A nonagenária mais linda do mundo completa 93 anos hoje. Feliz aniversário, vó Peró!

Hoje é sábado. O “dia branco”. Mas não um sábado comum. Neste vigésimo primeiro dia de dezembro, Perolina Penha Tavares completa 93 anos de vida. Sim, a minha avó “Peró”. Para mim, ela é um ser humano de uma beleza ímpar. Aqui neste texto, vou tentar descrever um pouco da nossa estrela de primeira grandeza (dá uma trabalheira escrever sobre alguém tão importante, mas vamos lá).

Natural do Mazagão, mas paraense na carteira de identidade (época de Grão-Pará), vovó é uma das pessoas que pode dizer: “quando cheguei aqui, era tudo mato” sobre Macapá. Ou pelo menos sobre a maior parte da capital amapaense, onde reside desde os anos 50. Peró casou com João Espíndola Tavares, que já virou saudades, e teve cinco filhos. Trabalhou muito ao lado do marido, ambos pioneiros desta cidade no meio do mundo.

A filharada cresceu, cada um fez seu o seu nome. Vovô e Zé Penha (papai) partiram. A Peró pegou todo mundo e manteve juntos e unidos. Vovó é mesmo uma pessoa admirável, quem conhece sabe. A ela devemos a solidez da nossa família.

Além disso, Perolina é cheirosa, educada, elegante e sábia. Vovó é uma mulher serena, coerente, lúcida, sábia, justa, caprichosa, amorosa, discreta e forte. Um exemplo a ser seguido, com toda a certeza.

A “Peró” pintou sua trajetória primeiramente com as cores que pôde e depois com as tintas que quis. E fez um belo trabalho. É redundância falar o quanto a vovó é uma dama e um amor de pessoa. Tudo que ela fez foi de forma digna, humana e coerente. Ela desperta o que existe de melhor dentro de cada um dos seus filhos e netos. A família sempre foi sua grande razão de viver. E é assim até hoje.

Já disse e repito: todas a vezes que perambulo pelo passado, a Peró está lá me dando um conselho, um ralho, preparando alguma comida maravilhosa (ela é a melhor cozinheira deste sistema solar, seguida de perto pela minha mãe, que aprendeu com a vovó) ou qualquer outra memória afetiva.

Sou o mais velho entre seus netos. Às vezes, passo uma semana sem ir vê-la, por conta daquelas ausências involuntárias, mas fico atento. E quando é preciso, estou lá, junto, pra qualquer coisa. Tento dar um pouquinho do amor que recebi ao longo dos meus 43 anos.

Sabem, das poucas coisas que faço direito, uma delas é amá-la. Há tempos não sou mais criança, os cabelos brancos e barba deram uma esbranquiçada, mas o homem que a a Peró ajudou a formar o caráter,  agradece por tudo dito/escrito aí em cima e muito mais que não cabe em somente um texto de aniversário. Quando eu fizer 50, ela fará 100 dezembros. E ainda caminharemos juntos pelo tempo, com o amor de sempre.

No meu mundo, Perolina reina junto com minha mãe. Hoje vamos celebrar a existência da vovó. Estejamos juntos. Te amamos, Peró. Feliz aniversário!

A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família”. – Léon Tolstoi.

Elton Tavares (mas também em nome de José Penha Tavares e Emerson Tavares).

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