Há 16 anos, Banda Stereovitrola faz rock alternativo autoral em Macapá

stereovitrola – Foto: Arquivo da banda.

Por Paula Monteiro

Stereovitrola é uma banda macapaense de rock alternativo que existe desde 2004, quando os integrantes Ruan Patrick (guitarras e vocais), Marinho Pereira (contrabaixo), Rubens Ferro (Baterias) e Wenderson Matrix (samplers e efeitos) se propuseram a criar e tocar suas próprias canções nas festas alternativas da capital amapaense.

“O grupo segue seu caminho há 16 anos nesta rota arenosa e nebulosa que é o rock autoral no extremo norte do Brasil, rock este muitas vezes solitário, underground, alto, estranho e com um monte de guitarras por vezes desagradáveis”, disse o vocalista.

Foto: Aog Rocha

“É difícil enxergar e fechar as influências do grupo em apenas poucas variáveis, mas ali se encontra um pouco de garage rock, tonelada de fuzz, reverb e sons sintetizados do pós- punk inglês, mas que ao se comunicarem nos remete a diferentes lugares da cidade e costumes da vida alternativa macapaense”, explica.

Em 2006, o grupo lançou o primeiro EP “Cada molécula é um ser”. Com músicas como “Oh! Valeria” e “Depois das seis”, a banda experimentava cada vez mais o rock autoral. Com apenas um ano de lançamento, eles tiveram a oportunidade de se apresentar pela primeira vez fora do estado, em Belém (PA), no festival “Se Rasgum no Rock”.

Foto: Aog Rocha

Dois anos mais tarde, Stereovitrola retornou à capital paraense para o lançamento do primeiro CD cheio “No Espaço Líquido”. “As músicas deste disco tornaram-se um hino da geração perdida jovem tucujú de 2009 e são cantadas até hoje pelo nosso público durante os shows”, conta o vocalista.

Em 2012, eles lançaram seu terceiro trabalho “Symptomatosys” e viajaram no ano seguinte para Natal (RN), onde se apresentaram no “Festival DoSol”. A participação da banda nesse evento rendeu uma boa divulgação no cenário nacional, que viu com bons olhos o potencial do rock no extremo norte do país.

Foto: Instagram da stereovitrola

A banda coleciona apresentações em diversos bares da cidade, festas alternativas, programações culturais e de esportes radicais como o skate. Tocou em vários festivais amapaenses como o “Quebramar” e “Grito Rock”. Em 2010, a banda fez show em São Paulo (SP), no “Serralheria”; São Carlos (SP), na “Ufscar”; e ainda passaram por Goiânia (GO), no festival de Rock “Vaca Amarela”. Em 2013, se apresentaram no “Festival DoSol”, em Natal (RN), além de apresentações em Belém do Pará.

O último trabalho da banda foi lançado em 2017, com o EP “Macacoari, rio triste”. O lançamento também marcou a entrada de Carlos Radion (sintetizadores) para somar junto ao grupo.

Vídeos da discografia: 

Meu comentário: Lembro bem da primeira vez que vi uma apresentação do grupo, ainda com o “liguento” nos vocais e o Anderson na guitarra base. Foi no Lago do Rock, em 2004 (movimento criado por mim, Gabriela Dias e Arley Costa) e realizado na Praça Floriano Peixoto.Saco a banda e gosto do som dos caras desde o início. Força sempre, stereo! (Elton Tavares)

Fonte: Portal Égua, mano!

Poema de agora: Rosa de fogo – Marcelo Autobahn (para Pat Andrade)

