Show beneficente em prol do músico Chico Terra acontece nesta sexta-feira, 12

Artistas e amigos do músico Chico Terra reuniram-se em prol do artista e realizam nesta sexta-feira, 12, um show com diversos músicos como Amadeu Cavalcante, Deize Pinheiro, Osmar Jr, dentre outros grandes nomes da música nortista, sob a batuta do maestro Joaquim França e do violonista José Maria Cruz.

O objetivo é arrecadar recursos a fim de custear o tratamento de saúde de Chico, que é diabético, hipertenso e paciente renal e que ficou cego após a realização de uma cirurgia malsucedida no olho esquerdo em 2023. Em função disso, o músico e jornalista, que tem como sustento principal o site chicoterra.com, teve que parar de trabalhar ficando este sob a responsabilidade da filha, também jornalista e editora do site, Lívia Almeida.

A aposentadoria de um salário mínimo hoje não é suficiente para custear remédios, alimentação, transporte (pois precisa se deslocar 3 vezes na semana para fazer a sessão de hemodiálise), dentre outros gastos essenciais. Em virtude disso, amigos e colegas do meio artístico, que dividiram palco e testemunharam tantos shows do talentoso músico, que também sempre foi um defensor da classe artística no Amapá, retribuem em forma de apoio com a realização do show, que acontece a partir das 20h30 no Bistrô Hangar 79.

ACOMPANHAMENTO

Maestro Joaquim França (piano)
José Maria Cruz (violão)

MÚSICOS CONVIDADOS

Amadeu Cavalcante
Bia Nelutty
Brenda Melo
Deize Pinheiro
Dulce Rosa
Finéas Nelutty
Humberto Moreira
Joãozinho Gomes
Osmar Jr.
Paulo Calandrine
Val Milhomem

SERVIÇO:

SHOW MUSICAL EM PROL DO MÚSICO CHICO TERRA
QUANDO? 12/01
QUE HORAS: 20H30
ONDE? BISTRÔ HANGAR 79 – R. Prof. Tostes, 661 – Jesus de Nazaré, Macapá – AP
RESERVAS: (96)9 9904-9227 – RONALDO SERRA
R$200 A MESA

Assessoria de comunicação

Cantora Patrícia Bastos lança novo disco “Voz da Taba” com shows em Fortaleza (CE)

A cantora amapaense Patrícia Bastos fará espetáculos em Fortaleza para lançar Voz da Taba, seu oitavo disco e terceiro com a direção musical e arranjos de Dante Ozzetti, para celebrar a cultura amazônica. Serão nos dias 11, 12, 13 e 14 de janeiro, quinta, sexta e sábado, às 20 horas, e domingo às 19 horas, no palco da CAIXA Cultural Fortaleza.

“Quando se fala em música da Amazônia, música da floresta, as pessoas já esperam algo alegre, festivo. O que esse disco e o show trazem é isso, uma grande celebração. É colocar a flor no cabelo e fazer a saia rodar”, explica Patrícia Bastos. “A música desse disco é a que vem de barco pelo rio, é a música afro-indígena, é a cultura que nos foi trazida pelo povo africano, o batuque, o marabaixo, além da música da fronteira com a Guiana Francesa, como o zouk e o cacico”, conclui a cantora sobre esse trabalho mais dançante.

Para Dante Ozzetti, “o show e o disco trazem o diálogo mais aprofundado com os povos originários do Amapá e os descendentes da diáspora africana instalados na região. A música do Caribe e também a influência da Guiana Francesa, tornam esse disco mais dançante. São ritmos como a soca, o cacico, o zouk, além de elementos do marabaixo e do batuque.” A maioria das músicas foram compostas para o álbum, e muitas delas partiram do laboratório feito em longa viagem a Guiana Francesa e Suriname, por Dante, pelos compositores Enrico Di Micelli e Joaozinho Gomes, acompanhados por Patrícia Bastos.

Voz da Taba completa a trilogia formada por Zulusa (2013) e Batom Bacaba (2016), ambos produzidos por Dante Ozzetti. Esses álbuns são formados por repertório, em sua maioria de compositores do Norte, que trabalham a linguagem dos ritmos amazônicos, especialmente do Amapá, como o batuque do Curiaú e o marabaixo. As letras contam o dia a dia das comunidades ribeirinhas, dos quilombos, a sua história e evolução, tratando também da influência dos povos originários. Retrata a trajetória vivida por Patrícia Bastos, na sua formação pessoal e de artista.

O orgulho de ser amapaense está nos versos da canção Jeito Tucuju, obra do poeta Joãozinho Gomes musicada por Val Milhomem, que resume bem esse sentimento e aqui, ganha uma versão muito especial, com a participação de Caetano Veloso. E o álbum continua com mais convidados, como Ná Ozzetti, Fabiana Cozza, Alzira E., Cristóvão Bastos, Tarita de Souza, Ronaldo Silva, Ana Maria Carvalho, além dos cantores da Orquestra Mundana Refugi, Mabiala Nkombo (Leonardo Matumona), Hidras Tuala Tsueso, Francellys Castellar e Ola Taisr Alsaghir.

