Adoro gibi, sempre gostei. Fui leitor fanático de várias sagas de diversos personagens do universo dos quadrinhos. Meu amigo Fernando Bedran, durante nossas bebedeiras, sempre falava que é aficionado pelos quadrinhos de Asterix, o herói gaulês.
Ah, para quem não saca: “Asterix é uma série de quadrinhos, francesa, que conta a história de uma aldeia de gauleses (antepassados dos franceses) que teima em resistir ao invasor romano – enquanto toda a Gália já se rendeu. A aldeia de Asterix resiste graças a poderes especiais conferidos por uma poção mágica”.
Há anos, Bedran emprestou-me uma revista intitulada “Asterix e a Cizânia” (que aliás eu ainda não devolvi). O quadrinho conta a história de Tullius Detritus, personagem que semeia a discórdia, a cizânia entre os gauleses para enfraquecê-los e assim Roma possa vencê-los. Mas, ao fim, Asterix e seus amigos conseguem derrotá-lo.
Na trama, Tullius Detritus é o mestre da discórdia, astúcia, bandalheira onde ele chega, ele destrói, é a cizânia em pessoa – fofoca, manipulação, articulador da discórdia, dedo de seta, o veneno em pessoa.
Aí penso nos Tullius Detritus do cotidiano. Figuras com jogadas sombrias, ataques sinuosos. Seres com a necessidade constante de mostrar superioridade. Muitos tentam se passar por espirituosos ou autênticos, mas são ardilosos, sombrios e perigosos.
Portanto, tenham muito cuidado com o que vocês falam e principalmente para quem vocês falam suas coisas. Pois tá cheio de secador de pimenteira, escrotos, posers, soberbos , incoerentes e insensatos. Crápulas à espreita, motivados por inveja e armados de calúnias. Enfim, grandes filhos da puta.
Deixo aqui um conselho: não dê papo, muito menos confiança. Acreditem, aprendi isso da pior forma. Além do mais, cedo ou tarde, eles se lascam. É isso!
Elton Tavares