Rosa de fogo

Era esplendor e fúria
Era rosa de fogo
Como a cor dos seus cabelos
Na boca, palavras de ordem
Nas mãos, a bandeira
No peito, a estrela
Lutas e batalhas
Que pareciam infindáveis
E incansáveis
A cansaram
E a cronologia das más escolhas
Desbotaram um pouco a sua cor
O seu semblante mudou
A pétala quase murchou
O que era doce e o que não era
Quase se acabou…
Flor-mais-que-humana
Mas, quis Deus
Em sua misericórdia
Que a luz divina pairasse novamente sobre ela
Segurando suas mãos
Guiando seus passos
E seus traços
E o brilho dessa luz a regou
Até a sua raiz
E nas noites de lua cheia
Se via o brilho querendo sair
E saiu
E brilhou
E sorriu
E reagiu
A poesia fluiu
E a curou
A letra se perpetuou
E a alegria nos olhos voltou…
É tão bom ver que a flor ainda aflora
Ainda nos cinge de beleza
Aqui
E pelo mundo afora
Nos encantando de certezas
De que tudo ficou para trás
Tudo que um dia foi desespero
Hoje é alimento
É sustento
É poesia
Minha poetisa
Sua voz se concretiza
E se embeleza
Como riso novo
Da rosa cor do fogo

Marcelo Autobahn, para Pat Andrade

Educadora e incentivadora cultural, Miriam Corrêa, festeja seus 59 anos com Live comemorativa e solidária

Neste sábado (22), a partir das 16h, a educadora e incentivadora cultural, Miriam Corrêa, festeja seus 59 anos com Live comemorativa e solidária. Com apresentações de diversos artistas renomados, as apresentações virtuais serão transmitidas pela rede rede social Facebook da aniversariante (link https://www.facebook.com/miriam.correa.378).

Os shows on-line, além de celebrar a vida da queridona que trocará de idade, visa arrecadar recursos para o projeto cultural Quarta de Arte da Pleta.

“Olá, caros e raros amigos desta vida linda que vou compondo! Com carinho e alegria convido você a participar desta live comemorativa e solidária. Junto com você, estarei celebrando, 59 voltas em torno do Rei Sol. Nosso propósito é, além de comemorar o privilégio de estar viva, apesar da dor da perda de muitos queridos que sucumbiram ao COVID-19, e com o desejo de poder continuar colaborando da melhor maneira possível a quem tanto precisa, que nos juntamos a muitos amigos para realizar esta live colaborativa ao Projeto QUARTA DE ARTE DA PLETA. Portanto, convido você a transformar seu desejo de um Feliz Aniversário em doação financeira para o projeto Quarta de Arte da Pleta. Por aqui, sigo feliz e ansiosa por este grande encontro, onde estarei no aguardo das felicitações colaborativas de pelo menos 59 amigos. Desde já agradeço com o desejo de que a vida seja plena e que sempre tenhamos em nossos corações ‘que fundamental é mesmo o amor e que é impossível ser feliz sozinho‘”, diz Mirian no convite.

Confira a programação completa:

Serviço:

Música, poesia e falas de amigos queridos em Live comemorativa e solidária
Dia 22/08
Hora: a partir das 16h
Transmissão: Facebook de Mirian Corrêa (link https://www.facebook.com/miriam.correa.378)

Dados bancárias para colaboração com o projeto cultural:
Banco do Brasil
Agência: 2825-8
Conta Corrente: 36.273-5
Miriam Alves Corrêa Silva
CPF: 126.998.882-49

Miriam Corrêa gira a roda da vida. Feliz aniversário, querida amiga!

Tenho alguns companheiros (brothers e brodas) com quem mantenho uma relação de amizade e respeito, mesmo a gente com pouco contato. É o caso da Miriam Corrêa. Hoje é aniversário dela, que gira a roda da vida pela 59ª vez.

Miriam é a mãe da Clayse e do Igor, esposa do Beto, avó da Catarina, professora, pedagoga, contadora, bacharel em Direito, ex-secretária de Estado da Educação, fervorosa flamenguista, boêmia inveterada, viajante imparável, militante e incentivadora da cultura, apreciadora de cervejas geladas, chopps enevoados, drink’s variados, reuniões com amigos e boa música, além de querida amiga deste editor, Miriam Corrêa.

A Miriam Corrêa é visceral. Assim como eu, quando ela gosta, gosta muito, mas quando não gosta…

Trata-se de uma pessoa intensa, bem humorada, inteligente, aguerrida, combativa, fiel aos seus, festiva, briguenta quando necessário e muito, mas muito porreta.

