Docente da graduação e mestrado em História da Unifap recebe prêmio de organização estadunidense

O docente da Licenciatura em História e do Mestrado em História da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Prof. Dr. Alexandre Guilherme da Cruz Alves Junior, é o primeiro pesquisador proveniente de uma universidade da América do Sul a ganhar o Prêmio David Thelen, concedido pela Organization of American Historians (OAH), dos Estados Unidos, ao melhor artigo sobre a história daquele país escrito em língua não-inglesa, no biênio 2022-2024. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 12 de abril, na cidade de Nova Orleans, em Louisiana, Estados Unidos.

O artigo vencedor, intitulado “A Ocupação de Alcatraz e o Movimento Indígena nos Estados Unidos (1969 – 1971)”, foi publicado em 2022 na Revista “Tempo”, do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). O docente inscreveu o artigo no concurso da OAH em 2023 e recebeu a notícia da premiação no início de abril.

O pesquisador recebeu com surpresa a notícia que havia ganhado o prêmio. “Mais importante do que a premiação individual é a contribuição que este prêmio terá na avaliação do curso de Licenciatura em História e na consolidação do Mestrado em História, assim como para a pós-graduação na Unifap”. Uma universidade que, na sua concepção, tem potencial para produzir conhecimento sobre o estado Amapá, mas também sobre o mundo”, avalia o Prof. Dr. Alexandre Cruz.

Prática em sala de aula amadureceu a temática do artigo

Segundo o Prof. Dr. Alexandre Cruz, a ideia da pesquisa que resultou no artigo premiado surgiu durante uma aula no curso de Licenciatura Intercultural Indígena, ofertado no campus Binacional do Oiapoque (AP).

“Dando aula no Oiapoque, a professora de História da Licenciatura Intercultural Indígena, Carina Almeida, junto com seus estudantes indígenas, pediram para que eu fizesse uma aula sobre a história indígena nos Estados Unidos, aí fui preparar essa aula. É uma temática pouco conhecida, então deu muito trabalho para formular essa aula e, durante a organização dessa aula, eu conheci esse evento que foi a ocupação da Ilha de Alcatraz por estudantes indígenas nos anos 1960, reclamando a ilha como território indígena. A gente conhece bastante o movimento por direitos civis nos anos 1960 né, por conta do movimento feminista, movimento negro, entre outros, e o movimento indígena praticamente não aparece naquele contexto. Então eu decidi pesquisar mais sobre essa ocupação”, explica o docente.

Em 2021, o pesquisador foi aceito como pesquisador visitante na Universidade de Harvard (EUA), para desenvolver pesquisa sobre o assunto. Em solo estadunidense, o docente teve a oportunidade de acessar documentos diretamente nas fontes de pesquisa e ir na Ilha de Alcatraz. Ao retornar, escreveu o artigo premiado.

A reivindicação da Ilha de Alcatraz como território indígena

O artigo analisa os pronunciamentos e as ações realizadas pelos ativistas indígenas que ocuparam a ilha de Alcatraz entre novembro de 1969 e junho de 1971. Na ocasião, um grupo de estudantes chegou à antiga prisão federal norte-americana, intitulando-se “Indígenas de Todas as Tribos”, com o objetivo de reclamar o território para a fundação de um centro cultural e uma universidade indígenas.

A pesquisa desenvolvida pelo Prof. Dr. Alexandre Cruz buscou compreender, por meio da análise de dois manifestos públicos feitos pelo grupo de universitários à época da ocupação,

como uma leitura própria do passado foi utilizada tanto como instrumento de legitimação das ações políticas de ação direta não violenta visando a soberania dos povos indígenas nos Estados Unidos, como também instrumento para forjar uma agenda interétnica que pudesse reverter as péssimas condições sociais dos povos nativos nos centros urbanos e nas reservas estadunidenses.

O artigo relata as dificuldades encontradas pelo “Indígenas de Todas as Tribos”, que ocupou a ilha, tanto para se manter no local como para articular apoio de organizações indígenas para a ocupação e as reivindicações do grupo, em nível externo, e dirimir os conflitos internos entre os próprios manifestantes.

O pesquisador aponta, no artigo, que, apesar das reivindicações não terem sido atendidas pelo governo federal estadunidense à época, inspirou, nos anos subsequentes, outras gerações de ativistas indígenas a promover, em diferentes esferas políticas e sociais, os interesses indígenas a partir de perspectivas indígenas.

