Capitania dos Portos do Amapá e empresa de Praticagem entregam coletes salva-vidas para 100 ribeirinhos

Essencial para quem navega nos rios e mares, o colete salva-vidas é um instrumento de segurança que garante a navegação de ribeirinhos da Amazônia sem risco de mortes. As medidas para dar à estas famílias um apoio para evitar tragédias são determinantes, e a Marinha do Brasil é uma instituição parceira que, junto com empresas, realiza ações de solidariedade. Na ultima semana, o Grupo Bacia Amazônica Práticos – BAP, fez a entrega de 100 coletes salva-vidas para ribeirinhos que residem na área de jurisdição da Capitania dos Portos do Amapá.

Dados

De acordo com informações da Capitania dos Portos, em 2018 a instituição realizou, até agora, 90 palestras sobre segurança na navegação e prevenção ao escalpelamento, para 8.853 ouvintes, porém mesmo com a redução no índice de acidentes, estes ainda acontecem com certa frequência. O Tenente Pedro Rogério considera que os acidentes são causados pelos fatores falha humana, causas naturais e embarcações sem coletes. Os dados da Marinha indicam que até outubro deste ano, 5 pessoas morreram afogadas na região por falta de coletes.

O presidente do Grupo BAP, Adônis Passos, relatou que a entrega dos coletes faz parte das ações da empresa para garantir segurança marítima, e que é feita regularmente nas áreas em que atuam, Amapá, Pará e Amazonas, em razão dos acidentes que ocorrem e que ajudaram no resgate. “Recebemos pedidos de socorro, e como temos três lanchas no Amapá, ajudamos no resgate, então sabemos na prática a falta que faz um colete salva-vidas. Nossa parceria com a Marinha do Brasil resulta em segurança, e salvar vidas humanas, que é um dos objetivos da praticagem”.

O capitão da Marinha Fernando César da Silva explicou que a Capitania faz as fiscalizações, e nas abordagens, quando é constatado que os ribeirinhos não têm condições de adquirir um colete, o recebem como doação e são orientados sobre o uso. “É um item obrigatório, mas infelizmente nem todos têm condições de comprar, por isso as parcerias como com o Grupo BAP são importantes, tanto pelas doações quanto por nos auxiliarem nos casos de naufrágios e embarcações à deriva”.

Grupo BAP

O Grupo BAP atua na praticagem na Amazônia, na maior Zona de Praticagem do mundo, a ZP-1, e trabalham em cooperação com a Marinha do Brasil na preservação do meio ambiente e salvaguarda da vida humana. A atividade da praticagem garante a segurança nas manobras dos navios, e é de grande importância na Amazônia, pela instabilidade natural do rio, ventos, correntes, marés e profundidade. Instalado em Macapá, no balneário de Fazendinha, o Grupo tem três lanchas de apoio e está em fase de finalização do catamarã, que também dará suporte à atividade dos práticos e estará à disposição para salvar vidas quando acionada.

Além das modernas lanchas, o Grupo BAP está investindo no projeto de construção de um complexo que integra uma atalaia, para monitoramento de navios, um galpão para reparos de lanchas, e um novo píer em Fazendinha. A contratação de profissionais da região e capacitação de ribeirinhos é uma prática da empresa, que abre frentes de trabalho em variadas áreas. “Temos marinheiros que são da região, profundos conhecedores da natureza, a quem demos capacitação e hoje são empregados da empresa. Com a execução do projeto do complexo, iremos contribuir com o desenvolvimento do estado e melhoria da renda dos amapaenses”, disse o presidente.

Parcerias

Adônis Passos afirma que a parceria com a Marinha e com os ribeirinhos é meta da praticagem, que está disponível para contribuir com a segurança na navegação. Para o marítimo Antônio da Silva, morador de Matapi-Mirim, no município de Santana, cada colete doado é uma vida que pode ser salva. “Agradecemos muitos as doações, temos crianças e idosos que podem correr mais riscos, e não temos condições de comprar, porque para nós, é um preço alto. Agradecemos também á Marinha, que está sempre nos alertando e fiscalizando.”

Serviço:

Mariléia Maciel
Assessoria de Comunicação
Fotos: Max Renê

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