçangas.

“Meu trabalho com o artesanato já me levou muito longe, a inúmeros lugares e oportunidades. Há duas semanas estive no Rio de Janeiro para mostrar minhas peças e isso mostra porque é tão importante ocupar espaços para vender as nossas biojoias, para que mais pessoas possam comprar, usar e divulgar nossos produtos”, destacou Zuleika.

Com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), o evento aconteceu no sábado, 13, e no domingo, 14, com o objetivo de valorizar a riqueza cultural dos povos indígenas do Amapá com a venda do artesanato. Durante a programação, houve a comercialização de peças assinadas por artesãos das etnias Palikur, Galibi Marworno, Tiriyo, Apalai e Waiana.

De acordo com a gerente do Museu Fortaleza de São José de Macapá, Flavia Souza, a expectativa é que a feira aconteça uma vez por mês como uma ação permanente do museu, espaço historicamente erguido e ocupado pelos povos originários.

“O antigo reduto militar construído no século 18 estar sendo ocupado por indígenas é de suma importância para o estado. As peças, que são exclusivas, representam as ancestralidades destes povos, nossas raízes culturais. Convidamos toda a população para as próximas edições da feira, para vivenciar este intercâmbio cultural”, ressaltou a gerente.

Texto: Vithória Barreto
Foto: Netto Lacerda/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

MPF abre inscrições de seleção de estagiários dos cursos de direito e comunicação social

O Ministério Público Federal (MPF) no Amapá abriu, nesta terça-feira (9), inscrições de seleção de estagiários de nível superior para atuação na sede do órgão em Macapá (AP). São duas vagas imediatas para o curso de direito e uma para comunicação social – jornalismo ou publicidade e propaganda – além de cadastro reserva nas duas áreas. As inscrições iniciais devem ser feitas pelo link disponível na página da seleção, em www.mpf.mp.br/ap, até 21 de abril. As provas objetivas e discursivas estão previstas para 12 de maio.

Após a inscrição preliminar, os candidatos devem estar atentos para confirmar a inscrição entre os dias 22 e 28 de abril. A confirmação deve ser feita com o envio, por e-mail, da documentação prevista no item 8 do edital. O candidato que não apresentar os documentos no período determinado não terá a inscrição efetivada. O edital com todas as regras da seleção está disponível na página da seleção, espaço em que pode ser feito o acompanhamento de todas as fases do processo seletivo.

Pela jornada de estágio de 20 horas semanais, os estagiários terão direito a bolsa-auxílio no valor de R$ 1.027,82 e auxílio-transporte de R$ 11,58 por dia estagiado. Estagiários do MPF também têm direito a seguro contra acidentes de trabalho e 30 dias de recesso remunerado por ano. O estágio tem duração de até um ano, podendo ser estendido até a data da colação de grau do estagiário, no prazo máximo de dois anos.

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal no Amapá
(96) 3213 7895 | (96) 98409-8076

50 vezes Paysandu: Papão empata com Remo e conquista o título do Campeonato Paraense de futebol #Papão

O Paysandu é campeão paraense mais uma vez. Neste domingo, o Papão da Curuzu empatou com o Remo por 1 a 1, no Estádio Mangueirão, em Belém, e conquistou o título estadual. O gol do título foi marcado por Nicolas, que abriu o placar, de pênalti. O Remo empatou com Ronald pouco tempo depois, mas não foi suficiente para a conquista do título.

No jogo de ida, na última semana, o Paysandu havia vencido por 2 a 0 e encaminhou a conquista do título. A taça levantada encerrou jejum de dois anos do Paysandu. O Papão foi vice para o Remo em 2022 e nem chegou à decisão em 2023.

O Paysandu é o maior campeão estadual. O time chegou ao 50° título, enquanto o arquirrival Remo tem 47.

Fonte: Diário do Amapá.

Literatura: sobre a apresentação do último capítulo do folhetim “Emília”, publicado pela Revista Literária “O Zezeu”

Por Sílvio Carneiro

Na noite da última quinta-feira (11), o Madrid Coffee se tornou o epicentro da efervescência literária amapaense, ao sediar o aguardado lançamento do último capítulo do folhetim “Emília”, publicado pela Revista Literária O Zezeu desde janeiro deste ano. O evento, idealizado pelo escritor Bruno Muniz, reuniu amigos escritores, leitores fervorosos e a elite literária do Amapá em uma atmosfera de expectativa e celebração.

