Poesia que não se esgota (Por Fernando Canto) – @fernando__canto

A poesia não se esgota no pensamento porque ela é o esforço da linguagem para fazer um mundo mais doce, mais puro em sua essência;

A poesia procura tocar o inacessível e conhecer o incognoscível na medida em que articula e conecta palavras e significados;

Cada imagem representada, projetada pelo sonho, pela imaginação ou pela realidade, é um símbolo que marca o que sabemos da vida e seus desdobramentos, às vezes fugidios.

Mas nem sempre é o poeta o autor dessa representação, pois tudo o que surge tem base social e comunitária, depende da vivência de realidade de quem propõe a linguagem e a criação poética.

Quando isso ocorre estamos diante da autenticidade do texto poético. E todos somos poetas, embora nem sempre saibamos disso. E ainda que nem tentemos sê-lo.

Fernando Canto

Resenha do livro “O Diário de Nisha – Veera Hiranandani (por Por Lorena Queiroz – @LorenaadvLorena)

Por Lorena Queiroz

Antes de falar sobre o livro, é importante contextualizar rapidamente sobre a Partição da Índia, que era um protetorado da Inglaterra. Em 1947, os britânicos, ocupados em focar em sua própria reconstrução no pós-guerra, acordaram a divisão do Raj britânico em dois países, Índia e Paquistão. A Índia, de maioria Hindu, enquanto o Paquistão era majoritariamente muçulmano. A partição fez as populações dos dois países migrarem para o país que, em sua maioria, professava a sua fé. Este deslocamento foi desastroso, ocasionando mortes, estupros e crimes dos mais diversos. Várias pessoas deixaram seus lares e todos os seus bens pra trás a fim de sobreviverem a uma atmosfera tomada pela intolerância religiosa.

O evento histórico é narrado no livro sob a ótica de uma menina de 12 anos, Nisha. Ela conta os acontecimentos a sua falecida mãe através das páginas de um diário.

Apesar da história trágica de um povo, o livro carrega uma beleza que, para mim, é até difícil sintetizar. O pai de Nisha é um médico rigoroso que tem uma relação difícil com Amil, o irmão de Nisha. Essa relação se transforma quando o pai se depara com a perda iminente. Apesar de todos os miseráveis dias que aquela família passa durante sua migração, o leitor percebe a cada dia os laços se solidificando, o que me faz pensar o quanto a desgraça compartilhada une pessoas.

Dadi, avó paterna de Nisha, incomodava a protagonista com alguns de seus hábitos. Incômodo este que some com o tempo, através de situações que tornam aquela misofonia menos importante, dando relevância ao que realmente é relevante na vida.

Nisha, que vivia em família Hindu, mas que tinha mãe muçulmana, questiona em sua inocência de menina, os motivos para que haja ódio entre Hindus, Sikhs e muçulmanos. Pois existe Kazi, um cozinheiro muçulmano que trabalha na casa de Nisha e que faz parte de sua família.

Kazi desperta em Nisha o amor pela culinária, fazendo os momentos na cozinha serem as horas em que a menina encontrava a paz.

É um livro lindíssimo, mas com passagens terríveis; apesar da própria protagonista, em alguns momentos, não perceber a gravidade do que está vivenciando, sente-se nesta leitura todo o terror da migração no caminho e dentro dos trens. A alegria por coisas comuns em nossos cotidianos, mas que são preciosidades para outros, ainda mais em tempos de guerra. A ansiedade e a tristeza, que alguns leitores, assim como eu, compartilham enxergando através dos olhos de uma criança. Graças à Jesus, Maomé, Trimúrti ou Guru Nanak, eu sigo tentando acreditar que a bondade ainda é inerente ao ser humano.

* Lorena Queiroz é advogada, amante de Literatura e devoradora compulsiva de livros.

Lei Aldir Blanc: Auxílio Emergencial para o setor da cultura vai pagar mais de R$ 22,6 milhões no AP

Marabaixo está entre as culturas do Amapá — Foto: Prefeitura de Macapá/Arquivo

Todos os municípios do Amapá se cadastraram para recebimento de verbas federais da Lei Aldir Blanc, destinada ao subsídio emergencial aos trabalhadores e espaços culturais. De acordo com o Ministério do Turismo, foram destinados R$ 22,6 milhões para o estado como forma de incentivo ao setor.

Do total, R$ 16,7 milhões foram repassados aos estados e R$ 5,9 milhões foram distribuídos aos municípios.

O Ministério detalhou que o prazo para adesão na Plataforma + Brasil encerrou na semana passada, sendo Itaubal a última prefeitura a finalizar o plano de ação para planejamento do recurso.

No Amapá, os recursos serão aplicados de duas formas: via Renda Básica Emergencial (5 parcelas de R$ 600 para aqueles que não receberam auxílio emergencial e atendam a uma série de requisitos exigidos, como não ter emprego formal, por exemplo) e por meio de editais de fomento voltados para todas as linguagens artísticas.

O cadastro dos artistas para recebimento encerrou em 15 de outubro, informou a Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

A pasta informou ainda que lançará os editais de apoio ao setor, assim como a prefeitura de Macapá.

No Amapá, os recursos serão aplicados de duas formas: via Renda Básica Emergencial (5 parcelas de R$ 600 para aqueles que não receberam auxílio emergencial e atendam a uma série de requisitos exigidos, como não ter emprego formal, por exemplo) e por meio de editais de fomento voltados para todas as linguagens artísticas.

O cadastro dos artistas para recebimento encerrou em 15 de outubro, informou a Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

A pasta informou ainda que lançará os editais de apoio ao setor, assim como a prefeitura de Macapá.

Fonte: G1 Amapá

Cinema amapaense: filme Açaí compete com curtas de outros estados no 43º Festival Guarnicê de Cinema

Lançado em fevereiro de 2020, o curta-metragem Açaí, da produtora de audiovisual amapaense Grafite Comunicação, está entre os filmes que compõem o 43º Festival Guarnicê de Cinema. Nessa edição, devido à pandemia, as atividades ocorrerão de forma presencial e remota, no período de 13 a 20 de outubro no canal do Guarnicê no YouTube e na plataforma digital da Academia Internacional de Cinema (AIC).

A produção local concorre com mais 22 obras de outros estados na Mostra Nacional de Curtas, sendo que os espectadores poderão assistir e votar gratuitamente baixando o App Guarnicê em smartphones com sistemas operacionais Android e iOS. Na plataforma o usuário tem acesso a um menu com as Mostras Nacionais e Maranhenses, Atividades Formativas, Júri Técnico e Curadoria.

O Festival é realizado pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Universidade Federal do Maranhão e promovido pela Diretoria de Assuntos Culturais (DAC). A abertura oficial do evento ocorreu na última quarta-feira (14), onde foram exibidos filmes convidados e que já participaram de outros festivais de cinema, além do longa “Selvagem”, direção Diego Costa, vencedor do Guarnicê edição de 2019.

Filme Açaí

No ano de 2017, a produção foi selecionada no 1º Edital de Fomento ao Setor Audiovisual do Amapá, organizado pelo Governo do Estado para conteúdos inéditos. O curta conta a saga de Dionlenon, um homem de 30 anos que está acostumado com a vida que leva ao lado da mãe, com quem mora numa periferia de Macapá. Ele sai em busca de dois litros de açaí para almoçar, mas não conta com uma viagem tão distante assim.

A ideia do roteiro inicial veio de alunos da escola Estadual Professora Raimunda dos Passos, bairro Novo Horizonte, durante o ano de 2015, dentro do Festival “Curta o Curta”, iniciativa que busca desenvolver os talentos da comunidade escolar. A partir de 2017, a Grafite Comunicação iniciou o projeto “Cine Perifa” na instituição, por meio da parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF/RJ), oferecendo curso de formação em cinema na metodologia do “Inventar com a Diferença”, para professores e alunos da Escola sobre audiovisual.

Ficha Técnica:

Direção: André Cantuária

Roteiro: Sandro Romero

Direção de Fotografia: Nildo Costa

Preparador e diretor do elenco: Thomé Azevedo

Edição/Montagem: Richard Monteiro e Ícaro Reis

Trilha Sonora: Manoel Cordeiro e O Sócia

Desenho de som: Hian Moreira

Elenco: Joca Monteiro, Deize Pinheiro, Rute Xavier, Naldo Martins, Paulo Bastos, Lu d Oliveira, Adalberto Marques, Veerney Nunes, Murillo Mathiel, Dionizio Junior, Kaio Castillo, José Augusto, Neto Montalvão, Laura do Marabaixo, Danu Alcântara, Sarah Aranha, Lucas Souza, Silvana Eduvirgens, Maria Rosa, Mauricio Maciel, Nilton “Biro Biro”, Caique Sampaio, cadela Pantera.

Assessoria de Imprensa: Daniel Alves – (96) 98131-8844

Poeta representa o estado do Amapá em Festival reconhecido pela Unesco

Foto: Uirandê Gomes

Dois Córregos, cidade do interior de São Paulo, conhecida como a terra da poesia, já prepara a próxima edição de seu Festival de Poesia. Com o tema “Poesia a arte do encontro”, o evento, que acontece no dia 16 de outubro, pretende trazer mais leveza em meio à pandemia do Covid-19. A webinar reunirá artistas locais e de outras regiões do Brasil para saborear a diversidade poética, estimular o encontro com as rimas e permitir que os cidadãos gorjeiem suas criações.

O poeta que representará o Estado do Amapá durante o Festival é reconhecido como um dos mais importantes poetas-letristas do atual cenário litero/musical brasileiro. Joãozinho já conta com mais de mil canções e cerca de cinco livros em sua produção poética/musical.

Durante o Festival, o município leva para as ruas da cidade, literalmente, as criações de artistas já reconhecidos por sua obra e as da própria população. Em sua 13ª edição, pela primeira vez o Festival reunirá renomados artistas dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, que participarão do evento por meio de webinares. Ao final do Festival, as poesias serão reunidas para posterior lançado de um livro.

“Acredito que a poesia é um caminho para o resgate dos sonhos, da ternura e da esperança. E que é o caminho para a transformação humana, ao expressar o afeto, a generosidade e a paz”, afirma José Eduardo Mendes Camargo, idealizador e fundador da ONG Usina de Sonhos, responsável pelo Festival e por outras iniciativas ligadas à produção literária com foco em poesia em Dois Córregos.

O evento é aberto e para participar é só acessar as redes: Instagram: @instituto_usina_de_sonhos, Youtube: Instituto Usina de Sonhos e Facebook: Usina de Sonhos.

Sobre a Usina de Sonhos

Fundada em 1995, e idealizada pelo empresário e poeta José Eduardo Mendes Camargo, a Usina de Sonhos visa obter uma transformação positiva do ser humano por meio do desenvolvimento da criança e da comunidade através das mais variadas formas de linguagem, em especial a poética. Desta forma, estimula e contribui para o surgimento de novos talentos, para o despertar do interesse pela leitura, para o desenvolvimento do pensamento crítico e de produções e manifestações culturais.

O projeto, que foi reconhecido pela UNESCO, órgão das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Cultura, está presente em escolas públicas e particulares de Dois Córregos, por meio da adesão a concursos de poesias; nas indústrias, onde funcionários são estimulados a produzir poesias e participar de concursos culturais; na penitenciária feminina, contribuindo com a auto-estima e a solução de conflitos entre as mulheres encarceradas.

A Usina de Sonhos também promove o Festival Internacional de Poesia, realizado anualmente entre os meses de junho e julho no município de Dois Córregos (SP), com o apoio e patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.

Fonte: Diário do Amapá

Filme lançado pelo Governo do Amapá participa do Festival Guarnicê de Cinema

Por Jorge Abreu

A comédia amapaense “Açaí” participa de um dos mais populares e antigos festivais de cinema nacional: o “Guarnicê”, que acontece em São Luís (MA). Esta obra foi uma das nove produções cinematográficas lançadas pelo Governo do Estado com a proposta de retratar a cultura, a história e o cotidiano do povo amapaense.

Inspirado em situações do dia a dia e o jeito de falar dos amapaenses, a história de um jovem da periferia da zona norte de Macapá é a única obra do estado que faz parte da programação do 43ª Festival Guarnicê de Cinema. O Açaí concorre na categoria de melhor curta-metragem.

Para o diretor do filme, André Cantuária, o incentivo do edital lançado pelo governo foi fundamental para a execução da obra com mais qualidade e estrutura. Ele destaca a importância de levar as características da “nossa gente” para outros estados e festivais de nível nacional.

“É muito gratificante ter a oportunidade de representar o Amapá com o único filme totalmente caraterístico local. O Açaí retrata nossa base cultural, com as passagens da nossa cidade, e a questão linguística, nosso modo de falar, ou seja, é bem representativo”, disse.

Cantuária ressalta também a valorização da mão de obra dos profissionais amapaenses, para também buscar um resultado típico e peculiar. Ainda de acordo com o diretor, as produções locais ainda enfrentam desafios para serem lançados e, partir do 1º Edital de Audiovisual do Amapá, ele espera viver um outro momento da arte.

“O nosso filme é 100% amapaense, com equipe toda composta por nossa gente. Nós nos preocupamos em buscar esta valorização em relação aos profissionais daqui. Queríamos mostrar que aqui no Amapá nós também fazemos cinema”, destacou.

A comédia amapaense foi publicada na plataforma de streaming do festival (guarnice.ufma.br), na categoria de curta-metragem, e estará disponível até o dia 20 de outubro. Com duração de 18 minutos, o filme tem classificação livre. Para assistir, basta clicar neste link.

Sinopse e produção

O curta conta a saga de Dionlenon, um homem de 30 anos que está acostumado com a vida que leva ao lado da mãe, com quem mora no bairro Novo Horizonte. Ele sai em busca de dois litros de açaí para almoçar, mas não conta com uma viagem tão distante assim.

Açaí surgiu do projeto social “Cine Perifa”, que é coordenado pela diretora executiva da obra, a jornalista Jhenny Quaresma. O trabalho consiste na oferta de oficinas sobre a arte do cinema para moradores de periferia.

Com as realizações das oficinas, o grupo identificou o potencial dos roteiros para a produção de curtas. A obra “Açaí” contou com a participação de 50 amapaenses entre diretores, atores, produtores, entre outros profissionais.

Fotos: Açaí/Divulgação

Lei Aldir Blanc: Inscrições para receber auxílio encerram na próxima quinta-feira, 15

Por Weverton Façanha

O cadastro cultural dos artistas para fins de recebimento do auxílio emergencial no valor de R$ 600 se encerra na próxima quinta-feira, 15, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Até então, a data limite para cadastros da “Lei Aldir Blanc” era 17 de setembro, mas foi prorrogada para atender todos os artistas, principalmente os do interior do Amapá que têm dificuldades em acessar o sistema eletrônico de inscrições.

“Estendemos o prazo das inscrições do auxílio para garantir que todos os artistas tenham oportunidade para se organizar e ter acesso ao benefício. Depois do dia 15, trabalharemos diretamente na parte administrativa para que os beneficiários possam receber os valores”, destacou o gestor da Secult, Evandro Milhomen.

O auxílio é destinado a todos os profissionais que produzem, promovem e trabalham com cultura e arte, que desenvolvam atividades nos segmentos de arte e cultura.

Importante esclarecer que o preenchimento do cadastro não é garantia de recebimento de recursos através da Lei, pois existem critérios a serem observados e que são analisados pelo Governo Federal.

O cadastro pode ser efetivado no link:

https://cadastrocultural.portal.ap.gov.br/

Auxílio

O auxílio emergencial será dividido em cinco parcelas de R$ 600, anteriormente eram três, mas o benefício foi estendido para mais duas parcelas, aos trabalhadores da Cultura. O auxílio para manutenção de espaços, pequenas empresas e organizações comunitárias varia entre R$ 3 mil e R$ 10 mil por mês.

 

Amigos organizam noite de autógrafos do livro “Crônicas De Rocha” na Banca Rios Beer Cervejaria

Para quem não pôde participar do lançamento do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, terá uma nova oportunidade de estar com o autor, jornalista e escritor Elton Tavares, na próxima quarta-feira, dia 14, na noite de autógrafos que um grupo de amigos está organizando, a partir das 19h, na Banca Rios Beer Cervejaria. O músico Patrick Oliveira, da banda stereovitrola, fará participação especial no evento.

A ideia é criar um ambiente agradável para que os interessados em adquirir o livro possam pegar o autógrafo e trocar ideias com autor, tudo de acordo com os protocolos de segurança para prevenção da Covid-19. A cervejaria possui área externa bem apropriada para um bate-papo molhado, com cervejas artesanais produzidas pelo proprietário Igor Maneschy, ao som de uma boa música, enquanto aguardam a vez de ter em mãos a obra recém lançada.

Sobre o livro

“Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias” é um compilado das vivências do autor e de experiências próprias ou de terceiros que há mais de uma década alimentam o site “De Rocha”, que nomeia o livro. As crônicas falam de tudo, trazem muito das tradições nortistas, peculiaridades da cultura e literatura amapaense, absorvida e canalizada para o contexto regional e pessoal do jornalista, com seu jeito muito peculiar de contar a nossa história ou relatar uma situação pessoal inusitada.

Elton Tavares conta que o projeto foi idealizado pelo jornalista Tagaha Luz (em memória), que já partiu para as estrelas, e prefaciado pelo escritor e seu amigo pessoal, Fernando Canto, com ilustrações do cartunista Ronaldo Rony e diagramação do designer Adauto Brito. A obra foi impressa com o apoio do senador Randolfe Rodrigues, revisada pela jornalista Marcelle Nunes, com apoio técnico da bibliotecária Leididaina Silva e da jornalista Gilvana Santos.

É leitura fácil, agradável e que logo faz com que o leitor se identifique com algumas das narrativas contidas no livro. Quem já leu garante que não é fácil parar. Então, não perca essa oportunidade de comprar e se deliciar com uma produção feita com muito carinho e de pura emoção do “Godão”, como carinhosamente é chamado o autor.

A Banca Rios Beer fica localizada na Av. Mendonça Furtado, 1773, no bairro Santa Rita, entre as Ruas Professor Tostes e Manuel Eudóxio.

Sobre a Banca Rios Beer

A Banca Rios Beer é a melhor cervejaria de Macapá. Lá você encontra rótulos como Weiss’s, IPA’s, Pilsen’s, Stout’s, Porter’s, Witbier’s, entre tantos outros disponíveis na carta diversificada da loja. Mas não para por aí: além dos melhores chopps de variados estilos (Tropical Stout, West coast IpA, English bitter, session IPA maracujá e mel, American Pale Pale, blond Ale e a incomparável sour taperebá – carinhosamente apelidada pelos fãs de “taperebrew”) – e mais de 50 rótulos de cervejas nacionais e importadas, a Banca também conta com kits que são ótimas opções para presentear quem se gosta.

Serviço:

Noite de autógrafos do livro “Crônicas De Rocha”, de Elton Tavares.
Atração musical: Patrick Oliveira (da banda stereovitrola).
Local: Banca Rios Beer fica localizada na Av. Mendonça Furtado, 1773, no bairro Santa Rita, entre as Ruas Professor Tostes e Manuel Eudóxio.
Hora: a partir das 19h.
Data: 14 de outubro de 2020 (quarta-feira).

Texto: Gilvana Santos.
Arte: Beatriz Santana.

 

 

 

Lei Aldir Blanc: trabalhadores da cultura do Amapá tem até o dia 15 de outubro para se cadastrarem para receber o auxílio emergencial

Secretário de Cultura, Evandro Milhomen – Foto: Maksuel Martins/Secom

Por Weverton Façanha

O Governo do Amapá decidiu prorrogar até o próximo dia 15 de outubro o prazo das inscrições para o auxílio emergencial da Lei Aldir Blanc, voltado para artistas, grupos, bandas, coletivos culturais, profissionais de arte e cultura e trabalhadores da cultura em geral.

Segundo o secretário de Estado da Cultura, Evandro Milhomen, um dos motivos para a dilatação do prazo foi a dificuldade que muitos agentes culturais, principalmente do interior, tiveram para acessar o sistema de cadastro.

“Não é simples o acesso à internet nas cidades do interior do Amapá e, por isso, muitos trabalhadores não conseguiram realizar o cadastro. Como nosso objetivo é chegar ao maior número agentes culturais possível, decidimos por estender o período de inscrição”, explicou o secretário.

Os fazedores de cultura que ainda não fizeram suas inscrições devem acessar o formulário eletrônico no site cadastrocultural.ap.gov.br, criado especificamente para a processo.

O cadastro é coordenado pela Secretaria de Cultura do Estado do Amapá (Secult) que tem até o dia 16 de outubro para enviar os relatórios com os dados para a Dataprev, sistema do Governo Federal que realiza a avaliação do CPF para saber se o artista está apto ou não para receber o auxílio.

Lei Aldir Blanc

A Lei nº 14.017 de 2020, chamada Lei Aldir Blanc, define ações emergenciais destinadas ao setor da cultura que serão adotadas durante o estado de calamidade pública, devido à pandemia de covid-19.

Dentre as ações, está previsto o pagamento de três parcelas de auxílio emergencial de R$ 600 para os trabalhadores do setor cultural, além de um subsídio para manutenção de espaços artísticos e culturais, pequenas empresas culturais e organizações comunitárias do setor.

Quem pode receber o auxílio?

Profissionais da cultura com atividade interrompida pela pandemia que comprovem:

– Atuação nas áreas artísticas nos 24 meses anteriores à data da publicação da lei (forma documental ou auto declaratória).

– Ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até 3 salários mínimos.

– Estar inscrito em pelo menos um dos cadastros seguintes:

I – Cadastros Estaduais de Cultura;

II – Cadastros Municipais de Cultura;

III – Cadastro Distrital de Cultura;

IV – Cadastro Nacional de Pontos e Pontões de Cultura;

Hoje rola o melhor da Bossa Nova e MPB, com o intérprete Armando Cavalcante, no Bar Du Pedro

O intérprete Armando Cavalcante  se apresentará, nesta sexta-feira (9), a partir das 20h, no Bar Du Pedro, que fica no Mercado Central de Macapá. A apresentação promete ser uma viagem musical com o melhor dos dois gêneros consagrados da música brasileira. O repertório foi escolhido a dedo.

Armando já fez várias apresentações em bares e restaurantes de Macapá, assim como em eventos culturais na capital amapaense. Ele é um apaixonado por música e cultura, além de ter bom gosto. O evento será no boteco mais antigo da cidade. Quer mais elementos porretas para essa noite? Precisa não. Boto fé que será paid’égua. Bora curtir o som!

Elton Tavares

LOHAM lança videoclipe da canção “Pretou, Brilhou”

 


Em “Pretou, Brilhou” o artista exalta sua ancestralidade mas nos instiga a rever nosso olhar sobre a nossa própria origem e futuro.

Identidade e ancestralidade são os principais temas da canção “Pretou, Brilhou”, do cantor e compositor Loham que ganhou agora um videoclipe gravado em Goiânia. Um trabalho produzido e dirigido por profissionais de Macapá e que será lançado dia 10 de outubro no Youtube do cantor.

Loham que é amapaense, se descobriu artistas há seis anos em Goiás, e em maio deste ano lançou seu primeiro CD Igarapé Elétrico que mistura sons eletrônicos com ritmos amazônicos como Marabaixo e Carimbo. Agora se prepara para lançar seu primeiro videoclipe de uma das faixas mais importantes do álbum. “Depois que mudei de Macapá percebi como a cor da minha pele, que no seio familiar era motivo de afeto e admiração, em outros espaços é gatilho para preconceito e discriminação. Quando você acessa espaços que até então são comumente ocupados por brancos, o racismo se coloca”, conta LOHAM.

Para o artista as vivências que serviram de inspiração para a canção o levaram a pesquisar sobre colorismo ou pigmentocracia, que segundo o portal Geledes é a discriminação pela cor da pele muito comum em países que sofreram a colonização europeia e em países pós-escravocratas. De uma maneira simplificada, o termo quer dizer que, quanto mais pigmentada uma pessoa, mais exclusão e discriminação essa pessoa irá sofrer.

“Eu tenho a pele clara e traços indígenas, e tenho certeza que isso facilitou meu acesso a uma série de lugares e oportunidades. Quanto mais retinta a pele e mais destacados os traços negroides, mais forte é o racismo no Brasil”, destaca Loham.

O artista

Loham é nascido e criado em Macapá. Fez sua estreia musical com o álbum Igarapé Elétrico lançado em 20 de maio de 2020. O disco que contém 10 faixas autorais inspiradas em sua origem amazônida e nas vivências Brasil afora produzido por Dênio de Paula e Daniel de Paula.

Mais informações em: www.loham.com.br

Crédito videoclipe:
PRETOU, BRILHOU

Direção e Produção
Dyego Bucchiery
Jami Gurjão
Ianca Moreira

Imagens e Making of
Giselle Alves

Arte Digital e Identidade Visual
Beatriz Belo @milhodevenus

Lara Utzig lança livro intitulado Efêmera – ( @cantigadeninar)

 

A escritora amapaense conta que o livro é uma mescla dos nove anos de poemas escritos em seu site

Por Vanessa Albino

A arte da escrita é admirada por muitos e para Lara Utzig vai além de admiração, é sua forma de expressão e organizar pensamentos que possam ser confusos em sua mente. Desde os 8 anos de idade, a escritora amapaense se destaca com seus poemas que já foram publicados em 10 coletâneas e agora, tem um livro inteiro para chamar de seu, intitulado Efêmera.

“Meus poemas são frames de momentos… sou influenciada pelo cotidiano e pela observância do instante”, conta a poetiza em entrevista ao Catraia Digital relatando seu trabalho ao longo de nove anos à frente do blog Mensagem Efêmera, de onde os poemas foram retirados para criação do livro.

O livro conta com prefácio escrito pelo escritor amapaense Tiago Quingosta e é dividido em três partes: Frágil ampulheta que é a parte um; nudez dos ponteiros a parte dois; lirismo das horas finalizando sendo a parte três. Todos formando um ciclo em volta do tempo, da ampulheta, começando com as incertezas que a vida nos traz, depois sobre a sensibilidade que há no ser e por fim de amores resolvidos ou não.

“Efêmera é um tributo. É um material simultaneamente contemporâneo do mundo e extemporâneo de mim. O que tentei fazer foi mesclar fragmentos de 9 anos de produção e interseccionar diferentes tempos em uma só materialidade”, enfatiza Lara Utzig.

Mas engana-se quem pensa que a escritora pensa em parar após ter seu próprio livro, ela conta que há uma segunda obra engatilhada, que se chamará “Inertia” e também que seu blog Mensagem Efêmera também ficará ativo, sendo o principal abastecimento dos livros futuros. Para adquirir o Efêmera, basta ir na Livraria Public ou na Livraria Acadêmica, também encontrando na Banca do Dorimar ou diretamente com Lara.

Agora uma poesia do livro Efêmera para conhecimento da obra e da escritora:

se tu já és o motivo do meu compor,

explica: por que tantos ciúmes, amor?

se tu já és razão de todos os versos meus,

explica: por que o medo de que eu te diga adeus?

se teus cabelos são os fiandeiros da minha vida,

responde: que vida terei eu sem ti ao meu lado?

se teu colo é minha morada preferida,

responde: em que peito eu descasarei do diário fardo?

se tu já es a menina de meus olhos,

diz: com que olhos eu enxergarei outro alguém?

se tu já estás presa em minha retina,

diz: quem mais clorirá minha íris daqui a um ano ou cem?

(Vital de Lara Utzig em Efêmera)

A poeta Lara Utzig (Foto: Divulgação / Lara Utzig)

Sobre a autora:

Lara Utzig nasceu em Macapá – AP e é licenciada em Letras/Inglês pela Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, especialista em Língua Inglesa pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP e doutoranda em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista – UNESP em convênio com a UNIFAP.

Desde os oito anos Lara tem contato com a escrita, quando seu primeiro poema foi publicado na coletânea Jovens Poetas de Lajeado. Em 2012 recebeu o Troféu Equinócio da Palavra e foi reconhecida pelo Conselho de Cultura do Estado do Amapá por relevantes serviços prestados à área da literatura.

Lara também é membro fundadora do grupo de Artes Integradas Perna e Pergaminho e vocalista da banda Desiderare, além de escrever em seu blog (mensagemefemera.blogspot.com.br) e ser professora de Língua Inglesa no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá – IFAP.

Fonte: Catraca Livre.

Lives cênicas apresentam personagens Matintaperera e Curupira para crianças e adultos

Matintaperera e Curupira, personagens conhecidos do lendário amazônico, saem do lugar mais escondido da floresta para chegar à casa das crianças, via internet, levando histórias com humor, mistério e um apelo por preservação ambiental e pela cultura indígena brasileira. Esta é a ideia das lives cênicas “Contos do Índio e da Floresta”, que serão apresentadas na plataforma digital Sympla aos sábados e domingos, às 15h, a partir do dia 3 de outubro. A temporada na plataforma acontecerá até final de novembro.

A série de live cênicas não deriva de nenhuma peça teatral, como tem sido frequente desde que os artistas do teatro migraram para o ambiente digital devido a pandemia de Covid-19 e o fechamento das casas de espetáculos.

Os atores Claudio Marinho e Viviane Bernard pesquisaram os contos indígenas para costurar a narrativa das apresentações diante das câmeras. “Atualmente há um questionamento se isso é teatro ou não. Pra mim é claro que não é teatro porque não tem presença física do público, não tem encontro com o artista. Mas é um novo espaço de experimentação, de descobertas estéticas e narrativas. Este produto já nasceu para ser mostrado na internet”, diz Claudio Marinho, ator paraense radicado em São Paulo.

Ingressos e contribuição voluntária

Os ingressos custam R$ 10,00 por acesso e o link pode ser aberto em qualquer aparelho com acesso à internet e zoom instalado: tablet, computador, celular e até mesmo nas TVs e consoles de videogames – ainda com a possibilidade de espelhar conteúdos na TV. Cada link dá acesso a um IP, que pode ser compartilhado com todos que estiverem no mesmo local.

Como a cultura foi o setor mais impactado com a pandemia, a produção abriu vendas de ingressos solidários, a título de contribuição: o ingresso é o mesmo, tem as mesmas características.

