Ciclo do Marabaixo 2023: fim de semana com programações em todos os barracões

O Ciclo do Marabaixo volta com toda força no sábado, 27, e domingo, 28. No primeiro dia, acontece a condução da murta em louvor à Santíssima Trindade, na comunidade de Campina Grande, na região rural de Macapá. O grupo fará também o levantamento do mastro, no barracão Maria e José, às margens da BR-156.

A coordenadora do evento, Solange Costa, diz que os trabalhos para o momento estão a todo vapor.

“O Ciclo do Marabaixo também é forte aqui na zona rural. Preparamos cada momento, cada detalhe, para fazer a festa da melhor maneira possível”, diz Solange.

No domingo, 28, outra comunidade da zona rural também realiza sua programação a partir das 16h. Será Santíssima Trindade, de Casa Grande, na região do Curiaú, que fará o corte da murta, ladainha, jantar e muito marabaixo.

As caixas também irão rufar a partir das 15h nos barracões Tia Gertrudes (Berço do Marabaixo), Marabaixo do Pavão, Tia Biló (grupo Raimundo Ladislau) e Associação Zeca e Bibi Costa (Azebic), na capital. Este ano, a programação traz o tema “Fé, Tradição e Resistência” e a programação segue até o chamado “Domingo do Senhor”, em 11 de junho.

O Governo do Estado apoia a realização, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo). A abertura oficial foi em grande estilo com a Central do Marabaixo, que durante três dias reuniu os grupos para uma grande vitrine das festividades.

“O marabaixo, como nossa mais autêntica manifestação cultural, merece o reconhecimento e apoio do poder público. A programação é extensa e, claro, o público pode e deve acompanhar cada momento dessa identidade cultural”, diz a Fundação Marabaixo, Josilana Santos.

Confira a programação:

Sábado, 27 de maio:

7h – Missa na Igreja São Benedito (Bairro do Laguinho);

15h – Sábado do Corte da Murta (Azebic);

16h – Corte da Murta, ladainha, jantar e Marabaixo (Campina Grande);

16h – Marabaixo da Murta da Santíssima Trindade, com levantamento dos Mastros (Grupo Raimundo Ladislau).

Texto e foto: Gabriel Penha/ Fundação Marabaixo
Secretaria de Estado da Comunicação – SECOM

Seleção Amapaense de Break será definida na 2ª BSB – Batalha Spike Breaking

Por Fernando Carneiro

Nos dias 27 e 28 de abril Macapá será sede da fase final da 2ª BSB – Batalha Spike Breaking competição que vai selecionar atletas para a Seleção Amapaense de Breaking. A disputa entre os melhores do Estado será na arena montada dentro do complexo esportivo Glicério de Souza Marques, em Macapá.

Cerca de 52 pessoas se inscreveram na competição que tem a chancela da Federação Amapaense de Breaking (FAPB), e disputarão as finais nas categorias de b.boy. b.girl e crew trio. Além dos duelo, a BSB terá shows de hip hop e dj`s e uma feira cultural sobre o rap no estado.

A Batalha Spike Breaking foi idealizada em homenagem ao b-boy Spike que faleceu em 2021 em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.

O evento é idealizado pelo Instituto Cultural e Educacional Formar (ICEF), Prefeitura de Macapá com apoio da Rede Amazônica, e será transmitido ao vivo pelo ge AP.

Esporte Olímpico

Breaking fez sua estreia olímpica nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, em 2018. Após o sucesso, foi escolhido para figurar no programa de esportes olímpicos de Paris 2024 como um novo esporte.

Nos Jogos de Paris 2024, a competição será com 16 B-Boys e 16 B-Girls que se enfrentarão em batalhas solo.

A Federação Internacional de Dança Esportiva, a WDSF (World Dance Sports Federation), tem trabalhado em estreita colaboração com o COI para desenvolver um sistema qualificatório para Paris 2024, justo e inclusivo para todos os b-boys e b-girls em todo o mundo.

Fonte: Globo Esporte Amapá

MacapaTur prorroga inscrição para a 2ª edição da Batalha Spike Breaking

Foram prorrogadas as inscrições para a segunda edição da competição Spike Breacking em Macapá, que acontece no estádio Glicerio Marques nos dias 27 e 28 de maio. Os interessados têm até terça-feira (23) para fazerem a inscrição que é presencial e gratuita, no Instituto Municipal de Turismo (MacapaTur), das 8h às 14h.

O Instituto Municipal de Turismo (MacapaTur), fica localizado na Avenida Antônio Coelho de Carvalho, 319, Santa Rita.

A segunda edição da Batalha vai definir a seleção amapaense do breacking. O objetivo é incentivar os atletas a atingirem índices nacionais.

O evento é realizado pela Prefeitura de Macapá, Instituto Cultural e Educacional Formar (ICEF), com a colaboração da Rede Amazônica.

Para a diretora do Macapatur, Leda Sadala, o evento acontece de forma especial, com parcerias importantes e com a prefeitura de Macapá acreditando nos atletas e no crescimento da modalidade.

“Todo esse trabalho acontece por meio de uma emenda do vereador Caetano Bentes. O Spike Breaking deixa de ser uma dança de rua e passa a ser reconhecido como uma modalidade esportiva. Temos esperança que Macapá tenha um representante na equipe Olímpicas em 2024 e que ganhemos medalhas”, diz a gestora.

No ato da Inscrição os participantes recebem kit com camisas que deverão ser usadas nos dias de competição, que já tem confirmado a presença de atletas de outros países, com isso, Macapá entra na rota do turismo esportivo nacional e Internacional.

Ainda no evento, a Macapatur montará um feira com a comercialização de produtos do hip-hop.

