Ontem, no último dia do festivo mês de julho, após passar dois dias de intenso trabalho no interior do Amapá, cheguei em Macapá cansado, mas muito ansioso, pois a noite prometia. E lá fomos nós para a casa de shows Biroska, para celebrar os dois anos de criação do Underground Clube Rock Bar, boteco mais porreta da capital amapaense, comandado pelos amigos Tássio e Carol.
Eu e minha ruiva chegamos cedo, escolhemos a mesa e tomamos uns mojitos. Ah, os drinks deram um sabor etílico diferenciado para o piseiro, pois estavam firmezas (parabéns Josivaldo e Márcio). Digo isso por ter misturado uma porrada deles. Além do goró de alto nível e preço acessível, a festa foi um grande encontro de velhos amigos. Deu pra abraçar a malucada das antigas por lá.
Sobre as atrações, a Tio Zé, banda que abriu a sonzeira da festa (particularmente não gostei da discotecagem) fez um som legal, sem grandes novidades para quem saca o repertório do grupo, mas deu pra o gasto.
Aí vieram eles, os caras da Stereovitrola (melhor banda de rock autoral do Amapá) e seu cover do Joy Division, banda pós-punk, de Manchester (ENG), dos anos 80, que para mim está no Olimpo do Rock and Roll. Atmosphere e Love Will Tear Us Apart me emocionam pra valer. Pelo cover extremamente fiel-poético-obscuro, agradeço: obrigado, Stereo!
Na sequencia, quando se trata de cover de Raul Seixas, é preciso ter competência para cantar suas canções clássicas do rock brasileiro. Silvio Neto não só o faz com maestria, como vai além. O cara coloca amor, força e emoção, incorpora Raulzito. Ao cantar as músicas do maluco Beleza, o punk do sertão emana energia e é sempre sensacional. Sempre faz o público vibrar, cantar, se emocionar e aplaudir. Silvio é PHoda!
Resumo da ópera-rock: A festa cumpriu com o que prometeu. Os shows da Stereo e do Silvio foram verdadeiros espetáculos. Eu poderia dizer muito mais, mas este texto ficaria imenso e minha ressaca não permite que escreva tanto (cérebro letárgico de tantos drinks, cervas e doses de cachaça de jambu).
A festa foi feita pra amantes do bar e realmente foi do jeito do Undeground (minha casa, rapá). Quem não foi, perdeu. Meus parabéns aos amigos Tássio Callins e Carol Nascimento. Também à LG Produções, músicos e demais envolvidos na realização do evento. Foi paid’égua demais, realmente uma noite incrível de som, amigos e diversão!!
“Me entenda. Não sou como um mundo comum. Eu tenho minha loucura, eu vivo em outra dimensão e não tenho tempo para coisas que não têm alma“. (Charles Bukowski).
Elton Tavares