Por Anne Santos, da Agência Amapá
A procura pela oficina de elaboração de projetos e captação de recursos culturais superou expectativas da organização, chegando a 38 inscritos. Mesmo extrapolando em oito o número de vagas, todos os artistas puderam participar da oficina que iniciou na tarde desta terça-feira, 21. O evento é organizado pelo Coletivo de Artistas Produtores e Técnicos em Teatro do Amapá (Captta) e recebe pela primeira vez o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
No primeiro dia do evento, os participantes conheceram um pouco sobre os tópicos abordados na oficina e sobre a facilitadora: a atriz, produtora e parecerista de projetos culturais, Mariane Feil. Com 15 anos de experiência na área, Feil destaca que todo artista tem um sonho que deve ser colocado no papel. “Vamos trabalhar a fase de produção, desenvolvimento, orçamento e planejamento desse projeto”.
Para o ator e presidente do grupo Teatração, Paulo Padovani, que atua há mais de 10 anos no bairro Novo Horizonte, zona norte da capital, a oficina é uma oportunidade para o artista amapaense ampliar sua formação. “Temos dificuldades na elaboração de projetos e estamos aqui em busca desse conhecimento que nos auxiliará. Queremos levar projetos para a zona norte de Macapá, área carente em que nós atuamos”, disse.
A oficina encerra na sexta-feira, 24, quando os participantes terão um momento de consultoria onde poderão sanar as dúvidas relacionada ao projeto desenvolvido durante a capacitação.
O coletivo planeja realizar outras oficinas em parceria com a Secult. “Estamos trabalhando em outras capacitações para o artista, que precisa estar pronto para a seleção de projetos via editais”, afirmou o presidente do Captta, Washington Silva.
De acordo com o secretário de Estado da Cultura, Disney Furtado, a capacitação do artista é uma das prioridades, pois contribui para o fomento da cultura no Estado. “Capacitar o artista é investir diretamente na cultura”, declarou.
A oficina
A capacitação em elaboração de projetos e captação de recursos surgiu da necessidade de capacitar o artista amapaense para participar de editais que financiam projetos culturais. A Secult adotou o edital como a forma mais democrática de escolha para esses projetos. Assim, os grupos podem disputar de forma mais justa. Durante o processo, foram identificados diversos projetos com deficiência na elaboração.