Desde o início do ano, os leitores têm sido agraciados com capítulos diários de “Emília”, uma narrativa cativante que prendeu a atenção do público, conquistando corações e mentes com sua trama envolvente e personagens marcantes. O folhetim, publicado de segunda a sexta-feira, conquistou espaço cativo nos corações dos amantes da literatura regional.

No lançamento do último capítulo, a atmosfera estava carregada de emoção e ansiedade, à medida que os presentes aguardavam para conhecer o desfecho dessa história que os acompanhou por meses a fio. Para tornar a ocasião ainda mais especial, o escritor Bruno Muniz convidou a talentosa atriz Sabrina Zahara para realizar uma leitura dramática do aguardado desfecho, acrescentando uma camada extra de profundidade e emoção à experiência literária. A leitura foi apresentada em vídeo.

“A jornada de ‘Emília’ tem sido uma montanha-russa emocional para todos nós. Ver essa história chegar ao seu ápice é verdadeiramente emocionante”, compartilhou Muniz, visivelmente emocionado com o momento.

Enquanto os convidados se acomodavam nas mesas, o Madrid Coffee se transformava em um palco de sentimentos à flor da pele, onde os espectadores mergulhavam nas últimas reviravoltas e revelações de “Emília”. Cada palavra lida por Sabrina Zahara, no vídeo, ecoava no ambiente, transportando os presentes para o universo fictício criado por Bruno.

Ao final da leitura dramática, aplausos calorosos ecoaram pelo espaço, em uma ovação merecida não apenas para o desfecho magistral de “Emília”, mas também para todos os envolvidos na jornada literária que cativou o Amapá ao longo dos últimos meses.

“É sempre um privilégio ver o poder da literatura em unir pessoas e criar comunidades apaixonadas”, refletiu Muniz, enquanto cumprimentava os presentes após o evento.

Com o lançamento do último capítulo de “Emília”, O Zezeu encerra mais um capítulo de sua história como uma nova referência da literatura produzida no Amapá, deixando um legado de inspiração e paixão pela escrita e pela leitura. Enquanto os convidados se dispersavam, ficava a certeza de que novas histórias aguardavam para serem contadas e apreciadas, mantendo viva a chama da literatura no coração do Amapá.

*Fotos: Flávio Cavalcante. 

 

Não deu pra escrever algo legal. Então vamos beber! – Crônica de Elton Tavares – *(Do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bençãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Crônica de Elton Tavares

Mesmo que minha vontade grite em meus ouvidos: “escreva, escreva”, a força criativa não estava muito inventiva na sexta-feira. Mesmo assim, resolvi tentar atender tais sussurros.

Você, meu caro leitor, sabe que gosto de devanear/ “cronicar” sobre tudo. Escrevo sobre o que dá na telha e tals. Só que hoje não. Pensei em escrever uma lista de clássicos do Rock and Roll, shows das grandes bandas que assisti, uma lista de meus filmes preferidos; quem sabe redigir sobre futebol (pênalti perdido pelo Roberto Baggio em 1994, que me fez beber pra cacete), carnaval, amor ou política, mas apesar da inquietação, nada flui. É, tudo pareceu tão óbvio, repetitivo e desinteressante este momento. Foda!

Quem dera ser um grande contista ou cronista. Ser escritor, de verdade, deve ser legal. Não falo de “pitacos” e devaneios em um site – sem nenhum tipo de ironia barata. E sim de caras que possuem livros publicados, bibliotecas na cabeça, bagagem cultural e não pseudo-enciclopédias, que só leram passagens ou escutaram fulanos contarem sobre obras literárias lidas. Talvez, um dia, eu chegue lá. Quem sabe?

Mesmo que seja sobre uma bobagem, precisa-se de merda engraçada, porreta de se ler. Às vezes escrevo assim, de qualquer jeito. Por que? Dá muito trabalho contar uma história ou estória de forma bem escrita, oras. Quem dera pensar: agora vou me “Drummonizar” e voilà: escrever um “textaço”. Não, não é assim. Já ri muito de alguns velhos posts pirentos por conta disso.