Modalidades:

Individual B. boy – Premiação para o 1º, 2º e 3º colocado.
Individual B. girl – Premiação para o 1º, 2º e 3º colocado.
Crew (trio) – Premiação para o 1º, 2º e 3º colocado.

A Batalha Spike Breaking foi idealizada em homenagem ao b-boy Spike, falecido em 2021.

O Breaking fez sua estreia olímpica nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, em 2018. Após o sucesso, foi escolhido para figurar no programa de esportes olímpicos de Paris 2024 como um novo esporte.

Nos Jogos de Paris 2024, a competição será com 16 B-Boys e 16 B-Girls que se enfrentarão em batalhas solo.

Cristiane Mareco – Instituto Municipal de Turismo

‘Arraiá du Mercado Centrá’: evento cultural promete movimentar o turismo e alavancar a economia da capital

Na segunda-feira, 15, o Mercado Central contou com um cenário rico em enfeites de festa junina para o lançamento da programação cultural do II Concurso Municipal de Quadrilhas, denominado ‘Arraiá du Mercado Centrá’, realizado pela Prefeitura de Macapá.

Conforme o prefeito, Dr Furlan, será mais um evento que vai movimentar o turismo, além de gerar emprego e renda. “Todos os indicadores mostram que Macapá tem gerado muitos empregos. Em 2022 fomos a segunda capital que mais gerou empregos. Eventos como esses fortalece cada vez mais a economia, a geração de emprego e o turismo local. Só tenho a agradecer aos organizadores”, completou Dr Furlan.

No lançamento da grade oficial de atrações do melhor arraial macapaense, teve apresentação da logomarca do evento, apresentação das 25 quadrilhas contempladas em edital, sendo 19 estilizadas e 6 tradicionais, apresentações das quadrilhas campeãs de 2022 e atração musical.

O diretor-presidente da Fumcult, Olavo Almeida, e a diretora-presidente do Instituto Municipal de Turismo, Leda Sadala, convergem na ideia de que a postura da gestão na atenção aos eventos culturais, se tornou uma constante, com inúmeros ganhos no turismo da capital.

“O Turismo não caminha sozinho. Com a ajuda de todos, conseguimos também movimentar atividades indiretas que atingem os mais variados setores da economia. Será uma festa grandiosa, onde todos ganharão”, disse Leda Sadala.

A programação que vai reunir grandes atrações nos dias 16, 17 e 18 de junho, é organizada pela Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), Instituto Municipal de Turismo (Macapatur) e Secretaria Municipal de Comunicação Social.

Renda extra

Para o estilista e empreendedor em costura, Betto Santana, esta é a época mais esperada, pois segundo ele, as festas juninas são uma verdadeira produção cultural com diversos elementos para estruturar e compor com todo charme e criatividade, além de momento para ganhar uma renda extra.

“A cada ano muita gente que gosta de participar das festas juninas, me procuram sempre para fazer roupas diferentes, com muito colorido e criatividade. É o momento que mais trabalho, porém, consigo ganhar um bom dinheiro extra”, enfatizou Betto.

Ascom PMM

Descendentes do Mestre Pavão prosseguem com os festejos para o Divino e Santíssima Trindade neste final de semana

Após cinco semanas do início do Ciclo do Marabaixo, os rituais religiosos retornam neste final de semana, com o Sábado do Mastro e o Domingo do Mastro, no quilombo do Curiaú e barracão do Mestre Pavão. O calendário cultural e religioso iniciou na Semana Santa, no Laguinho, no Domingo de Páscoa, em homenagem ao Divino Espírito Santo e Santíssima Trindade, e segue até o Domingo do Senhor, 7 de junho. A família do pioneiro Mestre Pavão é quem coordena os festejos.

No Sábado do Mastro, a partir das 08h, festeiros, devotos e marabaixeiros de todos os barracões que realizam o Ciclo do Marabaixo estarão no quilombo do Curiaú, para o ritual de derrubada dos mastros que serão enfeitados e erguidos no decorrer da programação. A Associação Folclórica Marabaixo do Pavão (AFOMAPA), vai fazer a distribuição de água, suco e gengibirra. Ao terminar o ritual, os participantes se reúnem para o almoço. O mastro será deixado na casa da devota Elisabeth da Silva, no Laguinho.

Domingo do Mastro, em que se comemora o Dia das Mães, a família inicia do dia com o cortejo às 10h, e recebe os convidados para o almoço especial com sorteio de prêmios. Às 18h começa no salão começa a Roda de Marabaixo, com a entoação de “ladrões” acompanhados por caixas, e distribuição de gengibirra e caldo para o público. Este festejo encerra à meia-noite.

Seguindo o ritual, no dia 17 de maio festeja-se a Quarta-feira da Murta do Divino Espírito Santo, e às 16h inicia o cortejo nas ruas próximas do barracão, para buscar os mastros na casa da devota Elisabeth. Em seguida tem a roda de marabaixo até amanhecer da Quinta-feira da Hora, quando os mastros do Divino são levantados. No dia 18 de maio inicia a novena do Divino Espírito Santo, e no dia seguinte, 19, acontece o 1º Baile dos Sócios do Divino.

A programação em homenagem ao Divino termina dia 28 de maio, quando iniciam os rituais em honra à Santíssima Trindade, seguindo as mesmas tradições de missa, novenas, almoço, rodas de marabaixo e bailes. O Ciclo do Marabaixo 2023 encerra após Corpus Christi.

PROGRAMAÇÃO DO CICLO DO MARABAIXO 2023 – BARRACÃO DO MESTRE PAVÃO

13 de maio – Sábado do Mastro
A partir de 8h – Quilombo do Curiaú

14 de maio – Domingo do Mastro
A partir de 10h – Cortejo, almoço em homenagem às mães, com sorteio de prêmio
18h – Roda de Marabaixo

17 de maio – Quarta-feira da Murta do Divino Espírito Santo
16h – Cortejo da Murta do Divino Espírito Santo
18h – Roda de Marabaixo até amanhecer da Quinta-feira da Hora, quando os mastros do Divino são levantados.

18 de maio
18h – Início das novenas do Divino Espírito Santo

19 de maio
22h – 1º Baile dos Sócios do Divino Espírito Santo

26 de maio –
22h – 2º Baile dos Sócios do Divino Espírito Santo

28 de maio – Domingo do Divino Espírito Santo
7:30 – Missa na igreja Jesus de Nazaré
9h – café da manhã no barracão do Mestre Pavão
13h – Almoço
16h – Marabaixo da Murta da Santíssima Trindade, até o amanhecer do dia seguinte, quando os mastros da Santíssima Trindade são levantados.

29 de maio
18h – Início da novena da Santíssima Trindade

02 de junho
22h – Baile dos Sócios da Santíssima Trindade

04 de junho – Domingo da Santíssima Trindade
07:30 – Missa da Santíssima Trindade na igreja Jesus de Nazaré
09h – Café da manhã no barracão do Mestre Pavão

07 de junho
22h – Baile de Corpus Christi

11 de junho – Domingo do Senhor
17h – Marabaixo do Senhor, derrubada dos mastros e encerramento do Ciclo do Marabaixo 2023.

Assessoria de Comunicação

Hoje é o Dia Mundial da Dança

Hoje é o Dia Internacional da Dança, uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do Teatro e da Música.

Criado em 1982, pelo Comitê Internacional da Dança da Organização das nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a data homenageia o mestre francês Jean-George Noverre (29/4/1727 – 1810), considerado o precursor do balé moderno, que sistematizou o seu método revolucionário, em um conjunto de cartas sobre esta manifestação artística, intitulado Letterssurladanse (amálgama de palavras, cujo significado é “cartas sobre a dança”).

Por feliz coincidência, a data é também a do nascimento de Márika Gidali, a revolucionária bailarina, nascida em Budapeste – Hungria, radicada em São Paulo, que, com Décio Oteo, fundou o Ballet Stagium em 1971, em São Paulo, que inaugurou no Brasil, em plena ditadura militar, uma nova maneira de se fazer e apreciar a dança.

Apesar de ser um grande perna de pau, admiro quem sabe dançar. Falando nisso, só Deus sabe o quanto sofri com as festas de escola, no auge na famigerada “Lambada”, era osso! Só de lembrar me dá asco.

Falo dos que sabem dançar o nosso Marabaixo, Samba, Salsa, Bolero, Balé, aquela parada que os russos dançam, Valsa, Dança de Salão, Break, Dança do Ventre e até o Forró (apesar de não ser tão fã do estilo, reconheço a importância dele para a cultura nordestina). Tango então? Apesar de achar os argentinos uns boçais, aquilo é bonito de se ver. Ah se é.

Lembro-me de uma antiga história da família, que é natural do município de Mazagão. Meus tios contam que o meu saudoso pai vinha para Macapá, nos anos 60, passar o fim de semana (ele era o mais velho de cinco irmãos) e voltava para a cidade natal dizendo que dançava Twist na capital, só para se gabar para as meninas de lá. O negão era figura mesmo.

Lembro que, nos anos 80, todo moleque queria aprender o “Moonwalk”, parte da “dança sobre a Lua”, criado pelo dançarino de Street Dance Bill Bailey, imortalizado pelo cantor e compositor Michael Jackson.

Enfim, quem for de dança, que dance. E quem for de apreciar, como eu, tome sua cerva e observe. Tenham todos um ótimo fim de semana. É isso.

Elton Tavares

O Grupo Âmago estreia seu novo espetáculo denominado “Retalhos De Nós ” no evento Movimento Contemporâneo em Belém do Pará.

Fotógrafo: Igor Hanon.

O evento tem o objetivo de promover intercâmbio entre Belém e outras regiões. Neste momento, será entre Belém e Macapá, evidenciando a dança contemporânea com espetáculos e workshop. Os convidados deste ano serão a Cia de Dança Caminhos-PA e Grupo Âmago-AP.

Os nossos retalhos/vivências pessoais são férteis em apontar fatos sociais que nos constroem como indivíduos em uma sociedade capitalista, machista, racista e patriarcal. Que por sua vez nos torna seres mentalmente fragilizados e emocionalmente instáveis, em uma constate e trágica travessia pelos processos da vida.

Nós, amazônidas , amapaenses, nortistas e pobres somos corpos “bárbaros” na formação da sociedade brasileira. Marcados pelos cognominados e estereótipos preconceituosos que legitimam diversas formas de violências contra a nossa existência. Nós enquanto grupo somos representantes latentes daqueles marcados dia-a-dia pela fúria social.

Em coletivo, o Grupo Âmago amplifica através de seus corpos e vozes, vivências individuais que manifestam desejos e urgências de uma geração adoecida e sobrecarregada pelos mais diversos fatos sociais. O grupo convoca os expectadores presentes em cena para retalharem as suas vivências, costurarem-se uma nas outras, limparem suas feridas externas e internas, para que juntos possamos construir uma potente colcha de retalhos que nos permita seguir em frente e libertados das nossas prisões.

O espetáculo é um manifesto vivo, carregado de sentimentos, memórias e sentidos políticos, um grito necessário contra o condicionamento social que vivemos e que nos aprisionam mentalmente em nós.

A partir de fragmentos pessoais do elenco, o espetáculo provoca o público a refletir sobre o seu lugar na sociedade, as expectações de si e estimula a construção coletiva de uma rede sensorial capaz de ressignificar vivências, reagir a violações e lutar pela libertação.

Fotógrafo: Luan Macêdo.

QUEM SOMOS NÓS ?