“O artigo ilumina como a ocupação da ilha reverberou no país inteiro, fazendo com que o movimento indígena alcançasse leis em prol da autodeterminação dos povos indígenas nos Estados Unidos”. conclui.

O artigo pode ser lido em https://www.scielo.br/j/tem/a/3PrJDqmcP96XJCjhm5kF4nq/.

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Jacqueline Araújo (Jornalista – DRT/PA 2633)

Combate às fake news: TJAP lança quadro na rede social Instagram para esclarecer desinformações sobre temas jurídicos

A crescente desinformação e a propagação de notícias falsas em mídias e redes sociais podem alcançar muitas pessoas rapidamente e assim trazer consequências negativas para as pessoas citadas. A busca de garantir a informação verdadeira e a integridade da sociedade motivou a Justiça do Amapá lançar em sua rede social do Instagram (@tjap.oficial) o quadro mensal “3 FAKE NEWS E COMO COMBATÊ-LAS” para esclarecer inverdades e também responder eventuais dúvidas sobre variados temas jurídicos.

Com a evolução da internet, o direito brasileiro precisa ser atualizado, de forma a atender à nova realidade. A iniciativa já conta com dois conteúdos digitais que trouxe os temas de “Pagamento de Precatórios” com a juíza auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), Marina Lustosa, e “Direito à Herança”, explicado pelo juiz substituto do TJAP, Murilo Augusto.

A Secretária de Comunicação do TJAP, Bernadeth Farias, enfatizou que as ‘fake news’ afetam todos os setores da sociedade e enfrentá-las é responsabilidade de todos.

“Todos os segmentos, principalmente o dos meios de comunicação, devem criar mecanismos que sejam mais eficientes no combate a esse mal. É possível perceber uma preocupação na população como um todo relativamente às notícias que se espalham e por isso queremos conscientizar acerca dos prejuízos trazidos pela desinformação e a propagação dessas notícias falsas”, defendeu a secretária de Comunicação do TJAP.

O jornalista Hugo Reis, integrante do Núcleo de redes sociais da Secom/TJAP, explicou que a nova série de conteúdos vem somar na estratégia de comunicação já aplicada para envolver o público, sempre com foco na informação correta e simplificada para os mais de 28 mil seguidores do Instagram do TJAP.

“Nesse novo quadro, nosso objetivo é alcançar uma consciência coletiva da busca pela informação de qualidade e verdadeira. Queremos abordar temas populares, mas que ainda possam causar dúvidas em muitas pessoas e por isso contamos com o conhecimento dos magistrados como as autoridades representativas da Justiça e esclarecer questões distorcidas. Dessa forma, fortalecemos ainda mais a credibilidade da instituição judiciária”, ponderou.

COMBATE À FAKE NEWS

O Conselho Nacional de Justiça e o Supremo Tribunal Federal atuam sobre esse problema por meio da campanha #FakeNewsNão e do Painel de Checagem de Fake News, que traduzem exemplos das principais medidas hoje disponíveis a quem se propõe a enfrentar a desinformação, qual seja, a educação midiática da população, para conscientizá-la sobre a existência do problema e informá-la sobre maneiras de não se tornar meio de propagação de desinformação e de não ser prejudicada por ela.

– Macapá, 22 de abril de 2024 –

Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Hugo Reis
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Concurso vai escolher identidade visual do cartaz do Círio de Nazaré 2024

A Diocese de Macapá realiza de 22 de abril a 3 de maio as inscrições para a 3ª edição do concurso de escolha da identidade visual do cartaz da festividade do Círio de Nazaré 2024. As inscrições acontecem na secretaria da Catedral São José, no horário de 8h às 12 ou de 14h às 18h e são gratuitas. Clique aqui e confira o Edital do Concurso. Confira aqui os elementos gráficos para a arte do cartaz.

O edital do concurso foi publicado na segunda-feira (15/4) com as regras para participação e orientações aos candidatos. O vencedor do concurso recebe um prêmio no valor de R$ 1 mil (um mil reais) e a apresentação do cartaz acontece no dia 20 de maio, às 11h, na Catedral Histórica São José.

