Do Amapá para o mundo: cantora Patrícia Bastos divulga CD na Europa, em 2015

Por Paula Monteiro, do Portal Amazôniapb

A Amazônia cantada ao som do marabaixo, com voz aveludada e compassada com sons eletrônicos marcantes. A mistura -que também revela em letras a exuberância da Região Norte- renderam o CD ‘Zulusa’, da cantora Patrícia Bastos. A artista amapaense divulgará o trabalho em turnê internacional na Europa em 2015, além de Cabo Verde; na África, em festivais de verão, a partir de março.

O disco apresenta variedade com ritmos do Norte do Brasil, mesclando as faixas com batuque, marabaixo, cacicó e zoulk com guitarrada, embolada, cúmbia e fado. O trabalho reúne 14 músicas de compositores locais e também nomes conhecidos nacionalmente, como Luiz Tatit, com o cacicó ‘Causou’, em parceria com Dante Ozzetti; e os cariocas Guinga e Paulo César Pinheiro, autores de ‘Ribeirinho’, composta nos anos 1980, mas nunca antes gravada.

No quinto trabalho, a cantora retrata a arte regional como algo contemporâneo e universal e consolida a proposta da busca por uma sonoridade mais latente, sem perder a essência tradicional da música regional. “O trabalho propõe uma nova roupagem do marabaixo e de ritmos regionais para torná-lo universal, mas sempre conservando suas peculiaridades. O resultado surpreendeu lá fora [do Brasil]”, comemorou a cantora.

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‘Zulusa’ é resultado de um ano de trabalho. Lançado em 2013, alcançou sucesso internacional que originou o convite à cantora para participar do festival Misty Fest, em Portugal, em novembro deste ano. De lá para cá, os convites não pararam mais. “A produtora do festival achou a sonoridade diferente e apostou no ritmo como algo inovador no cenário musical mundial. Para mim é um orgulho mostrar a Amazônia e o Amapá através da música. A valorização e o reconhecimento é um sonho realizado”, disse feliz.

O nome do disco é uma homenagem à cultura e ao povo amapaense. A palavra ‘zulusa’ é a junção de zulus + lusitanos, que somado ao índio, é a origem ancestral da cantora e também a essência dos amapaenses.

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Patrícia Cristiane Guedes Bastos conheceu a música ainda na ‘barriga’ da mãe. A paixão herdada mesmo antes de vir ao mundo, a levou a cantar desde criança, e aos 18 anos foi inevitável seguir a carreira profissional como cantora. A macapaense comemora a valorização do seu mais novo trabalho ‘Zulusa’ no exterior. Aos 49 anos, Patrícia coleciona diversos festivais e prêmios como o 25º Prêmio da Música Brasileira, onde foi vencedora nas categorias melhor disco regional e cantora regional de 2014.

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