Música de agora: Everybody Wants To Rule The World (Todos querem governar o mundo) – Tears For Fears

Everybody Wants To Rule The World (Todos querem governar o mundo) – Tears For Fears

Bem-vindo à sua vida
Agora não há mais volta
Mesmo enquanto dormimos
Nós encontraremos você

Comportando-se da melhor maneira
Você dá as costas à mãe natureza
Todos querem governar o mundo

É o meu próprio projeto
É o meu próprio remorso
Ajude-me a decidir

Ajude-me a aproveitar ao máximo a liberdade e o prazer
Nada nunca dura para sempre
Todos querem governar o mundo

Há um lugar onde a luz não encontrará você
De mãos dadas enquanto as paredes desmoronam
Quando isto acontecer, estarei bem atrás de você

Tão contente por quase termos conseguido
Tão triste que tiveram que enfraquecer
Todos querem governar o mundo

Não posso suportar esta indecisão
Aliada a uma falta de visão
Todos querem governar o mundo

Diga que você nunca, nunca, nunca precisará disto
Uma manchete, porque acreditar nela?
Todos querem governar o mundo

Tudo pela liberdade e pelo prazer
Nada nunca dura para sempre
Todos querem governar o mundo

Semana Santa: TJAP funciona em Regime de Plantão nos dias 27, 28 e 29 de março de 2024

O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) funcionará em Regime de Plantão de quarta-feira a sexta-feira, dias 27, 28 e 29 de março de 2024, período que corresponde à Semana Santa, Feriado Nacional, previsto no Regimento Interno do TJAP (o Artigo nº 88, parágrafo único, inciso II da Resolução nº 006/2003 – TJAP) e na Resolução 71/2009 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Todos os prazos judiciais e administrativos que vencerem nesse período ficam automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil após o feriado, ou seja, dia 1º de abril de 2024.

O funcionamento dos plantões definidos pela Presidência e pela Corregedoria-Geral da Justiça do TJAP, em cada Comarca, pode ser consultado aqui (ACESSE).

Lei Nº 9.093, de 12 de setembro de 1995

São feriados religiosos os dias de guarda, declarados em lei municipal, de acordo com a tradição local e em número não superior a quatro, neste incluída a Sexta-Feira da Paixão. Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Semana Santa

A Semana Santa é uma tradição religiosa católica que celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Cristo, que ocorre no Domingo de Páscoa.

– Macapá, 25 de março de 2024 –

Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Elton Tavares
Arte: Nina Ellen
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Mestrado em Direito seleciona alunos para a primeira turma até 27 de março de 2024

A coordenação do Programa de Pós-graduação em Direito (PPGD), da Universidade Federal do Amapá (Unifap), realizará processo seletivo para ingresso de alunos na primeira turma do Mestrado Acadêmico em Direito. A inscrição no processo seletivo será gratuita e ocorrerá no período de 18 a 27 de março de 2024, exclusivamente no site https://depsec.unifap.br/concursos/.

CONFIRA O EDITAL DE SELEÇÃO

Serão ofertadas 26 vagas, sendo 19 para ampla concorrência e 7 vagas para cotas de ações afirmativas, assim distribuídas: 5 vagas para pessoas negras (pretas ou pardas), 1 vaga para indígena e 1 vaga para pessoa com deficiência (PcD), incluindo pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Poderão inscrever-se para o processo seletivo graduados(as) em Direito. No ato da inscrição, os candidatos deverão preencher todos os campos do Formulário de Inscrição e anexar os documentos listados no edital de seleção. No Formulário de Inscrição, os candidatos deverão indicar a linha de pesquisa para a qual concorrerão.

A seleção terá quatro etapas:

– Pré-Projeto de Pesquisa (eliminatória e classificatória);
– Prova Escrita (eliminatória e classificatória), a ser aplicada no dia 19 de maio;
– Defesa Oral e Arguição (eliminatória e classificatória), no período de 12 a 19 de junho; e
– Prova de Títulos (classificatória).

O resultado final será divulgado no dia 15 de julho de 2024. A convocação para matrícula será no período de 22 a 31 de julho deste ano.

Sobre o curso

O Mestrado Acadêmico em Direito, do Programa de Pós-graduação em Direito (PPGD/Unifap), funcionará na modalidade presencial e tem como área de concentração “Justiça e Direitos Humanos”, estruturada em duas linhas de pesquisa: “Sistemas de Justiça e Direitos Humanos” e “Justiça Social e Desenvolvimento”.

Dentre seus objetivos, estão a formação de pesquisadores qualificados para produção de conhecimento no âmbito da ciência jurídica, em diálogo com questões internacionais e nacionais e com implicações regionais, em especial na região Norte brasileira; o desenvolvimento de estudos e pesquisas com foco na área de Justiça e Direitos Humanos; e minimizar as assimetrias regionais com a formação humana qualificada.

Saiba mais em https://www2.unifap.br/ppgd/.

Serviço:

Seleção de alunos para a primeira turma do Mestrado em Direito
Inscrições gratuitas de 18 a 27 de março de 2024, exclusivamente no link https://depsec.unifap.br/concursos/. 26 vagas. Público alvo: pessoas graduadas em Direito. A íntegra do edital de seleção está disponível no link https://depsec.unifap.br/concursos/processos/65d61b68975a9c08ed8fc3d3.

Jacqueline Araújo (Jornalista – DRT/PA 2633)
Contato: (96) 98138-9124
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
[email protected]

Poema de agora: Hospedeiro da Noite Prematura – Fernando Canto

Hospedeiro da Noite Prematura

“No princípio eram pedras e paus. Então inventaram a
lança, a funda, a flecha…”

10
Mais brilhante que um cometa
da Europa surgirá um míssil
anunciando a vinda dos Quatro Cavaleiros

O espetáculo de fogo enseja
a renatividade de um Cristo confuso
entre dez mil estrelas desguiadas
e reis desintegrados no deserto

“Na batalha de Adrianópolis, no ano de 378, a cavalaria
visigoda e ostrogoda dizimou as legiões romanas: 40 mil
mortos.”

09
Genebra é a capital da atenuação
Olhares antípodas se cruzam
e o mundo suspira de alívio
ligado nas cenas de sorrisos
e apertos de mãos

“A infantaria cedia lugar ao homem montado, uma arma
dominaria os campos por séculos.”

08
Homens e santos politizam gestos
Privatizando o que não lhes pertence

Qualquer merda será lucro
na ação dos cientistas
que criam os meios
e combatem os fins
Oh infeliz modelo de riqueza
Lixo humano
poluindo inteligência

“Em 1139, um édito do Vaticano proibiu o uso da besta,
exceto contra muçulmanos. Ela era capaz de penetrar uma
cota de malha a 150 metros.”

07
Dialogamos cuspindo painas
ao vento do inverno inadiável
o ponto convergente foi a certeza:
– Após a bomba a dor acabará

Homens e robôs transformam a terra
fabricando ogivas
como quem fabrica vidro

Os arsenais se multiplicam
e as conversações aumentam

Quem sabe mesmo
são os intérpretes bem pagos
enclausurados nos segredos

“No século XIV, o uso de canhões tornou inúteis os
castelos e seus torreões. A pólvora deu impulso à busca de
armas capazes de atingir o inimigo com maior rapidez e impacto.”

06
Corre Ocidente
Corre Oriente
Corre Boiada Humana
Correm Megatons
Cidades Desenganadas
Desfile de Dentes Brancos
Sádicas Gargalhadas
Maratonas de Instrumentos
Botões e Temperamentos
Quem Ganhar Tem Como Prêmio
O Fogo Desesperado
Do Mito de Prometeu

“Um avanço simples – converte de rombuda para pontuda
a extremidade da bala – tornou o fuzil uma arma
extremamente mortal: 86% das baixas da guerra civil
americana foram provocadas por fuzis.”

05
A Paz é uma atividade guerreira

Inda que por meios mais obsoletos
o homem fere e fecha
os olhos do inimigo

Por trás do ódio absoluto
há um claro e louco canto
(Agônico)
Do homem
Hospedeiro da noite prematura

“O gás penetra em qualquer refúgio, o avião tornou
desprotegido qualquer exército.”

04
O sonho dos alquimistas
a intenção dos inventores
e a doce ilusão de Dumont
se perderam nas entranhas
do coletivo sufoco de Bhopal
do cheiro mórbido da morte
mais que anunciada
por preservadores loucos
Chernobyl, Chernobyl
Protótipo da noite longa

A noite dos fragmentos
noite dos fragmentos
dos fragmentos
fragmentos

“Mas foram criadas armas antitanques, máscaras contra
gases, mísseis que derrubam aviões.”

03
Presidente, reis, aiatolás, xeiques, anões miram botões
Coçando as mãos

Antes, porém, fazem tratados
propostas de desarmamentos
e criam sistemas de defesas mais que intransponíveis

Os botões, sem vida, permanecem
à espera do aperto inconseqüente

Nações ardem em desespero
à revelia do último momento

Pela liberdade que definha
e por seus deuses que fugiram
em carruagens de fogo

“As armas nucleares elevaram a potência de impacto a
níveis extremos, o uso de foguetes permitem vencer a
distância e a eletrônica tornou a precisão melimétrica.”

02
Bomba, bomba
Excrescência da ciência
O tumor sem cura
Letal veneno que o saber
humano
jamais fabricou

– Que mentiras devassam
o gênero humano

A doutrina armamentista
ou o cinismo deflagrado
antes das armas?

“Da besta ao míssil nuclear, a história da corrida
armamentista é uma sequência de ‘últimas armas’ sendo
sobrepujadas pela seguinte, mais letal.”

01
Como no Japão
Three Mile Island, Goiânia, Chernobyl
New York, New York, Rio ou Tumucumaque
Vivemos a iminência do perigo

a certeza do risco

e a ausência dos abrigos

“Uma arma, enfim, que colocará fim a todas as guerras.”

FOGO!!!

No outro lado da balança
Treme, inexplicavelmente
a Gênese mal começada
ao som do Apocalipse…

Fernando Canto
Belém, 1987

*Poema escrito há 37 anos, durante a Guerra do Golfo e publicado hoje a pedido do poeta, por conta da guerra entre Israel e Palestina.

 

Poema de agora: Cheiro Azedo (Corredores) – Luiz Jorge Ferreira

Cheiro Azedo (corredores)

Aqui comigo tenho o urro dos bois vagabundos na memória
E com eles eu reencontro os cheiros que eu considerava
enterrados.
À noite eles perambulam nos corredores
Junto com estrelas e sombras na parede.

