Poema de agora: 10 variações sobre o infinito – Carla Nobre

10 VARIAÇÕES SOBRE O INFINITO

VARIAÇÃO 1
O infinito existe?

VARIAÇÃO 2
Algumas vezes já tentei tocá-lo
Quando eu era criança
Corria atrás do horizonte até cansar
Pra mim, o infinito era
Aquele pôr do sol que encerrava
O bairro do buritizal

Depois procurei o infinito
Como a maioria das pessoas –
Nas constelações de amor,
Nas constelações de guerra –
Como se ambas fossem
Separadas pelos deuses
Longe, muito longe da terra

Tentei ainda encontrar o infinito
Quando me afoguei
Mas sempre tinha alguém
Para me salvar da eternidade

Quando olhava um arco-íris
Lá estava eu buscando o infinito
Mas de repente, céu limpo
Minhas mãos vazias de novo

VARIAÇÃO 3
Até que ontem
Sem buscar, nem correr
Encontrei o infinito
Quando teu bigode roçava meu rosto
Naquele instante bonito do amor

Foi como se todo o horizonte
O arrebol lindo, alaranjado
Como se as constelações nunca inventadas
Estivessem nos pelos do teu bigode
Foi como se os mares
Nunca dantes navegados
Ou um inesperado arco-íris duplo
De repente entrassem em meu quarto

VARIAÇÃO 4
Ah, amor!
Eu sei que tudo vai se acabar
Até o nosso amor e teu bigode
Mas conhecer o infinito
É o jeito mais lindo de também dizer adeus

VARIAÇÃO 5
Acho que ontem criamos
A minha constelação de paz
Que te faz eterno em meu caderno aquarelável
Falerno precioso
em uma noite qualquer de novembro

VARIAÇÃO 6
Talvez o infinito não exista mesmo

VARIAÇÃO 7
Na verdade, tudo é finito, amor
Os meses do calendário
O vinho mais envelhecido
Júlio César e seu poder
Um esquecido pergaminho
Consumido no Vesúvio
Todas as histórias são feitas de pó e poeira

VARIAÇÃO 8
Até mesmo o oxigênio
Que envelhece nossas juntas
É finito

VARIAÇÃO 9
Mas ter o teu bigode em minha cama
Compõe o epigrama da minha vida inteira
“Onde nada foi
Tudo se faz”

VARIAÇÃO 10
E assim, Deus criou novamente
O primeiro homem e a primeira mulher
Como se o mundo de repente
Pudesse recomeçar
No inexorável infinito
De quem sabe amar

CARLA NOBRE

Inauguração Farofa Tropical Gastrobar.

Um conto chamado Farofa Tropical

Era uma vez, uma mulher cheia de uns légocios mágicos…

Ela passeava por uma calçada que lembrava sua infância e de repente ela sentou-se em uma cadeira de balanço familiar…daí então, entre balançadas e balançadas ela indagou a si mesma dizendo: Ué, mirimiriti, com essa tua havaina de tira fina, esse teu short verde capimarin e tua blusa cor de jerimum, ainda não ter queimado a largada pra seguir teu sonho. Daí ela parou de balançar, olhou para um lado e para o outro, foi ao vizinho, pegou uma long nete puro esmalte, passou em frente aquele pequeno prédio fechado e disse: Não, macho! Eu só te digo, VAI!!!

Assim, o sonho começou…as portas e paredes daquele pequeno prédio, foram tomando cor, imagens, luz…

Lá ela guarda seus poderes, lá ela guarda seus melhores sorrisos e lá ela aguardará por vocês!

Aqui eu conto este conto, lá terá cantos de tons afinados, sabores refinados e um canto de uma calçada cheia de encantos.

Farofa Tropical um amor com uma identidade única!!!
(Texto: Suleima Claudia).

Serviços:

Inauguração Farofa Tropical Gastrobar.
Endereço: Rua São José, 1024 centro.
Data 05, 06 e 07 de novembro.
Horário de funcionamento 17:00 as 01:00
Atrações: Sexta ozy Rodrigues e Convidados.
Sábado Dj Insane.
Domingo: Tardezinha com Farofa com a DJ Jaqueline Sanches.(Reggae)
Informações e reservas 981333028.

