Abuso: Após 15 anos praticando o esporte no na Praça Floriano Peixoto, skatistas são retirados a força do local

    Protesto dos skatistas na Praça Floriano Peixoto, no último sábado (17),  contra o abuso de poder do guarda municipal. Basta de perseguição aos esportistas. 

A ação que proíbe a prática do skate na Praça Floriano Peixoto aconteceu no dia 12 de setembro de 2011, quando o guarda municipal de prenome Charles, responsável pela segurança do local, interditou a quadra alegando acatar ordens do secretário municipal de manutenção urbanística, Eraldo Trindade, que proibiu a prática de esportes naquela área.

A interdição gerou imediata indignação entre pais de skatistas e comunidade do entorno, que ao questionarem o fato, foram recebidos pelo grupamento tático operacional da guarda municipal – GTO, numa tentativa de controlar o tumulto.

Na mesma semana, dia 16, o guarda Charles apresentou um comunicado emitido pela SEMUR, determinando que os agentes fiscalizadores coibissem o uso de skates e equipamentos congêneres, “ficando proibido em áreas de circulação de pedestres como passeios públicos, calçadas de praças e demais logradouros”.

Segundo a Associação Amapaense de Skate (AASKT), o documento é bem claro em autorizar a prática do esporte no local que já era ocupado pelos skatistas. No caso, a arena esportiva da Praça. “O skate nunca foi praticado em outro local da Praça Floriano Peixoto, mesmo por que é impossível pelo tipo de piso das calçadas e passeios públicos” alega Neto Mira, membro da entidade.

PROTESTO E PERSEGUIÇÃO

Após uma mobilização via redes sociais, cerca de pouco mais de 100 skatistas e simpatizantes do esporte estiveram reunidos na tarde do último sábado (17), para protestar pelo direito de usufruir do espaço público. E mais uma vez o GTO esteve presente para reprimir aquela que era uma manifestação pacífica. No entanto, a guarnição entendeu a legitimidade do protesto e decidiu recuar.

Fato que gerou a revolta de parentes do guarda Charles, que moram em frente à praça, por considerarem a liberação da arena uma afronta à autoridade do mesmo, revelando desavenças pessoais entre os envolvidos.

Insatisfeitos, estes moradores acionaram o GPA, outro grupamento da guarda, e em seguida a Polícia Militar do Amapá (PM), sob a denúncia de que os manifestantes estavam ateando fogo nos pedalinhos. Depois de comprovada a improcedência da mesma, a PM se deslocou para atender outra ocorrência, mas retornou em seguida, quando um homem, identificado como irmão de Charles, agrediu um vendedor de Picolé e um skatista menor de idade.

O fato foi registrado em boletim Boletim de Ocorrência (B.O), e a polícia informou a intenção de formalizar uma denúncia contra o guarda na corregedoria da Guarda Municipal de Macapá (GMM).

Pouco tempo depois, por volta das 19h, as luzes da Praça Floriano Peixoto foram apagadas a mando do guarda Charles, que detinha a posse das chaves da caixa de força. Diante disso, os moradores chamaram o serviço de plantão da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). A equipe da CEA constatou que os disjuntores foram, de fato, desligados manualmente.

A sequência de arbitrariedades, por hora, resultou na transferência do guarda Charles para outra Praça, a fim de que o mesmo exerça a função de fiscalizar e promover a manutenção do espaço público, atendendo às leis e aos interesses do município.

Assessoria de comunicação da AASKT

Meu comentário: Tenho muitos amigos skatistas. Os caras são tranquilos, praticam o esporte sem causar problemas aos pedestres, trânsito e etc. Essa decisão é arbitrária, o abuso do policial é inadimissível e se a Prefeitura quer que os esportistas deixem os logradouros públicos, que garanta um espaço adequado para os figuras andarem de “carrinho”. Bom, é isso.

Elton Tavares

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