A noite que os fãs de rock de Macapá tremeram


Ontem (16), acompanhando o twitter, li sobre uma das atrações da última noite do V Festival Quebramar, a “Gang do Eletro”, que toca Melody, musicalidade paraense e mídia auditiva dominante no Amapá. Isso em um evento com o público em sua maioria rocker. Assumir preconceitos é osso, sei que é politicamente errado julgar as pessoas e suas preferências, mas melody não pô! Como diz o meu amigo jornalista Silvio Carneiro: “A vida é foda, mas é a vida”. 

Não quero ser injusto, o pessoal do Coletivo Palafita sempre trabalha duro na organização do Festival, mas até onde essa mistureba agrada? Li muita reclamação, de muita gente que saca e ajuda de alguma forma, os eventos do grupo cultural. Guardada as devidas proporções, me lembrou de quando colocaram o Carlinhos Brown na mesma noite do Iron Maiden, na penúltima edição do Rock in Rio. Festa de brega é o que mais tem em Macapá, um lance como o Quebramar nos remete a novas opções, sair do mais do mesmo. Como disse uma amiga minha: “é meio irônico”. 

Não se trata da crítica pela crítica, até porque algumas pessoas não absorvem muito bem, estão acostumados somente com aplausos. Mas como sempre divulgo as ações e eventos do Coletivo, há anos, claro que tenho o direito de criticar a banda que “tremeu” para os rockers amapaenses. 

Mas pensem bem, um Festival neste porte, destinado para o público underground, que curte piseiros bacanas, que contou com banda gringa e outra renomada nacionalmente, ter como atração uma banda de bregoso é sacanagem. Esse papo de achar calipsos, amarantos e calcinhas Cult é coisa de programas de TV. 

Ah, que fique claro uma coisa: não estou criticando o Festival Quebramar, longe de mim, o evento englobou muita coisa legal, como os shows da Korzus e B Negão. Tô dando o papo sobre uma “atração” baseado no asco pelo tecnobrega e conversas com os amigos que não curtiram. Aí dirão que o público alvo não é mais os roqueiros da cidade, mas sim todos. Afinal, só rock pode parecer preconceito né não? 

Não possuo conhecimento amplo sobre música, tudo que digo ou escrevo é baseado nos meus achismos. Para mim, Melody é palha, possui letras infames, versos clichês e sonoridade repetitiva. Mas essa é a minha verdade!

Enfim, é claro que me recusei a ir ver esse “show”, pois não gosto de “tremer” e gosto menos ainda da “galera da laje”, pois sou um roqueiro das antigas, gosto mesmo é de Rock’n’Roll.

Elton Tavares

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