Às vezes, mas e o sempre!


Às vezes falo/escrevo bobagens de qualquer jeito, mas na tentativa de não ser injusto, sempre com os valores em que acredito. Às vezes agrado, mas em outras, causo repulsa, sempre com o papo reto, sincero e franco. 

Às vezes me rendo ao pop, mas em muitos casos é passageiro, sigo sempre ouvindo os classicões. Às vezes sou meio maluco, mas sigo com as drogas lícitas, sempre mantendo o respeito.

Às vezes piro por causa desse gênio caralhante, mas aprendi a pedir desculpas, agora sempre que for preciso. Às vezes não tenho o controle sobre o que sinto, mas tento disfarçar, sempre fracasso nisso. 

Às vezes acho bacana algumas coisas nos outros, mas não em mim, sempre gostei de não ser “féchion”. Às vezes borçalizo, mas na maioria das vezes me contenho, sempre uso a auto-ironia como escudo. 

Às vezes dou risada de coisas que deveriam nos chocar, mas é por causa do meu jeito estúpido de ser, sempre culpa do meu gostar à bruta. Às vezes brigo, discuto, vou pra porrada, mas sei que é preciso botar em prática o velho chavão hippie-comunista: “Paz e amor”. 

Às vezes realizo sonhos, mas sem pirar se não rolar, sempre com os pés no chão. Enfim, às vezes rola um devaneio deste tipo, mas para parecer contundente, sempre evitando ser uma imitação barata.

Às vezes acredito que a felicidade não tem mesmo preço, mas se tivesse, eu sempre pagaria. Às vezes não tenho flexibilidade emocional, mas tento não endoidar com isso, sempre com a porta aberta para o amor e acreditando nas forças do universo de codinome Deus. 

Elton Tavares

*Texto republicado. 

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