De acordo com o edital, para participar o candidato deve no ato de inscrição apresentar a versão impressa do cartaz de acordo com as medidas exigidas no documento, bem como deverá disponibilizar a versão editável do arquivo em CorelDraw e em pdf para avaliação da comissão organizadora. O candidato também deverá comprovar residência no Estado do Amapá por meio de documentos válidos para isso.

Com a publicação do edital a Diocese de Macapá também anuncia o tema e o lema do Círio de Nazaré deste ano que nortearão as reflexões da festividade. O tema escolhido pela comissão organizadora foi “Em oração com Maria aprendemos a amar e servir, para que o Reino de Deus aconteça!” e o lema com a inspiração bíblica “ Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38).

Segundo a comissão organizadora, a temática do Círio deste ano é baseada na “oração com Maria, que é para nós modelo de amor e serviço. Isso significa que a oração do cristão tem como finalidade não tanto obter alguma coisa ou alguma graça, mas fazer com que estas atitudes realizem o Reino de Deus que Jesus veio anunciar”.

Serviço

Concurso para escolha do Cartaz do Círio de Nazaré 2024
Inscrição: 22 de abril a 3 de maio de 2024
Local: Secretaria da Catedral São José – Av. Gen. Gurjão, nº. 588 – Bairro Central – Macapá-AP, em horário comercial, das 8h às 12h e de 14h às 18h.
Informações: (96) 9 9139-0682 – Pastoral da Comunicação | (96) 9 9167-4731 – Secretaria do Círio de Nazaré

Diocese de Macapá
Pastoral da Comunicação: (96) 98414-2731

Abertas inscrições para submissão de resumos em evento sobre arte-educação e acessibilidade cultural

A coordenação do I Norte de Arte Acessível: Ciclo de Formação em Acessibilidade Cultural na Educação Básica está recebendo a submissão de resumos expandidos para apresentação durante o evento, que ocorrerá de 24 a 27 de abril de 2024 na Universidade Federal do Amapá (Unifap) e na Universidade do Estado do Amapá (Ueap).

Interessados têm até 20 de abril para inscrever seus resumos no site https://www.even3.com.br/inac/, que devem ser nas áreas temáticas “Prática Pedagógica e Artística de Acessibilidade Cultural em Espaços Diversos” e “Prática Pedagógica e Artística de Acessibilidade Cultural na Educação Básica”.

O I Norte de Arte Acessível: Ciclo de Formação em Acessibilidade Cultural na Educação Básica busca problematizar a formação em acessibilidade cultural no ensino superior e sua aplicação pedagógica, em espaços diversos, com ênfase na Região Norte, a partir do estado do Amapá.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

O evento é realizado de forma conjunta entre a Unifap, a Universidade do Estado do Amapá (Ueap) e o Instituto Federal do Amapá (Ifap), com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio do Programa de Apoio a Eventos na País para a Educação Básica (Paep-EB).

O tema do evento é sobre Arte/Educação e Acessibilidade Cultural, destinado a docentes da educação básica, com ênfase às atuações na área de Arte e Inclusão, e estudantes de cursos de Licenciatura. A programação contará com os recursos de Libras, audiodescrição, sinalização facilitada e monitoria de recepção informativa.

A programação conta com três momentos: Seminário Temático, Oficinas de Formação e Mostra Artística. O “Amapá Cena Acessível” se configura como o primeiro Festival de Artes da Cena e Acessibilidade Cultural do Estado do Amapá e se configura como a programação cultural do Evento.

O I Norte de Arte Acessível: Ciclo de Formação em Acessibilidade Cultural na Educação Básica é uma das ações comemorativas dos 10 anos de criação do Curso de Licenciatura em Teatro da Unifap.

Serviço

I Norte de Arte Acessível: Ciclo de Formação em Acessibilidade Cultural na Educação Básica

De 24 a 27 de abril de 2024. Evento totalmente gratuito. Submissão de resumos expandidos podem ser realizadas até 20 de abril. Inscrições para o congresso, programação geral e submissão de resumos estão sendo realizadas no site https://www.even3.com.br/inac/.

Ascom Unifap

Abril Azul: TJAP participa de palestra sobre os direitos da pessoa autista

A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Amapá (CEVID/TJAP), participou na sexta-feira, (19) da palestra “Direitos da Pessoa com Autismo”, em evento promovido pela Associação de Pais e Amigos do Autista do Amapá (AMA-AP) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Amapá (Senac/AP).

A palestra aconteceu no auditório do Senac, ocasião em que a Coordenadoria integrou a mesa de honra, para explanar sobre o trabalho voltado às mulheres autistas, mães de filhos autistas e as violências que sofrem pelo abandono paterno e dos familiares de quando vem o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Viemos aqui para debater e falar do trabalho que o Judiciário tem feito para também colaborar nessa luta desses movimentos de mães e de mulheres atípicas ou que tenham parentes com espectro autista. Viemos aqui para dizer, que a coordenadoria está à disposição para ajudar no encaminhamento para serviços psicossociais, para tratar essa mulher emocionalmente, para que ela possa então tratar e cuidar dos seus filhos” pontuou a secretária da CEVID/TJAP, Sônia Ribeiro.

A palestra foi ministrada pela advogada e especialista no assunto, Janaína Sussuarana, que explanou as leis que amparam a pessoa com TEA.

A AMA-AP tem a finalidade de ajudar as famílias a terem um direcionamento adequado no agir perante as dificuldades nas escolas (pública e/ou particular), na requisição de benefícios, no uso dos planos de saúde, etc. Possui parceria com órgãos do poder público, como o TJAP.

“Nós recebemos do Tribunal de Justiça o convite para cadastrar e apresentar projeto para acessar recursos da criança e do adolescente junto a ele. Recursos que são decorrentes das custas judiciais e que são projetos junto com a comunidade e aos cidadãos para atendimento dessas crianças. Nós iremos acessar e cadastrar junto à Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas e vamos acessar esses recursos que estão disponíveis.” destacou Kassius Klay, presidente da AMA-AP .

Coordenadoria da Mulher do TJAP

A instituição da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá ocorreu por meio da RESOLUÇÃO Nº 592/2011-TJAP, em cumprimento à Resolução nº 128/2011, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece a criação das Coordenadorias nos Tribunais de Justiça Estaduais. Ela tem é responsável por coordenar e desenvolver políticas públicas voltadas para a promoção da igualdade de gênero, prevenção e combate à violência contra a mulher e à família, a fim de garantir os direitos humanos das mulheres nas situações previstas na Lei Maria da Penha.

-Macapá, 22 de abril de 2024–

Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto e fotos: Rafaelli Marques
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Hoje é o Dia Mundial da Terra (data para reflexão sobre o nosso lar no Universo)

Hoje é o Dia Mundial da Terra. A data foi criada em 1970, pelo senador norte-americano Gaylord Nelson que resolveu realizar um protesto contra a poluição da Terra, depois de verificar as consequências do desastre petrolífero de Santa Barbara, na Califórnia, ocorrido em 1969.

Desde então, no dia 22 de abril, milhões de cidadãos em todo o mundo manifestam o seu compromisso na preservação do ambiente e da sustentabilidade da Terra. Neste dia educativo escrevem-se frases e poemas sobre a importância do planeta Terra nas escolas, entre outras atividades.

É possível juntar-se a atividades existentes, criar eventos próprios, doar dinheiro, ou tomar simples atos como plantar uma árvore ou separar o lixo, por exemplo.

O Dia Mundial da Terra conta já com mais de mil milhões de atos realizados em prol do ambiente ao longo da história. É o maior dia do ano para o planeta Terra, desejando que todos os habitantes do mundo realizem algum ato que o proteja. Este ato será uma espécie de semente para regar durante o resto do ano.

Nesta data são debatidos temas como aumento da temperatura global da Terra; extinção de espécies animais; aumento do nível dos oceanos; escassez de água potável; maior número de catástrofes naturais, como tempestades, secas e ondas de calor.

Há muitos anos, quando eu era ignorante sobre a importância do assunto, jogava lixo nas florestas, no Rio Amazonas ou em qualquer lugar inapropriado. É essencial que tenhamos sensibilidade, educação e consciência sobre a preservação do nosso lar no Universo. O mundo está morrendo, aos poucos, mas está. E a fragilidade do nosso planeta precisa ser explicada para podermos adiar a extinção dele e, consequentemente, a nossa.

“Senhor cure a nossa vida, para que possamos proteger o mundo e não o depredemos, semeando beleza e não poluição e destruição” – Papa Francisco.

Elton Tavares
Fonte: Calendar

Em São Paulo, governador Clécio Luís apresenta iniciativas do Amapá que são exemplo de sustentabilidade para o mundo

O governador do Amapá, Clécio Luís, será um dos protagonistas do seminário “Brasil Hoje – diálogos para pensar o país de agora”, que será realizado nesta segunda-feira, 22, em São Paulo. Em sua apresentação, o governador vai destacar iniciativas que dão exemplo de sustentabilidade para o mundo e como o estado tem se preparado para a COP30 que será na Amazônia, em 2025.

“O Amapá é o estado mais preservado e protegido do Brasil, com centenas de negócios que respeitam a floresta por meio da bioeconomia, e com pessoas que precisam mudar de vida. Nós queremos e precisamos mostrar ao mundo que os nossos excelentes indicadores ambientais e os nossos bons exemplos podem puxar também os nossos índices sociais e econômicos. Debates como este são importantes”, enfatiza o governador.

O seminário, promovido pela Esfera Brasil, reúne lideranças políticas e empresariais para debater desafios e oportunidades com base no contexto econômico atual, como segurança pública para gerar estabilidade econômica, concessões, parcerias público-privadas, além da integração e inovação nas cadeias produtivas do agronegócio.

Desde que o Brasil foi anunciado como sede da COP30, Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que será em Belém, o governador do Amapá tem integrado debates sobre os temas que serão tratados no encontro mundial. Além disso, Clécio Luís tem tratado com o Governo Federal a preparação do estado para receber eventos antes e durante a COP30, traçando estratégias para garantir os investimentos necessários.

23.11.2023 – Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Ministro da Casa Civil, Rui Costa, Ministro da Integração, Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, durante reunião com Governador do Amapá, Clécio Luís, no Palácio do Planalto. Brasília – DF.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Além do governador Clécio Luís, protagonizam as discussões do painel “COP da Floresta” o presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates; o governador do Pará, Helder Barbalho; a copresidente e CEO do Sigma Lithium, Ana Cabral; e o diretor de sustentabilidade do grupo Ambipar e executivo referência em ESG, Rafael Tello. A mediação será feita pela jornalista Thais Herédia, analista de economia da CNN Brasil.

Também participam do seminário “Brasil Hoje” palestrantes como a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF); o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Esfera Brasil

Fundada em 2021, a Esfera Brasil é uma organização que promove debates de alto nível e propostas para o futuro do país, reunindo em eventos as principais autoridades político-econômicas, dos setores público e privado.

Texto: Fabiana Figueiredo
Foto: Divulgação/Governo Federal e Israel Cardoso/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Poema de agora: O tempo não conta para a eternidade – Fernando Canto

O tempo não conta para a eternidade

Aos poetas disfarçados de lógicos
Ainda que tarde
A hora arda
O tempo estanca
E o texto escorre

O tempo é mesmo
Âncora invisível
Bússola quebrada
Teia silenciosa
A entupir as bocas das entranhas.

O tempo não conta para a eternidade
Lírico e lento
Lapida em cinzel de sonho
A pedra etérea da vaidade

Fernando Canto

Amigo Evandro Milhomen gira a roda da vida. Feliz aniversário, mano velho!

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Quem roda a roda da vida neste vigésimo primeiro dia de abril é o Evandro Milhomen, um brother querido e, por isso, lhe rendo homenagens.

Evandro é irmão dos também amigos Val, Fuzil e Dênis, marido da Maria de Jesus e pai dedicado de um casal de jovens. Palmeirense e vascaíno sofrido e resignado, militante e apoiador da cultura desde que tenho notícias dele.

Gosto do cara. Ele sempre foi porreta comigo, desde que começamos a ter contato profissional, em 2011. Ele era legislador e eu assessor de comunicação no Governo do Amapá.

Milhomen foi titular da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), ex-deputado federal pelo Amapá por várias legislaturas. Também já atuou como gestor de outras pastas no Poder Executivo estadual e municipal ao longo dos anos, como nas áreas de trabalho, emprego, social e, além de secretário municipal de relações institucionais. Hoje em dia, atua como supervisor de articulação centro oeste do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), em Brasília (DF).

Articulado, inteligente e sempre aberto ao diálogo, Milhomen transita por vários grupos políticos com destreza e credibilidade. Além de tudo, é um velho amigo de minha família.