A amiga que aniversaria também é uma filha, irmã, esposa e amiga zelosa. A gente é bem parecido em relação à família, pois amamos e defendemos os familiares que amamos, assim como os amigos – como todos deveriam ser.

É também uma amiga pra curtir bons momentos, ou ajudar em algum eventual perrengue.

A amizade entre mim e Miriam não é antiga. São somente nove anos de brodagem, nem sempre presente, mas sincera. Agradeço o apoio de sempre, parceria e respeito. Aliás, é recíproco!

Por tudo isso e muito mais, hoje rendo homenagens à querida amiga que está de berço.

Miriam, queridona, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa garra, sabedoria, coragem e talento em tudo que te propões a fazer. Que a Força sempre esteja contigo. Saúde e sucesso sempre, amiga. Parabéns pelo teu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Patrick Bitencourt gira a roda da vida. Feliz aniversário, irmão!

Um dos meus irmãos de vida gira a roda da vida hoje. Trata-se de Patrick Bitencourt. Ele chega aos 41 anos e rendo homenagens ao velho e querido amigo. Com ele, eu – que tenho quase 44 verões – já vivi, no mínimo, um século de ondas firmes entre situações hilárias, emocionantes e memoráveis. Sim, o “Urso” é um grande cara. Não somente pela largura, mas de alma nobre e atitudes positivas, sempre (tá… às vezes ele escorrega e dá uma “pilantrada”, mas faz parte).

Patrick é  pai da linda Manu, mestre-jedi/sith do João, filho do Nazareno (nosso amigo “Bode”) e da dona Conceição, irmão do Frank, Boca e Najara, namorado da Karinny. Eu e Emerson, meu irmão de sangue, também somos irmãos dele. Sim, a gente ama esse cara.

Sociólogo, bacharel em Direito e professor do Estado, o cara equilibra bem responsa e curtição – pois é assim que deve ser. A gente não pode negligenciar o trampo nunca, já que é o que paga a nossa vida louca (risos). Todos nós temos isso bem claro e assim o fazemos – que é o certo.

Patrick é inteligente, divertido, bem-humorado, espirituoso, coerente, sensato, irreverente, viajado, dono de vasta cultura geral, impetuoso, criativo (vocês precisam ouvir quando a gente se junta pra falar merda, rs), competente profissional da educação, pai exemplar e amigo prestativo.

Sócio fundador da Cúpula do Trovão, flamenguista convicto, maçom, praticante de artes marciais, assíduo frequentador de missas dominicais, boêmio, bicolor, pirata da batucada, ex- patrulheiro das ruas, roqueiro das antigas, fã de cinema, apreciador de quadrinhos e desenhos animados, velho aliado da batalha anual chamada de “A Banda” (evento ao qual sempre sobrevivemos, mas não sei até quando).

E também antigo aliado de vitoriosas batalhas contra uma vida ordinária e contra pregos em geral, Patrick é um dos melhores caras que tenho a honra de chamar de AMIGO. Literalmente ao pé da letra e em caixa alta, pois o cara é Phoda!

Com o Patrick e um seleto grupo de brothers, acumulo uma memória afetiva diversa e rica em cagadas porretas que nos moldaram. Quando a gente se junta, é só alegria. Como diz o escritor Fernando Canto: “de um tempo que fomos para sermos o que somos”. Juntos, temos muitas aventuras e desventuras pra contar – mas a maioria é impublicável, fazem parte das “Guerras Secretas”. Já disse e repito: nosso arquivo renderia um roteiro porreta para um filme dos anos 90, violento e muito doido, mas com uma trilha sonora paid’égua demais.

Ursão, mano velho, tu saaaabes que podes contar com o gordão aqui pra qualquer coisa. Sejam momentos ruins – os quais graças a Deus tivemos poucos. Ou para a formação de vitória na guerra. Que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que o vigésimo dia de agosto chegue sempre contigo assim: saudável e com essa alegria que te é peculiar. Boto fé em ti e agradeço por te ter por perto, irmão. Saúde, ainda mais sucesso e vida longa é o que eu e a Cúpula do Trovão queremos pra ti. Volto a dizer: a gente te ama. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Ana Beatriz Santana gira a roda da vida nesta sexta-feira. Feliz aniversário,  Byah!

