Poema de agora: ADEUS – Obdias Araújo (para Fernando Canto)

Obdias Araújo e Fernando Canto. Escritores e queridos amigos meus. Foto: Facebook do Canto.

ADEUS

Quando a morte chegar eu estarei à porta principal
À sua espera tendo em uma das mãos o bocal
De meu trombone polonês armado em dó
Que foi presente do Maestro Tenente Clodomiro Martins
E ninguém toca nele. Conversaremos por alguns minutos.

Ela a morte me narrará interessantes fatos de sua longa viagem
E eu lhe falarei depois do medo que tenho de não suportar
A falta dos amigos e a ausência dos carinhos da mulher amada.
À minha mão esquerda o retrato de minha mãe e uma lágrima
Cuidadosamente retirada de seu olhar de Santa.

Assobiarei baixinho Bolero de Maurice Ravel
E bordarei no centro do meu peito
Um Sinal-da-Cruz imaginário.

Obdias Araújo (para Fernando Canto)

Arquitetura de Sensações: arquiteto especialista em iluminação de ambientes fala sobre o tema em live nesta terça-feira, 28.

O atual momento de pandemia fez todas as áreas de atuação inovarem com lives sobre temas diversos. E despertou o interesse em produzir conteúdo acessível a todos. Nesta terça-feita (28), a partir das 19h, vai rolar uma entrevista virtual com o arquiteto projetista e designer especialista em iluminação, Antônio Fernandes. A programação será transmitida pelo perfil da rede social Instagram, do também profissional de Arquitetura, Domingos Ramos Júnior, no endereço @domingosramosjr .

O bate papo virtual, denominado “Arquitetura de Sensações” é voltado para acadêmicos, arquitetos, profissionais que trabalham com a temática e pra quem quiser saber um pouco mais sobre as diversas possibilidades da iluminação no projeto de arquitetônico – já que a luz é indispensável e um elemento de extrema importância no
ambiente construído.

Antônio Fernandes trabalha com iluminação desde 2009. Ele foi projetista de iluminação na empresa Espaço Casa e Espaço Luz, projetista na empresa Fênix construção e consultor técnico em iluminação na empresa Monte Casa & Construção.

Com 11 anos de muita experiência e bagagem profissional, Antônio falará um pouco de resultados assertivos sobre o tema como ofuscamento, desempenho do led , a escolha certa na iluminação de cada ambiente. “A iluminação tem um papel tão fundamental em um edifício, que deve ser considerada investimento, não custo. Iluminar muito não é iluminar bem”, frisa Antônio Fernandes.

Além de excelente profissional, Antônio é elogiado por todos para quem já prestou serviços. O iluminado arquiteto é também um velho amigo deste editor e desejo sucesso a ele neste papo virtual.

Elton Tavares

Cydiclair Nunes gira a roda da vida.  Feliz aniversário, Cydi!

Várias fotos de nossos piseiros em Brasília e São Paulo

Quem lê este site, sabe: gosto de parabenizar amigos em seus natalícios, pois declarações públicas de amor, amizade e carinho são importantes pra mim.  Tenho alguns companheiros (brothers) com quem mantenho uma relação de amizade e respeito, mesmo a gente com pouco contato pessoalmente. É o caso do Cydiclair Nunes. Hoje é aniversário do cara, que gira a roda da vida nesta segunda-feira.

Meu irmão Merson, Cidy e Boca Mole, em algum lugar do passado.

O cara é  bancário, pai e profissional competente, fã de Rock and Roll e “gueron”, além de brother das antigas e companheiro de shows de rock deste editor. Um figura gente fina e, sobretudo, um homem de bem.

Nem lembro ao certo em que ano conheci o Cydi, mas faz tempo. Mesma época em que fiz amizade com o Boca e Patrick. Éramos companheiros nas noites quentes no extinto Star Night Clube e de reuniões etílicas, sempre com trilha sonora porreta.

Cydi (primeiro da esquerda pra direita) e nossa turma no fim do show do U2 – São Paulo 2017

O cara sempre foi responsável. Enquanto a gente tava pirando demais nos anos 90, Cydi fazia as ondas e equilibrava com muito trampo na sua precoce carreira no Banco do Brasil, onde atualmente é auditor em Brasília (DF).

De uns anos pra cá, Cydi Nunes é parceiro de momentos ímpares na minha vida: shows de Rock. A gente já viu muitas bandas e cantores renomados internacionalmente em Sampa e capital Federal.

 Dono de vasta cultura geral e politizado (do jeito certo) ele possui bom papo e humor invejável. É uma excelente companhia. Enfim, Cydi é um cara tranqüilo, ponderado, coerente e inteligente. Eu o considero um brother querido e este texto é um registro disso. Ele também é membro fundador da Cúpula do Trovão e inventor de merdas firmes nos nosso virtual bate papo diário.

Fernando Canto, eu e Cydi (centro) tomando umas no Rustic Bar – Macapá (AP) – 2019

Cydi, “tu saaaabes”, Patinhas! Que a força sempre esteja contigo. Que teu novo ciclo seja ainda mais produtivo, próspero e que tenhas sempre saúde e sucesso junto dos teus amores. Saúde, sucesso e sabedoria sempre. Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

Porque escrevo (Fernando Canto) – Por Fernando Canto

O grande Fernando Canto – Foto: João Canto

Escrevo porque o ato de escrever é aprendizado “imparável”, constante, é forma de enclausuramento voluntário, evocação de mistérios que instigam a (re)criação da (i)realidade. É como navegar, no dizer de Pessoa. Mas necessariamente, contatar o estranho, rir do absurdo e ultrapassar barreiras que o real não permite. O escritor tem passaporte para qualquer lugar porque escrever é processo conduzido pelo voo imaginativo. É flecha, é corredeira, é bólido que tem destinação. É paradoxo porque cada frase sua pode ser recriada ou refeita pelo leitor.

Escrevo porque posso fotografar na minha mente formas, ambientes e personagens; diluir e transformar sonhos e expressar várias visões de mundo através deles.

Escrever é ato libertário. Deve-se escrever para ser lido, óbvio, mas, sobretudo para ser debatido, criticado, odiado, amado; para provocar reações e sentimentos diversificados. Escrever é como produzir fluidos no corpo e fazê-los sair pelos poros da alma.

Fernando Canto – Escritor (o maior escritor vivo do Amapá), jornalista, compositor, sociólogo, meu amigo e um cara paid’égua. Republicado por hoje ser o Dia Nacional do Escritor. 

Programa “Conhecendo o Artista”: hoje Kássia Modesto entrevista o cartunista, chargista, quadrinhista, ilustrador e artista plástico, Ronaldo Rony e o redator publicitário, cronista, contista, poeta e letrista, Ronaldo Rodrigues

Por Kassia Modesto

Hoje é dia de… Cartum… no Conhecendo o Artista. Aliás, não apenas Cartum, hoje recebemos Ronaldo Augusto Moreira Rodrigues, Ronaldo Rony, cartunista, chargista, quadrinhista, ilustrador, artista plástico, redator publicitário, cronista, contista, poeta e letrista. Nascido no Pará em Curuçá, criado em Belém, mas se considera amaparaense. Como bem se denomina, Ronaldo é cartunista para viver e redator publicitário para sobreviver, porque não vive de arte, no sentido de se sustentar financeiramente, dela. É o trabalho como redator que paga as contas. Mas, sem arte, não dá pra viver.

Ronaldo Rony & Ronaldo Rodrigues – Foto: arquivo pessoal do artista.

Ronaldo desenha desde muito cedo, sempre atraído pelas histórias em quadrinhos, era de se esperar, Inclusive, que ele viesse a aprender a ler através de um gibi. De tantas viagens pelas heroicas aventuras Ronaldo criou personagens que variavam de caubói a herói espacial, passando por craque de futebol e troglodita, repetindo o caminho da maioria dos desenhistas iniciais: de copiar as histórias e personagens, como Batman e Homem-Aranha, tentando desenhar dentro do mais profundo realismo, com perspectiva, os caras musculosos e tal.

Foto: Gabriel Flores

Aos poucos, novas fazes foram somando a trajetória de composições do artista e Ronaldo se identificou com o gênero do humor, criando cartum, charge e fazendo quadrinhos de humor. O criador do icônico Capitão Açaí, um super herói nortista de gostos peculiares, que reforça seus poderes com uma cuia de açaí com farinha, com isso, vem uma superforça, acompanhada de um supersono, que faz ele dormir e deixar de atender quem precisa de sua ajuda. No fim das histórias, tudo dá certo e ele, mesmo atrapalhado e preguiçoso, acaba resolvendo as situações.

Bem do jeito de ser, do povo daqui. O Capitão Açaí tem sido lançado regularmente, em formato de fanzine tradicional, uma revista feita sem auxílio de computador, desenhada direto no papel e reproduzida com impressão xerográfica.

Ilustração de Ronaldo Rony na crônica “O Capitão Caverna, o meu super- herói favorito”, do livro “Crônicas De Rocha, do escritor Elton Tavares.

O fenômeno que tomou gosto pela criançada precisou de mais atenção ainda do artista, com relação as histórias e a preocupação de deixar alguma mensagem positiva, de respeito, de cidadania, de solidariedade, uma vez que, originalmente, não era um conteúdo voltado para o público infantil. O fato, é que todos amaram esse herói do norte.

Criatura e seu criador, o cartunista Ronaldo Rony com a nova revista do Capitão Açaí .

Dentre as referências que marcaram a sua história, Ronaldo cita; Henfil, cartunista mineiro já falecido, que tinha um traço bem particular e original que atuou durante o período da ditadura militar e fez uma resistência bem lúcida à censura e à falta de liberdade que existia na época, Glauco, Laerte, Angeli, Nani, Jaguar e Ziraldo. Os argentinos, Quino e Mordillo e o estaduninense Gary Larson. Era leitor assíduo da revista Mad, que trazia muitos desenhos satíricos e influenciou várias gerações de cartunistas. Nessa revista, teve contato com a arte de Don Martin e Sérgio Aragonés, por exemplo.

Ronaldo Rony participou do coletivo AP Quadrinhos, que chegou a lançar revista. Hoje, faz parte do coletivo Cartunistas Amapá, que tenta levantar a bandeira do desenho de humor, a duras penas, pois a muita dispersão para com o gênero. Com o coletivo, tem feito exposições e eventos como oficinas, encontros, bate-papo etc.

Cartum selecionado no Salão de Humor de Volta Redonda de uns sete anos atrás

SALÕES DE HUMOR

Salões de humor são concursos em que o cartunista se inscreve e, caso selecionado, tem seu desenho exposto no evento, além de concorrer a prêmios. Já participou de salões de humor de Piracicaba (o mais tradicional do Brasil), Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Belém e vários outros. Fora do Brasil, Ronaldo participou de salões na Sérvia e no Uruguai. Ganhando o prêmio de primeiro lugar no Salão Ri… Guamá, em Belém (1992), e o Salão de Humor de Bragança/PA (2004), ambos prêmios em dinheiro.

Seus livros, lançados, somam; Ícaro, Liberdade Ainda Que Nunca! (história em quadrinhos); A Chave da Porta da Poesia (literatura infantil em parceria com a poeta paraense Roseli Sousa) e Papo Casal (cartuns sobre relações amorosas). E os fanzines; Em Belém: Pai d’Égua!, Humor Sapiens e PUM! Em Macapá: Identidade Marginal, Feliz Natal é o Caralho!, Mixtureba Comix (publicação do coletivo AP Quadrinhos) e as revistas do Capitão Açaí.

Foto: Gabriel Flores

Como Ronaldo descreve sua relação com a arte.

Creio que não deve ser diferente de mim para a maioria dos que produzem arte, seja em qual modalidade for. Somos compulsivos, somos meio (ou totalmente) malucos, pois nos propomos a nos expressar como parte vital da nossa sobrevivência, mesmo que corramos o risco de ser incompreendidos. Eu sou envolvido com arte desde sempre: em Belém, participando de movimentos culturais no bairro da Marambaia; em Macapá, participando de coletivos, de intervenções artísticas, de eventos multiculturais, em grupos ou individualmente. Creio que eu não seria completo sem arte e vou insistir nela até o fim, mesmo porque eu não sei ser de outra forma. Vou findar com uma frase de minha autoria da qual gosto muito quando perguntado se dá pra viver de arte. Eu digo que, no meu caso, não dá pra viver de arte. Mas também não dá pra viver sem arte. É isso. Obrigado.”

E esse grande artista estará conosco hoje, às 21h no insta @srta.modesto na Live Programa “Conhecendo o Artista” que recebe às quintas e sábados diversos artistas para juntos falarmos sobre seus processos criativos, trabalhos e suas vidas em quarentena.

Apresentadora: Kássia Modesto
Roteiro: Marcelo Luz
Produção: Wanderson Viana
Arte: Rafael Maciel
Artista Convidado: Ronaldo Rony

Raoni Holanda gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo! – @RaoniHolanda

Tenho alguns companheiros (brothers) com quem mantenho uma relação de amizade e respeito, mesmo a gente com pouco contato. É o caso do Roni Holanda. Hoje é aniversário do cara, que gira a roda da vida pela 33ª vez.

Esse maluco é desenhista, ilustrador, ateu, humanista, desencanado e jornalista, compositor, cantor, e brother deste editor. Um cara gente fina, com um puta bom humor, inteligente e papo firmeza. Ele mora há anos em São Paulo (SP). Sibixo fez faculdade de jornalismo comigo e nos tornamos amigos.

Um figura que escreve bem, tem boas ideias e uma felicidade infinita e invejável. Ele é fã de música, cinema e quadrinhos, esse brother possui uma visão legal das coisas; quem conhece esse santanense sabe do que falo. Holanda foi vocalista da banda de rock amapaense, Godzilla.  Talentosíssimo, ele arrebentava nos vocais, sempre com atitude e presença de palco. Aliás, esse grupo dá saudades, eles eram foda.

Sobre a Godzilla

A Godzilla misturava performance, técnica e crueza. A banda possui linguagem própria, totalmente visceral. Eles me surpreendiam a cada show. Se fosse no Liverpool então, era cagada firme. Formada em 2007, além de Raoni, a formação original tinha a Sandra Borges no contrabaixo, o Magrão na bateria e Wendril na guitarra.

Eles Conquistaram seu espaço no Rock And Roll amapaense e tocaram em Belém (PA), no Nordeste e em Sampa. Tinham público, fãs, eram queridos. Chegaram a gravar um disco. Eles eram fodas mesmo. Acompanhei, divulguei, fui plateia. Agora é só história e nostalgia.

 

Em 2019, estive em São Paulo a trabalho e tive o prazer de tomar umas cervejas com o Raoni. Ele continua o mesmo cara porreta.É como a frase de Paulo Sant’Ana: “tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos”

Com o Raoni – Sampa 2019. A foto ficou palha, mas essa noite foi firme!

Raoni, mano velho, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa garra, sabedoria, coragem e talento em tudo que te propões a fazer. Que a Força sempre esteja contigo. Saúde e sucesso sempre, amigo. Parabéns pelo teu dia! Feliz aniversário!

Elton Tavares

Sucesso, Marcelo de Sá!

Com Marcelo de Sá, durante visita dele ao meu trampo, em 2019.

No final de junho passado, o prefeito interino de Oiapoque, Erlis Karipunas, nomeou o guia de turismo e tecnólogo em gestão ambiental, Marcelo de Sá Gomes, para o cargo de secretário adjunto de Meio Ambiente daquele Município. O novo titular da pasta na cidade transfronteiriça ao extremo norte do Amapá é um defensor do meio ambiente, humanista, militante cultural e da causa ambiental. Ou seja, profissional experiente na área.

Turistas durante viagem à Floresta Nacional do Amapá — Foto: Marcelo Sá/Arquivo Pessoal

Marcelo é articulado, inteligente e sempre aberto ao diálogo; um trabalhador e batalhador do turismo amapaense, ainda que com todas as dificuldades. Ele está sempre antenado com o que acontece neste setor.

Mesmo sendo nascido e criado em Macapá, Marcelo conhece todo o Estado. Em Oiapoque, desde o Parque Nacional Amazônico da Guiana Francesa, a foz do rio Oiapoque, Saint George e Camopi.

Marcelo chega na nova função com destreza, credibilidade, trajetória respeitada e muita vontade de trabalhar. Sá é um velho e querido amigo. Sou conhecedor do seu amor pelo Amapá, por sua riqueza natural, tradições e cultura. Sempre que posso, divulgo seus projetos e informes.

Sobre Marcelo de Sá

Marcelo de Sá possui história na militância ambiental, é estudante do Curso Técnico em Guia de Turismo Regional Pará, Brasil e América do Sul, no Senac Pará

Área de atuação: Turismo, Gestão Ambiental e Cultura Popular. É técnico em Turismo, Gestão do Meio Ambiente e em Pesca e Aquicultura . Cursou Gestão Ambiental na Faculdade de Macapá /FAMA.

É colaborador da Universidade Federal do Amapá (Unifap) na área de pesquisa em Políticas Territoriais para o Desenvolvimento do Ecoturismo e da Valorização Ambiental na Fronteira Franco-Brasileira e do Observatório das Fronteiras do Platô das Guianas (OBFRON). Palestrou em seminários na área do Meio Ambiente e Turismo no Amapá e fora do Estado.

