Em outubro de 2015, David Giddings, promotor do festival inglês Isle Of Wight, afirmou que David Bowie não sairia mais em turnê e nem faria mais shows. O artista não se apresentava desde 2004, quando passou por uma emergência médica. Mas em 2013, ao lançar de surpresa o álbum “The Next Day”, cresceram os boatos de que ele voltaria aos palcos.
Eu tinha a esperança de vê-lo cantar um dia. “Afinal, o cara é mais novo que os Rolling Stones, Eric Clapton e Paul McCartney”, pensei. Ledo engano. Não rolou e nem vai rolar. Acordei às 6h de hoje, com um recado do meu amigo André: “cara, o David Bowie morreu”.
“David Bowie morreu tranquilamente hoje, rodeado pela sua família, após uma corajosa batalha contra o cancro durante 18 meses. Enquanto muitos de vocês vão compartilhar essa perda, pedimos respeito à privacidade da família nesse momento de luto“, disse a nota oficial que noticiou sua morte.
Não caiu a ficha na hora. Lá pelas 7h30, vi no Twitter, TV e Facebook. Desde então, tento escrever algo sobre ele. Bowie partiu nessa madrugada para as estrelas. Ou será que voltou pra lá? Pois aquele cara parecia não ser deste mundo.
O músico britânico tinha 69 anos e foi um dos maiores ícones da cultura mundial. Na última sexta-feira (8), escrevi sobre o seu aniversário. No mesmo dia, o artista lançou um videoclipe para a canção Lazarus, do novo álbum, Blackstar. A gente nem se tocou que o vídeo com Bowie deitado numa cama de hospital era na verdade uma despedida.
David Bowie foi, é e sempre será uma estrela de primeira grandeza no universo musical. Com um estilo ímpar, foi o astro de Rock que mais mudou de cara e cabelos na história. Também revolucionou a história dos videoclipes algumas vezes. Ele possui uma das melhores discografias da história. Aliás, o Camaleão do Rock vendeu mais de 140 milhões de discos em toda sua carreira.
Por tudo que David Bowie fez na carreira, lhe rendo homenagens. Como sintetizou a minha prima Lorena Queiroz: “A gente cria laços com nossos ídolos de um jeito muito pessoal e acho q até singular. Uns vão dizer que é frescura, mas phoda-se! Me orgulho de ter discernimento de admirar personalidades realmente admiráveis”. É isso mesmo. Assim como ela, não sinto a morte de um astro do Rock desde o Renato Russo, há 20 anos.
Adeus, David Bowie. Você foi um dos meus “Heroes”. Descanse em paz. Obrigado por tudo!
Elton Tavares