Instagram: grupo_amago (https://www.instagram.com/grupo_amago/)

O Grupo surgiu em 2018, no município de Macapá, estado do Amapá, composto atualmente por sete bailarinos. Com uma proposta inovadora de fazer e ensinar dança no estado do Amapá, o grupo escolheu a dança contemporânea como principal linguagem artística utilizando o teatro e a performance para a composição de suas obras. O que é ser âmago? É o mais puro significado da palavra – o que vem de dentro. Através de exercícios de autoconhecimento é possível instigar o indivíduo não somente a dançar com uma técnica específica ou simplesmente com o corpo em movimento, mas sim com uma poética visceral que parte de dentro para fora, a ponto de contagiar quem aprecia.

O Grupo Âmago se comunica artisticamente para além da dança, trabalhando também com o teatro, a música, a poesia, a arte-visual e o audiovisual para se comunicar com o público. Trata- se de um grupo artístico independe, além de produtor cultural, que é coordenado, organizado e dirigido pelos próprios bailarinos. Através das vivências e saberes entre os membros, criou-se o método âmago, uma metodologia de ensino sobre a dança que aborda o indivíduo de maneira humanizada, ensinando todos os segmentos da arte que trabalham a movimentação corporal e resgatando vivências corporais individuais. Com uma abordagem filosófica, o método convida o indivíduo afazer uma profunda reflexão sobre a sua existência juntamente com suas relações sociais.

Possui diversas premiações em competições, além de apresentações dentro do estado do Amapá o Grupo já se apresentou em outros estados, como no 39° Festival de Dança de Joinville, e fora do Brasil, se apresentou na Guiana Francesa com o Espetáculo Remonta, possui a sua arte mencionada em trabalhos científicos, como o apresentado no 15º Congresso Internacional Rede Unida, intitulado: Âmago: Arte de (Re)Existir e Reflexão, contando um pouco da história do Grupo e suas práticas de dança dentro e fora do estado. Possui ainda uma crítica escrito pelo crítico de arte Dr. Joaquim Netto.

Ficha técnica

Direção/Produção Artística: Pablo Sena
Produção: Grupo Âmago
Auxiliar de Produção: Andrey William, Mariana Andrade, João Amorim
Dramaturgia: Coletiva pelo Grupo Âmago
Coreografia: Pablo Sena
Elenco: Aline Pires, Amanda Galvão, Doriely Ribeiro, Gabriella Furtado, Guilherme Santos, Letícia Paixão e Pablo Sena.
Assistente de Iluminação: João Amorim
Cenografia e Adereços: Gabriella Furtado
Figurino e Visagismo: Grupo Âmago
Comunicação: Letícia Paixão e Amanda Galvão
Artista/ Projeto Gráfico: Grupo Âmago
Fotografia: Luan Macêdo, Tailon Pinheiro e Igor Hanon
Assessoria de imprensa: Acessa Cult Produções – Kássia Modesto

DIAS: 28,29 E 30 de abril
LOCAL: Teatro Waldemar Henrique
Av. Pres. Vargas, 645 – Campina, Belém – PA, 66017-000
INGRESSOS: R40,00

Assessoria de comunicação

Ciclo do marabaixo: Domingo de Páscoa tem marabaixo no Laguinho.

A partir do dia 09 de abril, as 17h, no Centro Cultural Tia Biló (Associação Raimundo Ladislau), o marabaixo vai entoar seu canto e rufar seus tambores no bairro do Laguinho, em Macapá.

É o início das festividades em louvor ao Divino Espírito e a Santíssima Trindade dentro do secular ciclo do marabaixo, evento tradicional do calendário cultural do Amapá, realizado até a década de 1940, em frente a cidade de Macapá pelas famílias afrodescendentes que habitavam no local até o período de instalação do Território Federal do Amapá.

De acordo com as famílias tradicionais e devotos mais antigos das festividades do ciclo, bem antes do processo de urbanização da cidade de Macapá, o evento já acontecia em frente a Igreja de São José, e seus ritos eram realizados com a dança chamada de “carioca”, um desafio corporal de gingas e dançados, muito provavelmente relacionada à capoeira.

O Ciclo do marabaixo segue o calendário do período litúrgico católico, com início no “sábado de aleluia”, na Favela, e no bairro do Laguinho, acontece a partir do “domingo de Páscoa”, chamado de “marabaixo da ressurreição”

Neste primeiro ritual do ciclo, é celebrado a parte lúdica com rodas e cantorias de ladrões de marabaixo, participação de comunidades marabaixeiras e também onde é servida para os convidados a tradicional gengibirra e o saboroso cozidão e durante este período, ocorrem várias atividades como; rezas, ladainhas, bailes, levante e derrubada de mastros, cortejos e festejos em louvores as divindades.

PROGRAMAÇÃO DO MARABAIXO NO BARRACÃO DA TIA BILÓ

09 de abril – Marabaixo da Ressurreição. Domingo de Páscoa

13 de maio – Sábado do Mastro, corte nas matas do Curiaú, às 09:00h

14 de maio – 2º Marabaixo às 9h da manhã. Domingo do Mastro, até a 00:00

17 de maio – 3º Marabaixo às 16h – Quarta-feira da murta do Divino Espirito
Santo (até o amanhecer do dia 18/05, quinta-feira da hora), com a levantação do
mastro do Divino às 06:00h.

18 de maio – 19h início das novenas do Divino Espirito Santo- quinta-feira

19 de maio – 21h 1º baile dos sócios do Divino Espirito Santo – sexta-feira

26 de maio – 19h – início das novenas da Santíssima Trindade – sexta-feira.

27 de maio – 20h – 2º baile dos sócios do Divino Espirito Santo – sábado.

28 de maio – Domingo do Divino Espirito Santo, às 07:00h – Missa na Igreja São
Benedito. Após a Missa, café da manhã na casa do festeiro.
16h: 4º Marabaixo – murta da Santíssima Trindade até o amanhecer do dia 29
de maio com a levantação do mastro da Santíssima Trindade, às 6h.

29 de maio – 1º baile dos sócios da Santíssima Trindade – segunda-feira

03 de junho – sábado, às 21h 2º baile dos sócios da Santíssima Trindade.

04 de junho – Domingo da Santíssima Trindade, às 7:00h: Missa na Igreja São
Benedito.
Após a Missa, café da manhã na casa do festeiro.

08 de junho – Corpus Christi – quinta-feira

11 de junho – 17h – Domingo do Senhor com a derrubação dos mastros e as escolhas dos festeiros para o próximo ano.

A programação do ciclo do marabaixo 2023 é realizado pela Associação Raimundo Ladislau e acontece no Centro Cultural Tia Biló, na Rua Elizer Levy, 632, no bairro do Laguinho, a partir das 18h.

Comunicação: Cláudio Rogério
Fotos: Gabriel Penha e Cláudio Rogério

 

Quadra junina amapaense abre calendário com festa de Simpatia da Juventude

A quadrilha junina Simpatia da Juventude realiza neste domingo de páscoa, dia 9 de abril, uma programação com diversas atividades culturais. A partir das 13h, na sede de Boêmios do Laguinho terá show de prêmios, brincadeiras juninas, concursos, venda de comidas típicas, apresentação de grupos de danças, lançamento do projeto de 2024 do grupo e a primeira edição do concurso casal de noivos.

O evento marca os 29 anos do grupo junino que tem sua história construída nos bairros do Pacoval e Laguinho. Simpatia da Juventude é um dos grupos juninos responsáveis pela evolução da cultura deste segmento no estado do Amapá. A entidade junina chamada de “Fera do Amapá” por ter como símbolo um tigre, conquistou em sua trajetória 9 títulos estaduais, além de concursos municipais, intermunicipais e diversos concursos individuais de melhor miss caipira, melhor marcador entre outros.

Simpatia da Juventude começou suas atividades em 9 de abril de 1994, no bairro do Pacoval com ensaios que ocorriam no Centro Asa Aberta. Com o crescimento do grupo e a participação de jovens de diversos bairros de Macapá, o grupo resolve migrar para o bairro do Laguinho, criando um elo muito forte com a comunidade e tornando-se um dos maiores grupos no bairro com ensaios que ocorrem atualmente na sede de Boêmios do Laguinho.

Para 2023, o grupo traz como proposta temática “Angolas”, fazendo uma viagem nas heranças angolanas existentes no Brasil, que vão desde os ritmos, músicas, o falar do povo até as comidas típicas.

A festa deste domingo de Simpatia da Juventude, tem o objetivo de angariar recursos para compra de materiais que compõe a indumentária que o grupo usará nesta temporada, além de abrir a oficialmente a quadra junina do Amapá.

Este evento também conta com a participação de grupos juninos da capital e de outros municípios do estado.

Comunicação Simpatia da Juventude
Maria Clara 99112–5484
Fotos: Cláudio Rogério

Ciclo do Marabaixo 2023: abertura será neste final de semana com programação na Central do Ciclo do Marabaixo

A abertura do Ciclo do Marabaixo 2023 será neste final de semana, e a programação tradicional inicia na Semana Santa, com algumas adaptações. Os organizadores preparam um novo modelo para apresentação dos rituais, do porte da importância do festejo, para atender as leis ambientais e chamar atenção para a necessidade do respeito pela tradição cultural do Amapá. O Governo do Estado do Amapá (GEA), principal apoiador, criou a Central do Ciclo do Marabaixo, no Centro de Cultura Negra do Amapá (CCNA) Raimunda Ramos, onde será feita a abertura dia 31, sexta-feira, e segue até dia 2 de abril. A partir de Sábado e Domingo da Aleluia iniciam os rituais em homenagem à Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo.

Uma das mudanças é a inserção da comunidade rural de afrodescendente Casa Grande na programação do Ciclo 2023. Anteriormente os festejos oficiais eram realizados por quatro famílias, duas do bairro Santa Rita, antiga Favela, e duas do Laguinho, e nos últimos anos a comunidade de Campina Grande, também rural, entrou para o calendário. Neste ano a ideia é expandir a programação para mais esta comunidade afrodescendente, que pertence à Macapá, e já realizavam o ciclo de festejos da Santíssima Trindade de forma extraoficial. O marabaixo da Casa Grande iniciou há um século, na família de Josefa Menezes, que dá continuidade à tradição.

A alteração mais impactante é quanto ao ritual de levantar os mastros na aurora. Neste ano, excepcionalmente, os mastros da Santíssima e Divino serão levantados às 18h e os festejos encerram à meia-noite, uma forma de manifestação para chamar atenção sobre as interferências na tradição devido fatores como intolerância e discriminação, a exemplo do ocorrido em 2022, quando um magistrado tentou impedir a continuação da festa no barracão da Tia Gertrudes. Os festeiros lamentam estes fatos porque todas as medidas para estar de acordo com as leis ambientais e manter o respeito com os animais e pessoas sensíveis aos foguetes já são adotadas há alguns anos.

Calendário do Ciclo do Marabaixo

O Ciclo faz parte do calendário de cultura oficial do estado, um gesto que valoriza esta tradição que os registros históricos consideram ter mais de 120 anos. Inicia na Semana Santa e encerra no dia 11 de junho. Os primeiros festejos são em louvor à Santíssima Trindade, no Sábado da Aleluia, e os quatro barracões, da Favela, Tia Gertrudes e Tia Irene, e Zona Rural, Casa Grande e Campina Grande, recebem o público para o Marabaixo da Aceitação. Rodas de marabaixo, ladainhas, distribuição de caldo e gengibirra, derrubada e levantamento dos mastros, cortejos da murta, bailes, e o Almoço dos Inocentes, fazem parte dos rituais.