Estou repleto de mim, tatuado de sol, dentes sujos
De fiapos de frutas e restos de palavras
E ao sul dos quintais minha infância toma banho nua
Sente frio e olha-me assustada com a quantidade de rugas
Olha-me os pés e suas rotas de fugas
Que nunca vão além de um palmo
Eu canto canções antigas
Cuja melodia parece uma praga dita em russo e tusso.

Aqui, quando o sol se afasta espalhando negro
É que chegam os fantasmas dos bois
Com seus urros e babas que mancham
As cortinas, as vaginas e os saltimbancos.

Assanham e arranham
A prenhez da luz e a epilepsia das sombras recortadas na parede
Com eles fogem os cheiros.
Lembra-los dói
Por isso eu expulso gritando hora, dia e ano
Em que nasceram os girassóis pintados por Van Gogh

Eles comem as prateleiras, as dobradiças
E os dentes postiços da Yeye
Sujam o corredor e a fé dos protestantes da terceira rua
Pisam no sorriso da Mona Lisa e mijam.

Minha infância nua os chama para Macapá
Expulso-os aos berros e aos urros,
Cantando uma cantão tão antiga
Que parece estranha e amiga.

Eles deixam um cheiro tão azedo
Que o tempo fica lerdo
Os ossos fraturados estalam, os olhos ficam escuros
E absorvem a luz que foge das pupilas dos fantasmas dos bois.

Solitário, morro e apodreço sozinho
Pelos corredores o cheiro azedo só incomoda
A prenhez dos urubus.

Luiz Jorge Ferreira.

*Do livro Defronte a Boca da Noite ficam os dias de Ontem.

O Resgate – Crônica de Fernando Canto

 

Alguns verão em ti uma caricatura
E sedentos da carne voltam sempre o rosto
À anônima elegância da humana ossatura.
(Charles Baudelaire – Dança Macabra)

 

Quem és tu, mulher da noite úmida, azulada de semáforos clandestinos, arquetípica e idolatrada por todos os bêbados bisonhos de risos ortodônticos. Teu lugar é a resposta para os meus anseios ecológicos que ora jazem na pedra do IML, inertes e sem pronúncias de palavras, assim, clivadas no porradal de um dia de depressão e raiva que eu deslembro.

Teus pés outrora um ponto de apoio ficaram presos na grade da janela quando os rotwaillers te encurralaram no jardim que abriste após quebrares a tramela da cancela oculta, que só tu sabias depois de mim.

Nenhuma entrada é tão fácil de acessar no meu jardim se a vigilância for um policial dopado de angústia e solidão, penetrado de sóis artificiais na madrugada. E teimas, tu, mulher de ranço impregnado nas tuas veias, em lacerar meu coração outrora transplantado e agora retalhado a faca e costurado com a singela singer do subúrbio, em tempo de equinócio, com a linha do equador.

Ora, eu que cheirei as “Fleurs du Mal” e vi a destruição dos meus tentames literários ao constatar ainda hoje que “sans cesse à mês côtes s’agite le Démon”. Meus olhos eram os de Charles, que viera um dia de Mitilene e Lesbos, após poético colóquio com Terpandro, Arião e Safo.

Ora, eu que fiz libações de vinho – um Charles Heidsieck Blanc, safra 1995 – e gestuei peripécias fesceninas no caneco dos generais (ainda que trague as marcas do peito lacerado, esfolado da tortura), hoje sou um enigma esfíngico/ paranoico à mercê dos binóculos, um eremita cadavérico que se transforma em relógio e vaga na escuridão que , ainda bem, já se dissipa no jardim onde estão os cães e a tua sombra na cancela. Fiz tudo por ti, eu juro. Eu juro. Não sou mais vigilante de mim mesmo. Refuto o ardor do Santo Graal e me embebedo de antigas memórias contemplando o inútil renascer de tua ternura, algo que me deves e não naturalizas em mim devido a tua fobia do Hades, ainda que me queiras Cérbero.

Ora, teu coração está cheio de peste, catorras pretas e joaninhas coloridas. Teu coração parece estar traspassado à espada, à ambição do ouro e a um avião de sexo, onde chupas testículos de chumbo e gozas com a penetração das asas de um serafim.

Quem és tu, mulher bendita, que regurgitas pelos poros sonhos inefáveis, que arrota preces e ofereces sexo em troca do amor fugaz – pérola trincada no mar do teu remorso?

Ora, um insight veio e eu me lembrei de que o amor tem a consistência do mercúrio, que é chuva em terra plena quando eu me separo ouro de ti. Eu avanço ao pólen, ao orvalho sobre tuas ramagens. Eu tenho pressa, eu vou, eu vou, eu vou. Eu vou dourado de manhãs jogando a sombra longa nos significados das lamas gulosas que deixei nas velhas trilhas. Resgatado pelas rutilantes luzes do equador eu vou. Eu vou, cônscio, amalgamado de poesia. Eu vou, eu-lírico e sem rastros.

Algo me espera.

Eu me visto, então, de branco e prata; amarro meus cadarços e vou. E só, sou líquido, sou água do Amazonas, sou vinho de bacaba, sou – às vezes – um açaí do grosso, farinha de estrelas na imensa nebulosa que avisto, pois é noite.

Eu me preparo, desamordaçado e belo como nunca, para embarcar na nave que o Cósmico enviou e que pousou dentro de mim.

Incentivo à Cultura no Amapá: inscrições para editais da Lei Paulo Gustavo encerram nesta segunda-feira, 25

As inscrições para os editais da Lei Paulo Gustavo (LPG) de incentivo à cultura encerram nesta segunda-feira, 25. Até o momento, mais de mil inscritos foram confirmados nos dois certames.