É membro do Sindicato de Guias de Turismo do Amapá e guarda-parque voluntário na Área de Proteção Ambiental da Fazendinha. Integra como voluntário a ong Instituto Sea Shepherd Brasil (ISSB)/ Guardiões do Mar:

Participou do Conselho consultivos das Unidades de Conservação Federais do do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), representando o Sindicato de Guias de Turismo do Estado do Amapá. Esse colegioado trata de questões relacionadas ao Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e Floresta Nacional do Amapá

Também é associado a Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Ativista do Fórum de Acompanhamento dos Conflitos Agrários e Desenvolvimento do Amapá (FACADE).

Além de coordenador de Meio ambiente e turismo da Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular (AAFCP) e membro fundador da Associação Brasileira de Guarda-Parques. Entre mais uma porrada de coisas contidas em seu extenso currículo, que o habilitou para o novo desafio profissional.

Sucesso, Marcelo. Continue pisando forte por esses campos, mano velho!

Elton Tavares

*Mais sobre Marcelo AQUI .

Poesia de agora: Poema para o amigo – @alcinea (com foto da @carmomarcia)

Foto: Márcia do Carmo

Poema para o amigo

É possível que eu te conte
uma história de príncipes e fadas
que escutarás com o olhar perdido na infância.
Ou que te conte uma piada tão engraçada
que rolaremos de tanto rir.
Nossas gargalhadas contagiarão os passantes
e de repente todo mundo estará rindo
sem nem saber por que.

É possível
que eu faça um café com tapioca e te chame
pois café, tapioca e amigo tem tudo a ver.

É possível que eu chegue na tua casa sem avisar
só pra te ofertar uma rosa que acabara de nascer
e te oferecer um Johrei.

É possível que eu te ofereça uma música no rádio
ou te mande, pelo Correio,
uma carta numa folha de papel almaço.

É possível que eu te ligue
no meio da noite
no meio do dia
a qualquer hora
– mesmo na mais imprópria –
só pra dizer:
Amigo, eu amo você.

Alcinéa Cavalcante

A Racionalização de Sentimentos – Por @Cortezolli (republicado por hoje ser o Dia do Amigo)

Por Hellen Cortezolli

Tem amigos que você não consegue identificar quais das qualidades deles mais te agradam, apenas gosta da pessoa e a quer por perto.

Tem também amigos que completam o que falta em você, te apresentam outros pontos de vistas, novas possibilidades.

Quando você se apaixona por alguém, quer que este alguém aprove seus amigos e vice-versa. Já que estes últimos são a família que você escolheu. Então, partindo desse pressuposto, é possível identificar o que falta em si mesmo, o que falta neles que você consegue completar, o que os motiva a alimentar sempre essa amizade e não importa a distância ou qualquer outro artifício… Seu desejo é manter a paz entre as pessoas que ama e ponto.

Aprendi muito com os amigos que tenho… Aprendi também com os inimigos e pessoas que não eram nem uma coisa, nem outra. O que importa é que aprendi… E isso me pertence!

Então, as situações novas ou não tão novas assim, são expostas e expõem você, te testam e com base no aprendizado… se pode evoluir…

Tá. O papo parece coisa de gente convertida, só que não é… Rsrs. É outra vibe, é melhor.

Quanto a algumas pessoas, você apenas não quer desistir delas, porque alguém, em algum momento não desistiu de você. A ação se assemelha àquelas voltas que a roda do mundo completa, ou o movimento de translação da terra… Escolha a sua própria teoria e não queira tudo mastigado também.

Enfim… Te ajudou, te reergueu, com uma palavra, um gesto, uma expressão que o sacudiu, não importa como, foi útil. E, você precisa pagar, ajudando quem quer que seja. Sei lá, tudo tem um preço.

Essa viagem meio sem nexo, serviu para dizer que ontem tive vontade de bater em alguém de quem gosto, queria que a pessoa em questão acordasse, parasse de sentir pena de si mesma, ouvisse as barbaridades que disse sobre quem é… Aprendesse a se amar antes de qualquer coisa.

Então, respirei fundo: E não o fiz!

Não é do meu feitio a agressão física, prefiro a psicológica ou a verbal, duram mais… Tá, atirar coisas até rola, mas bater, não.

Lembrei do Eltão na hora… por se tratar de um amigo que nunca desistiu de mim, que nunca me abandonou quando estive no limbo. Que é minha versão masculina na “porralouquice”, mas também por equilibrar muitas vezes minha fúria infundada, com um deboche apropriado.

Amizade não se agradece, como o Ewerton França me ensinou… Mas, eu precisava muito compartilhar contigo e com quem tiver capacidade emocional e intelectual para entender, que minha família é importante, que a família que escolhi é tanto, quanto. E que sou grata às conspirações do universo por te ter como meu amigo!

