Tenho alguns companheiros (brothers e brodas) com quem mantenho uma relação de amizade e respeito, mesmo a gente com pouco contato. É o caso do poeta Obdias Araújo, que gira a roda da vida neste vigésimo segundo dia de fevereiro.
Obdias foi guarda territorial do Amapá, é poeta, escritor, pai amoroso, flautista, trompetista, pirata da batucada, doido de pedra, guardião da Fortaleza de São José de Macapá e marido apaixonado.
Além de músico e poeteiro genial, Obdias Araújo é maluco, não tem filtro e nem conta gostas. Às vezes, chega a ser áspero por conta do seu jeito à bruta. Mas a gente gosta dele mesmo assim.
O Fernando Canto diz que “OB” é um “velho militante da literatura amapaense, irmão de outros bons poetas, primo de loucos-varridos-da-porta-da-igreja e parente de punha-mesas”. É isso mesmo!
Obdias é um cara talentoso, que tive a sorte de conhecer numa noite quente de Projeto Botequim. Fui apresentado a ele pelo também gênio Ronaldo Rodrigues. Ambos são uma mistura de Quincas Berro D’Água e Charles Bukowski tucuju.
Além das poesias, gosto dos diálogos com OB e do escracho brilhante do cara. Obdias Araújo é dono de uma sagacidade, bom humor e sacanagem ímpar. Além de ser um grande representante da cultura literária amapaense.
Apesar de ser um bolsominion, o que contrasta com sua literatura, a gente gosta do OB.
Obdias, acima de tudo, te desejo saúde. Que tu sigas tirando onda, poetizando, escrachando geral. Que tenhas mais sucesso e vida longa. Que teu novo ciclo seja ainda mais porreta. Meus parabéns e feliz aniversário!
Elton Tavares