19 anos da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia

Por Jéssica Freitas

Há dezenove anos a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (Oela) abria suas portas para iniciar o trabalho com jovens amazônidas de baixa renda, e de vulnerabilidade social. Desenvolvendo atividades que respeitam os princípios da utilização racional e sustentável dos recursos naturais da região.

Para festejar o aniversário da OELA, a instituição organizou uma grande comemoração, contou com a participação da comunidade, funcionários e convidados o Presidente do conselho diretor Carlos Durigan, o secretário do conselho Dr João Matos, professora Wanda Nogueira e outros.

Além do aniversário de 19 anos, foi realizada a formatura da primeira turma do Curso de Lutheria com ênfase na produção de Violinos, que contou com o apoio financeiro da Fundação Banco do Brasil- FBB.

Um dos pontos altos foi o discurso emocionante do aluno Douglas que enfatizou a grande importância que hoje a Lutheria tem em sua vida, desde o grande sonho que ele nunca imaginava ser possível, ate este momento com a realização dele, com o apoio do Professor e Luthier Jorge Montero de sua família e amigos, foi possível a conclusão, Douglas hoje faz parte da Orquestra filarmônica do Amazonas.

A formação do curso, abrangeu várias áreas, como ferramenta de manipulação, mercado de trabalho, desenho, matemática básica, inglês, ecologia e sustentabilidade, certificação florestal, além da formação dos profissionais na arte da lutheria, o Atelier OELA, foi também um laboratório de pesquisa sobre à introdução de madeiras certificadas FSC da Amazônia para a construção de instrumentos friccionados. Os resultados são bem animadores.

A OELA foi à primeira escola de lutheria do mundo a conquistar o Selo Verde do Conselho de Manejo Florestal, o Forest Stewardship Council (FSC) e manter a renovação desta certificação até os dias atuais (17 anos), um reconhecimento importante da organização com os princípios do desenvolvimento sustentável pela tomada de decisão de uso exclusivo de madeiras certificadas FSC da Amazônia para a fabricação de instrumentos musicais.

O projeto deu os primeiros passos em 1998, por iniciativa do luthier e prof. Rubens Gomes que dividia o espaço da própria casa e o seu conhecimento para ensinar a construir instrumentos musicais de corda dedilhada. Em 1999, a OELA foi reconhecida como uma Organização não-Governamental (ONG) e, passou a receber apoio de várias entidades e expandiu suas fronteiras, sendo reconhecida como utilidade pública Municipal e Estadual.

Em quase duas décadas de existência, a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia tem contribuído para a conservação da Amazônia assim como para a geração de emprego e renda e formação profissional de adolescentes jovens.

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