Te amo!

*Hellen Cortezolli – Jornalista
**Republicado após uma conversa hoje, mais cedo, com a querida amiga.

Poema de agora: Sobre Amigos – Pat Andrade

Sobre Amigos

amigos são como as estrelas…
ainda que não estejam perto,
podemos ver seu brilho
iluminando caminhos na noite escura.

amigos são como a água
que mata a sede no deserto,
lava o pobre maltrapilho
deixando o sujo de alma pura.

amigos são como o sol
ainda que encoberto,
aquece pai, aquece filho
e enche corações de ternura.

amigos são o nosso bem
essenciais e necessários.
aquele que não os têm
jamais entenderá o que falo.

Pat Andrade

Banca Rio’s Beer funciona a todo vapor com atendimento delivery, retirada e com kit’s personalizados para presente

Em meio a tudo o que vivemos, sabemos de uma coisa: uma hora tudo isso vai passar. Nesse intervalo de tempo, a Banca Rio’s Beer não parou e, para continuar a atander seus clientes da melhor forma, inovou seus serviços de entrega, com Delivery e Drive Thru, desde às 18h até à meia-noite. Aliás, a loja já se prepara para melhor receber quem aprecia bons chopps, cervejas artesanais e cervas especiais, em nova localização na Avenida Mendonça Furtado, nº 1773, no bairro Santa Rita.

Enquanto isso, não se preocupe, porque você não vai ficar com sede até lá. Durante a quarentena, a Banca Rio’s Beer mantém os serviços de entrega e retirada, onde o cliente pode receber em casa ou vir na loja buscar. E aproveita pra dar um olho no novo local (contatos para tal ao final deste informe). Com o cardápio on-line, dá pra conhecer a variedade de produtos e fazer o seu pedido. Dá só uma olhada: https://app.menudino.com/bancariosbeer.

Kit’s para presentes

Na hora de presentear um familiar, um amigo ou uma pessoa querida que aprecia uma boa cerveja, a Banca também tem uma excelente opção com os kit’s personalizados. Muito paid’égua, os conjuntos têm embalagens reaproveitáveis, feitas artesanalmente pela querida Rita, que manja muito e capricha no preparo do material. Ela entra em contato com você e deixa a lembrança com a cara da pessoa que você quer homenagear.

Em casa, curtindo as melhores cervas graças ao delivery da Banca

Quem me conhece sabe: sou chegado numa boa cerveja e cliente fiel da Banca – que considero o setor ideal pra tomar umas com estilo. Lá você encontra marcas como Weiss’s, IPA’s, Pilsen’s, Stout’s, Porter’s, Witbier’s, entre tantas outras disponíveis na carta diversificada da loja. São os melhores chopps e mais de 50 rótulos de cervejas nacionais e importadas. Eu peço sempre. E recomendo!

Mais informações:

Igor Maneschy: 96 98117-8839
Rita Barcessat: 96 98133-4223
Austy Maneschy: 91 98509-2293

Redes sociais da Banca:
Instagram: @bancariosbeer
Facebook: https://www.facebook.com/bancariosbeer/?fref=ts

Elton Tavares – Jornalista, cervejeiro e cliente da Banca Rios Beer desde 2016.

Projeções em prédios: artista paraense que iniciou carreira na arte no Amapá e reside em Macapá expõe na “Mostra Tua Arte”, em Belém (PA)

Ilustração de Jimmy Feiches, de Rogério Araújo – Foto: Mostra Tua Arte

O designer, desenhista, ilustrador e artista plástico Rogério Araújo participou, na última quinta-feira (16), da “Mostra Tua Arte”, em Belém (PA). O artista, que é natural de Almerim (PA), mas reside em Macapá há quase duas décadas – quando iniciou sua carreira -, participou com quatro peças, que foram projetadas em edifícios na capital paraense na noite de ontem. O resultado pode ser visto nas fotos da exposição. As imagens nas fachadas dos prédios deixou o visual muito porreta mesmo!

Ilustração de Preto Jorge Antagonista, de Rogério Araújo – Foto: Mostra Tua Arte

Mostra Tua Arte

O Mostra Tua Arte foi organizado por um VJ paraense, Kauê Lima, que possui trabalho com projeção mapeada em eventos sociais, culturais e corporativos. Ele teve a ideia de usar sua experiência e recursos tecnológicos para trazer arte e alegria ao público, nestes tempos de pandemia.

