13 de maio de Lutas – Movimento Negro integra, nesta quinta-feira (13), Ato  Nacional contra o racismo

13 de Maio é Dia Nacional de Denúncia contra o racismo no Brasil. Nesta quinta-feira (13), a partir das 16h na frente da Fortaleza de São José de Macapá, a Coalizão Negra por Direitos, realizará um Ato em Macapá e  convida todos os setores da sociedade a se juntar ao “13 de maio de Lutas”, mobilização nacional pelo fim do racismo, do genocídio negro, das chacinas e pela construção de mecanismos de controle social da atividade policial.

No Amapá o ato já foi confirmado e será realizado por organizações que compõem a Coalizão Negra por Direitos e entidades parceiras.

Na semana passada, haviam sido realizados atos no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília por justiça às vítimas do massacre na Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, e de todas as operações policiais que resultaram em mortes nas favelas e comunidades do Brasil. Em manifesto, militantes de diversas organizações do movimento negro brasileiro denunciaram ao mundo “que vivemos em um país no qual amanhã poderemos estar mortos. Seja pelo coronavírus, seja pela fome, seja pela bala, o projeto político e histórico de genocídio negro avança no Brasil de uma forma sem limites e sem possibilidade concreta de sobrevivência do povo negro”.

Além disso, o movimento pede respostas às autoridades e reivindica por auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, o direito da população negra à vacina contra o coronavírus pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o fim do governo Bolsonaro.

Com o lema, “Nem bala, nem fome, nem Covid. O povo negro quer viver!”, os atos foram escolhidos para 13 de maio em alusão ao marco do fim da escravidão no Brasil e a necessidade de debater o assunto sob a ótica da população negra. Dentre os temas, estão as consequências socioeconômicas da falta de assistência aos negros e negras libertos em 1888.

Mais de 130 depois, as gerações atuais ainda sofrem com algumas consequências, como a situação de genocídio e a morte de pessoas pretas por uma doença em que já há vacina, a Covid-19. Segundo o Instituto Pólis, em 2020, eram 250 óbitos de homens pretos pela doença a cada 100 mil habitantes.

As organizações dos protestos orientam quem for participar para comparecer de máscaras – se possível usar a PFF2 – higienizar as mãos com álcool em gel constantemente, se manter em local ventilado e, o quanto possível, com distanciamento social seguro.

A importância histórica dos atos neste momento da maior crise humanitária sem precedentes, com o aumento do desemprego, da miséria e da fome, mais uma vez a população negra está por sua
própria conta. O espírito de solidariedade e comunitário fez com que a população negra se ajudasse, seja organizando campanhas humanitárias, apoiando vizinhos e vizinhas nas favelas e comunidades ou acompanhando famílias afetadas pela doença.

Famílias essas pressionadas a tomar medicamentos sem eficácia – com a indicação do próprio governo – e que têm dificuldade para acessar serviços de saúde.

PROGRAMAÇÃO EM MACAPÁ: 

Concentração – À partir das 16h, na Frente da Fortaleza São José de Macapá – Rua Candido Mendes

16:00 | Silêncio pelas Vítimas do genocídio negro, das chacinas

16:01 | Apresentação da RESISTÊNCIA do tambor

16: 10 | Leitura do documento do Ato 13 de maio

16: 20 | Falas de representantes da Coalizão Negra por Direito – Amapá (IMENA, Ancestrais, , Pastoral Afro, SINDOMÉSTICAS, Mãe Venina, Rede Fulanas)

16: 40 | Performance

17: 20 | Falas de representantes da Coalizão Negra por Direito – Amapá (Eco Vida, Utopia Negra Amapaense, NEAB UNIFAP, NSB e fala de participantes do ATO

18:00 | Encerramento

Serviço: 

Ato Amapá – 13 de Maio de Luas – Pelo Fim do Genocídio Negro e pelo controle social de atuação das polícias!
Hora: a partir das 16h
Local: em frente da Fortaleza de São José de Macapá

Assessoria de comunicação da Coalizão Negra por Direitos

 

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