No bairro Laguinho a homenagem é para a Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo, nos barracões do Mestre Pavão e Tia Biló. É a programação mais longa do calendário, entre rituais em conjunto ou nos próprios barracões. A primeira roda de marabaixo acontecerá no Domingo de Páscoa, o Marabaixo da Ressurreição, e segue até dia de Corpus Christi, quando os mastros são derrubados após dois meses de festejos lúdicos e religiosos.

Abertura

O GEA e a coordenação organizam a abertura, planejada para maior integração entre os festeiros, marabaixeiros e devotos de todos os barracões e comunidades, e será em formato de vitrine cultural, para que os visitantes ampliem os conhecimentos sobre a tradição e para incentivar o afroempreendedorismo e o turismo cultural. No CCNA Raimunda Ramos, a partir de 18h, haverá exposição dos elementos dos barracões em que são realizados os festejos, degustação de caldo e gengibirra, feira afroempreendedora, Encontros das Bandeiras, desfiles de moda afro e apresentações de grupos de marabaixo e de artistas locais.

Os organizadores incluíram na abertura as apresentações de comunidades que no período do Ciclo do Marabaixo, louvam seus santos padroeiros, e elas dançarão nos três dias de abertura. A capoeira também ganha espaço, um resgate do antigo costume, que é o jogo da capoeira no decorrer da roda de marabaixo, duas tradições originárias dos povos afrodescendentes.

Abertura do Ciclo do Marabaixo 2023

Local: CCNA Raimunda Ramos

31 de março
17h – Abertura
– Exposição dos elementos tradicionais dos barracões que realizam o Ciclo do Marabaixo
– Degustação da culinária e bebidas tradicionais do marabaixo
– Feira Afroempreendedora e Quilombola
– Exposição do Museu do Negro
18h – Roda de Capoeira Carioca – Grupo de Capoeira A Arte que Encantou
19h – Abertura oficial com personalidades da cultura do marabaixo e autoridades
20:30 – Encontro de coroas e bandeiras da Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo
21h – Desfile de moda afro – Os Marabaixeiros
21:30 – Show com a banda Afro Brasil
23h – Apresentação de comunidades que realizam festividades no período do Ciclo:
– Grupos Raízes do Bolão
– Marabaixo Glorioso São José
– Marabaixo do Ambé
– Grupo Maria da Paz
– Marabaixo Raízes da Favela
– Marabaixo de Campina Grande

1º de Abril
A partir de 18h – Exposições, degustação e feiras
18:30 – Roda de Capoeira – Associação Mestre Bimbinha
19h – Encontro das coroas e bandeiras
19:30 – Desfile de moda afro – Coletivo Moda Amazon
20h – Banda Negro de Nós
21:30 – Apresentação de comunidades que realizam festividades no período do Ciclo:
– Batuque de São Pedro dos Bois
– Irmandade São José
– Marabaixo de Santo Antônio do Matapi
– São João do Maruanum
– Ressaca da Pedreira
– Raimundo Ladislau
– Berço da Favela

2 de abril
A partir de 18h – Exposições, degustação e feiras
18:30 – Roda de Capoeira – Sementes da Capoeira Regional
19h – Encontro das coroas e bandeiras
19:30 – Show com Verônica dos Tambores
20:30 – Apresentação de comunidades que realizam festividades no período do Ciclo:
– Marabaixo São José do Mata-Fome
– Grupo MOJAP
– Marabaixo Manoel Felipe
– Marabaixo São João do Matapi
– Herdeiros da Tradição
– Grupo Azebic – Zeca e Bibi Costa
– Marabaixo do Pavão

Assessoria de Comunicação

‘1° Festival Hip Hop Macapá’: CEU das Artes Zona Sul promove evento para valorização da cultura local

Nesta sexta-feira (24), às 17h, o CEU das Artes Zona Sul realiza o primeiro ‘Festival Hip Hop Macapá’ para fomentar e valorizar a cultura Hip Hop no município.

O Festival conta com as apresentações dos artistas Matarazzo, Jorge Pretogonista, Batalha AP, DJ Lfox, Crazy BBoys Crew, Macapá Break, BBoy Eminem, Movimento sem Limites, Master Máxima, El Shammar.

Uma iniciativa da prefeitura de Macapá viabilizando cultura e lazer por meio do CEU das Artes (Zona Sul), Semed e Fumcult.

Serviço:

1° Festival Hip Hop Macapá
Data: 24 de março, sexta-feira.
Hora: 17h.
Local: CEU das Artes (Zona Sul), na avenida Ivaldo Veras, 1118, Jardim Marco Zero

Comunicação Semed
Contato: (96) 98138-5712

A Bailarina do Igarapé

Todos nós temos um talento que se manifesta desde a infância e passamos a desenvolvê-lo durante a nossa trajetória de vida, e foi ainda na escola participando de tudo que envolvia a dança, em casa assistindo aos DVD’s de Ivete Sangalo, da banda Calypso, Rogger entre outros para aprender as coreografias que Ellen Sousa, entre seus 8 e 10 anos, já demonstrava habilidades para a dança. Sua paixão pela arte levou a explorar diversas vertentes da dança como b-girl no hip-hop, dança de salão, quadrilha, ballet e o fitdance, tornando-se uma artista completa e uma dançarina versátil que consegue adaptar-se facilmente à diferentes estilos dessa arte, onde domina não só a parte técnica mas também a capacidade de transmitir emoção através de seus movimentos, deixando sua marca por onde passa.

Além de sua carreira no mundo da dança, Ellen também é bacharela em pedagogia, e como coreógrafa e professora de dança, já dirigiu e atuou em inúmeras apresentações que encantaram o público e receberam elogios da crítica especializada. Participou de campeonatos nacionais e coleciona prêmios conquistados nesse percurso, mas como toda artista também superou dificuldades: entre o olhar do racismo, condições financeiras e a falta de apoio – em especial da família – o fardo foi pesado, “quando voltei com 12 anos para o ballet, a convite de um professor que me ofereceu uma bolsa na qual não precisaria pagar nada, eu insisti muito para que minha mãe deixasse, ela disse que ‘sim’ depois de muita insistência mas deixou claro que nunca me apoiaria e que não era para pedir nada a ela”, relembra Ellen.

Muito apreciado na sociedade europeia, o ballet é uma forma de arte performática originada na corte italiana do século XV, evoluiu na França no século XVII e se tornou popular na Rússia no século XIX. Secularmente elitizado, o registro da primeira pessoa negra a dançar no palco de uma companhia no Brasil, foi Mercedes Baptista em 1948 e mesmo reconhecida mundialmente como símbolo da luta pela inclusão racial no Ballet, existem poucas produções acadêmicas, jornalísticas e fotográficas a seu respeito disponíveis.

“Nunca conheci nenhuma bailarina de renome que fosse preta, na qual eu poderia dizer que tal bailarina me inspirou por ser preta. Nunca conheci, mas acredito que tenha, porém eu nunca ouvi falar. Isso me frustrava porque meu sonho de ser alguém diminuiu porque nunca vi”, comenta Ellen.

O Lago dos Cisnes é uma das peças mais marcantes do ballet clássico mundial. O Teatro Bolshoi, de Moscou, estreou o espetáculo em 1877, com a coreografia elaborada por Julius Reisinger a partir de uma composição encomendada a Tchaikovsky e teve o seu primeiro casal de dançarinos negros com papel principal em 2012, Ellem recorda das sensações que sentiu quando estrelou a primeira vez a um espetáculo, “tudo era escolhido para elas, para o tom de pele delas, maquiagem, penteado… Sofri bastante. Durante a dança alisei o cabelo uma vez, e depois fiz uma progressiva justamente por me sentir bastante inferior por conta do cabelo”.


Se já não bastasse as dificuldades para permanecer no ballet e se manter entre as melhores, Ellen tinha que sonhar sozinha. Por ter escolhido a sua paixão dentro do campo das artes, onde a aceitação familiar é baixa pois veem como uma carreira ou um negócio pouco promissor, e isto acentua-se principalmente quando se vêm de condições economicamente inferiores, onde a exigência é sempre a emergência por recursos financeiros. Ellen lembra das dificuldades emocionais enfrentadas para se tornar uma referência no ballet, “os piores momentos era ao sair de festivais da companhia e não ter ninguém da minha família para me receber, bater foto, apoio, essas coisas… lembro que me arrumava e passava pela escadaria do teatro e via os pais, responsáveis, tios e irmãos tirando fotos, abraçando, saindo para comemorar… me via sozinha, pegava minhas coisas e ia para a parada de ônibus… isso era em todas as apresentações, minha mãe assistiu a duas apresentações, uma incompleta”.


Aos 23 anos, em meio a uma série de novos desafios e responsabilidades, passou a trabalhar como profissional e teve que conciliar sua carreira com a maternidade manteve-se ativa nos palcos até o oitavo mês de gestação e retornou três meses após o nascimento da Joelly, sua única filha. “Minha filha sempre me acompanha desde de bebê nas danças por aí, na igreja ia em todos os ensaios e sabia todas as coreografias, hoje ela é apaixonada por dança”, mãe dedicada, Ellen embala os sonhos de sua filha para o mundo da dança e já a orienta sobre assuntos como letramento racial e identidade étnica que a pequena, hoje aos sete anos, expõe e questiona.

O ensaio denominado “A Bailarina do Igarapé” feito pelo fotógrafo Willy Myra no Igarapé das Mulheres, Orla de Macapá feito com a Ellen, tem a proposta de dar visibilidade e empoderamento e mostrar o contexto da realidade amazônida, tendo passado pela curadoria de dois prêmios internacionais de fotografia, a bailarina Ellen Sousa entusiasmada conclui: “inspirar outras mulheres e crianças pretas ao ballet e mostrar que, independente da cor e classe social, elas podem ser grandes bailarinas. Nas aulas de ballet vejo muitas crianças pretas me vendo como inspiração e o ensaio também promove isso… fora a oportunidade de mostrar meu trabalho”.

Sua história é uma inspiração para todas as mulheres que desejam seguir os seus sonhos, inclusive Ellen ainda sonha em fazer turnê junto a uma companhia de ballet mostrando seu trabalho no Brasil e quem sabe no exterior. A dança, além de ser uma arte, é uma expressão e realização pessoal, e pode possibilitar a manutenção financeira quando empregada corretamente, e, vale lembrar que toda alma artista vive para voar alto e realizar os seus sonhos.

Texto e fotos: Willy Myra – @myralab.photoart

Dança Circular ao Som de João Amorim Homenageia a Cidade de Macapá #Macapa265Anos

Neste domingo (5), às 16h, na Praça das Etnias do Museu Sacaca, vai rolar Dança Circular. A programação conta com apresentação do cantor e violonista João Amorim. A entrada será franca.

O evento será realizado para celebrar os 265 anos de fundação da Cidade de Macapá, honrando sua história, sua memória, seu povo, sua cultura. As danças serão conduzidas pela focalizadora Aretha Araújo ao som de Música Popular Amapaense – MPA que cantam a beleza da capital do meio do mundo. Na oportunidade teremos o Pocket Show do artista amapaense João Amorim que trará em seu repertório música regional e autoral.