A exposição conta com dezenas de artistas e não possui apoio financeiro, somente via  campanha de Financiamento Coletivo no APOIA.se, uma plataforma que permite dar uma força para que ele continue sendo realizado.

Segundo Rogério, ele soube da Mostra por uma amiga – que mandou o perfil do projeto no Instagram (@mostratuaarte) – e ele resolveu enviar seus trabalhos. Os desenhos expostos por Araújo foram: Arte do Jimmy Feiches, Preto Jorge Antagonista (ambos músicos do Amapá), ilustrados com traços Old School o Camarão com Açaí (série criada pelo artista, na modalidade Old School com alguns elementos Nortistas) e Santa Nossa Senhora (no mesmo estilo).

“Esse é um projeto importante pra todos nós nesse período. Agradeço o espaço”, comentou o artista nas redes sociais.

Rogério Araújo – Foto: arquivo pessoal do artista

Sobre Rogério Araújo

Rogério é sócio do “Casa da Floresta – Arte e Multimídia”. Ele sempre está envolvido em alguma manifestação artística juntamente com outros artistas locais. Conheço Rogério tem muito tempo, mas não sei quanto. Ele é um figura talentoso e criativo demais.

Aqui mesmo, neste site, já publiquei informes sobre exposições, vernissagens etc com o cara entre os colaboradores dessas iniciativas. Em 2014, o engenhoso artista lançou a Revista Poraké na versão online. O conteúdo era voltado para  estudantes de artes, designers, publicitários, agências e empresas (ficou porreta).

Ilustração Camarão com Açaí , de Rogério Araújo – Foto: Mostra Tua Arte

Outras ações que contaram com o talento de Rogério foram o:  Coletivo Amapaense Catita, Exposição DEZconstruindo o Cubo Branco e Intervenção Urbana – Baixada Vive. Isso somente para citar algumas.

“Sou de Almerim, mas também morei em Castanhal (PA) e vim para Macapá nos anos 90. Quando criança, comecei a desenhar por influência de um vizinho e meu irmão mais velho. Mas me reconheci como artista mesmo, aqui em Macapá. Em 1998 comecei a me aventurar com serigrafia e desenho por encomenda. E não parei mais”, contou Araújo.

Rogério Araújo – Foto: arquivo pessoal do artista

Sou fã mesmo é de artistas. A história está repleta de mentes fecundas que mudaram nossas vidas. Sejam os que desenham, pintam, tatuam, cantam, dançam, compõem, escrevem, fotografam, produzem artes plásticas ou atuam – entre outras tantas vertentes. E este site sempre os apoia.

Ilustração Santa Nossa Senhora, de Rogério Araújo – Foto: Mostra Tua Arte

Enfim, parabenizo Rogério pela participação na linda Mostra e pela trajetória. Este texto é também um registro sobre a arte do Amapá, que possui muitos outros profissionais talentosos. Essa gente porreta que produz arte sempre foi necessária, mas é ainda mais importante nestes tempos de isolamento em Macapá e em outras cidades do nosso Estado, Brasil e mundo. É isso!

Elton Tavares, com informações de Rogério Araújo.

NOTA PÚBLICA – EMPÓRIO DO ÍNDIO

A Direção do Empório do Índio, vem a público esclarecer que devidos aos fatos que circulam nas redes sociais, resolveu reforçar as medidas de prevenção ao combate do COVID-19.

Buscando o bem estar de seus clientes e amigos, o Empório do Índio resolveu se adequar às medidas sanitárias impostas pelo poder público, portanto, informamos que SERÁ OBRIGATÓRIO O USO DE MÁSCARA pelos clientes no estabelecimento e NÃO SERÁ PERMITIDO em hipótese alguma o agrupamento de mais que 4 PESSOAS POR MESA.

Pedimos a colaboração dos nossos frequentadores para que esse protocolo seja respeitado, para isso disponibilizamos 2 (duas) mesas agrupadas com 4 (quatro) cadeiras para clientes em grupo de 4 pessoas, e para clientes em dupla, ficará uma cadeira em cada ponta da mesa, não sendo permitido ficar ao lado do seu amigo. Informamos ainda que os clientes não poderão remanejar as cadeiras do seu devido lugar e vamos manter o distanciamento de 1,5 metros de cada mesa e cadeira.

Desde já informamos que os clientes que não respeitarem as medidas impostas pelo protocolo do estabelecimento, terá o atendimento suspenso até sua devida regularização.