 


A filha mais velha da Carla, acadêmica curso de Designer Gráfico, ex-estagiária do MP-AP e profissional competente, Ana Beatriz Santana, gira a roda da vida nesta sexta-feira (14). Feliz aniversário,  Byah!

Byazinha é uma mulher inteligente, discreta, gente fina e boa de trabalho. Não somente por conta da parte técnica, mas também pela imensa boa vontade. Ela manja muito desse negócio de artes e tals.

Beatriz foi integrante da equipe da comunicação do Ministério Público do Amapá e minha colega de trampo por dois anos. Gosto muito dela.

Byazinha é tranquila, trabalhadora, esforçada e muito gente fina. Boto fé nela como profissional e como pessoa. Sua baixa estatura não faz justiça à grande mulher que Ana Beatriz é, pois a moleca (no melhor sentido da palavra – pois chamo assim todos que são mais jovens que eu)  já provou o seu valor.

Bhya, querida, fui teu chefe, teu colega de trabalho e podes crê que sou teu amigo. Que tenhas sempre saúde e sucesso junto aos teus amores. Que teu novo ciclo seja ainda mais lindão. Meus parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Há 36 anos Fernando Canto lançou seu primeiro livro – @fernando__canto Via @alcinea

Alcineá Cavalcante e Fernando Canto. Poetas e escritores. Foto: Flávio Cavalcante.

Por Alcinéa Cavalcante

Há 36 anos Fernando Canto lançou seu primeiro livro: “Os periquitos comem manga na avenida”, uma obra maravilhosa que, inclusive, merece uma segunda edição. O lançamento foi na praça Veiga Cabral e contou com a presença dos mais expressivos poetas, músicos, escritores e demais artistas. Foi um sucesso. De lá pra cá Fernando já publicou mais de 15 livros (poesias, contos e crônicas), participa de importantes antologias nacionais e acumula premiações.

Fernando autografando o livro para o poeta Alcy Araujo, que fez o prefácio da obra – Foto: acervo da Alcinéa

Fernando autografando o livro para o poeta Alcy Araujo, que fez o prefácio da obra

Mas, voltando ao primeiro livro. O sucesso foi tanto que Fernando foi chamado para lançar também em outros estados como, por exemplo no Rio Janeiro, a convite do Sindicato dos Escritores daquele Estado. E foi notícia na imprensa carioca.

Em artigo publicado no “Jornal do País” em março de 1985 o poeta Ivo Torres escreveu que “Os Periquitos Comem Mangas na Avenida, a partir do saboroso título, é trabalho belo, colorido, seivado de amor”

Do meu baú, resgatei o artigo. Leiam:

“OS PERIQUITOS COMEM MANGAS NA AVENIDA
Por Ivo Torres (*)

Sereno, lídimo, aparentando timidez, porém vigorosamente desperto – como diz todo bom caboclo da Amazônia – o poeta Fernando Canto desceu no céu cultural do Rio, sobraçando, altaneiro, os “Periquitos Comem mangas na Avenida”, seu primeiro volume de poemas, editado em Macapá, Território do Amapá, e aqui lançado numa bonita e comovente festa promovida pelo Sindicato dos Escritores do Rio de janeiro.

Não só desceu como ascendeu. Porque Fernando canto estreia, entretanto não é estreante. Trata-se de valioso poeta: claro, apurado, instigante, esperto inventor. às vezes amargo, amargurado, triste; outras vezes alegre, cordial, amoroso. Mas sempre digno intérprete do chão e da chama da sortilégica região norte brasileira.

Os Periquitos Comem Mangas na Avenida, a partir do saboroso título, é trabalho belo, colorido, seivado de amor, perpassado de magias encantadas, decantadas por Fernando, com singelas ilustrações do artista plástico amapaense Manoel Bispo.

Mais ainda: o autor mergulha passional, responsável e competente, na temática amazônica, sem atoleimar-se contudo, na pieguice, na empáfia discursiva, tão comuns aos que se aventuram a cantar ou contar o regional.