Após retificação, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) ampliou o período de submissão de propostas. O objetivo é garantir que os recursos cheguem ao maior número possível de produtores culturais, contemplando até 1,2 mil agentes nos 16 municípios.

Além disso, o Governo do Amapá realiza uma busca ativa para ampliar o acesso à Lei Paulo Gustavo, especialmente em áreas mais remotas e com dificuldade de acesso à informação. As inscrições são on-line e gratuitas.

SAIBA COMO SE INSCREVER

Os certames também trazem manuais e canais de atendimento para a retirada de dúvidas e orientações sobre o processo. Ao todo, a Lei Paulo Gustavo destina mais de R$ 22,6 milhões em recursos para o segmento no Amapá, com foco no atendimento de territórios culturais distintos.

Edital de fomento Latitude Zero

Pode se inscrever no edital Latitude Zero qualquer agente cultural residente ou domiciliado no Amapá há pelo menos dois anos. O agente pode ser Microempreendedor Individual (MEI), pessoa física ou pessoa jurídica sem fins lucrativos.

Quem se inscrever deve ser responsável pelo projeto, exercendo a função de criação, direção, produção, coordenação, gestão artística ou de destaque, com capacidade de decisão na proposta contemplada.

INSCREVA-SE AQUI

O certame irá alcançar 334 projetos culturais relacionados ao audiovisual, como oficinas, cursos, feiras, produções relacionadas ao setor, podendo ser realizadas por segmentos diversos, como teatro, dança, cultura gospel, batuque, marabaixo, entre outros. Ao se candidatar, o interessado deve enviar a seguinte documentação obrigatória:

Edital de Premiação para Agentes Culturais – Maré Cheia

As inscrições do edital Maré Cheia também preveem residência de, no mínimo, dois anos no estado, além de contemplar pessoa física, MEI, pessoas jurídicas com e sem fins lucrativos e coletivos ou grupos sem CNPJ, representado por pessoa física. São previstas 835 premiações no certame.

INSCREVA-SE AQUI

Cada concorrente pode se inscrever em apenas uma categoria do edital.

Texto: Eduardo Belfort
Foto: Arquivo/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

“Imagens Insurgentes” traz obras que desafiam normas e convenções sociais

O que histórias fantásticas da Ilha de Santana (AP), população de rua e produção de farinha de mandioca na Ilha do Marajó poderiam ter em comum? À primeira vista e sob um olhar mais desatento parecem não dialogar entre si, mas é exatamente o oposto que a exposição “Imagens Insurgentes” pretende mostrar ao público até 10 de maio, no Espaço de Experimentações Artísticas Fátima Garcia, localizado no campus Marco Zero do Equador, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), em Macapá (AP).

De acordo com o curador da exposição, Prof. Dr. Fábio Wosniak, os temas abordados nas obras expostas desafiam as normas e convenções estabelecidas, esmiuçando diversas realidades sociais e culturais e provocando reflexões sobre identidade, diversidade e poder.

“Essas temáticas convergem para criar uma narrativa complexa e multifacetada, que convida os espectadores a questionar suas próprias percepções e a considerar novas perspectivas sobre questões sociais, culturais e políticas. ‘Imagens Dissidentes’ não é apenas uma exposição de arte: é um espaço de diálogo e reflexão onde as vozes subalternizadas encontram espaço para serem ouvidas e reconhecidas”, afirma Wosniak.

Obras

A exposição é formada por obras em diversas técnicas e linguagens artísticas, como desenho, pintura, cianotipia e fitotipia, e conta com a participação artistas e pesquisadores orientandos do Prof. Dr. Fábio Wosniak e membros do Grupo de Pesquisa “Experiências e Dissidências nas Artes Visuais”. Ela também é realizada pelo Projeto de Extensão “Apotheke em Dissidência” e a curadoria é do Prof. Dr. Fábio Wosniak, Erlom Santos Silva (bolsista de IC/CNPq) e Elenir Souza Gomes.

Confira os temas das obras:

População de Rua: Uma observação sensível e humanizada da vida nas ruas, que desafia estereótipos e preconceitos, que muitas vezes são invisíveis aos olhos da sociedade.

Corpos Dissidentes Sexuais e de Gênero: Uma exploração da diversidade e da complexidade das identidades sexuais e de gênero, desafiando as normas binárias e celebrando a riqueza da expressão humana.

Histórias Fantásticas da Ilha de Santana: Uma imersão no mundo da fantasia e da imaginação, onde mitos e lendas se entrelaçam para criar narrativas que transcendem o tempo e o espaço.

Ancestralidade no Álbum de Família: Uma jornada íntima através das memórias e tradições familiares, que revela conexões profundas com o passado e ressalta a importância de preservar e honrar nossas raízes.

Produção da Farinha de Mandioca na Ilha do Marajó: Um olhar sobre as práticas tradicionais de produção alimentar, que não apenas fornecem sustento físico, mas também carregam consigo histórias e tradições transmitidas ao longo das gerações.

Artistas

Erlom da Silva Santos: graduando do curso de Licenciatura em Artes Visuais e bolsista de Iniciação Científica (IC). Sua pesquisa e prática artística oferecem uma visão sobre temas dissidentes, explorando questões sociais e culturais por meio de uma abordagem criativa e reflexiva com a linguagem da Cianotipia e da fitotipia.

