Artistas plásticos amapaenses se mobilizam para arrecadar alimentos a atingidos pela pandemia

artista plástico amapaense Augusto Leite – Foto: Diário do Amapá

Por Cleber Barbosa

O artista plástico amapaense Augusto Leite anunciou na segunda-feira (03), em entrevista ao programa Café com Notícia, na rádio Diário FM (90,9) uma campanha solidária denominada “Quem tem fome tem pressa de comer”, voltada ao mesmo tempo em que promoverá a cultura local, vai arrecadar alimentos para famílias carentes atingidas pelos efeitos da pandemia da Covid-19 no Amapá.

Uma tela do famoso pintor amapaense R. Peixe será o objeto do desejo de quem participar da promoção, sendo sorteada como o grande prêmio da campanha. “Não foi só um artista, ele criou a [escola] Cândido Portinari, que tem uma tela avaliada em R$ 30 mil e que nessa campanha vamos transformar arte em comida, para matar a fome”, resumiu.

Resignado, Augusto Leite disse ter consciência de que apesar dessa iniciativa não resolver o problema de todos, é importante que cada um faça a sua parte e desde o planejamento da campanha, recebeu apoios decisivos como de um dirigente de uma rede local de supermercados, que cederá o espaço para as dinâmicas da campanha, comercializando cestas básicas a preço de custo para que os cupons fiscais sejam trocados por cupons que participarão do sorteio da obra.

Outra grande premiação da campanha é uma galeria completa com obras de outros nomes consagrados do mercado cultural do Amapá, até agora reunindo 30 quadros de artistas plásticos que decidiram doar para a campanha. “Não fizemos diferenciação, de quem é melhor ou não, o primeiro prêmio é o R. Peixe, o pai da arte do Amapá, e o segundo prêmio reúne a maior representação da arte local, com nomes como Ivan Amanajás, Trokal, Gibran, Josafá, de quebra Augusto Leite… [risos] e por aí vai”, anunciou o coordenador.

Por fim, ele disse que a mobilização não tem um patrocinador definido, é fruto do desprendimento a grandeza dos artistas participantes, parcerias culturais e de logística de quem entendeu a necessidade de ser solidário, pois quem tem fome tem pressa de comer.

Fonte: Diário do Amapá.

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