E o poeta atinge outros pontos de fulgor:

“o mais difícil
É mastigar o eterno
E engolir a flor”.

Pontos de rubor: “É na decisão do nó
Que a corda aperta o laço”.

Pontos de sonhador:
“Ainda acredito que o sonho do gato
É pegar o pássaro”.

O lugar do poeta é à frente, na vanguarda do acontecer, na pulsação consciente do instante histórico. A poesia continua e continuará sendo o idioma natural e adequado para a compreensão e identidade dos homens.

No momento em que, nós brasileiros, estamos empenhados na construção democrática do nosso País, muito justo, portanto, registrar e louvar, um poeta do Amapá nos trazendo, solidário, sua contribuição ao necessário dever de amarmos a perenidade das nossas coisas e da nossa gente.”

Ivo Torres – Foto: Blog da Alcinéa

Ivo Torres é poeta, escritor e administrador. Autor dos 18 livros de poesia , entre os quais “Cromossomos”, “O Trono do Amor”. Participou da Antologia dos Modernos Poetas do Amapá (1960) e aqui no Amapá dirigiu e escreveu em várias revistas, juntamente com Alcy Araújo e Álvaro da Cunha. Foi um dos fundadores e diretor da Revista Rumo, Clube de Arte Rumo e Editora Rumo, foi presidente da Associação Amapaense de Imprensa e Rádio e da Sociedade Artística Amapaense.

No Rio de Janeiro foi subsecretário de Planejamento do Governo Brizola e é membro fundador do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, junto com José Louzeiro.

Aos 89 anos Ivo Torres continua super ativo no Rio Janeiro e está como novo livro para ser lançado ainda este ano.

Fonte: Blog da Alcinéa.

Eu lembro, pai. Muito obrigado! – Texto atualizado e republicado por motivo de saudades.

Lembro da minha infância com alegria. Eu e meu irmão fomos agraciados com excelentes pais, que nos proporcionaram tudo de melhor possível (e muitas vezes impossível, mas eles fizeram mesmo assim). Graças a Deus, minha mãe continua aqui e é meu anjo da guarda.

Lembro todos os dias do meu pai, José Penha Tavares. Ele faz muita falta. Não só hoje, que é Dia dos Pais, mas sempre. E sempre fará. Difícil compreender as indecifráveis razões de Deus para algumas despedidas.

Lembro que nós nunca fizemos a primeira comunhão, nem eu e nem Emerson, pois fugíamos das aulas de catecismo para ir com o papai pra AABB. Ele ia jogar bola e nós curtíamos a piscina. Apesar de não ter sido um frequentador de igrejas, Zé Penha tinha muito mais Deus no coração do que a maioria dos carolas que conheço.

Lembro-me de quando ele me levava para ver seus jogos de futebol. Era goleiro dos bons. Lembro quando tinha mais ou menos uns quatro anos ele me chamava de “Zôk”, apelido dado por causa da risada que eu dava quando ouvia o nome da moto Suzuki.

Lembro que sempre foi nosso herói, meu e do meu irmão Emerson. Depois, também virou ídolo de muitos amigos, por conta do nível caralístico de paideguice que ele tinha. Lembro que poucas vezes vi meu pai triste ou irritado.

Lembro-me das poucas broncas, de algumas porradas, de poucas discussões. Disso mais lembro de esquecer. Lembro muito mais das viagens, da parceria, da amizade, da proteção, da admiração que tinha e tenho por ele.

Lembro-me de papai nos levar para jogar bola, ao cinema, circo, arraial ou qualquer lugar em que ficássemos felizes. Éramos moleques exigentes, mas lembro que ele e mamãe sempre davam um jeito, mesmo com pouca grana. Lembro dos ensinamentos e sei que uma porção grande de bondade que trago em mim herdei de meu pai.

Lembro que conviver com meu pai era viver no paraíso. Lembro-me de como todos o amavam e até hoje, todos sentimos saudades. Lembro que já são 21 anos sem você. Lembro, Zé Penha, de o quanto fomos parceiros, confidentes e grandes amigos. Aliás, pai, fostes o melhor de todos. Lembro de como eras sensacional, cara. Incrível, mesmo!