Sempre que pode, Evandro elogia o meu trabalho. Como não dar valor a alguém que te apoia profissionalmente? Reconhecimento não é uma regra geral, infelizmente.

Enfim, Milhomem é um grande cara, não somente por sua altura, mas por conta do seu coração e gentebonisse. Por tudo dito acima e muito mais, desejo ainda mais saúde e sucesso ao amigo que gira a roda da vida hoje. E pela 62ª vez, número difícil a ser batido. Vida longa, negão. Feliz aniversário, mano velho!

Elton Tavares

*Negão, precisamos de uma nova foto juntos (risos). 

Como escrever um texto polêmico – Crônica de Elton Tavares – (do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Faz tempo que aprendi como escrever um texto polêmico e “cool”. Você contextualiza e detona o objeto que já está na pauta do momento. Sim, pega carona com a merda que já está na palheta (implantação da pena de morte no país, diminuição da maioridade penal, legalização do aborto e maconha, enfim, atualidade, política, religião, pessoas, música, etc…). Sim, textos de revolta, sangue nos olhos e tals. Ou crônicas dúbias, mas inteligentes (o problema é que nem todo mundo entende a segunda opção).

Desenvolvimento: durante o artigo ou crônica, esmiúça um “porém” e descreve alguma hipocrisia de ordem genérica, absolvendo o objeto. Com falsidade, claro. Ah, use frases de impacto. Tipo => como disse Bill Gates : “O sucesso é um professor perverso. Ele seduz as pessoas inteligentes e as faz pensar que jamais vão cair” ou Oscar Wilde, quando disse que ”o descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou uma nação”. Isso sempre funciona.

Ah, faça perguntas? O sistema é falho, portanto deixa brechas para críticas no bandão. Aliás, falar mal é sucesso garantido!

Já na conclusão, você moraliza no formato bunda-mole tipo: “um tapa na cara da sociedade”. Todo mundo, aliás, é bunda-mole, em algum aspecto, claro. Só não aqueles que concordarem com este texto (Rá!).

Por fim, você pega o embasamento de alguma pessoa consideradona no meio de comunicação para o epílogo e afirma que aquele é o melhor texto produzido sobre o tema.

Claro que, brincadeiras à parte, devemos criticar, discernir e entender as coisas como elas são, de fato. Ver o mundo de outra ótica, a dos que não querem que a verdade venha à tona. Então, textos polêmicos são mais que necessários. O importante é seguir questionando os fatos e acontecimentos ao nosso redor. Seguimos discordando, sempre. E fim de papo!

“A desobediência é uma virtude necessária à criatividade” – Raul Seixas

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em setembro de 2020.

Justiça do Amapá cadastra instituições sem fins lucrativos para receber verbas de penas alternativas para financiamento de projetos sociais

A Central de Garantias e Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca de Macapá, que tem como coordenador o juiz José Castellões Menezes Neto, torna público o edital de cadastramento de entidades públicas ou privadas (sem fins lucrativos e com finalidade social) para o recebimento de verbas de prestações pecuniárias. As instituições habilitadas – que podem ser públicas ou privadas, mas sem fins lucrativos e com finalidade social – podem submeter projetos ou outras iniciativas para aplicação dos recursos de forma a compensar direta ou indiretamente a sociedade pela prática criminosa ou ilícita. (ACESSE O EDITAL)

As penas pecuniárias (em dinheiro) são aplicadas em condenações ou medidas alternativas pelas Varas Criminais, no Juizado de Violência Doméstica e Juizado Especial Criminal desta comarca. São alvo de investimento destas verbas os projetos, programas ou cursos que contemplem os seguintes temas: capacitação/qualificação profissional; geração de trabalho e renda; atividades de caráter essencial à segurança pública; educação e saúde – desde que atendam a áreas vitais de relevante cunho social, a critério da unidade gestora dos recursos (a Central de Garantias e Execução de Penas e Medidas Alternativas).

Entre os documentos necessários para o cadastro das entidades privadas, estão: ata de eleição da atual diretoria; estatuto ou contrato social da entidade com sua finalidade; qualificação civil do gestor da instituição; certificado de CNPJ; certidões negativas de investigação do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual; entre outros.