David Alan: Artista já formado. Seu trabalho foi previamente exposto no Museu da Escola Catarinense em 2023, na cidade de Florianópolis. Sua participação traz uma rica bagagem de experiências artísticas e um olhar consolidado sobre questões contemporâneas, enriquecendo a diversidade de perspectivas presentes na exposição com seus desenhos.

Elenir Souza Gomes: Graduanda do curso de Artes Visuais. Sua contribuição para a exposição reflete seu compromisso com a experimentação da fitotipia, abordando temas dissidentes com sensibilidade e originalidade.

Pedro Valente: Acadêmico do curso de Licenciatura em Artes Visuais. Teve trabalho exibido no Museu da Escola Catarinense. Sua presença na exposição trraz uma camada adicional de profundidade e diversidade, trazendo sua visão única e sua experiência prévia com a linguagem do desenho.

Denne Santos: Acadêmico de Licenciatura em Artes Visuais. Sua contribuição explora temas dissidentes com uma abordagem inovadora e provocativa na linguagem da pintura.

Serviço:

Exposição “Imagens Insurgentes”
Aberta até 10 de maio de 2024.
Local: Espaço de Experimentações Artísticas Fátima Garcia, localizado no prédio do Departamento de Letras e Artes (Depla), campus universitário Marco Zero do Equador (Rod. Josmar Chaves Pinto, KM 02, bairro Universidade, Macapá-AP).
Horário de visitação: 14h às 18h
Entrada franca.

Jacqueline Araújo (Jornalista – DRT/PA 2633)
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
[email protected]
Contato: (96) 98138-9124 –

Justiça Inclusiva: TJAP entrega Cartilha da Ouvidoria da Mulher para cidadãs indígenas da etnia Wajãpi

A titular da Ouvidoria da Mulher do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJAP), juíza Elayne Cantuária, cumpriu agenda institucional na quinta-feira (21), nas aldeias Aramirã e Manilha (esta última foi palco de audiência pública), da etnia Waiãpi, que ficam a cerca de 93 km do município de Pedra Branca do Amapari, no centro-oeste do Estado. Na ocasião, a magistrada entregou 80 Cartilhas da Ouvidoria da Mulher, traduzidas no idioma tradicional local, que foram distribuídos com a presença de homens e mulheres indígenas.

A iniciativa visa promover a conscientização e empoderamento feminino, bem como o combate à violência doméstica e familiar nas aldeias indígenas amapaenses. A tradução foi feita por professores da rede estadual de ensino, localizada no Parque do Tumucumaque, no Amapá.

A distribuição foi realizada durante a Operação Átria, deflagrada ao longo deste mês (março), que consiste na junção de forças para combate à violência doméstica e feminicídios no mês dedicado à mulher. A iniciativa é promovida pelo Governo do Amapá, via Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sejusp), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ) e órgãos parceiros como o TJAP, que acontece simultaneamente em todo o Brasil.

Lançada no último dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, no Monumento Marco Zero, em Macapá, a Cartilha, segundo a juíza Elayne Cantuária, este trabalho é a consolidação de política de combate à violência de gênero de forma ampla, inclusiva e efetiva.

“A entrega na área indígena Wajãpi foi muito importante, pois o documento está no idioma local. O diálogo com as cidadãs dos povos originários demonstra a preocupação do Poder Judiciário com todos e todas. Foi um dia inesquecível e muito gratificante, pois tivemos a oportunidade de dialogar com as mulheres indígenas sobre seus direitos e ajudar a construir uma justiça melhor e mais inclusiva”, comentou a juíza Elayne Cantuária.

Aldeia Aramirã

Localizada no Centro Oeste do Amapá, na aldeia Aramirã residem cerca de 1660 pessoas da etnia Wajãpi – que ocupa mais de 100 aldeias espalhadas pelo território indígena. Esta aldeia é chefiada pela primeira vez por uma mulher, a chefe Ajareaty Wajãpi.

– Macapá, 25 de março de 2024 –

Secretaria de Comunicação do TJAP
Matéria: Elton Tavares
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Luta por igualdade de gênero: TJAP participa da posse de representantes do Conselho Estadual de Direitos da Mulher

O presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), desembargador Adão Carvalho; a juíza auxiliar da Presidência, Marina Lustosa e a juíza Marcella Peixoto, nova titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Macapá, participaram, na sexta-feira (22), no Palácio do Setentrião, da cerimônia de posse de representantes do Conselho Estadual de Direitos da Mulher (CEDIMAP). O objetivo é fortalecer o CEDIMAP e sua fiscalização das políticas públicas voltadas à população feminina amapaense.

O Conselho de Direitos da Mulher foi criado a partir da Lei Estadual nº 0812, de 25 de janeiro de 2004. Trata-se de um órgão colegiado, superior público, permanente, de caráter consultivo, deliberativo e propositivo. O órgão é ligado à Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPM).

Entre as novas representantes, 32 são do poder público e 32 pertencem a organizações da sociedade civil. De 2024 a 2026, os empossados atuarão na fiscalização das políticas públicas voltadas à mulher no Estado.

Na ocasião, a presidente da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), deputada estadual Alliny Serrão e a titular da SEPM, Adrianna Ramos, fizeram um reconhecimento público ao presidente do TJAP, por conta do apoio dado pelo Poder Judiciário no enfrentamento da violência física, sexual, psicológica, patrimonial e moral contra as mulheres.

Por sua vez, o presidente do TJAP elogiou a iniciativa do Executivo Estadual em empossar os novos conselheiros do CEDIMAP. O desembargador Adão Carvalho ressaltou que, em um pouco mais de um ano à frente do Poder Judiciário amapaense, trabalhou parcerias com o Executivo e Legislativo para fortalecer a construção de políticas públicas em favor da mulher.

“Acompanhei a criação deste Conselho, mesmo que na época eu não participasse ativamente. Os conselheiros são fundamentais na consolidação da democracia e essa medida certamente poderá viabilizar mais políticas em prol da mulher no Amapá. Sou um entusiasta desta nobre causa e da paridade de gêneros. Por isso trabalhamos com afinco com o Governo e ALAP em favor dos direitos da população feminina. Fica aqui nossos parabéns ao Executivo Estadual e contem com o Poder Judiciário, dentro de nossa autonomia, para auxiliar no que for necessário”, comentou presidente do TJAP.

Também presente no evento pelo Poder Judiciário, a secretária da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, que tem à frente o desembargador Carmo Antônio de Souza, Sônia Ribeiro. Participaram da solenidade parlamentares municipais, estaduais e federais, representantes de entidades de classe, membros da Rede de Atendimento à Mulher (RAM), imprensa e sociedade civil organizada.

– Macapá, 22 de março de 2024 –

Secretaria de Comunicação do TJAP
Matéria: Elton Tavares
Fotos: Serginho Silva
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Pop Rua Jud: TJAP e parceiros levam mutirão de serviços e cidadania à população em situação de rua, em Macapá

Serviços gratuitos de saúde, assistência social, cidadania e justiça para a população em situação de rua fizeram parte do 1º mutirão Pop Rua Jud Amapá, promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJAP), na noite de quinta-feira (21), na Praça da Bandeira. A ação, com mais de 200 atendimentos, foi coordenada pelo Grupo de Trabalho de Atendimento das Pessoas em Situação de Rua, que tem a frente o juiz Marconi Pimenta, em parceria com o Sistema de Justiça, Organizações Públicas e não Governamentais.

Com foco no fortalecimento da cidadania e na garantia de direitos fundamentais, o mutirão contou com emissão de documentos e a regularização de cadastros, atendimento jurídico que dará atenção a questões assistenciais, previdenciárias, trabalhistas e criminais, distribuição de remédios, kits dormitórios e de higiene. A força tarefa teve a participação de instituições dos poderes públicos federal, estadual e municipal, além de organizações da sociedade civil.

Para o presidente do TJAP, desembargador Adão Carvalho, a ação garante direitos às pessoas invisíveis. “Essa iniciativa consagra o atendimento de um dos pilares da sociedade brasileira, de promover o bem-estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, alcançando assim a promoção da dignidade da pessoa humana. O olhar sensível para essa parcela da população contribui para que haja mais igualdade e Justiça para todos e todas”, destacou.

Com um novo brilho no olhar, o ex- morador de rua, Marinaldo Barros, esteve no mutirão e levou amigos que ainda estão na rua para conhecem o programa Pop Rua Jud.

“Estou com uma nova vida, saí das ruas graças ao Pop Rua Jud, tenho casa e trabalho e uma lanchonete. Estava há 24 anos perambulando por aí, mas consegui e sei que meus irmãos também conseguem. Tenho outra vida, tenho uma cama limpa para deitar quando chego cansado, agradeço a todo o apoio do Tribunal”, comemorou.

Durante a ação, cerca de 200 pessoas em situação de rua foram acolhidas. Para o juiz Marconi Pimenta, coordenador do Pop Rua Jud Amapá, a união dos poderes significa o avanço de inclusão social das pessoas vulneráveis e em situação de rua.

“O avanço porque todos nós, juntos, irmãos de mãos dadas, estamos tentando garantir acesso rápido ao poder judiciário, estamos desburocratizando todos os serviços que levam a assistência plena, social e jurídica. Então estamos aqui unidos, todas as Justiças, Defensorias, Ministério Público, Governo, Prefeitura, com todos os seus equipamentos. Para atender essa população invisibilizada e que hoje está aqui com a presença do poder para resolver ao menos parcialmente os seus problemas”, enfatizou o magistrado.

Parceiros

O mutirão contou com a parceria de várias instituições. São elas: Justiça Federal, Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral, Defensoria Pública do Estado, Ministério Público Estadual e Ministério Público da União, Ordem dos Advogados do Brasil, Secretaria de Assistência Social do Estado, Polícia Científica Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), por meio do Centro de Referência e de Serviços Especializados (Centro POP), abrigo vinculado à instituição; Polícia Militar do Amapá (PM/AP); Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Assistência Social (Creas); Maçonaria, além de empresas e instituições privadas; estudantes, voluntários da sociedade civil organizada e serventuários do Poder Judiciário amapaense.

Pop Rua Jud Amapá

O Pop Rua Jud Amapá atende à Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nº 425/2021, de setembro de 2021, que instituiu a Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua e suas interseccionalidades.

Em 2023, foram realizadas duas ações em Macapá e uma no município de Santana. A iniciativa beneficiou cerca de 150 pessoas, com diversos atendimentos. Dois destes cidadãos que se encontravam em situação de rua, por meio da iniciativa, conseguiram empregos, apartamentos, inclusive a mobília das suas moradias.