Além de Jeito Tucuju, formam o repertório, Mão de Couro (Val Milhomen e Joãozinho Gomes), Cobra Sofia (Dante Ozzetti e Joãozinho Gomes), São Benedito Bendito (Zé Miguel e Joaozinho Gomes), Afroíndias (Enrico di Miceli e Joaozinho Gomes), Planeta Arrepiado (Dante Ozzetti e Joãozinho Gomes), Espartano (Paulinho Bastos), Maninha do Céu (Paulinho Bastos), Pras Minhas Paixões (Val Milhomen), Bailarina da Água Doce (Ronaldo Silva), Voz da Taba (Enrico di Micelli e Salgado Maranhão) e Yárica (Cristóvão Bastos e Joãozinho Gomes).

Sobre Patrícia Bastos

Desde o início da sua carreira, a macapaense Patrícia rompe os limites do seu estado, ou do seu país, para fazer o mundo ouvir a voz das florestas, dos quilombos, do batuque e do marabaixo, ritmos do Amapá. A artista herdou da mãe, Oneide Bastos, a paixão pela música. Conheceu o músico, compositor e arranjador Dante Ozzetti, que passou a produzir seus trabalhos, sempre valorizando a música amapaense, dando brilho e destaque aos ritmos de lá e criando pontes, entre os artistas e compositores amapaenses e os paulistas. Em 2010, Patrícia lançou Eu sou Caboca.

Com a produção musical de Dante Ozzetti, lançou Zulusa (2013), Batom Bacaba (2016) e em 2021, Timbres e Temperos, com a companhia de Enrico di Miceli e Joãozinho Gomes, dois grandes artistas e compositores do Amapá. Em 2022, Patrícia lançou três singles: Yárica (Cristóvão Bastos e Joãozinho Gomes), Tudo vem da Água, com o cantor e compositor paraense Felipe Cordeiro e Kwa Yane Redawa – Esse é o nosso lugar, manifesto poético de filhos da Amazônia, a mãe do Brasil, de Silvan Galvão, Nilson Chaves e Joãozinho Gomes.

Ao longo de sua carreira, Patrícia recebeu o Prêmio Rumos Itaú Cultural (2010), prêmio Pixinguinha FUNARTE (2009), 25° Prêmio da Música Brasileira (2014) nas categorias “Melhor Cantora Regional” e “Melhor Álbum Regional” por seu CD “Zulusa”, além de ter sido indicada na categoria Revelação. Foi indicada ao 18° Grammy latino.

Em 2022, participou do Palco Nave no Rock in Rio, e em 2023, com sua voz cada vez mais atuante em eventos nacionais e internacionais pela defesa da Amazônia, se apresentou na Ação Global de Sustentabilidade Pela Amazônia em Nova York, no mês de outubro e na COP 28, em Dubai, no mês de dezembro. Sua força na região norte na cultura e no meio ambiente, também participou da 3a. Edição do Mercado das Indústrias Criativas, evento do Ministério da Cultura realizado em novembro em Belém (PA), assim como no Festival Mana, o maior evento das mulheres da música no Brasil, como representante do protagonismo amazônico.

SERVIÇO:

Patrícia Bastos – A Voz da Taba – Shows de lançamento
Local: CAIXA Cultural FORTALEZA – AV. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema – Fortaleza – CE
Datas e horários: 11, 12, 13 de janeiro, às 20 horas, e 14 de janeiro, às 19 horas

Preços: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Acesso a pessoas com deficiência

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

Fonte: Jornal Comércio Ceará

Feliz aniversário, Esmeraldina dos Santos!

Gosto de parabenizar amigos em seus natalícios, pois declarações públicas de amor, amizade e carinho são importantes pra mim. Além disso, o Amapá precisa preservar, reconhecer e homenagear seus grandes nomes em todas as áreas de atuação. Esse texto, além de ser uma felicitação, é um momento de reconhecimento. Quem gira a roda da vida neste décimo primeiro dia de janeiro é a escritora Esmeraldina dos Santos e fica aqui nossa homenagem para essa amiga e autora de quem sou fã.

Sempre fui um jornalista comprometido com a cultura da minha terra e entusiasta da boa literatura produzida no Amapá. Esmeraldina é um exemplo pra mim, que também sou escritor e para outros aurores mais jovens, pois ela possui trabalhos literários de sua autoria.

Ela é também dançadeira de marabaixo do Grupo Raízes do Bolão, poeta, artesã e sambista. Sem dúvidas, uma artista que representa a cultura viva do Amapá.

Esmeraldina dos Santos, que nasceu no bairro do Laguinho, em Macapá, mas é moradora do Quilombo do Curiaú, também na capital amapaense, tem 61 anos. Ela é filha de Maximiano dos Santos (tio Bolão) e Francisca Santos (tia Chiquinha), ambos nascidos no Curiaú e reconhecidos mestres da cultura popular do Amapá já falecidos. A escritora estuda pedagogia e tem nas histórias de seus ancestrais sua principal fonte de inspiração. Por meio da produção literária revela a importância da valorização da cultura negra no estado.

Esmeraldina despertou para a literatura após voltar a estudar, depois de adulta. Repetindo a tradição de negros amapaenses que descreviam seu cotidiano nos “ladrões” (versos) de Marabaixo, ela escreve o dia-a-dia da família e de seu povo em livros e contos.

Não à toa, dá nome ao Troféu Esmeraldina Santos, prêmio que tive a honra de receber de suas mãos, durante o II Edição do Festival Literário de Macapá (Flimac), em 2023.

Dona Esmeraldina, querida amiga, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com sabedoria, coragem e que tudo que couber no seu conceito de sucesso se realize. Que a Força sempre esteja contigo. Saúde e sucesso sempre. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Hoje é o Dia do Fotógrafo #diadofotógrafo #Macapá #amapá

Hoje (8) é comemorado o Dia do Fotógrafo e da Fotografia. Acredita-se que a data é relembrada no Brasil por conta da chegada do daguerreótipo, vindo de Paris (FRA). Segundo um artigo publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional, o aparelho de Louis Jacques Daguerre embarcou na madrugada de 25 de setembro de 1839, chegando à América do Sul em 8 de janeiro de 1840.

O fotógrafo, de acordo com o conceito da palavra, “é um profissional que elabora fotografias estáticas ou dinâmicas. Eles atuam em áreas diversas, como fotografia de filmes, fotojornalismo, fotografia de publicidade, fotografia de natureza, fotografia de moda, aerofotografia, fotografia subaquática, fotografia documental, fotografia de guerra e fotografia panorâmica”.

Até aí, nenhuma novidade; mas o lance que diferencia um fotógrafo de um reles apertador de botão é a sensibilidade, o olhar, o talento de capturar imagens. Os verdadeiros fotógrafos sacam os elementos necessários para obter uma boa foto. Por exemplo, eles percebem que tipo de luz, qual ângulo e tantos outros elementos para seus registros. É preciso muito estudo e conhecimento para se tornar grande nesta área.

Existem meros apertadores botão, como eu, que registram imagens pelo simples prazer de congelar momentos ou meramente por gostar de fotografia. Mas este post é uma homenagem aos fotógrafos de verdade, os profissionais.

Sabem aquela famosa frase: “uma imagem vale mais do que mil palavras”? Pois é, tem muita gente que faz fotos que não precisam de um grande texto ou legenda. Admiro quem é capaz de fazer fotografias deste tipo.

Já trabalhei com muitos fotógrafos, a maioria deles muito bons e uma minoria nem tanto. Admiro muitos deles. Alguns pelo talento, outros pelo profissionalismo e aqueles que são grandes amigos.

Portanto, hoje homenageio estes profissionais, que às vezes não são reconhecidos, mas que são fundamentais para o jornalismo. Minhas homenagens aos repórteres fotográficos e aos fotojornalistas que fazem fotos com maestria, muitas das vezes colocando poesia em pixels.

É por meio das lentes desses profissionais que conseguimos ver o que acontece em nossa cidade, país e mundo. Eu particularmente, me encanto com uma bela foto, seja artística ou jornalística.

Meus parabéns vão principalmente aos amigos: Maksuel Martins, Márcio Pinheiro, Aog Rocha, Bernadeth Farias, Gabriel Penha, Daniel Alves, Vandy Ribeiro, Regi Cavaleiro, Alexandre Brito, Jorge Junior, Sal Lima (o mais doido e brother que conheço), Alex Silveira, Kise Machado, Kurazo Okada, Geová Campos, Toninho Junior (Javali), Kitt Nascimento, Hellen Cortezolli, Sérgio, Silva (Serginho), Jaciguara Cruz, Gê Paula, Chico Terra, Marcos Xis, Max Renê, Alcinéa Cavalcante, Marcelo Corrêa, Cleito Souza, Erich Matias, Rui Brandão, Flávio Cavalcante, Floriano Lima, Raimundo Fonseca, Gilberto Almeida, Juvenal Canto, Marcelo Loureiro, Nicole Cavalcante, Luciana Macedo, Ewerton França, Paulo Rocha, Paulo Gil, Kallebe Amil, Lee Amil, Halanna Sanches, Camila Karina, Rosivaldo Nascimento, Stephan Bitencourt, Fabiano Menezes, Carol Chaves, Flávio Lacerda, Kledison Mamed e Márcia do Carmo (a fotógrafa mais boçal do Amapá).

Desejo a todos estes amigos o melhor ângulo, a câmera mais porrada, a melhor imagem e, é claro, ainda mais sucesso.

Ah, é preciso citar o velho fotógrafo Antônio Sena, o nosso querido “Paparazzi”, que foi fotografar no céu, há quatro anos. Papa, “in memoriam”, que fique registrado, onde estiver, você é brother!

“A fotografia, cujos progressos são imensos e que está, a nosso ver, mui bem classificada entre os materiais das artes liberais, fala aos olhos e detém cativos os curiosos fatigados” – Eça de Queirós.

Elton Tavares

Jornalista Aloísio Menescal gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo!! – @AloisioMenescal

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Neste oitavo dia de janeiro, Aloísio Menescal gira a roda da vida e deixo aqui registrado que dou muito valor nesse cara e lhe rendo homenagem, pois o brother chega aos 45 anos.

Aloísio é um jornalista cearense que escolheu o Amapá como lar, servidor do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) e meu colega de trampo. Trata-se de um assessor de comunicação qualificado, competente, ético, prestativo e experiente. Ou seja, senhor do seu ofício. Além disso, inteligente, bem humorado e gente boa demais. Mas acredito desempenha melhor ainda o papel de bom filho, irmão, marido da Lívia Parente e pai dedicado do pequeno Cauê.

Aloísio é nerd, adora fotografar plantas e insetos da Amazônia. Fã de quadrinhos, cinema, séries, música boa e arte, possui vasta cultural geral. Ele também aprecia um bom uísque de vez em quando, Ah, Menescal é hipocondríaco (sempre está com dor de cabeça, estômago ou coluna). A gente ri disso.

Conheci o cara na cobertura das Eleições 2016, quando ele chegou com a equipe do Tjap para me dar uma força (na época eu era responsável pela comunicação do TRE-AP). De lá pra cá foram muitas pautas e parcerias. Juntos, também participamos de um congresso de jornalistas em Cuiabá (MT), em 2018. E em 2023, entrei pra equipe da Secom do Tribunal de Justiça e Aloísio, que era somente um colega, se tornou um amigo querido.

Este texto é para registrar meu apreço, amizade e respeito por Menescal (apesar dele recusar meus convites pra gente tomar umas cervejas). Aloísio, mano, que tenhas sempre saúde e sucesso junto aos seus amores. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Em resumo, Menescal o é um cara tranquilo de mente barulhenta inteligentão observador, trabalhador, talentoso, perspicaz, antenado e inventivo. O figura que é tão competente, quanto gente boa. Dou valor no sacana.

Aloísio, mano velho, que teu novo ciclo seja ainda mais feliz, produtivo, iluminado e paid’égua. Que tenhas sempre saúde, grana, paz e essa sabedoria que lhe é peculiar. Que sigas pisando firme e de cabeça erguida em busca dos teus objetivos. Que tudo que couber no teu conceito de sucesso se realize. Que a Força sempre esteja contigo. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

DIÁLOGO DOS MUDOS (*) – (Tributo ao poeta Alcy Araújo) – Por Fernando Canto

Pedra do Guindaste – Arquivo de Floriano Lima.

Por Fernando Canto

– Ó Pedra! Ó Pedra do Guindaste. Nunca tive esta sensação tão esquisita. – O que ocorre nestas plagas?
– O que há, bela Fortaleza?
– Exala um perfume nas minhas masmorras.
– Deve ser a preamar do Amazonas…

Foto: Floriano Lima.

– Não, não me sinto molhada. E as águas já começam a baixar.
– Então pergunta ao Rio. Ele poderá te explicar, pois daqui também sinto o delicioso aroma.
– Anda, Amazonas, me conta a razão desta apreensão. Algo toma conta de toda a minha estrutura. Algo permeia em mim cruzando os baluartes. É uma fragrância inusitada que emerge das entranhas.
– Mas o que será?

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

– Não sei, ó Fortaleza, mas ontem vi um anjo viajando no meu dorso..
– Ele cantava rasgando a madrugada.
– E o que dizem suas canções, ó formoso Rio?
– Diziam que as dores de Rosinha se acabaram, que Sheerazade sucumbiu num turbilhão de areia no deserto e que os doces fiordes da Noruega congelaram subitamente.
– E o que quer dizer tal coisa, Rio dos Rios?
– Apenas testemunhei. Não cabe a mim a interpretação das melodias angelicais, Fortaleza da minh’alma.

Foto: Floriano Lima.

– Ah, esse trapiche que te adorna… Saberá ele de algo mais?
– Talvez saiba, ó símbolo telúrico, pois sua vigília vem de um tempo mais recente.
– Diz-me, então, ilustre madeirame, tu que conheces cada passo dos habitantes desta margem. – O que houve, o que está havendo?
– Ouvi o teu chamado, sólido vizinho. Pensei que havia chegado a primavera, pois adere nos meus pés de aquariquara a profusão desse perfume encantador.
– O que sabes, então, ó caminho para o Rio?

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

– Sei o que os barcos me falaram. Eu também vi o que o Rio testemunhou.
– Fala-me, por favor. Não quero mais esta angústia explodindo no meu peito.- Oh, sublime Marco da Conquista Lusitana, é triste a sina dos homens desta terra. Barcos, velas, velhas vigilengas andam a esmo, como em busca do abstrato. Dizem que quebraram os estaleiros e os portos se fecharam para sempre.
– Oh, não! O que haveria de causar todo esse encanto? Ó Sol, ó Sol, só tu poderás me responder. Diz-me agora Rei dos Astros, não te fecha em nuvens de ameaça.

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

– Fecho-me de tristeza, ó Fortaleza. A rosa que desabrochou pela manhã noticiou-me em prantos.
– Finalmente, Finalmente! Finalmente alguém sabe a causa da fragrância vinda do fundo da terra, do cheiro bom que se prolonga nos estirões do Rio e infesta o ar. – Conta-me, ó Sol, o que aconteceu?

Foto: arquivo do jornalista Edgar Rodrigues

– Ocorreu na madrugada alcoolada o ternural fim do “Homem do Cais”.

(*) Texto escrito em 1989 e publicado no livro Introdução à Literatura do Pará, Volume V – Antologia. Organizado pela Academia Paraense de Letras pelos acadêmicos José Ildone, Clóvis Meira e Acyr Castro. Editora Cejup, Belém, 1995.

Show de músicas da Amazônia e arte circense: neste sábado (6), em Ferreira Gomes, rola apresentação dos Irmãos Castro e Seu Xico

Neste sábado (6), a partir das 18h, no Teatro Norteando Arte, no município de Ferreira Gomes (AP), rola apresentação dos Irmãos Castro e Seu Xico, em um Grande show de músicas da Amazônia.

O evento contará também com Cortejo, Teatro, Malabares, Perna-de-pau, Palhaços, Bonecos Cabeçudos da Montanha e muito mais. E ainda, participação especial das crianças e jovens – alunos do Projeto Norteando Arte de Ferreira Gomes.