Por fim, vos digo: textos ruins parecem cerveja quente em copo de plástico, ou seja, não rola. Já uma boa crônica parece mais uma daquelas cervas véu de noiva de garrafas enevoadas, na taça, claro.

E já que não deu pra escrever algo caralhento, vamos beber, pois é sexta! Bom final de semana pra todos nós!

“Acho que a gente devia encher a cara hoje, depois a gente fala mal dos inúteis que se acham super importantes” – Charles Bukowski.

Foto: Flávio Cavalcante

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em 2020.

Projeto Música da Gente terá o pagode do grupo “Os Moreiras”, no Sesc Araxá, nesta sexta-feira (12)

O Sesc Amapá traz pela primeira vez no projeto Música da Gente uma noite de pagode. com a participação do grupo Os Moreiras. A programação, que acontecerá no Salão de Eventos do Sesc Araxá, na sexta-feira (12), inicia às 18h30, com entrada gratuita.

Música da Gente – tem sido uma plataforma para a exibição de talentos musicais do Amapá, com o objetivo de promover a música popular local. A iniciativa valoriza a diversidade musical do estado, destacando cantores, músicos, intérpretes, compositores e bandas locais em sua programação. A ideia é apreciar a excelência de suas obras, incentivar o aparecimento de novos talentos e atrair espectadores para apreciar a rica musicalidade da região.

.Os Moreiras – O grupo iniciou sua carreira em 2010, em Macapá, ainda com o nome de “Atitude”, e desde então atuou fazendo shows em consagradas casas de espetáculos na cidade e festivais em outros municípios do Amapá. Também abriu shows nacionais para o Exaltasamba, Grupo Fundo de Quintal, Péricles, Thiaguinho, Turma do Pagode, e acompanhou artistas de renome nacional, na banda base, como o Mumuzinho e Chrigor,

No show dessa sexta-feira, o grupo Os Moreiras apresenta uma viagem musical através dos clássicos da música popular brasileira –samba e pagode. Uma releitura de grandes sucessos de consagrados artistas, com novos arranjos, dentro de uma concepção moderna, sem perder a essência musical produzida e reconhecida nacionalmente.

SERVIÇO:

Música da Gente – Os Moreiras
DATA: 12/04/2024
HORA: 18h30

Jamily Canuto – Assessora de Imprensa
Telefone: 3241-4440, ramal 235
WhatsApp: (96) 99131-6750
E-mail: [email protected]

Governo do Amapá e Coletivo ‘Tudo com Arte’ promovem feira de artesanato indígena na Fortaleza de São José de Macapá

Para demonstrar a riqueza cultural dos povos originários do estado, o Governo do Amapá e o Coletivo “Tudo com Arte” promovem uma feira de artesanato indígena neste sábado, 13, e no domingo, 14, na Fortaleza de São José de Macapá. A atividade tem o objetivo de impulsionar a bioeconomia e aproximar a cultura indígena da população e os turistas que visitam o local.

A feira terá exposição de artesanatos produzidos pelas etnias Palikur, Galibi Marworno, Tiriyo, Apalai e Waiana. As biojoias, como brincos, pulseiras, colares e outras peças, são produzidas com matéria-prima retirada das florestas, como caroços, folhas, penas, cipós e outros. A programação conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi).

“Estamos muito felizes por estar de volta com a programação. Nosso objetivo é ter nosso artesanato reconhecido por todos os artesãos indígenas que estão participando. A expectativa é ter a população macapaense visitando e levando nosso artesanato para casa”, conta a artesã Dilza Orlando, da etnia Palikur.

A última exposição, em março deste ano, contou com um público diversificado e interessado em conhecer e adquirir os produtos artesanais. A gerente do Museu da Fortaleza, Flávia Souza, explica que a ideia de realizar uma feira indígena no espaço histórico começou como parte das comemorações de aniversário do monumento em 2023. A expectativa é que elas se tornem cada vez mais frequentes e ampliem a oferta de produtos e experiências.

“O público tem recebido muito bem, é o maior sucesso. Quando é divulgado, vem gente de todo lugar, daqui da cidade e até mesmo visitantes de fora. Com as feiras, queremos promover uma interação entre as culturas indígenas e o público que visita a fortaleza”, pontua a museóloga.

