Ação da Prodemac resulta em limpeza do Conjunto Macapaba e MP recomenda audiência pública para que moradores assumam suas responsabilidades

Os primeiros resultados da audiência de conciliação realizada em novembro deste ano no Fórum Leal de Mira, em que estavam presentes representantes da Prefeitura de Macapá (PMM) e Governo do Estado (GEA), foi a remoção de entulho no Conjunto Habitacional Macapaba, por parte da Prefeitura, antes do natal e apresentação de cronograma de varrição e demais providências. A audiência foi resultado de uma Ação Civil pública com obrigação de fazer, de iniciativa do Ministério Público do Amapá (MP-AP) por meio da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Conflitos Agrários, Habitação e Urbanismo (Prodemac), requerendo ao judiciário que os poderes executivo Estadual e Municipal cumpram a obrigação de limpar e ordenar o referido conjunto. A Ação Civil Pública (ACP) tramita desde 2017, e os moradores exigiam providências diante de inúmeros problemas ambientais e de ordenamento urbano.

A ACP é fundamentada no Procedimento Administrativo (PA) em que moradores do Macapaba denunciaram na Prodemac a ocupação irregular e desordenada do passeio público, desobediência às normas urbanísticas, como ocupação ilegal de logradouro público, construção irregular de casas e estabelecimentos comerciais, o que, de acordo com ACP, dificultam o trânsito de pedestres e pessoas com pouca mobilidade. Para o MP-AP, estes fatos acontecem por falta de fiscalização e ações repressivas, e vão de encontro às leis ambientais. A falta de atitude por parte dos poderes executivos, que estavam a par da situação, obrigou ao ajuizamento por parte da Prodemac.

Ainda em novembro foi realizada uma inspeção pela Assessoria Técnica da Prodemac, em que o relatório e imagens confirmaram a inércia por parte do GEA e PMM, demonstrando que as construções irregulares continuavam, e ainda a constatação de lixo espalhado no local. Durante a audiência de conciliação, com a presença da promotora de Meio Ambiente, Ivana Cei, e representantes do GEA e PMM, ficou decidido que em dezembro seria realizada a limpeza geral do conjunto e os empreendimentos irregulares retirados, permanecendo no local os cadastrados e autorizado, em 30 dias.

A procuradora do Município Vânia Magalhães, confirmou a finalização dos serviços de limpeza no final do dia 22. Para cumprir o acordado, a PMM utilizou máquinas e homens na retirada de 33 toneladas de resíduos e entulhos, eliminação de 5 lixeiras viciadas e serviço de roçagem. O material retirado foi descarregado no Aterro Sanitário de Macapá, onde a empresa administradora isentou da taxa. A promotora Ivana Cei recomendou ao Município que realize audiência pública com moradores para que assumam suas responsabilidade na manutenção da limpeza e ocupação irregular dos espaços. A Prodemac aguarda o cumprimento da desobstrução do passeio público e organização urbanística no Conjunto Macapaba.

Para a promotora Ivana Cei, os poderes executivos precisam cumprir suas obrigações, organizar a cidade e fazer com as leis sejam respeitadas, assim como os moradores, caso contrário, o MP-AP irá agir extrajudicialmente ou judicialmente para garantir os direitos da maioria. “Não é fácil administrar um conjunto maior que muitos municípios, caso do Macapaba, que tem 25 mil moradores, mas é preciso que gestores, lideranças e moradores se unam para evitar que espaços públicos virem lixeiras e não ofereçam condições de tráfego e saúde pública. Vamos continuar vigilantes, cobrando fiscalização, organização manutenção e cumprimento de leis e acordos de todos os envolvidos, deixando claro que a obrigação não é só dos entes públicos, a obrigação é solidária incluindo portanto os moradores”.

SERVIÇO:

Mariléia Maciel – Assessora técnica da Prodemac
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

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