A iniciativa é promovida pela Associação de Eventos Culturais e Sociais Norteando Arte (Aesc), com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e mandato do senador Randolfe Rodrigues. A atividade integra a iniciativa ‘Arte nas Ruas’, da Associação Artística Cultural Ói Nóiz Akí.

Mais sobre a Aesc

A Associação de Eventos Sociais e Culturais (Aesc), foi fundada e dirigida de forma autônoma pelo artista Francisco Rocha dos Santos, o “Seu Xico”, que mora no município há mais de 30 anos e estimula a formação artística para os moradores.

Irmãos Castro e Seu Xico

Seu Chico é pais dos também talentosos irmãos Castro: Wedson (músico e jornalista), Bárbara (atriz e musicista), Aline (cantora e instrumentista) e Geison (compositor e músico).

Acompanhei a evolução da família Castro em Macapá. Os pais sempre incentivaram os filhos na arte. O evento tem tudo pra ser lindão. Sucesso, amigos!

Serviço:

Show dos Irmãos Castro e Seu Xico
Dia: 06 de janeiro – sábado
18h
Local: Teatro Norteando Arte, no Bairro da Montanha, em Ferreira Gomes – AP
Realização: Associação de Eventos Culturais e Sociais Norteando Arte (Aesc)

Elton Tavares

Dayane Simões gira a roda da vida. Feliz aniversário, prima. Te amo, preta!

Com a Dayane, minha preta linda

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Pois é, neste sexto dia do ano, uma das melhores pessoas da minha existência, gira a roda da vida, a Doutora (sim, Dra., pois ela tem Doutorado), Dayane Simões. Amo essa mulher  e por isso, lhe rendo homenagens.

Eu e Dayane Somos primos/irmãos. Hoje é um dia especial e motivo de celebração, pois comemoramos quatro décadas de uma vida repleta de conquistas, experiências e momentos inesquecíveis dela. Ao longo desses 40 anos, tenho testemunhado sua jornada incrível. Tenho orgulho e fico emocionado ao ver a pessoa sensacional que ela se tornou.

Neo (nossa prima e irmã de Day) e Luis

Dayane é uma menina linda em todos os aspectos. É filha dedicada da Tatá e do saudoso Ita, prima e amiga fantástica, profissional competente, acadêmica empenhada e brilhante, mãe dedicada de cachorrinhos lindos, viajante do mundo, fã de boa gastronomia, mestra e Doutora em Nutrição, professora universitária, amante de animais, boa de briga, tia e madrinha do Luís, comadre e parceira da Neo e minha muito amada preta linda.

Já disse e repito: quem tem a sorte de ter o amor ou a amizade da Day é uma pessoa sortuda, de tão dedicada, fiel, prestativa e, entre outras tantas qualidades invejáveis que ela possui para com seus afetos. A preta é capaz de coisas fantásticas pelos seus e sou prova disso.

Dayane e Bruna Cereja (minha namorada e amiga ela)

Eu e Dayane somos amigos a vida toda, com alguns intervalos por conta de colisões de nossos gênios ruins (risos). Porém, essas coisas são vírgulas no longo livro lindeza do amor e reciprocidade que temos ao longo da jornada. A gente não vive sempre junto fisicamente, mas com certeza, sempre estamos nos corações um do outro.

Dayane é amorosa (do seu jeito), muito inteligente, bem resolvida, prática, trabalhadora (muito trabalhadora), prestativa, honesta, brincalhona, afetuosa, estudiosa ao extremo, empenhada, super qualificada e competente.

Com a Dayane, minha preta linda, ao longo da vida

Ela é uma mulher linda, que se garante e do bem. Além do amor e parceria, nutro gratidão por ter uma prima tão incrível na minha vida. É uma honra ser seu amigo. Sempre digo que ela é PHO – DA, assim mesmo, com PH, silabicamente e em caixa alta.

Em resumo, Dayane é uma das pessoas mais importantes da minha vida e que habitam o meu coração. Day, tu sabes, te amo. Tenho sorte de tua existência orbitar a minha e de ter o mesmo sangue que você. Que ainda partilhemos vários momentos lindos.

Que este aniversário seja o início de um capítulo extraordinário em sua vida, cheio de amor, sucesso e momentos memoráveis. Que seu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que a Força esteja com você. Que sigas com essa sabedoria e coragem. Que tudo que couber no teu conceito de sucesso se realize. E que tu sigas pisando forte e marcando presença ao longo da jornada. Tenho admiração, respeito e amor por você. Saúde e sucesso sempre. Parabéns pelo teu dia, prima. Feliz aniversário!

Elton Tavares (mas também assino este texto pela Bruna Cereja, minha namorada, que tem a Day em seu coração)

“Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar” – Machado de Assis.

O Poeta Isnard em carne e osso – Por Fernando Canto

Isnard Lima – Foto: Arquivo do jornalista Edgar Rodrigues

Por Fernando Canto

Conheci muitos poetas que me fizeram ver o mundo de outra forma. Desde os tempos do Grupo Escolar Barão do Rio Branco ainda ouço as “Vozes D’África” de Castro Alves ecoando pelas praças da cidade como se viessem mesmo do outro lado do oceano e retumbassem versos com vigor pelos campos do Laguinho. E eles me dizem no acompanhar do ritmo ligeiro do batuque: “Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrela tu te escondes, / Embuçado nos céus? / Há dois mil anos te mandei meu grito, / Que embalde desde então corre o infinito… / Onde estás, Senhor Deus? ”

A poesia joga a semente da planta e alarga suas raízes. Só depois é que compreendemos sua ideologia e caráter, pois a entendemos como um ente que traspassa a alma e que inicia a fervedura da arte. Assim fui conhecendo os poetas no dia-a-dia dos estudos e até arrisquei meus primeiros versos, que ninguém acreditou que fossem meus, por isso foram destruídos pela fúria adolescente quando enfrenta o descrédito.

