Alunos da rede estadual de ensino do Amapá ganham prêmio nacional de robótica com patrocínio da VEPMA

 


Neste mês de dezembro, a equipe da Escola Estadual Esther Virgolino ganhou o primeiro lugar do Torneio Nacional Juvenil de Robótica, que aconteceu em São Paulo, no Centro de Convenções do Novotel, de 28/11 a 03/12. A vaga garante credencial para o campeonato internacional na Argentina, em 2020. A viagem dos alunos foi custeada com recursos da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas (VEPMA), oriundos da aplicação de penas pecuniárias.

Os estudantes da escola localizada no bairro São Lázaro, em Macapá, disputaram com 128 escolas entre públicas e particulares de todo o Brasil. Foram os últimos 15 finalistas, até chegar ao podium final em primeiro lugar. O projeto é destaque por utilizar materiais como: vidro elétrico de carro, pedaços de portão de alumínio, restos de monitor de computador, impressoras sucateadas.

O professor Elender de Souza está à frente do projeto “Robótica alternativa” e conta que a ideia surgiu no desafio de buscar matérias-primas alternativas para construir os robôs (que normalmente tem um alto custo) e participar dos campeonatos. “Nosso treinamento ocorre durante toda a semana. A partir do campeonato internacional que ocorreu em julho, tivemos a oportunidade de reformular nossas estratégias. Infelizmente, pelo pouco recurso que temos na escola, só testamos o robô na hora da apresentação. Foi um desafio!”, explicou.

Outro fator diferencial foi o custo do material. “Enquanto nós gastamos no máximo R$ 300 reais para construir um robô funcional, outras equipes gastaram no mínimo R$ 3.000 mil reais, e as pessoas chegavam na curiosidade de saber como construímos os nossos”. complementou o professor.

A VEPMA realiza um extenso trabalho de apoio social a diversos entes do poder público e da sociedade civil. Além do suporte para a robótica, a escola Esther Virgolino recebe dez cumpridores de penas alternativas, que realizam os mais diversos serviços para manutenção e funcionamento do ambiente escolar. São pessoas que cometeram crimes considerados de menor potencial ofensivo, como por exemplo crimes de trânsito ou danos ambientais.

Na visão da servidora Antonice Melo, pedagoga na equipe multidisciplinar da VEPMA, os recursos da Vara pertencem à sociedade e os agentes do Poder Judiciário têm o papel de geri-los e intermediar sua devolução. “Nós analisamos os projetos e o juiz Rogério Funfas, titular da unidade, julga se defere ou não. Mas, quem está há três anos construindo este sonho são os próprios alunos. É uma grande honra para todos nós fazermos parte desta vitória”, declarou.

“A parceria com a VEPMA tem permitido que projetos como este ganhem o impulso necessário para virar realidade, trazendo grandes frutos para a sociedade. Esses alunos serão nossos futuros empresários e pesquisadores, e são da Amazônia, do Amapá”, complementou a pedagoga.

Assessoria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Amapá

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