 

7ª edição da Feira Agricultura e Arte acontece neste sábado (06)

A Prefeitura de Macapá, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura (Semag), realiza mais uma edição da Feira Agricultura e Arte neste sábado (6). O evento reúne produtores locais do polo da Fazendinha, Km 9 e Carmo do Maruanum. Esta edição será realizada na Praça da Conceição no horário das 8h às 14h.

A feira tem o objetivo de valorizar a agricultura familiar, incentivar o trabalho produtivo do homem e do campo, atender as demandas de consumo do mercado local, além de estimular a cultura das feiras e a troca comunitária.

Serviço:

7ª edição da Feira Agricultura e Arte acontece neste sábado (06)
Data: 6 de novembro (sábado)
Horário: 8h às 14h
Local: Praça da Conceição
Endereço: Av. Desidério Antônio Coelho, 470 – Buritizal, Macapá

Dulci Souza
Assessoria de comunicação
Contato: (96) 99103-2058

Poema de agora: O Som da Vida – Luiz Jorge Ferreira

O Som da Vida

Ela canta em silêncio apoiada em todas as rimas.
De mãos dadas a todos os acordes.
Eu acordo espremido entre Dezembro e Janeiro.
Procuro minha’alma que joga cartas com a vida.
Bebo de um café claro onde dentro da xícara,
enxergo barcos a vela levando meus olhos,
e neles…seis lágrimas,
enormes como o mar.

Ela canta em silêncio.
Houvesse Primaveras em mim, seria assim o som a ser ouvido, e não
palmas afônicas, doutro
lado da sala sob a saia marrom que ela rodopia.
Sob a esperança que ela margeia e espalha nos agudos, voando as cegas, pelas janelas abertas, onde a lua e sombras esbranquiçadas
sonhando com o nada
acenam.

Ela canta em silêncio
por acaso essa cena me acordou o sono
e me ensopou os passos e me redesenhou os abraços.
Ou o que fez comigo esse ano ímpar…
Que eu jamais fui em mim…Turmalina…Lilás…
E em cor nenhuma na solidão dos solitários, nunca mais ser, sonhei.

Voltarei a entrar pelo portão veterano da Casa Amarela…ele domador de tempos…eu caçador de dores e mazelas.
Arrastando 45 anos de ausências do que fui e tive…
Sou a estatua de ossos e pele da minha juventude jubilosa por conquistas e alcances..
Caminho devagar guardo em mim o fruto amadurecido do passado.
Caso me encontre, me abraço?
Não posso…estou de máscara…
Continuadamente…
solitariamente…passarei

Luiz Jorge Ferreira

Secult/AP: secretário esteve reunido com prefeito de Santana para planejar festas de fim de ano

Na quinta-feira (04), o secretário estadual de Cultura, Evandro Milhomen, se reuniu com o prefeito de Santana, Bala Rocha para tratar sobre as programações previstas para o final de ano no município.

De acordo com com Milhomem, o planejamento das festividades de fim de ano em Macapá levará em consideração o controle da pandemia no estado.

“Iremos tratar do ‘Projeto Diversidade Cultural’, que é um convênio da Secult com a Prefeitura de Santana. Além disso, vamos tratar sobre as programações de fim de ano no município, como o aniversário de lá e o réveillon. O prefeito nos convidou para saber o aporte do Governo do Estado para essas duas programações de final de ano”, disse o secretário titular da Secult/AP.

Carnaval

Sobre o carnaval em Macapá, o secretário afirmou que está sendo trabalhada uma agenda de eventos carnavalescos, além das tratativas para os desfiles das escolas de samba.

“Estamos trabalhando com a Liga uma agenda de carnaval que passa pelo festival de sambas enredo e pelo festival da musa do carnaval. Com relação ao desfile, a Liga vem tratando uma parceria com a Prefeitura de Macapá para construção de uma estrutura a ser usada no desfile. Está um pouco prematuro esse debate do desfile, mas as outras agendas estão bem adiantadas”, encerrou Milhomem.

O secretário também destacou o planejamento da pasta para as festas como virada de ano, mesmo durante a pandemia.

“Trabalhamos os dois últimos anos para fomentar todas as vertentes culturais e artísticas durante a pandemia. Com a reabertura gradual, estamos empenhados em contemplar toda a cadeia produtiva cultural, bem como entregar entretenimento e lazer com qualidade para a população em todos os municípios. Agradeço a boa vontade do prefeito Bala Rocha em trabalharmos juntos a programação de fim de ano em parceria para Santana”, comentou Evandro Milhomen.