Isnard Lima – Foto: Arquivo do jornalista Edgar Rodrigues

Um dia vi que poetas eram mesmo de carne e osso, embora estranhos. Conheci pessoalmente o Ray Cunha, o Zé Edson dos Santos, o Manoel Bispo, o Silvio Leopoldo, o Odilardo Lima e o curioso Isnard Lima, o mais velho deles. Tivemos nossas primeiras conversas no antigo Clã Liberal do Laguinho no início dos anos 70, época bastante tumultuada, quando falar em democracia era crime. Ali aprendi com eles a ser parceiro de música, de sonho e de esperança, apesar dos percalços do caminho como a impagável “Operação Engasga-engasga” que tentou estragar nossas vidas. Os que não foram presos por pensarem na liberdade migraram para outros centros do país e começaram a pôr em prática seus pensamentos, escrevendo canções, publicando livros, realizando exposições.

Dos presos injustamente que voltaram ao nosso convívio só o Isnard voltou a produzir textos com certa regularidade, mas era muito perseguido pelos chamados “revolucionários” e assim retornou a sua vida de boêmio, que alegrava os bares por onde parava. Neles, sua presença física fazia parte do cenário, assim como sua poesia, às vezes lírica e pródiga, iluminava a noite.

Isnard Lima – Foto: Arquivo do jornalista Edgar Rodrigues

Tempos depois fomos estudar juntos para o vestibular da Universidade do Pará. Ele e a mulher, uma vizinha dele e eu. Passamos os quatro e fomos para Belém enfrentar a vida. Um dia, ainda lá, sua mãe a professora de piano Walquíria Lima, morreu de grave doença. O poeta ficou órfão de mundo. Depois, já advogado, voltou e realizou seu livro de crônicas.

Creio que poetar não é só ajuntar palavras com a sabedoria de quem observa minúcias. Ela também arrebata o que não deve, molha e enxuga imagens. Escrita ou falada ela incide sobre o mundo em raios de aconchego, rebate o despropósito de desatinos noticiados sem pressa. A poesia é arte de encantar, pela soberba luz que tem, até a esperança escondida sob pedras. No presente ela é real de tal modo pétrea que judia a percepção, assim como estende o passo do verso pelas nebulosas verdes do futuro. A poesia é necessária na hora que o mundo se parte em prantos e nos conduz ao estado incompreensível de poetas. É como um féretro de gafanhoto conduzido por formigas de fogo na primeira manhã de março após a chuva. É operativa e vítima viva; amarrada, mas não amordaçada; simbólica, que não concede a ninguém formas aprisionadas, estilos e chavões dos espaços escolares. Ao contrário, voa, evola-se, anja-se e rompe-se comunicando ao homem e seu espírito, que mesmo muitas vezes seca, louca ou amarga, é doce na intenção imensa da criação do autor.

O poeta Isnard Lima, autodenominado “Cafajeste Lírico”, tinha 64 anos quando morreu. Às sete da noite do dia 11 de julho de 2002 fui informado que um vizinho o encontrara caído, ao lado de um aparelho de aerosol usado para amenizar o sofrimento de um enfisema pulmonar, fumante inveterado que era.

Eis, poeta, a minha homenagem pelo Dia da Poesia, que compartilho com todos os poetas de nossa terra, quando sei que nas fímbrias das nuvens gargalhas alegre e ironicamente tiras rosa do teu chapéu e as joga na madrugada.

*(Texto publicado em março de 2007 – JD)

Músico e compositor, Ruan Patrick, gira a roda da vida. Feliz aniversário ao talentoso amigo guitar hero!

Eu e Patrick

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Neste segundo dia de janeiro, o amigo Ruan Patrick gira a roda da vida. Trata-se do marido da professora e escritora Amanda Moura e pai da pequena poeta Maria Cecília, violonista, cantor, compositor, skatista, discotequeiro, profissional da saúde, fundador e líder da banda stereovitrola. Um cara da nossa arte e brother deste jornalista. Um figura porreta e por isso lhe rendo homenagens.

Quem faz boa música é foda! Patrick é um desses jedis (ou siths). Um maluco gente boníssima, talentoso, dono de uma “paideguice” peculiar, honestidade, simplicidade, entre outras qualidades. O “Patrickinho” é um importante personagem do Rock amapaense.

Num passado não muito distante, juntar rock and roll e diversão era uma tarefa muito complicada em Macapá. Se tratava de uma atividade realmente incomum na nossa cidade, mas existia. Patrick foi fundamental para disseminar o “roquenrou” por aqui. Foram centenas de festas, promovidas em quadras de escola, MV13, Sede dos Escoteiros, praças, pistas de skate, residências e o antigo Mosaico Rock Bar.

Patrick, Maria Cecília e Amanda – Foto: Insta da Amanda. Gente querida.