Texto: Thaysa Ruane
Fotos: Albenir Sousa/GEA e Israel Cardoso/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Novo Amapá Jovem: show nacional e atividades culturais marcam lançamento do programa neste sábado, em Macapá

O Governo do Amapá lança neste sábado, 13, o Novo Amapá Jovem, que irá ampliar os atendimentos em todo o estado com a implementação de eixos de atuação que contemplarão a juventude na área urbana e rural, além de promover a permanência escolar com capacitação profissional. Para celebrar, a artista nacional Lexa promete animação e o melhor do funk para o público, com show gratuito.

A programação é desenvolvida pela Secretaria de Estado da Juventude (Sejuv), com apoio do senador Randolfe Rodrigues e Sebrae Amapá. Além do lançamento, serão ofertados serviços de emissão de documentos, atendimento empresarial e orientações sobre como se inscrever no Amapá Jovem.

Também terá batalha de Vogue, grafitagem, power Jump, competição de TikTok, aulão funcional e visita ao planetário itinerante da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec).

Com a reformulação, o Amapá Jovem terá nova estrutura e critérios de seleção. O investimento que será repassado aos beneficiários recebeu aumento de até 270% em sua modernização. Além disso, o programa conta com seis novos eixos de trabalho, que atuam transversalmente entre políticas públicas de promoção da educação, profissionalização e protagonismo juvenil. O lançamento acontece a partir das 16h, no Trapiche do Santa Inês.

Confira os serviços ofertados:

Inscrições e orientações sobre o Novo Programa Amapá Jovem;
Serviços do Programa Acolher Amapá;
Aplicação de imunizantes contra: HPV, Meningo ACWY e Tríplice Viral;
Emissão de Cartão do SUS, 2ª via de CPF e cartão do TEA;
Inscrição do Projeto Jovem Descolado do SEBRAE;
Inscrição no Desafio Liga Jovem do SEBRAE;
Atendimento empresarial SEBRAE.
Confira a programação cultural:

16h – DJ Insane;
16h – Apresentação de Break com o grupo Prodígio;
16h20 – Banda gospel Palavra Viva;
16h50 – Apresentações de capoeira com o grupo Raízes do Brasil;
17h10 – Mc Deeh;
17h40 – Grupo Sunrise (K-pop)
19h – Apresentação de Break com os grupos Master Máxima, Movimento Sem Limite,
Staly Break, Crazy Bboys e El-Shammah;
19h20 – Competição de TikTok;
20h – Apresentação musical da Banda Luxuosos Corações;
20h20 – Batalha de Vogue;
21h – Atração nacional Lexa.

Texto: Vanessa Albino
Foto: Jorge Junior/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Aldeia Kuahi, em Oiapoque, recebe ação do Mês da Vacinação dos Povos Indígenas com apoio de Randolfe Rodrigues

O Ministério da Saúde e o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Amapá e Norte do Pará, iniciam neste sábado (13), o Mês de Vacinação dos Povos Indígenas. Com a articulação do senador Randolfe Rodrigues, a cerimônia oficial ocorrerá na Aldeia Kuahi, no município de Oiapoque.

De acordo com o senador Randolfe esse é mais um esforço em conjunto, governo federal e governo do Amapá, para garantir saúde e o bem-estar das populações indígenas do estado.

“A ação do mês de vacinação das populações indígenas é uma estratégia de saúde pública do governo Lula, DSEI e governo do Amapá, para proteger nossas comunidades vulneráveis contra doenças infecciosas. É nosso dever e direito dos povos originários”, afirmou o senador Randolfe.

Assessoria de comunicação

BILÍNGUE (Poema de Fernando Canto para o Elton Tavares) – @fernando__canto

BILÍNGUE (Poema de Fernando Canto para o Elton Tavares)

Tenho duas línguas
De fera:
A doce de sonho
E a áspera que espera
Há tempos
Provam os lábios
Do mundo

– Melíflua e exata –
Uma beija
E a outra mata

Amor, louco, amor (microconto)

Ao se verem pela primeira vez, ela o olhou e devaneou: “gostei desse doido”.

Por sua vez, ele, sem juízo, ajuizou: “curti essa maluca”.

Eles nunca terão alta. E foram felizes para sempre no manicômio do Hospital das Clínicas. Fim.

