Poema de agora: Vento forte do Norte – @ManoelFabricio1

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Vento forte do Norte

o vento de forte, soprou
soprou, soprou, soprou
parecia caminhar pelos telhados
assoviando por todos os lados
a memória da morena
me assombrou
quando percebi, estava arrepiado
fui lá fora ver toda essa confusão
o vizinho que não conheço acenou
– o vento tá forte, né meu chegado?
entendi a pergunta, no seu acenar…
enquanto olhei para o lado
o telhado voava, parecia uma folha de papel
dos panfletos jogados ao léo
placas voando, tampas de caixas d´águas
espalhadas pelo céu
tudo que estava em pé
caiu!
ninguém tem tanta sustenção assim
lembrei-me da ação e disse: vento leva!
a memória que está armezenada no hipocampo
meu irmão!
o vento desobediente não levou nem porra
levou só o que não tinha sustentação
tudo o que precisava ser levado
para que o ciclo fosse renovado

Manoel Fabrício

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