Ajude-nos a respeitar as medidas sanitárias e seja consciente, pois as medidas adotadas é para o bem de todos.

Também disponibilizamos álcool 70% para os clientes e todos os nossos colaboradores estão prontos para lhe atender.

Lembramos que a cerveja está na temperatura ideal para sua sede e o tira gosto continua com o sabor típico do Empório do índio.

Chegue cedo, pois nosso horário de funcionamento é até às 22h, com cadeiras limitas e número de pessoas limitados.

Agradecemos a compreensão.
EMPÓRIO DO ÍNDIO

Programa “Conhecendo o Artista”: hoje Kássia Modesto entrevista a poeta Patrícia Andrade

Nesta quinta-feira (16), a partir das 20h, o programa “Conhecendo o Artista” retorna após uma semana de pausa, para o repouso da nossa apresentadora, Kassia Modesto. Hoje a entrevista será com a poeta e amiga Patrícia Andrade, para falar sobre suas obras e sobre a vida.

O programa que já está marcado na agenda de muitos como noites de lindos encontros artísticos está imperdível com a presença de Pat Andrade.

Sobre Pat Andrade

O trabalho da poeta Pat Andrade, se caracteriza pelo aspecto artesanal que ela mesma dá a cada livro. Todos os livros são feitos por ela; desde a concepção, ilustração, diagramação (usando a técnica de colagem), montagem e comercialização. Às vezes manuscritos, às vezes digitalizados.

Depois do livro pronto, ela mesma os vende em bares, restaurantes, escolas, universidades e eventos culturais – a venda ajuda na renda familiar.

A autora é colaboradora do Site De Rocha!; tem poemas publicados na coletânea Jaçanã – Poética Sobre as Águas e na revista virtual de circulação nacional Literalivre. Em 2018, realizou a exposição intitulada Poesia Ilustrada, na Biblioteca Estadual Elcy Lacerda, como parte da programação da Primavera de Museus daquele ano. A mesma exposição foi montada também na Universidade Estadual do Amapá – Ueap, a pedido do Colegiado de Letras da instituição.

Em 2019, compôs a Comissão Avaliadora da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa na Escola Vó Olga – no município de Mazagão – a convite da Comissão organizadora da OLP no Estado do Amapá.

Hoje, Pat é acadêmica do curso de Letras na Ueap, e se considera uma militante da Literatura: independente de remuneração, visita instituições de ensino e frequentemente é convidada para rodas de conversa, mesas redondas e debates para contar de sua vivência. Também participa de eventos literários e culturais, os mais diversos, levando poesia aonde ela couber.

Alguns profissionais e estudantes da área de Letras têm estudos sobre suas obras, (concluídos ou em andamento). Sua poesia também tem sido discutida e estudada (em pequena escala) em instituições públicas de ensino, por iniciativa pessoal de alguns professores e alunos – na Unifap, no curso de Letras do Campus de Santana; em escolas de ensino médio, em Belém (PA) e em Macapá (AP).

Obras publicadas: fanzines (Poemas, que nada Vol. I e II, Nostalgia, Um quarto de poesia, Olhar 43, Noites sem fim, Sétima esquina, Estilhaços de agosto, Antes da primavera, Para além das flores, Onze poemas, o Próximo poema, Fragmentos, O amor anotado em bilhetes, Quando há poesia, Fantasias poéticas, Subverso, Uma noite me namora, Poesia de brincadeira, Poesia e só, Vidas baratas e Único – poemas escolhidos) e livros virtuais (Desde o início da pandemia, comercializa livros virtuais (Uma noite me namora – uma versão digital de um livro físico já publicado anteriormente, Em tempos de lonjura – ilustrado e ditado pelo iniciante Artur Andrigues e delírios&subterfúgios.

Delírios&subterfúgios é o novo livro virtual da poeta Pat Andrade. São 16 poemas autorais, com arte da própria autora.

A obra traz uma pequena amostra de sua produção em tempos de quarentena.

Com o objetivo de promover o seu sustento e divulgar poesia, o livro será comercializado pelas redes sociais e quem diz quanto quer pagar pela obra é a pessoa que pretende adquiri-la. Para contatos ligue ou mande mensagem pelo Whatsapp (91)99968-3341

A gente aguarda você, hoje às 20h no insta @srta.modesto na Live Programa Conhecendo o Artista.

Apresentadora: Kássia Modesto
Roteiro: Marcelo Luz
Produção: Wanderson Viana
Arte: Rafael Maciel
Artista Convidada: Pat Andrade