Contudo, tem custos maiores pois incluem o valor do ingresso e uma doação da família que quiser e puder contribuir com o projeto piloto e com os artistas que dele participam. As doações (já incluindo o valor do ingresso) podem ser nos valores de R$30,00 e R$100,00. Os valores são destinados aos profissionais envolvidos no projeto, todos autônomos e que perderam parte significativa das suas rendas formais durante o isolamento social.

SERVIÇO:

“Contos do Índio e da Floresta – Por Matintaperera” será apresentado de 03 de outubro a 28 de novembro, aos sábados, às 15h.

“Contos do Índio e da Floresta – Por Curupira” será apresentado de 04 de outubro a 29 de novembro, aos domingos, às 15h.

Venda de ingressos e acesso à transmissão: www.sympla.com.br/contosdoindioedafloresta

Necessidades técnicas para acessar a apresentação: baixar o aplicativo Zoom preferencialmente no PC ou notebook. Também é possível assistir por tablet, celular ou emparelhamento com Smart TV.

Ingressos: R$ 10,00 (ingresso por acesso)

Ingressos solidários: de R$ 30,00 a R$ 100,00

Duração: 25 minutos cada uma das apresentações

Classificação indicativa: livre

(Recomendação da produção: a partir de 4 anos)

Dulcivânia Freitas
Jornalista – DRT-PB 1.063/96
0xx96-98102-0238

Livro “Efêmera”, de Lara Utzig, tem pré-lançamento virtual neste sábado, 03 de outubro (Sucesso, @cantigadeninar!!)

Por Lívia Almeida

No próximo sábado, 03, acontece o pré-lançamento virtual do livro “Efêmera” da escritora amapaense, Lara Utzig, publicado pela editora Lura. “Efêmera” é um compêndio de poemas já postados no blog (mensagemefemera.blogspot.com) no decorrer de quase uma década.

Os blogs autorais já foram uma febre nos anos 2000 no Amapá, estudantes, escritores, jornalistas se reuniam no universo da blogosfera e através da plataforma Blogger, dividiam pensamentos, anseios, poesia, notícias. Desta forma, estes blogueiros foram se conhecendo os blogs uns dos outros e trocando “figurinhas”. O blog “Mensagem Efêmera” era um destes e um dos poucos que resistiu ao tempo.

Sobre o livro

O livro reúne, em três capítulos, diferentes textos que debatem variadas temáticas: amor, metalinguagem e discussões acerca do próprio Tempo. “A finitude humana sempre levou à criação: do mito, da religião, da ciência… e da arte em geral. O desejo de transcendência, o apelo ao metafísico norteia nossa existência desde a descoberta da mortalidade. A consciência de que somos seres efêmeros, de fato, guia todas as escolhas da carne.

Nesse sentido, esta obra é uma ode ao paradoxo que nos circunda: o Tempo é benevolente ou vilão? Como pintá-lo no mundo dos homens? Frente ao Amor, o Tempo se suspende ou permanece ileso até gerar o sorrateiro fim dos afetos? Quando os momentos cessam, algo novo se inicia ou tudo culmina no enterro da lembrança do que um dia já representamos à sociedade?

Se fomos feitos para durar ou não, temos uma vida inteira para questionar o que o Tempo espera que sejamos: pó de estrelas da constelação de Órion ou meras cinzas irrelevantes no universo infinito?

Lara Utzig – Foto: arquivo pessoal.

A autora

Lara Utzig é natural de Macapá, AP, nascida no dia 31 de dezembro de 1992, mas foi criada no Rio Grande do Sul e voltou para a terra natal na adolescência. Começou a escrever com 8 anos de idade. É formada em Letras/Inglês pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), especialista em Língua Inglesa pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá (IESAP), mestranda em Ciências da Educação pela Faculdade Integrada de Goiás (FIG) e membro da diretoria do grupo de artes integradas Pena & Pergaminho (P&P). Atua como professora de Inglês no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP). Sua principal temática é o TEMPO, mas também aborda questões como o amor, a saudade, a morte, a metalinguagem e o preconceito. É a dona do blog http://mensagemefemera.blogspot.com e além disso é vocalista, violonista e compositora da banda Desiderare e agente cultural do Estado do Amapá.

Escritores Marven Junius Franklin e Tiago Quingosta. Foto: divulgação.

O pré-lançamento virtual de “Efêmera” acontecerá no instagram @efemera, às 20h e vai contar com a participação especial dos escritores Marven Junius Franklin e Tiago Quingosta.

Fonte: ChicoTerra.Com