Lembro de tudo amorosamente, pouquíssimas vezes com lágrimas nos olhos, mas a maioria com sorrisos. Pois o que mais lembro é que tu, pai, era a personificação da alegria e bom humor. Enfim, de vida. Lembro de ti, Zé Penha, todos os dias. E amo lembrar o que fostes e o que representas. Obrigado por todo o amor. Um beijo em ti. Estejas tu nas estrelas ou em qualquer lugar além do meu coração. Amo-te, pra sempre. Feliz Dia dos Pais!

Elton Tavares

*Texto atualizado e republicado por motivo de saudades.

Feliz aniversário, Clara Santos!

Clara Santos.

Hoje aniversaria a mãe, avó e filha amorosa, autônoma e velha amiga minha (antiga é só a nossa amizade, ela é jovem), Clara Santos.

Uma pessoa inteligente e gente fina. Uma amiga que pouco vejo e gosto muito. A gente tem esse negócio de empatia por pessoas de alto astral e de bem com a vida. Ela é uma dessas figuras.

Clara namorou o meu saudoso pai, Zé Penha, anos 90.  Bons tempos aqueles, pois nos divertimos muito. Clarinha sempre está presente na minha memória afetiva no que diz respeito ao meu velho.

Papai, Clara, eu (de pé e camisa quadriculada) e meu irmão Emerson (sentado de camisa branca). 1997

Ela também esteve conosco no momento mais difícil da vida, quando fez a passagem e sou grato pela dedicação dela naqueles tempos. É como dizia meu amigo Tãgaha Luz: “gente do bem é outra coisa, passa e deixa rastros”.

Em resumo, Clara Santos é uma mulher do bem, que já enfrentou várias dificuldades com altivez e sempre batalhou pelos seus filhos. Admiro isso nela, entre outras qualidades.

Eu e Clara, em algum lugar do passado.

Clara, querida, que tu tenhas sempre saúde plena e sucesso juntos aos seus amores. Parabéns pelo seu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

*Texto republicado, mas de coração. 

 

Frases, contos e histórias do Cleomar (IV Edição Especial Coronavírus)

Tenho dito aqui – desde fevereiro de 2018 – que meu amigo Cleomar Almeida é cômico no Facebook (e na vida). Ele, que é um competente engenheiro, é também a pavulagem, gentebonisse, presepada e boçalidade em pessoa, como poucos que conheço. Um maluco divertido, inteligente, gaiato, espirituoso e de bem com a vida. Dono de célebres frases como “ajeitando, todo mundo se dá bem” e do “ei!” mais conhecido dos botecos da cidade, além de inventor do “PRI” (Plano de Recuperação da Imagem), quando você tá queimado. Quem conhece, sabe.

Assim como a primeira, de março passado, a segunda de maio, a terceira em junho, segue a IV Edição Especial Coronavírus, cheia de disparos virtuais do nosso pávulo e hilário amigo sobre situações vividas em tempos de Covid-19 no mês de abril. Boa leitura (e risos):

Polpa

O cara que armazena a polpa de goiaba, junto com a de acerola no supermercado, deveria pegar uma surra.

Fim de mês

Aí, no fim do mês, o cara volta pra casa com seis notas no bolso. Rezar pra não perder nenhuma no caminho.

Em caso de premonição

Não gosto nem de pensar no que aconteceria, se no Carnaval eu soubesse que passaria os próximos cinco meses dentro de casa. Credo!

Bares na pandemia

Meu comportamento é inadequado para frequentar buteco em tempos de pandemia, quero logo abraçar todo mundo; cada um que chega é aquela sequência de dezoito toques com a mão. Na despedida, não saio sem falar com geral, até com quem não conheço. Definitivamente, não estou preparado.

Abuso

Quando envelhecer, quero ser um velho bacana, daqueles que dá gosto sentar ao lado e ouvir as histórias; tipo aqueles coroas maneiros que a gente admira. Recuso-me a ser um velho filho da puta, como o senhor desembargador.