Já para o cadastro de órgãos públicos, são necessários: decreto ou portaria de nomeação do gestor do órgão público; qualificação civil do gestor; certificado de CNPJ emitido pela Receita Federal; comprovante de endereço da sede da instituição; entre outros.

As instituições cujos cadastros sejam homologados serão comunicadas através de e-mail, para o qual será encaminhado o respectivo Termo de Cooperação ou Parceria, com vigência até 31 de dezembro de 2025. O edital ressalta que a Habilitação não vincula a unidade gestora à aprovação de projetos e repasse de recursos.

Decorrido 30 dias do prazo de conclusão de execução dos projetos conveniados, a entidade beneficiada deve prestar de contas em detalhes, inclusive com planilha de gastos e devolução de valores não utilizados.

Mais esclarecimentos sobre o edital podem ser obtidos por e-mail ([email protected]), por meio do Balcão Virtual do Gabinete 02 da Central de Garantias ou ainda pelo celular/WhatsApp (96) 99182.4418.

– Macapá, 19 de abril de 2024 –

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Governo do Amapá e Iphan assinam protocolo de intenções para criação de projetos do Novo PAC

O governador Clécio Luís, assinou na sexta-feira, 19, um protocolo de intenções com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a elaboração de projetos para a requalificação do Museu Joaquim Caetano da Silva e criação do Parque do Solstício de Calçoene. As iniciativas foram selecionadas pelo Novo PAC Seleções – Patrimônio Cultural.

“Com estes protocolos vamos colocar o Parque do Solstício e o Museu Joaquim Caetano em evidência. Neste primeiro momento, os recursos são para projetos e concepções para organizar os espaços e, em paralelo a isso, já vamos buscar investimentos para as obras e com isso valorizar a cultura e fomentar o turismo nestes ambientes”, destacou o governador Clécio Luís.

Na Região Norte, 11 projetos foram aprovados. Os investimentos são de R$ 40 milhões para 105 propostas em todo o país, sendo dois no Amapá, com recursos de cerca de R$ 900 mil, articulados pelo senador Randolfe Rodrigues. As ações do PAC – Patrimônio Cultural serão realizadas em parceria com municípios, estados, Distrito Federal e outros órgãos federais.

“Isso é uma parceria para reconstruir espaços da nossa cultura e uma maneira de fortalecer e preservar ambientes amazônicos reconhecendo o povo que mora nesta região. Esse é mais um passo para reestabelecer e reconhecer as áreas culturais do país”, declarou o presidente do Iphan, Leandro Grass.

A iniciativa integra o Programa de Governo da gestão, que fortalece a cultura e o turismo, garantindo a preservação dos patrimônios históricos para as futuras gerações, além de consolidar a identidade cultural do estado, promover a educação patrimonial, a pesquisa e estimular o desenvolvimento local.

“É momento ímpar para o nosso estado que incentiva a estruturação desses espaços. Isso garante às futuras gerações o conhecimento sobre os antepassados”, afirmou o superintendente do Iphan no Amapá, Michel Flores.

Foto: Jadson Porto

Parque do Solstício

É um sítio megalítico composto por formações de placas de granito dispostas em formato circular em um raio de 30 metros, com indicações de uso como centro de observação astronômica. Urnas funerárias encontradas no local indicam que também pode ter sido um complexo centro cerimonial. O projeto é transformar em um museu a região conhecida como “stonehenge brasileiro”, para garantir sua preservação e ocupação com atividades turísticas, culturais e ambientais aos visitantes, fortalecendo a identidade cultural e beneficiando a comunidade local.

Foto: Jorge Júnior

Museu Joaquim Caetano da Silva

Inaugurado em 1895, o prédio onde hoje funciona o Museu Histórico do Amapá Joaquim Caetano da Silva apresenta características arquitetônicas do estilo neoclássico e abrigou importantes órgãos públicos da história do estado do Amapá antes de se tornar museu. Para este projeto, a proposta é corrigir elementos construtivos deteriorados e construir um anexo para alocar as reservas técnicas arqueológicas e históricas e abrigar os setores técnico, educativo e administrativo, bem como incluir acessibilidade nas estruturas.

Texto: Weverton Façanha
Fotos: Maksuel Martins/GEA
Secom/GEA

A tacacazeira de olhos ternos e largo sorriso – Por @alcinea

Dona Mangabeira era uma negra de olhar límpido, sorriso largo e dentes tão brancos como os guardanapos de algodão que ela mesma fazia para cobrir as panelas.