Sua banda, stereovitrola, existe desde 2004, com quatro discos 100% autorais, os discos “Cada Molécula de um Ser” (2006); “No Espaço Líquido” (2009), “Simptomatosys” (2013) e “Macacoari, Rio Triste” (2019). Parafraseando o aniversariante, “o grupo segue seu caminho há 19 anos nesta rota arenosa e nebulosa que é o rock autoral no extremo norte do Brasil, rock este muitas vezes solitário, underground, alto, estranho e com um monte de guitarras por vezes desagradáveis”.

Lembro bem da primeira vez que vi uma apresentação do grupo, ainda com o “liguento” nos vocais e o Anderson na guitarra base. Foi no Lago do Rock, em 2004 (movimento criado por mim, Gabriela Dias e Arley Costa) e realizado na Praça Floriano Peixoto.

Litlle: Big ontem e hoje– Foto: Arquivo deste site

Antes disso, lá nos anos 90, Patrick foi integrante da lendária Little Big, banda que marcou o underground amapaense, que embalou festas marcantes do nosso rock, teve seus anos de sucesso pelas quadras de escolas, praças, pista de skate, bares (principalmente o Mosaico) e residências de Macapá. Quando os caras executavam “Killing In The Name“, do Rage Against The Machine, a casa vinha abaixo.

A Little Big ainda gravou canções autorais como “Baseados em si”, “São Jose”, “Beira mar” e “Lamento do Rio”. Quem viveu aqueles dias loucaços lembra bem do refrão: “Eu sou do Norte, por isso camarada, não vem forte”. A banda Era PHODA!

Eu, Anderson “The Clash” e Patrick

Volto a dizer: quem faz boa música é foda! É o caso de Patricknho. Além de sua importância para todo esse movimento musical, o cara é gente e querido por mim. Guitar Hero, mano velho, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa garra, sabedoria, coragem e talento em tudo que te propões a fazer. Que a Força esteja contigo. Saúde e sucesso, sempre, amigo. Parabéns pelo teu dia, Patrick. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Hoje é o Dia Mundial da Paz

Hoje é Dia Mundial da Paz e como temos uma sessão chamada “datas curiosas”, é claro que não deixamos passar batido. A data foi instituída oficialmente pelo papa Paulo VI em 1967, que escreveu uma mensagem propondo a criação da data, a ser festejado no dia 1 de janeiro de cada ano por apontar o caminho da vida humana para o futuro, com o mesmo fim em mãos: a paz (1.relação entre pessoas que não estão em conflito; acordo, concórdia; 2. relação tranquila entre cidadãos; ausência de problemas, de violência).

A paz é um sentimento de harmonia com outras pessoas e a relação entre os seres humanos e o tempo sempre foi de admiração e agradecimento. Há mais de 2000 mil anos, os povos babilônicos comemoravam o início do ano apenas em março, devido à chegada da primavera no hemisfério norte.

Neste 57º Dia Mundial da Paz, que tem como tema “Inteligência Artificial e Paz”, o Papa Francisco disse: “que o rápido desenvolvimento de formas de inteligência artificial não aumente as já demasiadas desigualdades e injustiças presentes no mundo, mas contribua para pôr fim às guerras e conflitos e para aliviar muitas formas de sofrimento que afligem a família humana“.

Portanto, entro neste novo ano totalmente desarmado de sentimentos ruins. Espero que assim eu permaneça. Portanto, queridos leitores, que em 2024 tenhamos muita saúde, paz em nossos trabalhos, família e demais relações. Que a Força esteja conosco!

Ricardo Iraguany gira a roda da vida. Feliz aniversário ao amigo dono da Barca!!

Eu e Ricardo Iraguany

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Quem roda a roda da vida neste trigésimo dia de dezembro é o Ricardo Iraguany. Além de artista e agente cultural do Amapá, é meu brother e por isso registro aqui minhas felicitações.

Ricardo Trata-se do marido da Dayse, violonista, cantor, compositor, poeta, fundador e capitão da Barca do Iraguany. Um figura porreta e por isso lhe rendo homenagens.

Ricardo é músico e criou a Barca do Iraguany para o Círio de Nazaré, há nove anos, com o propósito de reunir artistas de vários segmentos da arte, como música, dança, poesia, entre outros, para fazerem uma anunciação da festa religiosa que ocorre em outubro na nossa capital Macapá há mais de 70 anos. Porém, o projeto ganhou asas e parceiros. Começou a fazer a alegria em bares e casas de shows da nossa cidade com muito batuque, marabaixo, entre outros ritmos nossos.

Ricardo é um artista que reforça a música regional e autoral, o que é essencial. E ainda, abre espaço para novos talentos. Conheci Iraguany há alguns anos, na casa do Enrico e Clicia, o casal Di Miceli tão querido por mim.

Quem faz boa música é foda! É o caso de Iraguany, um maluco gente boníssima, talentoso, dono de uma “paideguice” peculiar, honestidade, simplicidade, entre outras qualidades. Por tudo isso, desejo a ele tudo de melhor nessa vida. Parabéns pelo seu dia, amigo. Feliz aniversário!

Elton Tavares

The Blacklist – N⁰ 171 – O Cronista – Por Aloísio Menescal

Elton Tavares, Raymond ‘Red’ Reddington e Dembe Zuma – Foto montagem fictícia de Bruna Cereja

Por Aloísio Menescal 

Ah, Dembe, Dembe… Você é um bom e confiável amigo, que planeja e se previne. Não um hedonista como eu ou outro notável indivíduo sobre quem vou lhe contar agora.