Medo vence a sede

Descobri, depois da liberação do funcionamento dos bares, que tenho mais medo, do que sede.

Devassidão

Acordado em plena manhã de domingo, absorto em meus pensamentos, a única coisa que me vem, é a preocupação com o tamanho da devassidão que vai ser, se até o Carnaval, já estivermos livres disso tudo. Eu mesmo, já penso em ir nu logo.

Carapanãs

As vezes tenho a impressão que os carapanãs aqui de casa, também saíam pra trabalhar antes da pandemia, tipo, trabalhavam fora e retornavam no fim do expediente, na hora da “refrega”. Agora, obedecendo ao decreto, não saem nem pra cuspir. Tá lotado.

Elder Willott gira a roda da vida. Feliz aniversário, primo!

Elder Willott, um cara porreta!

Quem lê este site, sabe: gosto de parabenizar amigos em seus natalícios, pois declarações públicas de amor, amizade e carinho são importantes pra mim. Neste sexto dia de agosto, Elder Willott gira a roda da vida e lhe rendo homenagens.

Paraense natural de Santarém, Elder Willott largou a cidade natal, família, amigos e trampo para morar em Macapá há pouco mais de um ano. Ao ler a primeira frase deste parágrafo, pode ser loucura do cara, mas não foi. Ele casou com a arquiteta Ana Paula Tavares (de quem muito me orgulho ser primo) e em nome do amor por essa maravilhosa mulher, mudou de mala e cuia para o meio do mundo, o nosso lugar neste planeta.

A nonagenária mais linda do mundo, Aninha, Elder e este editor fazedor de selfies.

Elder é operador do Direito, profissional competente, servidor do Judiciário e concurseiro empenhado. Além disso, é um figura muito porreta. Trata-se de um bom filho, irmão, sobrinho, marido e amigo. Sim, o considero meu amigo, pois dou muito valor no moleque (tenho mania de chamar qualquer um mais novo que eu de moleque, mas é no bom sentido).

Admiro o aniversariante, pois é um homem bom (não de bem, parei de usar esse termo desde que os homens de bem elegeram o demônio na terra para presidir esse país desgovernado). Willott (o cara tem até nome de artista) é culto, coerente, inteligentíssimo e politizado (do jeito certo), além de ser bem humorado.

Elder e Ana. Queridos!

O mais paid’égua nisso tudo é que, além de todas as notáveis qualidades de Elder, ele faz a nossa Ana feliz e eu amo demais essa moleca.

Por tudo dito acima, felicito Elder neste dia em que ele roda o calendário.

No casamento deles.

Elder, meu primo postiço e amigo, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa garra, sabedoria, coragem e talento. Que a Força esteja contigo. Saúde e sucesso sempre. Parabéns pelo teu dia. Feliz aniversário!

*E é “nóis” na resistência!!

Elton Tavares

Igor Maneschy gira a roda da vida pela 44ª. Feliz aniversário, mestre das cervas! – @igormaneschy

Com o Igor (deu trabalho tirar a galera que tava nessa foto) tomando cervas em 2019.

Quem lê este site, sabe: gosto de parabenizar amigos em seus natalícios, pois declarações públicas de amor, amizade e carinho são importantes pra mim. Neste quinto dia de agosto, Igor Maneschy gira a roda da vida pela 44ª vez e rendo homenagens ao amigo.

Igor é analista de sistemas, arquiteto de software, mexe com mercado financeiro, sócio-proprietário da Banca Rios Beer, mestre cervejeiro, especialista na produção de cerveja artesanal (Deus sabe que se eu tivesse esse dom, já teria morrido), entre outras muitas coisas que o cara manja, pois ele é virado e é foda em tudo que se propõe a fazer.

Igor, Rita e filhos.

Mas o papel de melhor atuação do grande Maneschy (grande mesmo, em largura, altura e paideguice) é o de marido da Rita e pai do Matheus, Caique e Marina, além de irmão do Austy (ele tem outros brothers, mas só conheço os dois sacanas mesmo).

