A vitória e o despertar de Alice

                                                                                    Por Darth J.Vader

O dia 07 de maio de 2011 foi histórico para o País. Foi o dia que o Supremo Tribunal Federal decidiu que a união gay nada mais é que uma instituição familiar, com direitos e deveres comuns aos héteros. Foi o primeiro dia do ano que chorei de felicidade…


A vitória, como tinha escrito aqui antes, foi maravilhosa, mas até o povão entender coisa que o valha – à exceção de bolsa tipo família para estes se encherem de cachaça e ter a desculpa de não precisar trabalhar por um ano, pelo menos -, a homofobia ainda é gritante em frente às nossas casas. Literalmente.

Ontem a noite, enquanto ainda sorria de orelha a orelha com a decisão do STF, ouço um desses vagabundos gritar:
– Sai da frente da casa das machudas, moleque!
É…
Então…
Nem no dia na maior vitória dos gays no Brasil eu tenho paz.
O despertar foi um soco no estômago, um triste desacalanto de saber que é simples dar dinheiro aos pobres (que preferem ganhar esmolas a ter emprego digno) há quase 10 anos, contra o sentimento de me deixar existir como cidadã, ao menos por um dia.
Dos males, o menor. Eu agora sou muito mais gente do que os ‘beneficiados’ jamais serão!

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