Há alguns anos, estava eu saindo de um inesperadamente bem sucedido jogo de bacarat no cassino El Tito, em Maracaibo, quando embarquei em um dos mais exóticos e tradicionais cabarés flutuantes da Amazônia, chamado Brega da Gonçala. Era uma embarcação brasileira e ribeirinha, mas navegava em águas internacionais ilegalmente apenas para satisfazer uma aposta perdida pelo capitão. Lá dentro, no bar, vendo as mais belas dançarinas exóticas que só o caldeirão genético sulamericano é capaz de produzir, conheci nosso personagem.

Com óculos escuros demais para aquele horário, assim como eu mesmo, ele com uma armação no estilo do Elvis em seus últimos anos, e dedos adornados com anéis de crânios, sempre prontos para marcar o rosto de algum desafeto de última hora. Ele se dizia jornalista, mas na verdade era a memória viva de sua cidade natal, registrada e relembrada nos bares em crônicas regadas ao melhor e ao pior álcool disponíveis, pois ele não julgava a companhia, o local e nem a bebida, apenas testemunhava a vida da forma que ela se apresentava.

Naquela noite ele bebia uma dose de absinto em seu mais tradicional ritual, flambando um cubo de açúcar. Elogiou, mas disse que um toque de gin de jambu aprimoraria a experiência. Seu nome era Elton, mas não o John. Seu homônimo britânico – apesar da fama, talento e fortuna – mal sustenta uma conversa semiestimulante (falo isso com propriedade, pois atualmente até evito suas ligações).

Ele me contou sobre sua cidade e sobre o Bar Caboclo, sobre seus conflitos com a lei e com os homens, mas principalmente me falou da arte, do ritmo marabaixo que ainda não pude escutar ao vivo e da música de bandas de rock imortais que permeiam nossos repertórios em comum. Elton vive e celebra apenas o que foi e o que é, Dembe. Ele sorve a vida gota a gota, em seus mais variados sabores e sons. Ele faz isso hoje, pois não há amanhã…

*Esse texto foi uma brincadeira do amigo jornalista Aloísio Menescal (com quem converso, além de trabalho, sobre música, filmes, séries e etecetera) , que tirou com um sarro comigo e contextualizou minha boemia incorrigível com o jeito de narrar as coisas do personagem principal da série de TV Lista Negra, Raymond ‘Red’ Reddington (James Spader) em um suposto diálogo (ficção da ficção) com seu amigo Dembe Zuma (Hisham Tawfiq).

**Em The Blacklist, Raymond Reddington (James Spader) é um dos criminosos mais procurados pelo FBI. Até que um dia ele decide se entregar misteriosamente à agência, oferecendo com ele uma lista de importantes nomes da comunidade do crime: vários terroristas e líderes de organizações criminosas entre os mais procurados pela polícia. Ele deseja participar ativamente da captura de tais criminosos e faz duas exigências: receber completa imunidade pelos crimes que cometeu nos últimos vinte anos e falar diretamente apenas com agente novata Elizabeth Keen (Megan Boone). À princípio, Keen e seu supervisor Harold Cooper (Harrry Lennix) suspeitam das motivações de Reddington e seu estranho interesse em Keen. Mas depois que uma de suas dicas ajuda o FBI a capturar um perigoso terrorista e desfazer seus planos de ataque, eles percebem que pode ser importante continuar recebendo sua ajuda. Mas ao longo da trama, a curiosidade de Reddington por Keen tem suas motivações reveladas, mostrando um conexão entre o passado dos dois.

 

Feliz Natal, familiares, amigos e leitores do site De Rocha! – Por Elton Tavares

Como já disse aqui, por várias vezes, não sou lá muito religioso. O Natal é uma festa cristã. Particularmente, prefiro as profanas, como o carnaval. Porém, numa época dessas, em que todos estão extremamente legais, desejam tudo de melhor para todos e o velho blá, blá, blá, vale a pena festejar o aniversário de Jesus Cristo, pois o cara fez uma presença e tanto para a humanidade.

Brincadeiras à parte, desejo que o espírito de Natal ilumine a minha família e amigos, além dos familiares de todos que gosto (o natal não me torna hipócrita, pois não desejo o mal dos desafetos, mas também dar votos de fim de ano é uma mentira cínica). E também para os cidadãos que praticam o bem aos desamparados.

Agradeço a Deus pela minha saúde e a saúde dos que me são caros. Pela minha família, por trabalhar na área que escolhi e ser recompensado por isso, pelos verdadeiros amigos (que sei bem quem são) e pela ótima vida que tenho. Gratidão ainda por não participar de nenhum amigo secreto esse ano. É, não tenho pedidos, mas somente agradecimentos neste natal.

Que Deus (ou seja lá qual o nome do manda chuva do Universo) abençoe a todos que amo. Enfim, que ELE continue a nos proteger, guiar e iluminar.

Que nesta data não falte música boa, comida gostosa, abraços, risadas e principalmente pessoas queridas, mas que também seja de reflexão sobre a mensagem de Cristo.

Desejo a vocês, queridos leitores deste site, amigos, familiares e críticos, AMOR, ESPERANÇA, RENOVAÇÃO, PAZ, UNIÃO, FRATERNIDADE, SOLIDARIEDADE e FÉ. Feliz Natal para todos. Obrigado pela atenção.

Bendita seja a data que une todo mundo em uma conspiração de amor” – (Hamilton Wright Mabi).

Elton Tavares