Elton Tavares e Fernando Canto

A CASA DO EZEQUIAS – Por do Fernando Canto

Crônica de Fernando Canto

A metade dos anos 80 trazia a grande expectativa de mudanças no caminho político do Brasil. Após a anistia de 1979 restava ainda o término do Governo Figueiredo e a transição democrática que se estabeleceria com a eleição de Tancredo e a posse de Sarney.

No Amapá tudo isso era motivo de conversa e os jornais emitiam opiniões bem diversificadas sobre o destino de nossa terra, causando certo frisson entre os leitores. E com a possibilidade de transformação em estado o antigo Território Federal cedeu espaço a centenas de aproveitadores políticos que para cá vieram em busca de uma vaga no parlamento. Foi nesse contexto que ressurgiu o Amapá Estado, fundado por Haroldo Franco, Silas e Ezequias Assis.

Governador Henning – Foto blog Repiquete no Meio do Mundo

Esse jornal havia sido editado pela primeira vez durante o governo de Henning, que segundo eles, quando leu o primeiro número o amassou e jogou fora dizendo que a pretensão dos jornalistas não passava de um engano,de uma utopia. Foi, também, nesse contexto que posteriormente foi lançado o jornal Fronteira, onde trabalhei com uma coluna informativa, ao lado de grandes expressões do jornalismo local como Alcy Araújo, Luís Melo, Jorge Herberth e Wilson Sena, por sinal o primeiro presidente da Associação dos Jornalistas do Amapá. Antes disso o Silas fechou o Amapá Estado e foi se estabelecer em Belém com um jornal maior.

Humberto Moreira – Foto: Blog Porta Retrato

Mas os grandes assuntos da pauta semanal do Fronteira eram discutidos na casa do Ezequias. Todos os sábados ele nos recebia com aquele jeito brincalhão, mostrando um exemplar que o Ricardo, seu filho, pegava no aeroporto (Naquela época era impresso em Belém.) e não economizava o orgulho de ver editado mais um número. E o que era para ser apenas informação virava celebração, pois nunca faltava uma boa dose do melhor uísque, uma carne de caça que o Baleia fornecia para o dono da casa desde que ele fora chefe de Gabinete da Secretaria de Obras e a viola do Nonato Leal, às vezes em duo com a do Sebastião Mont’Alverne. Ao lado disso, apreciadores da boa música, como o Alcy, se deleitavam ouvindo o Humberto Moreira interpretar Taiguara. Artistas e intelectuais chegavam como se estivessem ligados a uma rede invisível e automática, num tempo em que não havia celulares. Aimorezinho era um espetáculo tocando bossa nova com a sua escaleta e o inesquecível bandolim do Amilar parecia pousar em uma partitura mágica vinda das Brenhas de Mazagão. Ritmos se fundiam numa democracia musical crescente que só acabaria quase no início da noite com o sorriso sempre aberto da ilustre e querida amiga Nazaré Trindade. Antes, porém, Ezequias, Nonato e Sebastião faziam um coral com a música “Saci Pererê” de autoria dos três. Depois cantavam “Tauaparanaçu”, de Nonato, e arrematavam com “Rio Amazonas”, de autor desconhecido. A audiência não poupava elogios ao trio e se despedia de mais uma seresta tropical que a todos encantava.

Ezequias Assis, Jorge Herberth e Fernando Canto. Professor Munhoz ao fundo – Foto encontrada no blog da Sônia Canto.

Tanto Ezequias como Nazaré já se despediram deste mundo. Mas o dom da generosidade que neles havia fica na memória e na eterna gratidão pelo que ensinaram e pelo que foram.

Certa vez, num tempo de vacas magras do jornal, Ezequias me chamou e disse que não podia me pagar naquele mês, mas que iria dar um jeito. Falou que estava querendo “ajeitar” seu carro e que decidira deixar para o outro mês. Foi lá dentro e voltou com quatro pneus novos e 120 dólares e me disse: – Toma. Troca os pneus carecas do teu carro e fica com esse dinheiro pra quebrar o galho. No mês que vem a gente se acerta.

Depois ele me abraçou e pediu ao Ricardo para preparar uns uísques. Ficamos bebendo em silêncio.

*Fotos: 2-Governador Artur de Azevedo Henning (o que amassou o jornal) – encontrada no blog da Alcilene. 3 – Jornalista e cantor Humberto Moreira (blog Porta Retrato).