Foi uma das primeiras tacacazeiras da cidade. Era do bairro da Favela. Sua banca (naquele tempo não tinha os carrinhos de hoje) era montada na esquina da rua Leopoldo Machado com avenida Almirante Barroso. De longe se sentia o cheiro do tucupi. Esse cheiro dava água na boca atraindo tanta gente para sua banca. O camarão era vermelhinho e o jambu treme-treme.

Aos domingos, a movimentação era bem maior. Era parada obrigatória de quem passava por ali para ir ao estádio Glicério Marques assistir aos clássicos da época.

A todos – autoridade ou peão – Mangabeira atendia com alegria, contava histórias, fazia o tacacá do jeitinho que o freguês pedia.

– Mais goma ou tucupi? Quantas colheres de pimenta? Quer mais jambu?

E o freguês ia dizendo como queria.

De muitos ela sabia o gosto e já nem perguntava.

Contava que meu pai, o poeta e jornalista Alcy Araújo, era o único que tomava tacacá sem goma.

Mangabeira tinha um carinho especial pelas crianças. Para elas servia o tacacá em cuia menor e nada de pimenta.

Às vezes um moleque mais ousado pedia que ela colocasse um pinguinho. E ela, cheia de doçura, respondia: “Meu filho, criança não come pimenta”. E o moleque não insistia. O convencimento, tenho certeza, não era pelas palavras, mas pela doçura com que ela falava.

Além de tacacazeira, Mangabeira era excelente lavadeira. Daquelas que botava a roupa “pra quarar” e engomava usando ferro a carvão. Era também benzedeira, tirava quebranto de criança, fazia banho de cheiro pra curar gripe, catapora e sarampo e chás e garrafadas pra todos os tipos de males.

Mangabeira era uma imagem forte na paisagem do meu bairro e é uma das belas recordações da minha infância.

Alcinéa Cavalcante

Desligando os aparelhos – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

“Eu – pensou o Pequeno Príncipe – se tivesse cinquenta e três minutos para gastar, iria caminhando calmamente em direção a uma fonte.” Antoine de Saint-Exupéry

Já me imaginei abrindo mão de toda essa parafernália eletrônica que nos rodeia, quase nos sufoca. Comecei deixando de assistir a noticiários na TV. Depois, passei a rejeitar novelas, jogos de futebol e realities shows. Por fim, desliguei a televisão e pretendo não retornar a ela. Rádio também já faz tempo que não coloco meus ouvidos na missão de captar suas ondas sonoras. Filmes e séries também foram deixados de lado. Logo depois vieram as redes sociais: adeus, Instagram e Facebook, que eram as únicas que eu tinha. Twitter e afins nunca cheguei a acessar. Sim, é uma volta (ou um avanço?) ao primitivo analógico, aquilo que ficou para trás, desprezado pela maioria ultraconectada da população, nessa correria que a vida moderna impõe, que muitos chamam de dinamismo e eu chamo apenas de pressa e afobação.

O WhatsApp está em processo de desligamento, mas esse vai ser bem aos poucos, pois tem coisas, como o trabalho, que precisam desse aplicativo. De alguns grupos, faço questão de não participar. Como sempre digo (ainda que ninguém preste atenção): posso ser burro sozinho.

E-mail já faz tempo que não me vê entre seus usuários, mas isso não é exclusividade minha. Há algum tempo ele vem sendo negligenciado em nome de outros artifícios de comunicação.

Mas, ao contrário das pessoas que têm seus aparelhos desligados para que cesse o sofrimento da vida, o meu desligamento pode significar uma retomada à velha e sempre nova vida real, a renúncia à necessidade de estar o tempo todo correndo para acompanhar as novidades do mundo moderno. Quem sabe seja outra forma de comunicação, para mim mais autêntica e mais valiosa.

Já me vejo andando descalço pela margem de um rio, cabelo ao vento, até chegar ao pé de uma árvore. Sentarei em suas raízes, ao abrigo de sua sombra, abrirei um livro e me ligarei a outras modalidades de conexão.

E a notícia que o mundo ouvirá será: “O escritor Ronaldo Rodrigues, que também é o cartunista Ronaldo Rony, já está respirando sem o auxílio de aparelhos”.