Filho de cantor, dançarino, cozinheiro, amante de vinhos, Rock and Roll, entre várias facetas, Igor Maneschy  é um cara de vasta cultura geral. Sorridente, bem humorado e desencanado, trata-se de um figura porreta. Um amigo que fiz de uns dois anos pra cá.

Pra falar a verdade, conheci o Igor e Rita em 2000, há 20 anos, quando eles iam a um boteco chamado “Lokau”, lá no bairro Santa Rita (próximo ao São Camilo), onde só tocava rock. Essa bar era meu e do grande amigo, Edmar Santos, o “Zeca”. Eu achava o casal um tanto metidão – meio pavulagem, para dizer a verdade. Ledo engano (a Rita disse que “isso mostra que não não tenho bom feeling pra gente boa”). Foram necessárias quase duas décadas pra eu sacar que eles são demais gente boa.

Inteligente e politizado (do jeito certo), Igor possui bom papo e humor invejável. É uma excelente companhia. E como o mundo dá voltas (tenho uma teoria que Macapá, como é gitinha gira muito mais rápido), hoje em dia, eu frequento o bar do cara. Aliás, o melhor dessa cidade no meio do mundo.

Em resumo, esse texto é pra deixar registrado o meu apreço, respeito, admiração e amizade pelo Igor, um figura firmeza.

Igão, mano velho, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa garra, sabedoria, coragem e talento. Que a Força esteja contigo. Saúde e sucesso sempre, Maneschy. Parabéns pelo teu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Evandro Luiz gira a roda da vida. Feliz aniversário, Barão!

O grande Evandro Luiz, nosso querido “Barão”.

Evandro Luiz gira a roda da vida neste quarto dia de agosto. O aniversariante é um grande jornalista, produtor e repórter, cronista, pai e marido amoroso, além de respeitado e querido profissional da comunicação do Amapá.

O popular “Barão” foi o primeiro jornalista formado a se aposentar no Estado. Na TV, ele é um dos pioneiros e pavimentou o caminho para os que vieram depois. O cara fez 18 mil reportagens ao longo de quase 30 anos de televisão. Impressionante!

Evandro é um grande cara. Tive uma passagem curta pela Rede Amazônica, mas o experiente jornalista nunca me tratou como foca (iniciante). Pelo contrário, sempre teve apreço por mim. Quando descobriu que sou neto do delegado Espíndola (que já virou saudade), disse: “cara, trabalhei com teu avô na Guarda Territorial, ele foi meu amigo”.

Fotos: Arquivo Pessoal do Barão.

Em janeiro de 2016, ele pendurou as chuteiras. O jornalista Seles Nafes, que trabalhou muitos anos com o Evandro, escreveu um textaço em homenagem ao cara. Em um dos parágrafos, SN disse:

Evandro Luiz é jornalista com “J” maiúsculo, e não apenas por milhares de reportagens que produziu na televisão, muitas em situações arriscadas, especialmente em aventuras no interior do Estado. Mas pelo exemplo de perseverança e de entusiasmo pelo jornalismo, profissão que o fez faltar ao trabalho raríssimas vezes em 29 anos de Rede Amazônica”. É verdade, o cara foi exemplo dentro e fora do trampo.

Barão em sua despedida da Rede Amazônica.

Evandro merece, pois é um dos representantes da memória cultural do cenário jornalístico do Estado.

Em outubro de 2017, durante uma conversa com o Barão na casa da jornalista Alcinéa Cavalcante, conversamos sobre as várias vertentes do jornalismo, e em algum momento ele disse algo que para mim é uma honra: “Elton, cada um com o seu talento, para mim tu és um excelente assessor de comunicação”.

Com o Barão, em 2017 – Foto: Jaci Rocha.

Fiquei muito feliz com o elogio do amigo, pois tive a honra de trabalhar com essa lenda da comunicação amapaense e sei da importância de sua opinião.

Este ano, ele surpreendeu mais uma vez e começou a escrever excelentes crônicas. O jornalista Arilson Freires me mostrou e a maioria delas foram publicadas neste site, pois são porretas demais.

Ao Evandro, meu respeito e gratidão e votos de saúde e felicidades. Parabéns, amigo. Feliz aniversário!

Elton Tavares