Campanhas de 9 municípios do AP terão limites de gastos iguais em 2016

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Por Abinoan Santiago

Em 2016, nove dos 16 municípios terão o mesmo valor máximo para gastar nas eleições para prefeito e vereador. O investimento fixo foi estabelecido pela minirreforma eleitoral, aprovada em 2015.

A regra de investimento linear vale para cidades com até 10 mil eleitores. No caso do Amapá, a norma abrange Amapá, Calçoene, Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal, Pracuúba, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio e Tartarugalzinho.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá, os nove municípios com até dez mil eleitores terão como teto de gastos R$ 100 mil para prefeito e R$ 10 mil para vereador. Esse valor foi fixado em resolução de 2015 e ainda será corrigido até 20 de julho pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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Dr. José Seixas.

“Como ele foi calculado no fim de 2015, ele será atualizado, mas continuará como limite máximo”, disse o assessor jurídico da presidência do TRE do Amapá, José Seixas.

Os demais municípios terão uma outra regra. Eles poderão investir no máximo 70% do valor da maior declaração de gastos de campanha feita para o referido cargo.

Em Macapá, por exemplo, o candidato a prefeito poderá usar até R$ 884.264 no primeiro turno, o que corresponderá a 70% de R$ 1,7 milhão declarado, o maior valor informado à Justiça Eleitoral em 2012 na disputa para o mesmo cargo. No caso de vereador, os concorrentes na capital terão que usar até R$ 99 mil na campanha.

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Na avaliação da Justiça Eleitoral, a proposta é fazer diminuir o dinheiro investido nas campanhas e identificar com mais facilidade as possíveis práticas de caixa dois, que são valores gastos não declarados à Justiça Eleitoral.

“É um teste esse modelo. De toda forma, ocorrendo caixa dois, essa prática ficará mais evidente porque se ele tem uma limitação de gastos e mesmo assim tem uma campanha vultosa, todos vão ficar mais atentos sobre um eventual ilícito eleitoral”, comentou.

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Caso o candidato ultrapasse o limite, ele poderá ter as contas rejeitas e ficará impedido de ser diplomado se tiver sido eleito. Ele também poderá sofrer ação por abuso de poder econômico.

Fonte: G1 Amapá

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