Tendo como público alvo pessoas de todas as idades, o projeto de Dança Circular no Museu Sacaca vem acontecendo mensalmente. Durante os encontros, é apresentado um breve histórico sobre o que são as danças circulares e compartilhadas as danças selecionadas e  sequências da coreografia para que o público dance junto gerando assim conexão e empatia.

Vale ressaltar que as danças circulares estão inseridas no rol de práticas integradas e complementares em saúde, regulamentadas pelo Ministério da Saúde. São danças coletivas que tem como finalidade a integração em grupo e o fortalecimento de valores como empatia, compreensão e sentimento de pertencimento.

Convide as pessoas que você ama e entre na roda. Lembre-se de ir com roupa confortável e leve garrafinha de água para se hidratar.

Chegue cedo para aproveitar o fim de tarde lindo que só o Museu Sacaca tem. Espalhe esta semente de amor e paz.

Serviço:

Roda de Dança Circular e Pocket Show de João Amorim
Data: 05 de fevereiro de 2023 (domingo)
Local: Museu Sacaca
Hora: 16h
Entrada franca

Assessoria de comunicação

Dançando e vencendo a depressão

Foto: Aydano Fonseca

Por Cássia Lima

A preparadora física Benedita Bahia sempre trabalhou ajudando outras mulheres a conseguir uma qualidade de vida. Mas nos últimos anos ela precisou de ajuda e conseguiu vencer a depressão por meio do projeto Ritmos Livres, coordenado pela vice-prefeitura de Macapá. Dançando ela venceu a depressão.

Benedita conta que a depressão chegou em sua vida alguns anos atrás após a perda de seu pai, com quem era muito apegada. Infelizmente, ela não conseguiu administrar bem a perda e com a correria do dia a dia ficou abatida até ser diagnosticada com a doença. Passou por tratamento, mas encontrou a “cura” por meio da dança.

“Eu sempre trabalhei com exercícios físicos, mas foi na dança, por meio desse projeto, que minha autoestima melhorou, encontrei e fiz amigas, além de fortalecer minha autoestima”, conta ela.

A profissional frequenta o polo do projeto que funciona na Escola Municipal Antônio Barbosa, no bairro do Santa Inês. Foi nas aulas que ela começou a focar em outras metas e acabou vencendo a doença.

“O polo me acolheu, me ajudou muito na minha saúde mental com amizades, a prática de exercícios por meio da dança e amizades. Posso dizer hoje que venci a depressão dançando”, destacou.

Benedita não foi a única que o projeto ajudou, Alcilene da Silva Barreto, 56 anos, também conta a diferença que o projeto fez e faz em sua vida. Ela é aluna desde 2021 e frequenta o polo do projeto localizado no Distrito da Fazendinha.

“Eu sempre pratiquei esportes, mas quando soube da dança fui atrás porque queria saber dançar. Graças a Deus é tudo gratuito e me ajudou muito na minha autoestima e no cuidado com meu próprio corpo”, enfatizou Alcilene.

Essas e outras mulheres também participaram de um aulão solidário promovido pela Prefeitura de Macapá. Na oportunidade, tiveram orientações sobre o câncer de mama e colo do útero, dicas para saúde da mulher, orientações nutricionais e fisioterapêuticas.

Para o instrutor de dança profissional há 18 anos, Marcinho Dance Fit, a prática de exercício físico por meio da dança é ideal para quem não gosta de levantar peso na academia ou mesmo de atividades de alta intensidade.

“A dança te ajuda muito no condicionamento físico, na melhoria da disposição, melhoria no humor, sono melhor, autoestima e no sistema cardiorrespiratório. Essas aulas são verdadeiras sessões de terapia”, enfatizou o professor.

Os aulões fazem parte dos novos projetos da vice-prefeitura e coordenados pela vice-prefeita, Mônica Penha, e incluem novas ações para 2023, que buscam promover mais qualidade de vida para os macapaenses.

Nas aulas semanais nos polos são apresentadas várias modalidades de dança, entre elas: FitDance, Move Dance, Dance To Dance e Lamba Aeróbica. Os exercícios trabalham a circulação respiratória, queima de gordura localizada, postura, coordenação motora, fortalecimento muscular de glúteos e pernas.

“Esse projeto funciona gratuitamente com aulas semanais em quatro polos da capital. Atendemos hoje mais de 200 pessoas com as aulas e acompanhamento nutricional e agora estamos iniciando a fisioterapia também. Esse projeto busca promover saúde e autoestima a nossa população, principalmente, as mulheres”, frisou a vice-prefeita Mônica Penha.

Projeto Ritmos Livres

Atualmente, o projeto possui quatro polos em Macapá. As atividades funcionam nos dias de segundas e quartas, ou nas terças e quintas, dependendo de cada núcleo. Cada polo tem seus monitores e em média 100 alunos, entre mulheres, adolescentes e homens, participam das atividades, que são gratuitas.

O polo no CEU das Artes fica localizado no bairro Infraero II e funciona nos dias de segunda e quarta-feira, das 17h30 às 18h30.

O núcleo localizado na Escola Municipal Antônio Barbosa, no bairro do Santa Inês, funciona nos dias de segunda e quarta, de 18h30 às 19h30.

Tem atividade também no CEU das Artes da Zona Sul, localizado na Av. Ivaldo Veras, no Jardim Marco Zero. As aulas por lá são nos dias de terça e quinta, de 17h30 às 18h30.

Outro núcleo é localizado no Distrito da Fazendinha, na Escola Municipal Cacilda Vasconcelos, com aulas às terças e quintas, de 17h30 às 18h30.

Para participar do projeto, basta procurar o polo mais próximo da sua casa e falar com o monitor do local. Ele lhe dará orientações sobre as atividades e ações oferecidas. Todo o atendimento é gratuito.

Fonte: AGCOM.