– Macapá, 22 de março de 2024 –

Secretaria de Comunicação do TJAP

Texto: Lilian Monteiro
Fotos: Fernanda Miranda, Kledison Mamed e Vandy Ribeiro
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Hoje é o Dia do blogueiro (já fui blogueiro, hoje edito este site, mas “viva nós!”)

Hoje, 20 de março, é o Dia do Blogueiro. A data foi escolhida em 2004, pela Blogueira CarmenC do blog No Armário da Ca (a página eletrônica não existe mais), isso num tempo em que levar um blog como profissão ainda era um ofício tido como brincadeira (apesar de muitos pensarem assim ainda hoje). A escolha foi baseada na mudança de estação, como uma sugestão para que a ideia sobrevivesse com o tempo.

Quando perguntam qual a minha profissão, digo que sou jornalista, assessor de comunicação, editor deste site e escritor. E acredito mesmo ser um bom profissional. Mas fui blogueiro por anos.

Nesta página, que antes foi um blog por cinco anos, gosto de divulgar cinema, teatro, poesia, atrações musicais, arte, enfim, cultura e todas as suas vertentes. Além de informações relevantes para a sociedade onde vivo, no caso minha Macapá e meu Estado. Ou seja, serei um eterno blogueiro.

O importante é que os nós – jornalistas profissionais, editores de sites e blogueiros – agilizamos a velocidade da notícia e a divulgação da cultura. Claro que é preciso ter responsabilidade e checar sempre a veracidade da fonte, pois não faltam disseminadores de boatos e mentiras, no afã de agradar o chefe ou dar a notícia em primeira mão.

Adoro escrever sobre tudo. Aqui dou o meu pitaco, afinal, a bola é minha, mas sempre com responsa. Ser blogueiro é partilhar experiências, divulgar, elogiar, criticar e emitir opinião, dar e receber conhecimento ou até mesmo bobagens legais.

Certa vez, escutei de um colega jornalista: “no meu ponto de vista, blogueiro é uma pessoa que quer ser famosa”. Não se trata disso, esse abestado nem sabe escrever direito…

O De Rocha é um espaço para opinião, divulgação de eventos, fomentação de cultura e entretenimento. E, se possível, de uso comercial também. Aliás, sou compulsivo em atualizar minha página. Não à toa, hoje também é o Dia do Contador de Histórias. Apropriado!

Portanto, quando gostarem de algum texto ou acharem uma merda, concordarem ou discordarem, comentem, curtam, compartilhem! É isso que dá gás para escrevermos.

Meu muito obrigado aos três mil e tantos leitores que todos os dias acessam este site. Valeu, mesmo!

Ah, um feliz Dia do Blogueiro aos que sabem a luta que é manter uma página atualizada. Parabéns aos meus colaboradores, companheiros que ajudam o De Rocha com poemas, fotos, revisões, causos e etcétera. Obrigado e viva nós!

Elton Tavares

*Só uma coisinha, essa sessão “Datas Curiosas” deste site incomoda alguns, que chegaram a reclamar de tais registros. Ainda bem que todo dia é dia de alguma profissão, atividade ou brincadeira. Acreditem, tem gente que não gosta. Mas são somente os amarguinhos que encontramos pela vida.

 

O “Ferinha” e carência de shows de qualidade em Macapá – Crônica de Elton Tavares

Ilustração de Ronaldo Rony

Macapá é rica em diversidade cultural, onde se mesclam as heranças afrodescendentes, cabocla, indígenas e dos imigrantes em uma identidade única. Só a musicalidade fruto disso tudo já é uma lindeza (quem acompanha este site, sabe que divulgo quase todos os nossos artistas). Imaginem se os empresários do ramo de entretenimento trouxessem artistas e bandas realmente porretas para este lugar no meio do mundo. Acontece sim, mas é raro.

Comecei esse texto/desabafo por conta de hoje rolar na cidade o show do “Moleque, o Ferinha” (ainda bem, não aguento mais aquele comercial na TV), mais um meia boca promovido pelo “Bar da Praia”, assim como os da “Comunidade do Texas”, duas entre muitas produtoras de eventos especializadas em jogar merda sonora (canções feitas somente para o cidadão sem qualquer tipo de acesso à cultura, daqueles que o mercado fabrica e empurra goela abaixo do povo) na capital amapaense e ainda cobrar por isso. Deveríamos ter muito mais acesso a shows de qualidade nestes eventos privados. Afinal, é pago. Então bora pagar por algo que preste.

Enquanto na capital vizinha, Belém do Pará, recebe artistas renomados da música brasileira, Macapá segue presa a um ciclo de repetição, onde os mesmos artistas de sertanejo, aparelhagens, sofrência, entre outros gêneros palhoças, ocupam os palcos locais e que nos deixam aquele gosto amargo de oportunidades perdidas. Sim, já que Titãs, Ira (em 2023), e agora em setembro de 2024, Caetano e Maria Bethânia, podem se apresentar no Estado do outro lado do rio e pra cá não vem nada.

A cultura de massa, impulsionada pelos interesses comerciais e pela busca desenfreada pelo lucro fácil, dá nisso. Os empresários, ávidos por garantir retornos financeiros rápidos, optam por trazer atrações de apelo imediato, mesmo que isso signifique sacrificar a oportunidade de enriquecer a cena musical local com apresentações de mais relevância cultural.