Poesia de agora: A mentira – Bruno Muniz

A mentira

[No contrapé de um sorriso
morava a mentira,
que dava risada
mas era de vidro]
– O que houve com ela?
– Era de vidro
– O que houve?
– Encontrou uma verdade
– E daí?
– Não estava acostumada. Se assustou, se desequilibrou, caiu.
– Era de vidro?
– Era
– Tão linda
– Tão linda.

Bruno Muniz

Poesia de agora: Retardatária – Jaci Rocha

Retardatária

Caminho em direção ao riso
A poesia me beija a boca
Preciso de abraços, afetos e canções
E de ouvir Belchior
Sempre que me achego ao luar

Preciso tanto navegar!
Mas sei, aportar é preciso.

Sou feita de um duro material
Que verga pelo prazer da curva
Da solidão da letra
E da junção do verso
E sei que a palavra é elo

E ela me trouxe amor…

Gosto das luzes do Natal
E das chuvas de Dezembro
Das flores molhadas no jardim
E de estar assim
Sentindo o ar passar por mim…

Aprecio o agora
Esta carne, esta construção
Os sonhos do futuro
E o olhar com que traço escolhas
O sabor do vinho e também das uvas…

Caminho em direção a mim:
– o eu do futuro, que me espera –
Aquela primavera
Que ainda não vi
Mas virá…

Os sonhos que ainda irei sonhar…

Retardatária
No curso de normalidade da vida
Aprendi a respeitar essa natureza sedenta
E apesar de tanta anestesia coletiva
Minh´alma segue atenta.

Jaci Rocha

Quarta-feira de Rock and Roll: cantora Hanna Paulino e violonista Bruno Milhomem se apresentam hoje no Pub on – @hanna_paulino

A noite desta quarta-feira (3) promete ser de Rock And Roll no Pub on. A cantora Hanna Paulino e o violonista Bruno Milhomem se apresentam hoje no bar, a partir das 21h. Com repertório escolhido a dedo e bem ensaiados, a dupla de artistas sempre impressiona pelo alto nível de seus shows. O setlist é diversificado com clássicos do Rock gringo e nacional.

Já disse e repito: quando o assunto é Rock (e desconfio que muitos outros estilos), Hanna é imbatível. Ela é uma verdadeira estrela e tem um vozeirão que dá gosto de ouvir. A menina, que não é deste mundo, sempre arrebenta. Além disso, Bruno Milhomem é, apesar de jovem, um exímio músico, que destrói no violão. Ele nos acostumou com seus lindos acordes e afinamento com sua parceira de palco. O cara toca muito.

O Pub on abre às 17h30, mas o show será às 21h. Para quem gosta de som porreta é uma excelente pedida. Recomendo!

Serviço:

Apresentação da cantora Hanna Paulino e violonista Bruno Milhomem
Data: 03/11/2021 (também conhecido como hoje)
Hora: 21h (mas o bar abre às 17h30)
Local: Pub on, na Rua General Rondon, Nª 1816 – Centro de Macapá.
Entrada: Couvert Artístico de R $ 10,00 (baratíssimo para um show tão bom).

Elton Tavares

Fé, tradição e discussão de políticas públicas compõem a programação do Novembro Afro em Macapá

O Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir) divulga a programação do Novembro Afro que acontece ao longo do mês e promove discussões de políticas públicas, exalta as tradicionais festas ligadas aos Dia da Consciência Negra e favorece ações de saúde e cidadania para comunidades quilombolas.

Entre as primeiras agendas da programação está a reinauguração do Museu do Negro, localizado no novo prédio do Improir, na Avenida Feliciano Coelho. O espaço traz um pouco da história do povo negro na capital e será aberto ao público.

“A reabertura do nosso museu é um ponto inicial desse mês tão importante para discussão de políticas que alcancem a população negra de Macapá. Além das ações de cidadania e saúde, a Prefeitura quer promover discussões e ocupar espaços públicos”, ressalta a diretora-presidente do Improir, Maria Carolina.

As secretarias municipais de Saúde (Semsa) e Assistência Social (Semas), Guarda Civil Municipal, Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) e Instituto Municipal de Turismo (Macapatur) são parceiras do Instituto na realização da programação durante o mês de novembro.

Tradição

Com o planejamento das atividades, a Prefeitura de Macapá garante ainda o apoio às agendas tradicionais Caminhada Zumbi dos Palmares e a Missa dos Quilombos, realizadas em parceria com demais entidades negras representativas e Governo do Amapá.

Confira a programação completa do Novembro Afro

11/11 – Evento Neab+IFAP: Uma análise da atuação da FCP e da FUNAI na promoção da cidadania do povo negro e indígena.

12/11 – Reinauguração do Museu do Negro

10/11 – Pretas Potências – Escuta pública com mulheres negras de Macapá

13, 16 e 18/11 – Afrocidadania itinerante nas comunidades quilombolas Maruanum, Casa Grande e Lontra da Pedreira

14/11 – Comemoração do Dia Nacional da Umbanda no Bioparque da Amazônia

19/11- Divulgação do perfil do Afroempreendedor em Macapá

20/11 – Caminhada Zumbi dos Palmares

20/11 – Batalha de B-boys

20/11 – Exposição do Museu do Negro no Mercado Central

20/11 – Feira Preta na União dos Negros do Amapá (UNS)

20/11 – Missa dos Quilombos

22 a 26/11 – Programa especial “Conversas Pretas” na 102 FM, das 19h às 20h.

23/11 – Roda de conversa sobre segurança e políticas públicas com jovens da periferia e a Guarda Municipal de Macapá

26/11 – Expo Afro no Mercado Central

30/11 – Legado vivo das Tranças: da Tradição ao Afroempreendedorismo

Secretaria Municipal de Comunicação Social

Todo Música: obra de Enrico Di Miceli chega ao mercado musical com clipe em animação

Música, desenhos gráficos e a criatividade de um roteiro emocionante conceituam o novo produto de divulgação do álbum Todo Música, de Enrico Di Miceli, que novamente inova ao apresentar sua obra. O videoclipe em animação será lançado nesta sexta, 05 de novembro, no canal virtual do artista, que segue trabalhado promocionalmente o disco. É o primeiro álbum solo de Enrico, artista amazônico com morada em Macapá, onde produz suas inspiradas canções e alimenta a sua musicalidade de compositor de melodias.

Lançado em 2019, o disco Todo Música foi pensado para ser explorado de forma diferenciada, trilhando caminhos na seara digital para chegar ao público antenado em arte e tecnologia. Primeiramente ele apresentou a música Encontro dos Tambores, através de um clipe gravado durante a Semana da Consciência Negra, materializando a composição inspirada na cultura e tradição afrodescendente do Amapá. Em seguida a produção surpreendeu com a divulgação voltada para navegadores das redes sociais e plataformas digitais com o Pocket Show, com a cobertura da imprensa e influenciadores digitais, que movimentaram a internet.

Em grande estilo, a temporada de shows de lançamento iniciou em Belém, depois ele atravessou a fronteira e aportou na Guiana Francesa, encerrando em Macapá, no fim do ano de 2019. As mudanças de planos provocadas pela pandemia obrigaram a uma longa pausa nas apresentações aquecidas pelo público, mas a produção de Enrico seguiu a tendência mundial e preparou a live Todo Música, levando aos que seguiam rigorosamente o isolamento social, companhia e afeto através da sua arte. Para manter o clima de amizade com com o público, durante a live foi lançado um documentário contando o processo de Enrico ao criar uma composição e o produção do Todo Música.

A novidade é que eles dão vida aos personagens que passeiam na história de Todo Música, composição em parceria com o letrista Joãozinho Gomes, que agora ganhará um videoclipe no formato de animação.

Esse trabalho de animação é feito por profissionais que atuam no Amapá, sob a coordenação da idealizadora desse projeto, Clicia Vieira Di Miceli e da Duas Telas Produções responsável pela produção executiva. A equipe de criação tem a Bianca Liane, no roteiro, direção de arte e ilustração; Giorgio Moura, direção de fotografia e Nichola Batista, como editor. Eles dão vida aos personagens que passeiam na história de Todo Música.

“Todo Música foi concebido com a proposta de atingir vários públicos, por isso ele começou a chegar no mercado por portas até então pouco utilizadas pelo Enrico que se apropriou de novas tecnologias e espaços, para pegar pelo acesso digital esse público cada vez maior. Estes recursos e inovações são instrumentos que auxiliam de forma incrível na divulgação de produto e espetáculos”, afirma Clicia.

Autor de inúmeras composições que já rodaram o Brasil na interpretação de muitos cantores e parceiros, ele se reinaugura nesta nova fase da carreira. “É um trabalho para ser apreciado com os ouvidos, olhos e coração, por sua beleza artística e lúdica. É importante assumirmos que a tecnologia é necessária e envolvente, uma aliada que entrou em nossas vidas de maneira definitiva e por isso precisamos estar antenados aos novos caminhos e linguagens dessa comunicação”, disse o artista.

Enrico Di Miceli está confiante nessa nova proposta, que é se tornar um artista dos palcos digitais aos 60 anos, sem perder a sua essência natural e bem humorada. Ele admite que é mais fácil deixar que o desenhem do que fazer performance em frente às câmeras. Esta fase da divulgação foi incentivada através da Lei Aldir Blanc, executada pela Secretaria de Estado da Cultura (SECULT).

Fonte: Diário do Amapá.

Secult divulga resultado de edital de credenciamento de artistas

A Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP) divulga o resultado final do edital de credenciamento 001/2021 para grupos e artistas. O resultado que contempla 918 atrações de várias vertentes da cultura local, foi publicado no Diário Oficial da última quinta-feira, 28.

O edital abraçou todas as modalidades de atrações artísticas/culturais e profissionais da cultura como teatro, circo e dança, artes visuais, artes plásticas, música, djs, apresentadores, literatura, contadores de histórias, cultura popular tradicional e identitária e o segmento gospel, para compor as programações artísticas e culturais que serão desenvolvidas em um prazo de um ano.

O credenciamento desses artistas ficará na base de dados da Secult, que conforme o surgimento de demandas do calendário de eventos, fará a convocação dos habilitados.

Foto: Maksuel Martins / Secom

De acordo com o gestor da Secult, Evandro Milhomen, existe um empenho por parte da equipe da secretaria em demandar a execução desses processos, que somam mais de R$1,5 milhão, para atender o agente cultural.

“O comprometimento é em atender nossos trabalhadores da cultura que foram atingidos diretamente pela pandemia, e assim reduzir esse impacto negativo”, destacou.

É possível conferir o resultado através do link: encurtador.com.br/pENSY

Poesia de agora: PARALELO – Ori Fonseca

PARALELO

Levarei de ti o teu sorriso largo,
O brilho de teus olhos,
O doce de teus seios,
O cheiro de tua alma.
Deixarei contigo o meu pranto ardente,
O meu passo torto,
A minha escrita errada,
O medo de tudo.

E te visitarei nos infortúnios,
Em cada aumento de preço,
Em cada árvore caída,
Em cada topada surpresa,
Em cada amor perdido.
E arderemos juntos como bruxas nas fogueiras,
Como livros nas fogueiras,
Como dinossauros.
E viajaremos por universos sem dimensão,
Sem forma nem peso.

Eu estarei em teu sonho lúcido,
Assombrarei tua paralisia do sono,
Repuxarei tua perna em câimbras,
Cansarei teu sossego.
E me expulsarás.

Quanto tempo dura uma queda no sonho?
Quantos séculos Ana Karenina passou consciente debaixo do trem?
Quantas vezes morri e morrerei por ti, minha bem-amada, neste relógio de mil ponteiros?

Mundos que se cruzam,
Vidas que se atraem,
Histórias espelhadas – opostas e mesmas.
Eu me conheço em ti, em mais nada.
No sal do teu sorriso,
Na preguiça dos teus olhos,
No gelo dos teus seios,
Na pressa da tua alma.

E chocamo-nos casualmente
Num lance de dados mallarmaico,
E a sorte nos definiu.
Sei-te olhando nos meu olhos,
Sei-te vendo minha sombra,
Sei-te gota do meu sangue,
Cheiro do meu suor.

Não importa com quantas vidas colidirás.
Teus mundos paralelos são paralelos teus.
Não me dizem respeito teus eus sem “eu”.
És-me estranha o mais das vezes – sorte tua.
Sorte é tudo. Tudo é sorte!

Eu seguirei apontando para a expansão,
Viajando para o invisível,
Ouvindo gritos, gemidos, gozos, explosões…
E vendo em cada carcaça de estrela
A tua mão se estendendo à minha
E me chamando a sentar à mesa
E me oferecendo um prato quente
E me perguntando como têm sido as vidas.

