A vez que fui reprovado em História da Arte

(Fonte img: google)
Em uma noite qualquer de 2006, recebi minha nota de um trabalho do 2ª semestre de jornalismo, matéria História da Arte. A professora me deu ZERO, aquela cagona. Ela pediu para definirmos os movimentos artísticos Neoclassicismo e Romantismo. Só não sacou que os conceitos estão certos, só foram explicados de forma irreverente. Leiam:
Análise pessoal de movimentos artísticos – Por Elton Tavares

O Neoclassicismo :


O Neoclassicismo aconteceu entre o fim do século XVII e o início do século XIX, expressava os valores da burguesia endinheirada e fútil da época. No neoclassicismo era difundida a idéia de que para uma obra de arte ser perfeita, ela deveria se basear na arte grega e romana, com sua estética clássica (daí o nome: Neoclassicismo, ou seja, novo classicismo).

Pra isso, era necessário que o artista aprimorasse seu aprendizado através de técnicas e convenções da arte clássica (puro academicismo, que por sinal, é o outro nome do neoclassicismo).

Exemplos bem marcantes da arte neoclássica estão na arquitetura ocidental em grandes cidades – principalmente na Europa. Estas construções neoclássicas “coincidiam” em geral com períodos históricos importantes (tipo revoluções, ditaduras, etc), como forma de atender os anseios do “ego descontrol” de algum louco surtado.

Na pintura, a inspiração, além da arte greco-romana, vinha também da renascença italiana, com suas formas humanísticas perfeitas e acentuadas. Na pintura, o mais significativo pintor, o “foda” mesmo foi Jacques Louis David, considerado o pintor da Revolução Francesa, que depois se tornou oficialmente o pintor do império de Napoleão Bonaparte (entendeu a ligação?! Hein! Hein!).

O Romantismo:

Já o Romantismo, aconteceu no século XIX, foi uma reação ao neoclassicismo, suas características são: a liberdade de estilo/expressão do artista e a valorização dos sentimentos/imaginação como princípios da criação artística. Desligando-se assim, dos tecnicismos acadêmicos vigentes na época. Além disso, temas como a natureza (com nuances dinâmicas), o estado emocional do artista (pura viadagem) e acontecimentos contemporâneos e históricos eram comuns nas obras do romantismo – no caso de Goya (a invasão de Napoleão na Espanha) e Delacroix (a revolução de 1830 na França).
Era comum também a pintura de paisagens da natureza (principalmente na Inglaterra), com um forte realismo de imagens, principalmente a modificação das cores causada pela sombra e luz. Esse lance todo tem um “quê” de frescura, essa contemplação toda da natureza, dos sentimentos e blá blá blá. Depois não querem que falem que os ingleses são frescos, rs (não, não sou homofóbico, foi só pra tirar onda). 

Lá pelo quarto ano de faculdade, após eu ter pago a matéria, mostrei este texto para minha coordenadora de curso e alguns professores. Eles foram unânimes, afirmaram que a ideia  o conteúdo sobre os dois movimentos artísticos  foi bem explicado, apesar da brincadeira que fiz no texto.
Agora me digam, como um professor de jornalismo pode ter a cabeça fechada a ponto de não sacar o humor e sarcasmo no texto? Eu me tornei jornalista antes de me formar e acredito que aprendi mais fora do que dentro da faculdade. Sobre a “mestra” em questão, acho que ela  é melhor de Samba do que de interpretação de textos.  

Elton Tavares
*Texto repostado

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