“Cultura não é elitista” ou “Cultura não é somente o que você gosta” dizem alguns defensores dessa merda. Nem vou me dar ao trabalho de explicar essa parte. Quem quiser saber mais sobre toda a questão histórica e social que impede, pode ler aqui: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2023/07/5107726-artigo-cultura-de-rico-cultura-de-pobre.html

Mas o que digo/escrevo aqui é como bem lembrou a advogada (minha prima/irmã), Lorena Queiroz, quando em uma conversa hoje mesmo, usou a citação da ministra da Cultura, Margareth Menezes: “a cultura é uma ferramenta de emancipação do pobre“. Sim, usem bons artistas, os que fazem pensar e para abrir mentes e iluminá-las como faróis na tempestade.

Em contrapartida, na mesma conversa, a Lorena lembrou algo também escroto:

Essa questão em Macapá é muito complexa. Ao mesmo tempo que as produtoras não acreditam no povo, digo na hora de trazer uma atração como Caetano e Maria Bethânia, quando tem um show de graça, como o do Zeca Baleiro, na virada de ano, a maioria da população preferiu ir para o de aparelhagem. Lamentável, pois talvez a cultura esteja empobrecendo. Talvez a boa música esteja fora de moda e a gente não aceita. Talvez o nosso problema seja velhice“, destacou Lorena Queiroz. Eu ri. Pode ser.

Em resumo, não que não tragam esses shows merdas, mas de vez em quando, tragam um bom. Público tem, afinal, todos pagam. É melhor do que ficarmos reféns somente das tais produtoras e seus shows escrotos. E olhem que nem vou falar do populismo. Isso pra ser gentil.

É uma dissonância gritante entre o que é oferecido e o que realmente se anseia, por boa parte da população. Pois é, meu caro leitor, aqui em Macapá, parece que estamos presos em um loop interminável de “shows ferinhas”, com um mar de melodias superficiais, letras simplórias e batidas previsíveis. Como se o refinamento e a profundidade musical fossem conceitos estranhos a essa terra, feita pelos cantadores e tocadores de fora. Sim, pois os daqui se garantem demais.

O problema reside na falta de equilíbrio e na ausência de variedade. É como se estivéssemos condenados a repetir incessantemente as mesmas apresentações ridículas.

Não é uma questão de elitismo, mas sim de acesso à cultura, à música que nos desafia, que nos faz refletir, que nos emociona. Como um dos maiores divulgadores da arte local, em todas as vertentes, sobretudo a música, posso reclamar sim. E mais, não tenho preconceito musical e sim conceito.

“Obrigado por enriquecer nossas vidas com encantamentos” – Frase do livro de Caetano Veloso, usada pela jornalista e apresentadora do Programa Fantástico, Maju Coutinho, ontem (17), ao encerrar a entrevista com ele (Caetano) e Maria Bethânia. É exatamente isso que nos falta nos shows que chegam ao meio do mundo: encantamento. E fim de papo!

Elton Tavares

A importância de notícias sobre ações parlamentares em sites de credibilidade – Por Elton Tavares

Em um mundo repleto de informações duvidosas, o papel crucial das notícias parlamentares em sites de credibilidade ganha ainda mais destaque. Enquanto muitos políticos direcionam seus esforços exclusivamente para as redes sociais e negligenciam a importância dos sites de notícias, uma simples pesquisa no Google revela a escassez de conteúdo político consistente nessas plataformas, como Twitter, Instagram e Facebook, ou o app de bate-papo WhatsApp.

A falta de atenção de parlamentares e assessores em investir na veiculação de suas atividades em sites sérios contrasta com a predominância da busca por informações políticas na internet.

Nesse cenário, veículos confiáveis, como este site, o De Rocha, com seus 14 anos de experiência na cobertura de assuntos relevantes para a sociedade amapaense e outros veículos igualmente sérios como os sites dos jornalistas Alcinéa Cavalcante, Alcilene Cavalcante, Café com Notícias, Seles Nafes, Alyne Kaiser e Cleide Freires, emergem como alternativas fundamentais.

A internet oferece muita informação, todos sabem. Porém, é necessário discernimento para separar a verdade da desinformação. Enquanto as redes sociais podem ser terrenos férteis para notícias sensacionalistas, os sites sérios desempenham um papel crucial na promoção da transparência e participação cidadã.

O compromisso desta página em fornecer conteúdo preciso e contextualizado sobre assuntos de relevância, entre eles a política, é essencial para manter os cidadãos informados e capacitados. Ao longo de mais de uma década, o veículo conquistou a confiança do público ao dedicar-se à divulgação de conteúdo de qualidade.

Em um contexto político em constante evolução, a cobertura parlamentar desempenha um papel fundamental na educação cívica e na compreensão das decisões que afetam a vida dos cidadãos. O investimento na visibilidade em sites sérios não é apenas uma estratégia de marketing, mas sim um compromisso com a transparência e a prestação de contas.

As redes sociais dão menos trabalho, mas não são encontradas nas pesquisas de sites de busca e sempre passam mais a imagem de promoção pessoal do que notícia do trabalho.

Em resumo, a importância das notícias parlamentares em sites sérios é inegável. A credibilidade do veículo de comunicação virtual é um ativo valioso na era da informação. Portanto, para se achar ações de mandatos ou das lideranças políticas, é essencial uma página eletrônica profissional. Fica aí a dica para a reflexão.

Elton Tavares – Jornalista, especialista em assessoria de comunicação institucional e política, escritor e editor/proprietário do site Blog De Rocha