Ori Fonseca

Sesc Amapá promove a exposição “Asas: pinturas de pássaros da Amazônia amapaense”

O Sesc Amapá, por meio do projeto Entre Artes, promove a exposição “Asas: pinturas de pássaros da Amazônia amapaense” entre os dias 29 de outubro e 26 de novembro. São telas da artista Vanea Àvlis, pintadas durante seu isolamento social. O evento gratuito vai ficar disponível para visitação no horário de 8h às 18 no 1º piso do Sesc Centro.

As obras foram criadas no período pandêmico de 2020 e a artista destaca a necessidade humana de ir em busca do seu desenvolvimento emocional pela inteligência, sabedoria e sociabilidade. A observação da inigualável beleza dos pássaros em sua residência, despertou o interesse por mais informações sobre os pássaros que são imaginados por diversas culturas como mensageiros de positivas mudanças. Simbolicamente, anunciam a liberdade absoluta, onde são regidos pelos instintos de liberdade.

A busca por mais informações e imagens levaram a artista às fotografias de pássaros da Amazônia amapaense, registradas pelas lentes dos fotógrafos Eude Rocha e Marcelo Martins, e, ao Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, produzido pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) entre outras referências de pinturas do Brasil e no exterior. Nesta perspectiva, as obras foram criadas com pinturas em acrílico sob papel Canson 180g, onde as cores utilizadas evidenciam a riqueza natural dos pássaros da Amazônia.

Vanea Ávils – arte-educadora, professora de Artes, licenciada plena em Artes Visuais pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) e Pós-graduanda em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do Amapá, Educação, Ciências e Tecnologia (Ifap). Vanea realiza ainda projetos nas áreas de fotografia, pintura, teatro e audiovisual.

Entre Artes – com a finalidade de estimular e divulgar a produção artística visual do Amapá e de todo o Brasil, o projeto seleciona artistas locais, e de todo o território nacional, para divulgar suas produções nos eventos do Sesc Amapá. São exposições presenciais e virtuais, oficinas, palestras, workshops e mediações de debates. Entre Artes é um projeto que oportuniza a criação de plateias para os artistas e a participação da população nas manifestações artísticas do Estado, de forma que as Artes Visuais do Amapá possam ser apreciadas.

Serviço:

Haynan Iago Araújo – Assessor de Comunicação
E-mail: [email protected]
Contato: Cel/WhatsApp (96) 98115-7855
Informações e agendamentos: 3241-4440 ramal 239 – Coordenação de Cultura.

Patrícia Bastos encerra segunda noite da 13ª Festival Amapá Jazz, neste sábado, na Praça da Samaúma

Grupo Amazon Music abriu o festival na sexta-feira — Foto: Amapá Jazz/Divulgação

Por Núbia Pacheco

O Festival Amapá Jazz, que aconteceu ano passado no formato virtual em atenção aos protocolos de segurança contra a Covid-19, chega à 13ª edição e retorna com apresentação presencial. A programação aconteceu ontem (29) e segue neste sábado (30),  na Praça da Samaúma, na Zona Sul, totalmente gratuita.

Ao todo, 10 apresentações, cinco em cada dia do Festival, com grupos musicais que fazem parte da história da cultura local. Também haverá uma homenagem especial em memória do músico amapaense Aymoré Nunes.

O evento coordenado pelo artista Fineias Nelluty é realizado pela Associação dos Músicos e Compositores do Amapá (Amcap) e recebe apoio da Secretaria de Cultura do Amapá (Secult) e da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) de Macapá.

Serviço:

13ª edição do Festival Amapá Jazz
Dias: 29 e 30 de outubro (sexta-feira e sábado)
Horário: 19h
Local: Praça Samaúma, bairro Araxá, em frente à sede do Ministério Público

Atrações:

Dia: 29 de outubro (sexta-feira) – Ontem

Grupo Amazon Music
Tom Campos
Finéias Nelluty
Canícula Blues
banda Negro de Nós

Patrícia Bastos fecha a segunda noite do festival — Foto: Eudes Vinicius

Dia: 30 de outubro (sábado) – HOJE

Vinícius Bastos
Ingridy Satto
Nelson Dutra
Marrecos Land
Patrícia Bastos

Fonte: G1 Amapá.