Balé é usado para reabilitação de crianças com paralisia cerebral e autismo no AP

Pequena Beatriz Aymore teve paralisia cerebral (Foto: Rafael Salman)

Por Jorge Abreu

É através da arte que duas bailarinas de uma escola de dança em Macapá buscam superar as limitações. As histórias de Beatriz Aymoré, de 8 anos, que teve paralisia cerebral, e Maria Clara Melo, 14 anos, diagnosticada com autismo, ganharam novos rumos após meses de ensaios.

Os resultados, para as mães das meninas, são evidentes. Melhora nas habilidades de coordenação motora e interação social são algumas das mais perceptíveis mudanças.

A médica Érica Aymoré, de 37 anos, conta que era bailarina e deixou os ensaios para se dedicar à filha Beatriz. Ao perceber que a menina se interessou pela dança, a mãe não pensou duas vezes em matriculá-la em uma escola específica. Assim, a médica voltou a sonhar com os palcos.

“Percebemos que a minha filha tinha afinidade com a música e gostava das aulas de balé na escola. Então resolvemos procurar um professor e assim decidi voltar a dançar. Os alongamentos e exercícios possibilitaram melhora da força muscular. Ela faz fisioterapia desde o nascimento e o próprio fisioterapeuta disse que o balé fez grandes avanços no desenvolvimento”, disse.

Para a mãe da bailarina Maria Clara, a psicóloga Luciana Melo, de 41 anos, a filha apresentou melhora no humor nos dias de ensaio. A adolescente diz que se sente feliz ao praticar a atividade de dança há 8 meses, contou a mãe.

“Como início de diagnóstico, foi muito difícil. Desde então ela tem uma equipe de profissionais que a acompanham. O autismo faz com que a pessoa tenha dificuldades em se expressar, tanto comunicação verbal quanto corporal. O balé tem ajudado muito minha filha”, disse, emocionada.

O idealizador do trabalho com as crianças com necessidades especiais é o professor e bailarino José Cosme. O profissional ressalta que o projeto também atua na inclusão social de crianças de comunidades carentes, oferecendo aulas gratuitas. Para ele, as conquistas de cada aluno são recompensadoras.

“O meu trabalho com crianças especiais vem sendo desenvolvido desde 2015. Dar aula também é dar carinho e atenção que os alunos precisam. É amor e dedicação. Ver os resultados de tudo é muito gratificante”, destacou Cosme.

Os bailarinos do projeto social, incluindo as duas meninas, vão apresentar um espetáculo previsto para os dias 9 e 10 de dezembro, no Teatro das Bacabeiras.

Os ingressos serão vendidos a partir de outubro, no valor de R$ 20, na escola Petit Dance, localizada na Av. Antônio Coelho de Carvalho, entre as ruas Hildemar Maia e professor Tostes, nº 200, bairro Santa Rita, em Macapá.

Fonte: G1 Amapá

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