Carta Aberta ao Papai Noel – Por Marcelo Guido

Por Marcelo Guido

Fala Noel, beleza? Muito trampo nessa época do ano?? Espero que sim. Muito bem amigo, a gente já se conhece há um tempão; exatamente 39 anos, né, Camarada? E eu te admiro muito, muito mesmo.

Sei que você não ia abandonar suas vestes vermelhas, com o risco de ser confundido com petista e colocar em risco até sua integridade física, porque pela mental meu velho, não coloco a mão no fogo. Tá difícil por aqui, mas nada que uma revigorante pausa na politica não dê jeito. Ah, não vai entrar nessas de sacanear os direitos dos duendes; isso entrou na moda no nosso mundo, onde a lenda do patrão legal voltou com força total. Por favor, não caia nessa.

Fiz de tudo para me comportar bem; dei umas escorregadas aqui, outras acolá, mas parei de brigar com muitas pessoas. Ou seja, deixei elas serem o que são e tento conviver do jeito que dá.

Mas como já disse, tá difícil. Cara, tão andando até com suástica no braço, vê se pode. Tu sabes que o diálogo com essa turma é soco na cara. O menino ou menina que bater em um nazista ou fascista merece dois presentes, tá bom?? E pra essa turma descarada, que tal uma longa internação em Auschwitz? Aí, talvez esses canalhas aprendessem. Fica minha sugestão.

Ah, aproveita a deixa e conversa com Jesus, o primeiro bom menino, e fala que o exército dele anda meio desfocado, um papo de “arminha” com a mão, na marcha em nome dele, quebrando uns terreiros de umas senhoras aí, sabe? Uma coisa muito feia. O foco da mensagem que me lembro era amor. Mas acredito que um “pito”, do filho do homem, seria um ótimo presente. Fica aí minha outra sugestão.

Ei Noel, na boa, passa reto da turma que anda pedindo AI5 e a volta da Ditadura. Por favor não me decepciona. De presente a eles, dá só o perdão, eles não sabem o que falam.

Agradeça ao presidente por ter melhorado o Zorra Total e o Punk Rock. Isso estava meio caído, e as ações do novo governo fizeram este lado melhorar.

No mais te peço saúde. Pra mim, meus filhos, familiares e muitos amigos que eu ainda tenho. Eu sei que abusamos, mas não custa nada.

Sem ser chato, já sendo (risos) peço a ti que conceda alegria nesta noite na casa de todos, que nenhuma casa falte sorriso, renove as esperanças de quem anda meio para baixo, e dê a eles o dom de acreditar em si mesmos.

No mais, meu querido velho Batuta, te peço um ano melhor. E que as preces boas de todos sejam realizadas.

Eu desejo um feliz Natal a todos e que a felicidade seja uma constante na vida de cada um.

Beijão no coração de todos.

*Marcelo Guido é Jornalista. Pai da Lanna e do Bento e Maridão da Bia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *