Uma leitura de A Paixão segundo GH – Contribuição de @yurgelcaldas

Por Yurgel Caldas


Não é possível afirmar com segurança que o romance de Clarice Lispector, A paixão segundo GH, publicado em 1964, seja uma alegoria da ditadura militar no Brasil, cujo golpe de Estado emergiu no mesmo ano do lançamento do referido romance. Mas é possível encontrar algumas referências ou sombras (para falar no contexto obscuro das torturas ocorridas sob o comando dos militares nos “porões” dos quarteis pelo Brasil afora) no discurso perturbado e perturbador da protagonista GH, em diversos momentos do romance de Clarice. Assim, no início do relato, GH prepara desta maneira o que teria a dizer, não por vontade própria de narrar, mas pela necessidade mesmo da mensagem: “Estou adiando […] adiar o momento em que terei que começar a dizer, sabendo que nada mais me resta a dizer. Estou adiando o meu silêncio” (LISPECTOR, 1998, p. 22).

Mais adiante, no parágrafo seguinte da mesma página, a referência à ditadura que oficialmente debutava naquele amanhecer do 1º de abril de 1964 é feita assim pela narradora: “Vi, sim. Vi, e me assustei com a verdade bruta de um mundo cujo maior horror é que ele é tão vivo que, para admitir que estou tão viva quanto ele […] terei que alçar minha consciência de vida exterior a um ponto de crime contra a minha vida pessoal”. A impossibilidade do relato, por simples desejo de não contar ou por força maior que o próprio desejo do silêncio, pauta os atos de GH: “então vi como quem nunca vai contar. Vi, com a falta de compromisso de quem não vai contar nem a si mesmo” (p. 106) – tal é a clareza e a verdade do acontecimento visto e experimentado.

Mais adiante, já numa crise de representação de si e do mundo, ou de si para com o mundo – este corpo repleto de múltiplas violências (GH e o próprio mundo – esse universo que é feito de inferno e paraíso [sempre infernal] que a habita), a personagem reposiciona seu leitor no contexto politico da ditadura no Brasil, inventando um interlocutor, que é ao mesmo tempo o amor e a família perdida no passado de GH: “Dá-me a tua mão desconhecida , que a vida está me doendo, e não sei como falar – a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas” (p. 34). Assim como pesados demais seriam os anos de chumbo e faziam natural ao cidadão de bem a violência de viver e estar no mundo.

GH é, no final das contas, uma mulher torturada pela linguagem: a fala e a escrita são insuficientes para retratar o estado da alma “dessa mulher”, “essa mulher que sou” (p. 44) (como a narradora fala de si, sendo ela mesma, que não é completa ao final, pois está numa travessia de auto-conhecimento e percepções vários de uma experiência de viver: “Levantei-me enfim da mesa do café, essa mulher” (p. 33) ). GH é posta a falar, mas não consegue; e não consegue porque não quer, porque não pode e porque não sabe o que falar – condição de todo torturado pelos militares que contavam com uma ampla rede de informações esquizofrênicas contra o avanço do comunismo no mundo e no Brasil. GH, uma mulher independente, escultora por hobby, solteira, sem filho e rica, morando num apartamento na cobertura de um prédio elegante do Rio de Janeiro, também é torturada pela ausência de Janair – empregada negra com “postura” e “traços de rainha” (p. 41), que não mais trabalha para a patroa e, com sua ausência, força a dona a fazer uma faxina no próprio apartamento, começando pela arrumação da dependência de empregada, na intenção de receber a nova serviçal.

Sim, GH é também torturada pelas ausências – a ausência da empregada e a visão que esta construíra da patroa durante o tempo de serviço; GH é torturada pelo quarto vazio da empregada (espaço ausente no cotidiano da dona do apartamento); GH é torturada por uma fotografia antiga na qual ela mesma não se reconhece no presente da narrativa (na verdade um relato mais oral do que escrito para o interlocutor inventado – única forma possível de dizer tais experiências); GH é ainda torturada pelo desenho que ela descobre no quarto da empregada, que remete a um cachorro, um homem e uma mulher na qual se identificaria: “eu sabia que nunca passara daquela mulher na parede, eu era ela” (p. 64); e finalmente GH é torturada pela barata que surge da “porta estreita do guarda-roupa” (p. 46). Não é, pois, uma barata, mas trata-se de “a barata grossa” (p. 47) que se movera para o pavor e a epifania primordiais de GH. Assim GH passa a narrar sua experiência em diversas passagens em que se apresenta como uma mulher aprisionada (e sempre torturada no presente pela promessa de felicidade que não se cumprira até então). GH narra a seu interlocutor amoroso (amante e amado, sujeito e objeto do amor) o que lhe tinha acontecido no dia anterior [o encontro com a barata] – e por uma esperança que se desenhava já falida do momento do relato para o futuro da protagonista. GH narra, enfim, sua falência e exatidão como um sujeito confinado à revelia naquele espaço indesejado do quarto da empregada (“na minha clausura entre a porta do armário e o pé da cama” [p. 51]), mas paralisada por suas memórias e ainda com uma necessidade ímpar de contar essa experiência.

E assim salta aos olhos do leitor a sensação perene do torturado, na passagem: “Em mim um sentimento de grande espera havia crescido, e uma resignação surpreendida” (p. 51). Mas, ao final, é a vitória lenta e justa do não falar que GH aprende com a barata: “Como é luxuoso este silêncio” (p. 66). Este silêncio dourado só é possível porque, para GH, “o que vi não é organizável” (p. 68) e, portanto, não se presta a uma linguagem reconhecível, pois é um “relato impossível” (p. 73) “para construir uma alma possível” (p. 73). A paixão segundo GH é, enfim, sobre as (im)possibilidades de narrar o usual, o neutro, o insosso, o natural que é a violência de ser e estar no mundo pela revelação de si para si. Não há mensagem a ser dita; não há o que relatar, nem a quem fazê-lo; sequer há quem delatar, muito menos isso, já que “Eu abria e fechava a boca para pedir socorro mas não podia nem sabia articular. É que eu não tinha mais o que articular” (p. 74).

Em outro momento da narrativa, chama atenção a forma como GH fala de si no espaço, e lembra o leitor dos tempos perigosamente calmos na ditadura: “o país estava em onze horas da manhã” (p. 80) – momento em que os ponteiros do relógio desenham a imagem parecida com a letra V, que pode significar tanto “Vitória” quanto “Vazio”. A descrição segue na mesma página: “Superficialmente como um quintal que é verde, da mais delicada superficialidade […] No resto da casa a sombra está toda inchada […]. São onze horas no Brasil. […] Até que num hino nacional a badalada das onze e meia corte as amarras do balão. E de repente nós todos chegaremos ao meio-dia. Que será verde como agora”. Então, do verde superficial brota GH, que na realidade “estava no deserto” (p. 80) destoando de todo aquele verde esperançoso e superficial e do hino da vitória. GH é sempre um contraponto: “Eu estava tão assustada que ainda mais quieta ficara dentro de mim” (p. 81).

Afinal, o que relata GH senão a relação de amor que é criada a partir da visão odiosa de uma barata que sai de repente da porta do guarda-roupa do quarto da empregada? GH trata de cotidiano, do comum que é a visão da barata, mas também indica o quão inédito é para ela, a dona do apartamento de cobertura, fazer uma faxina começando por um cômodo onde nunca entrara. Ao final, GH delata a si mesma: “e então não suportei mais a tortura e confessei, e estou delatando” (115). O que GH delata senão as formas de acontecimento do amor? “Estou somente amando a barata. E é um amor infernal” (p. 115). GH está no mundo e o experimenta, no gosto da barata, como um contraponto ao sabor que revela a “grandeza infernal da vida” (p. 122).

*Contribuição do amigo Yurgel Caldas, que é professor de Literatura da Unifap e do  Programa de Pós-graduação em Letras (PPGLET) da mesma instituição.

Nota triste: cantor e compositor Moraes Moreira morre no Rio de Janeiro

O Cantor e compositor Moraes Moreira morreu nesta segunda-feira (13) em sua casa no Rio de Janeiro. O artista tinha 72 anos. As informações são do Blog do Marrom.

De acordo com o blog, a informação foi confirmada pelo também cantor e compositor Paulinho Boca de Cantor, amigo do artista. Ainda segundo a publicação, Paulinho estava emocionado e apenas informou que Moraes morreu dormindo, de acordo com o relato de um parente.

Antônio Carlos Moreira Pires, o Moraes Moreira, nasceu na cidade de Ituaçu. Na adolescência, trocou a sanfona pelo o violão enquanto estudava em Caculé. Em Salvador, conheceu Tom Zé. Ao lado de Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão fundou os Novos Baianos, grupo que tocou de 1969 até 1975.

Fonte: Ibahia

Música amapaense: hoje, a partir das 19h, rola apresentação de Naldo Maranhão, na quarta noite do Festival Solidário “Live Cult Tucuju”

Hoje (13), a partir das 19h, o Festival Solidário “Live Cult Tucuju” tem sequência com apresentação de Naldo Maranhão. O show será transmitido pela página do Facebook do artista: https://www.facebook.com/naldo.maranhao.921

Nossa intenção é de ajudar amigos músicos que estão passando por dificuldades neste momento de quarentena… Queria pedir o apoio no compartilhamento de nossa live para que possamos alcançar o maior número de pessoas e, quem sabe, apoiadores através do aplicativo Vakinha”, comentou o músico Fineias Nelluty – idealizador do festival – que abriu o evento no último dia 10 de abril.

“Hoje é conosco. Pessoal durante muito tempo eu sobrevivi de música, e a realidade era a seguinte: Tocava num dia pra comer no outro. Portanto essa live de hoje é pra arrecadar uma quantia que possa amenizar o sofrimento daqueles que não estão podendo trabalhar. A meta estipulada foi 3.000 R$, falta menos da metade, contamos com a sua sensibilidade“, frisou Naldo Maranhão.

O festival já teve apresentação dos cantores e compositores Osmar Júnior, no último sábado e Nivito Guedes, no Domingo de Páscoa. Você pode acompanhar, através deste link, o quanto já foi arrecadado e fazer sua doação: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/live-cult-tucuju-em-prol-dos-profissonais-que-vivem-exclusivamente-do-trabalho-musical

Sobre Naldo Maranhão

No início dos anos 90, no tempo em que os jovens de Macapá despertavam de vez para a música regional, surgiu a banda Raízes Aéreas, grupo formado pelos músicos Naldo Maranhão, Helder do Espírito, Beto Oscar, Alan Yared, Helder Brandão, Black Sabbá, Hemerson Melo e Alexandre, sob a influência luxuosa de Antônio Messias.

Na época, foi o grupo de maior expressão, chegando com músicas próprias, talento e atitude – todos os elementos para o sucesso, e ainda a experiência de alguns dos integrantes em outras bandas alternativas de Macapá.

Após o fim da banda, Naldo Maranhão despontou como compositor, com sucesso dentro e fora do Amapá. Antes do Raízes Aéreas, o artista integrou a banda de rock Mizantropia.

Com mais de 20 anos de carreira e três discos gravados em sua trajetória solo (“Colheitando em mim mesmo”, “Feira Maluca” e “Várias Idades”), Naldo Maranhão possui muitos parceiros em suas composições. Entre eles estão Antônio Messias, Osmar Júnior, Rambolde Campos, Ademir Sanches, Black Sabbá, Rebecca Braga e Ademir Pedrosa, .

O Naldo Maranhão é um dos melhores cantadores que tive a alegria de conviver e conhecer. Sou muito fã do seu trabalho autoral e do grande potencial artístico que carrega na veia musical. Eu indico, será uma bela live“, afirmou o cantor e compositor Rambolde Campos.

Como disse o Ronaldo Rodrigues Ronaldo Rony: “A nau que veio do Maranhão” é um dos grandes da nossa música. Além de ser fã do cara, ele é meu amigo e está entre os gênios da MPA. Bora assistir e contribuir com a causa nobre.

Programação completa do Festival:

– Sexta dia 10: Fineias Nelluty e Bia Nelluty
– Sábado dia 11: Osmar Junior
– Domingo dia 12: Nivito Guedes
– Segunda dia 13: Naldo Maranhão
– Terça dia 14: Brenda Melo e Alan Gomes
– Quarta dia 15: Rambolde Campos
– Quinta dia 16: Nani Rodrigues
– Sexta dia 17: Amadeu Cavalcante
– Sábado dia 18: Poetas Azuis
– Domingo dia 19: Val Milhomem
– Segunda dia 20: Joãozinho Gomes
– Terça dia 21: Enrico Di Miceli
– Quarta dia 22: Nonato Santos.

Prestigie nossa cultura!!!

Fale de sua aldeia e estará falando do mundo” – Leon Tolstói.

Elton Tavares

Música amapaense: hoje rola apresentação de Nivito Guedes, na terceira noite do festival solidário “Live Cult Tucuju”

Hoje (12), a partir das 19h, o festival solidário “Live Cult Tucuju” terá sequência com apresentação de Nivito Guedes. O show será transmitido pela página do Facebbok do artista: https://www.facebook.com/nivito.guedes.5

Nossa intenção é de ajudar amigos músicos que estão passando por dificuldades neste momento de quarentena…queria pedir o apoio no compartilhamento de nossa live para que possamos alcançar o maior número de pessoas, e quem sabe apoiadores através do aplicativo Vakinha”, comentou o músico Fineias Nelluty, idealizador do festival que abriu o evento anteontem (10).

O festival contou ainda com apresentação do cantor e compositor Osmar Júnior, no último sábado.

Você poderá acompanhar, através deste link, quanto já foi arrecadado:

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/live-cult-tucuju-em-prol-dos-profissonais-que-vivem-exclusivamente-do-trabalho-musical

Sobre Nivito Guedes

Nivito Guedes é jovem, mas com rica obra. Ele possui quatro CDs gravados, “Todas as Luas”, “Tô em Macapá”, “Misturando Tudo” e uma Coletânea com canções que participaram de Festivais. O instrumentista também participa de DVD’s como “Especial da Música Amapaense” e “Amapá em cantos”.

O instrumentista também participou de documentários e videoclipes da música Amapaense. Suas composições também foram gravadas por outros artistas do Amapá, como: Patrícia Bastos, Helder Brandão, Sabatião, entre outros.

Programação completa:

– Sexta dia 10: Fineias Nelluty e Bia Nelluty
– Sábado dia 11: Osmar Junior
– Domingo dia 12: Nivito Guedes
– Segunda dia 13: Naldo Maranhão
– Terça dia 14: Brenda Melo e Alan Gomes
– Quarta dia 15: Rambolde Campos
– Quinta dia 16: Nani Rodrigues
– Sexta dia 17: Amadeu Cavalcante
– Sábado dia 18: Poetas Azuis
– Domingo dia 19: Val Milhomem
– Segunda dia 20: Joãozinho Gomes
– Terça dia 21: Enrico Di Miceli
– Quarta dia 22: Nonato Santos.

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Elton Tavares

No Domingo de Páscoa: Ciclo do Marabaixo no Laguinho terá transmissão ao vivo

No dia 12 de abril, Domingo de Páscoa, a Associação Raimundo Ladislau dará início a programação do Ciclo do Marabaixo 2020, nos campos do Laguinho. Este ano com uma peculiaridade. Pela primeira vez, em mais de cem anos de realização do evento, as festividades serão realizadas excepcionalmente sem a presença das comunidades e com transmissão ao vivo pelas redes sociais, tudo isso, em razão da prevenção de combate ao coronavírus.

A transmissão pelo facebook inicia as 17h, com a novena, logo em seguida a partir das 17h30min, haverá muito marabaixo para quem estiver acompanhando a “live” no facebook da Laura do Marabaixo ( facebook.com/LauraDoMarabaixo ).

Durante a transmissão do evento, os festeiros do ciclo do marabaixo realizarão sorteios de cestas básicas. Estas cestas serão apenas para os marabaixeiros e marabaixeiras que estão necessitando de ajuda neste período de pandemia do coronavirus.

Outra atividade inserida na programação, será a campanha de conscientização feita pelos marabaixeiros, pedindo à população que permaneça em suas casas, cumprindo com todas as normas de prevenção e combate ao COVID19.

A festividade do ciclo do marabaixo é um evento do calendário cultural e religioso do Estado do Amapá. No Laguinho, são realizados louvores à Santíssima Trindade e ao Divino Espírito Santo.

O ciclo segue o calendário litúrgico da igreja católica e tem seu início no sábado de aleluia com festividades nas comunidades da Favela (Santa Rita e Centro) e Campina Grande, zona rural de Macapá.

Já no Domingo de Páscoa, a programação ocorre no Bairro do Laguinho, mais precisamente nos barracões do Mestre Pavão e da Tia Biló.

A Tia Biló

Benedita Guilherma Ramos, popularmente e carinhosamente conhecida como Tia Biló, nasceu no dia 10 de fevereiro de 1925, na cidade de Macapá. De seus dez irmãos é única filha viva de Julião Tomaz Ramos (Mestre Julião Ramos) e Januária Simplícia Ramos.

Como dançadeira, cantadeira e compositora de marabaixo, Tia Biló tem dado continuidade ao legado de seus pais e avós de realizar as festividades do ciclo do marabaixo e hoje tornou-se uma das precursoras do marabaixo, transmitindo para as novas gerações como seu filho Joaquim Ramos (Munjoca) e sua neta/filha Laura Cristina da Silva conhecida como Laura do Marabaixo e Danniela Ramos (neta) este tradicional festejo do calendário cultural do Amapá.

Em 1988, Tia Biló, juntamente com sua família Ramos, fundaram a Associação Cultural Raimundo Ladislau.

Ladislau foi uma das grandes personalidades negras do bairro do Laguinho, considerado um dos mestres da cultura do marabaixo e compositor do antológico e tradicional “ladrão de marabaixo”, mais conhecido no Estado e gravado por Luiz Gonzaga. “Aonde tu vai rapaz por esse caminho sozinho, vou fazer minha morada lá pros campos do Laguinho”.

Comunicação: Cláudio Rogério.

Música amapaense: hoje rola apresentação de Osmar Júnior, na segunda noite do festival solidário “Live Cult Tucuju”

Hoje (11), a partir das 19h, o festival solidário “Live Cult Tucuju” terá sequência com apresentação de Osmar Júnior. O show será transmitido pela página do Facebbok do artista: https://www.facebook.com/profile.php?id=100013866154293

Nossa intenção é de ajudar amigos músicos que estão passando por dificuldades neste momento de quarentena…queria pedir o apoio no compartilhamento de nossa live para que possamos alcançar o maior número de pessoas, e quem sabe apoiadores através do aplicativo Vakinha”,  comentou o músico Fineias Nelluty, idealizador do festival que abriu o evento ontem (10).

Você poderá acompanhar, através deste link, quanto já foi arrecadado:

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/live-cult-tucuju-em-prol-dos-profissonais-que-vivem-exclusivamente-do-trabalho-musical

Osmar Júnior

Osmar Júnior é uma referência desde de 1989 quando produziu o projeto Costa Norte. Com mais de 30 anos de carreira gravou mais de 10 álbuns e várias coletâneas.

É palestrante, escritor cronista e produtor cultural. Sua música é identificada em várias Universidades no Brasil e em países de língua portuguesa como geo música.Suas obras mais famosas são “Igarapé das Mulheres”e “Pedra do Rio”, entre outras baladas conhecidas na região amazônica.

Osmar é reconhecido por seus temas ambientalistas e de cunho regional, um grande defensor de sua região e seu povo. Ele tem mais de 100 músicas gravadas.

Programação completa:

– Sexta dia 10: Fineias Nelluty e Bia Nelluty
– Sábado dia 11: Osmar Junior
– Domingo dia 12: Nivito Guedes
– Segunda dia 13: Naldo Maranhão
– Terça dia 14: Brenda Melo e Alan Gomes
– Quarta dia 15: Rambolde Campos
– Quinta dia 16: Nani Rodrigues
– Sexta dia 17: Amadeu Cavalcante
– Sábado dia 18: Poetas Azuis
– Domingo dia 19: Val Milhomem
– Segunda dia 20: Joãozinho Gomes
– Terça dia 21: Enrico Di Miceli
– Quarta dia 22: Nonato Santos.

Prestigie nossa cultura!!!

Fale de sua aldeia e estará falando do mundo” – Leon Tolstói.

Elton Tavares

Música Amapaense: neste sábado (11), rola a live “Tua Música no Digital”

Neste sábado (11), a partir das 17h, vai rolar a live “Tua Música no Digital”. A live é destinada a artistas do Amapá e tem como foco esclarecer sobre o mercado de streaming, direito autoral dos artistas e distribuição de álbuns e singles nas plataformas de streaming.

A live é uma iniciativa do cantor e compositor e especialista em marketing digital, Lohan Souza, da jornalista e pesquisadora de música, Andreza Gil, e da produtora amapaense de atuação nacional, especializada em produção artística e gestão de carreira, Duas Telas Produções. As apresentações serão transmitidas pelo perfil no Instagram do Amapá no Mapa (@amapanomapa).

Se você é artista e quer entender como distribuir sua música gratuitamente em plataformas como o Tidal, Spotify, Deezer, Apple Music, entre outras, não perca essa oportunidade!

Participe e esclareça todas as suas dúvidas!

#StreamingMusical #AmapanoMapa #Duastelasproducoes #Musicadaamazonia #Amapa #Musicabrasileira

Elton Tavares, com informações de Andreza Gil.

ARQUIpéLAGO – Por Fernando Canto

Nascer do sol no arquipélago do Bailique — Foto: Emídio Sarges/Tô na Rede

Barcosalados voam e pousam sobre o pélago insondável. Águas oceânicas jorram no fim da terra – abismal cenário de tua verde geografia.

Açaigente – rios que rasgam rios nesse manto cinza-verde-rubro ante as marés de nuvens.

Barcosaladosbarcos/ barcos de vidro e miriti negam a fragilidade dos próprios arcabouços das asas de madeira.

Pôr do Sol no Arquipélago do Bailique – Foto: Jorge Junior

Arquiáguas arquipeles/ arquitetura perfeita. Arquiedênica paisagem de arquihomens e mulheres/ de pelágicas ondinas. Arquipégaso do Balélíqüido.

Arquipégaso do bailí[email protected].

*Do livro “Equino CIO – Textuário do meio do Mundo”, de Fernando Canto. Ed. Paka-Tatu, Belém, 2004.

Sonhos de Assis e Jonielson…Leitores! – Por Angela de Carvalho

Era bem tarde, um breve piscar da lâmpada, indicou que já se aproximava a meia noite. O tom amarelado da luz, lembrava as chamas da lamparina de outros tempos. Insistente, Jonielson lutava para manter os olhos abertos, queria ler mais um capítulo de “Antes que o Mundo Acabe”1. Divagou em pensamentos… “antes que a energia acabe”. Era assim, na distante localidade em que residia, a luz elétrica tinha horários de fornecimento.

Instantes depois o barulho do livro que caía de suas mãos e o clarão de um relâmpago seguido de um trovão, juntou-se a uma cadência de tambores. Luzes e sons confundiram-se em sua cabeça… “essa roda de marabaixo, não tem hora pra acabar”. E foi em meio a sombras que sentiu a presença do personagem de um sonho de outros tempos, o “Saci Aladim de Ali Babá”!

Este, sempre muito falante e curioso, já chegou cheio de perguntas:

_Viva! Viva! Temos aqui um leitor? Varando a noite em deliciosas leituras? Está “Em Busca do Tempo Perdido”2? Estou voltando da roda de marabaixo, tens um canto para eu passar esta noite aqui? Sem entender aquela visita inesperada, Jonielson perguntou, em tom de exclamação:

_Saci Aladim! É você!?

Reconheceu o largo sorriso do amigo, mostrou a rede que estava atada no quarto e convidou-o a deitar-se ali.

O Saci acomodou-se como quem se sente em casa, apoiando a cabeça com as mãos, pronto para ouvir as respostas.

Depois de respirar fundo, Jonielson com a voz baixa para não acordar a mãe que dormia no cômodo ao lado, falou:

_ Sim, estou recuperando as leituras que não fiz quando criança, sou “ um devorador de livros”, como diz a professora. Acabei de ler: As Aventuras do Professor Pierre na Terra Tucuju”***. Nem te conto, meu exemplar foi autografado pela escritora: “Para Jonielson, um ribeirinho pescador de livros e sonhos, com carinho Maria Ester Pena Carvalho” . Agora estou lendo,“ Antes que o Mundo Acabe”. Tô só pavulagem, não?

¬ _TáPorDemais! Escute, se eu “não me perdi no tempo” estamos em outubro, isso?

Sim em outubro – amanhã é dia 29, o Dia Nacional do Livro. As coisas mudaram por aqui, sabia? Logo mais teremos uma programação muito importante, um grande encontro com as BP Municipais e Comunitárias do Estado, aqui no Município do Mazagão: O I Salão do Livro Infanto Juvenil do Amapá.

Seguiram conversando noite afora sobre as coisas acontecidas desde a inaugaração da biblioteca, sonhada em “Pescadores de Sonhos”. Dos livros e escritores que conhecera nestes anos, dos muitos poemas, contos e crônicas lidas e dos filmes assistidos em alguns finais de semana. Tinha agora consciência da importância dos livros e das possibilidades que traziam para a sua vida. Outro dia mesmo, fizera uma inscrição para um intercâmbio em um site no computador da biblioteca.

Falava de novos caminhos, luzes e portas que se abriam para ele, quando notou que uma luz entrava pela janela. Era o dia que começava a clarear. Disse então:

_Mano! Já está amanhecendo? Que conversa boa, nem notei a noite passar.

_Vamos comigo Saci? Temos meia hora de remada até a cidade, precisamos sair logo. Assis vai me esperar logo ali, na ponte do Carvão, fiquei de passar às 6h30.

Tomaram um breve café e após os rituais de despedidas de mãe, embarcaram algumas frutas em sua canoa e seguiram remando.

Logo avistaram Assis, que vigiava a curva do rio. Tinha um exemplar de “Todo Cuidade é Pouco” em suas mãos. Foi só o tempo de Jonielson encostar a canoa e Assis acomodou o livro na mochila. Em seguida, embarcou animado falando das belas ilustrações de Roger Mello. O Saci aproveitou para fazer uma provocação:

_ Rapaz! Você ainda lê apenas ilustrações?

Assis estava feliz com a presença do amigo e respondeu com outra brincadeira. Mostrando os litros de açaí que estava levando para o lanche, disse:

_ Eita! Quantas cuias de açaí vais tomar hoje Saci Aladim? Tô achando que este aqui vai ser pouco.

Com uma boa risada o Saci respondeu:

_ Já sabes que pra matar a saudade eu tomo sempre três cuias! E quero açaí do grosso…Há há há.

A maré estava enchendo na direção que seguiam, assim, venceram mais rápido a distância. Logo avistaram o alvoroço das outras montarias e o desembarque de meninos, meninas e jovens para participarem do grande evento.

Chegando ao local, foram cumprimentar os Pequenos Embaixadores da leitura que já ocupavam seus lugares. Logo teve início a solenidade de abertura da extensa programação prevista. Após a declamação do poema de Casimiro de Abreu “Meus Oito Anos”, feita por uma encantadora menina, houve a fala de/das autoridades presentes.

Uma grande roda se formou para apresentação dos embaixadores. Eram crianças leitoras na faixa de 8 a 12 anos, escolhidos para contar histórias do seu lugar.

Para levar as nuvens os atentos ouvintes a primeira história contada , foi a da Base Aérea do Amapá, onde, em um Museu a Céu Aberto ainda resta parte da estrutura de pouso de Zepelim, construída por volta de 1940, Um embarque perfeito para iniciar o dia.

Dali, seguiram viagem e pousaram em outro tempo e espaço: no “Sítio Megalítico Rego Grande”, nas histórias contadas pelos embaixadores de Calçoene.

Estas viagens através das histórias, deixaram maravilhadas as crianças que não sabiam da existência dos Sítios Funerários e Grutas na Região do Rio Maracá – Município de Mazagão.

Para costurar e emendar, contos de lá e de cá, com a palavra MARACÁ, passaram novamente a palavra, para as crianças do Município de Amapá, que contaram uma aventura vivida na praia Boca do Inferno. Foi um relato fantástico! De arrepiar os cabelos, do prefeito careca.

Os ânimos acalmaram-se com um inebriante cheiro de mata, que pareceu tomar conta do salão, quando foram transportados e sentiram a exuberância da flora e fauna de uma Ilha: a Estação Ecológica do Maracá. Um verdadeiro bálsamo para os ouvintes. Na imaginação dos ilustradores as tintas ganharam belas paisagens.

Uma grande escalada em trilhas pelas Montanhas do Tumucumaque foi o tema da história contada por meninos e meninas do Oiapoque. Em silêncio todos vibravam com cada suspense de mais uma aventura naquela manhã.

Encharcados da beleza do Rio Oiapoque buscaram outras águas, no rumo das corredeiras do Rio Jari passando antes pelas aldeias Wajãpi, em Pedra Branca do Amapari.

Mitos e lendas misturavam-se as histórias de descobertas de ouro, manganês e outros tesouros. Histórias acontecidas ou não, tudo era inspiração para os contos de pescadores, parteiras e também das benzedeiras residentes em várias localidades dos 16 municípios do Estado do Amapá.

Deslumbrante também, foi a entrada dos meninos, que com correntes presas/amarradas aos pés, encenaram como foi doloroso para negros e índios os 18 anos de construção da Fortaleza de São José de Macapá. E para encerrar com a alegria o relato, contaram cantando, como nasceu a dança do marabaixo. Cantando os ladrões em roda dançaram para encerrar a manhã.

Exaustos de tantos vôos, escaladas, caminhadas, embalos musicais e de canoas, vividos nas histórias, foram todos convidados para o almoço coletivo. A longa mesa, ofertava as delícias dos rios e da floresta: caldeirada de filhote, tucunaré regado ao tucupi; açaí com camarão e/ou farinha de tapioca, saborosos sucos de graviola, cupuaçu e taperebá. E ainda biscoitos de castanha do Pará, geléias e muitas outras iguarias da amazônia.

Em Contos ao redor da fogueira, no cair da noite as atividades do primeiro dia foram encerradas.

O segundo dia, foi de visita aos expositores das editoras. Cada uma trouxe ao Salão, suas melhores publicações. A coleção “Nossa capital” fez grande sucesso, principalmente o “ Macapá – a Capital do Meio do Mundo” com as belas aquarelas: do Rio Amazonas, Igreja Matriz de São José, Monumento Marco Zero do Equador, do Quilombo do Curiaú e alguns pontos turísticos da capital do estado, como o trapiche Eliezer Levy.

Um espaço para fazer fotos e postar selfies nas redes sociais estava preparado com as capas dos livros de todas as capitais do Brasil. Desde “Belém, Terra das Mangueiras” , até “Porto Alegre a Capital dos Gaúchos”.

Os estudantes, de posse de seus “vale livro”, escolhiam e retiravam seu exemplar de: Um Livro pra Chamar de Seu. A noite foi de luar, com embalos de redes e sonhos, abraçados aos livros recebidos.

Com o esperado momento de assinatura do documento: 10 anos de Promoção da leitura, foi iniciado o terceiro dia de programação.

Após a assinatura do Governador e dos 16 Prefeitos, foi feito o registro fotográfico oficial. Bem à frente, com largos sorrisos, os Embaixadores Leitores!

Um sorteio, definiu o anfitrião do II Salão: o Município de Calçoene. Em seguida novos embaixadores foram empossados para que realizassem outras pesquisas e coletas de novas/velhas histórias para contar no ano seguinte.

O Saci Aladim de Ali Babá, Jonielson e Assis caminharam até a beira do rio, para apreciar o remanso. Sentaram-se à sombra de uma enorme árvore, donde viam ao longe a movimentação. O Saci mostrou aos meninos uma pequena arca em forma de barco, estavam ali alguns livros dos escritores Fernando Canto e Joca Monteiro, embalados para uma longa viagem. A correnteza a levaria ao encontro de crianças de algum lugar distante. Então o Saci falou:

_Estas crianças com idade de 8 anos representam aqueles que daqui a mais 8 anos, aos 16 anos, serão: Leitores e Eleitores! E todo este evento, é uma pequena mostra do que é a implementação da Política Pública de Promoção da Leitura. Algo improvável? Talvez sim. Mas, lembrem-se, tudo é possível, quando sonhado! E a leitura nos permite imaginar um outro mundo.

Na festa de encerramento do Salão, crianças com figurinos dos personagens, encenaram uma batalha entre Mouros e Cristãos, lembrando aqueles que atravessaram o Atlântico e vieram fundar a Cidade de Nova Mazagão, em 1770.

Uma estrondosa salva de palmas junto a algazarra das crianças, ao final da apresentação, acordou Jonielson. O som misturou-se ao rufar de tambores do Marabaixo de rua, que anunciavam o amanhecer do dia. Sentindo um cheiro de café vindo da cozinha, percebeu atordoado que havia embarcado em mais uma aventura de Sonhos. Não havia nenhum Saci em seu quarto.

Ainda meio sonolento e pensando nos acontecimentos e datas importantes do mês de outubro, lembrou que a poucos dias acontecera as eleições municipais. Repassou na memória todo o sonho do qual acordara e entendeu o novo e precioso recado que o Saci trouxera: A importância de escolher e eleger candidatos comprometidos com as Leis e Planos para a Leitura a Literatura e as Bibliotecas e claro, que valoriza as histórias do seu lugar.

A caminho da escola, encontrou com o amigo que entrou silencioso na canoa, esquecendo o habitual: “Bom dia”! Assis, parecia estar distante dali.

_ Bom dia Assis, tudo bem? O que estais matutando nesta cabeça, tá quieto.

_ Bom dia! Sim irmão. Tô pensando aqui neste livro que encontrei caído na ponte, é o mesmo do meu sonho, da noite passada. Sonhei outra vez com o Saci Aladim, ele disse: “Tudo é possível quando sonhado”!

_ Verdade! Então, vamos seguir sonhando juntos? Quem sabe realizamos o 29 de outubro dos nossos sonhos.

Entre olhares e sorrisos entenderam-se, confirmando o que havia acontecido na noite anterior.

Angela de Carvalho
Macapá 17 de fevereiro de 2020

Música amapaense: Hoje inicia o festival solidário “Live Cult Tucuju”, com show de Fineias Nelluty

Hoje (10), a partir das 21h, inicia o festival solidário “Live Cult Tucuju”, com show de Fineias Nelluty. A apresentação será transmitida pela página do Facebbok do artista: https://www.facebook.com/fineiasnelluty

Nossa intenção é de ajudar amigos músicos que estão passando por dificuldades neste momento de quarentena…queria pedir o apoio no compartilhamento de nossa live para que possamos alcançar o maior número de pessoas, e quem sabe apoiadores através do aplicativo Vakinha“,  comentou Fineias Nelluty.

Você poderá acompanhar, através deste link, quanto já foi arrecadado:

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/live-cult-tucuju-em-prol-dos-profissonais-que-vivem-exclusivamente-do-trabalho-musical

Programação completa:

– Sexta dia 10: Fineias Nelluty e Bia Nelluty
– Sábado dia 11: Osmar Junior
– Domingo dia 12: Nivito Guedes
– Segunda dia 13: Naldo Maranhão
– Terça dia 14: Brenda Melo e Alan Gomes
– Quarta dia 15: Rambolde Campos
– Quinta dia 16: Nani Rodrigues
– Sexta dia 17: Amadeu Cavalcante
– Sábado dia 18: Poetas Azuis
– Domingo dia 19: Val Milhomem
– Segunda dia 20: Joãozinho Gomes
– Terça dia 21: Enrico Di Miceli
– Quarta dia 22: Nonato Santos.

Prestigie nossa cultura!!!

Osmar Júnior anuncia duas obras literárias

Aos 14 anos decidi escrever e cantar sobre a Amazônia e o meu povo.

Sou da parcela poética do Amapá com muito orgulho.

Minha música é libertária, é uma MPB cabano, ribeirinha, cabocla… atrelada às causas do meu povo e as ciências e educação, sem deixar a música romântica e festiva de lado. Na literatura estou escrevendo sobre a vida e sua realidade sem hipocrisia, sempre a partir da minha região.

Espero lançar este ano minha biografia romanceada REVOADA A POESIA DOS CONFINS e também o livro BOCAGE, a versão proibida dos poetas.

Enfim, minha música é geo música, ajuda nas idéias político social, na preservação e identidade cultural da minha gente.

Respeito cada manifestação popular como cultura.

Se o homem não tiver sensibilidade, e desenvolver a patologia da arte fobia, ele é uma pessoa gravemente doente.

Respeite a arte e quem à faz.

OSMAR JR.

Fonte: O Canto da Amazônia

Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade busca projetos do AP que preservam patrimônio cultural

Marabaixo é a principal manifestação cultural do Amapá — Foto: Aydano Fonseca/Tambores e Bandeiras

Por Caio Coutinho

As iniciativas que cuidam e promovem os patrimônios culturais do Amapá, seja imaterial ou material, como o Marabaixo e a Fortaleza de São José, podem concorrer ao 33º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A premiação, que reúne projetos de todo o país, vai premiar 12 iniciativas com R$ 20 mil, cada.

As inscrições on-line acontecem até dia 18 de maio, no site do Iphan. Quando não houver possibilidade de se inscrever pela internet, há o cadastro presencial, que pode ser feito somente até 10 de maio, encaminhando informações via Correios para o endereço descrito no edital.

Ao se inscrever, cada iniciativa deve apresentar documentos que comprovem a concretização do projeto e resultados relevantes em 2019. Pode se inscrever qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, com ações voltadas para a preservação cultural.

Na etapa estadual são avaliadas iniciativas de excelência no campo do patrimônio cultural, que irão se dividir em duas categorias: material e imaterial. Em cada categoria há seis segmentos, com um total de 12 vagas para se classificar e disputar a premiação nacional.

O resultado desta fase está previsto para 2 de julho, com todos os projetos avaliados por uma comissão estadual, presidida pelo superintendente estadual do instituto. Em um segundo momento, em âmbito nacional, serão utilizados os mesmos segmentos para premiar um total 12 iniciativas.

O resultado da premiação definitiva está previsto para o final de agosto. O Iphan do Amapá informou que ainda não está confirmada a cerimônia, bem como o local onde aconteceria a premiação, devido à pandemia do novo coronavírus, mas o certame prossegue sem alterações.

Cerimônia do Prêmio Rodrigo Melo de Franco de 2015, em Brasília — Foto: Divulgação/Governo Federal

As duas categorias, material e imaterial, possui 6 segmentos cada:

administração direta e indireta (exceto municípios);
administração direta e indireta municipal;
universidades (Públicas e Privadas);
fundações ou empresas privadas, exceto Micro Empreendedor Individual (MEI);
cooperativas, associações formalizadas ou redes e coletivos não formalizados;
pessoas físicas ou MEI.

De acordo com o responsável pela organização da classificação estadual do prêmio, o antropólogo Daniel da Silva, o prêmio busca valorizar e incentivar projetos que enaltecem a importância dos patrimônios culturais do Amapá.

“A última edição contou com oito prêmios, visto que cada categoria tinha apenas quatro segmentos. Hoje o Iphan ampliou a premiação, para que mais iniciativas possam concorrer e serem recompensadas pelo trabalho de preservação”, finalizou Silva.

Fonte: G1 Amapá

Estamos em casa e sem se desconectar da nossa rede de amor e arte ♥️

Amigos! Em meio a essa pandemia, todos nós de algum modo mudamos hábitos. E o mais importante deles é ficar em casa pois esta é a melhor alternativa para minimizar a taxa de contágio pelo Coronavírus. Podemos estar em casa, mas não vamos ficar desconectados, e por isso o meio virtual será nosso espaço de encontro. Porque o mais importante também é não deixarmos de nos amar e cuidar da nossa rede de afeto.

Por causa das medidas de contenção, muitas pessoas tiveram suas atividades laborais interrompidas, paralisando, assim, sua fonte de renda. Nós, artistas, somos uma classe inteiramente atingida por esta ação e já têm famílias sem ter o que comer por  não poder manter nossas atividades laborais de cada dia, como dar aulas ou tocar nas casas noturnas.

Por esse motivo estamos em campanha É de pouco que se faz um monte♡.

“Me chamo Erick Pureza e venho através dessa  pedir sua colaboração com alimentos não perecíveis; produtos de higiene pessoal;  fraldas descartáveis ou transferências. Faremos nossas prestações de conta de cada cesta ou valor arrecadado através do Facebook e nossas lives no Instagran quarta_de_arte_da_pleta (exibida toda quarta feira a partir das 20h)”

Tem Quarta de Arte da Pleta hoje, dia 08 de abril, às 20h.
Nega Aurea – Hayam Chandra – Leka Denz – Tico Sousa – Cley Lunna – Edu Gomes –
Erick Pureza – Sousa – Wendell Cordeiro – Fernanda Canora

Instagran quarta_de_arte_da_pleta

Toda ajuda é bem vinda!
♡Sua doação pode significar o almoço de uma criança♡

Contato para doação:
Fone 991246160
Endereço: Barracão da Tia Gertrudes/ Banquer Desclassificaveis
Avenida Duque de Caxias, 1203 – Centro

Banco do Brasil
Conta Poupança
Agência: 261 – 5
Conta: 107188 – 2

Texto: Lilia Chaves

Secult/AP oferece canais virtuais de acesso nesse momento de isolamento social provocado pelo COVID-19

Buscando amenizar as restrições de isolamento social em virtude da pandemia do Covid-19, a Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult-AP) oferece ao público que acessa os seus serviços, canais virtuais de comunicação. O objetivo é permitir que as demandas de artistas e produtores culturais não fiquem paralisadas nesse tempo de cuidados com a saúde pública.

Deste modo, a Secretaria disponibilizou diversos meios de contato com a sua equipe de profissionais. Ligações e WhatsApp podem ser feitos pelo número – (96) 98808-0736. O acesso também pode ser via o e-mail da Secult/AP: [email protected]. Nos casos de acesso ao protocolo de documentos está disponível o e-mail: [email protected].

Nas suas redes sociais a Secretaria de Cultura também mantém as informações sempre atualizadas para seus usuários, além de servir como instrumento para sanar dúvidas dos internautas. Para acessar as páginas do Facebook e Instagram é só buscar por @secultamapa.

A Secult tomou medidas preventivas logo após a expedição do Decreto Governamental nº 1414, de 19 de março de 2020, passando o seu funcionamento na sede administrativa para o regime de expediente interno. O afastamento de servidores que detêm problemas crônicos de saúde e os de idade mais avançada para que executem suas tarefas funcionais em teletrabalho, também foi outra providência praticada.

Eventos como a Semana Santa, Ciclo do Marabaixo e Dia Estadual dos Cultos Afro, que tradicionalmente recebem investimentos da Secult, neste ano, excepcionalmente não serão realizados, uma vez que todos os protocolos de saúde orientam que grandes agrupamentos de pessoas devem ser cancelados.

Medida de contenção

Seguindo as recomendações do Decreto Governamental nº 1414, de 19 de março de 2020, a Secult tomou a decisão de temporariamente fechar as unidades vinculadas a pasta como forma de evitar aglomerações de pessoas. A Secretaria esclarece que as reaberturas serão feitas logo que as autoridades de saúde afastarem qualquer possibilidade de risco à saúde pública.

Unidades sem atendimento ao público: Teatro das Bacabeiras, Museu Fortaleza de São José de Macapá, Centro de Difusão Cultural João Batista de Azevedo Picanço, Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda, Museu de Arqueologia e Etnologia, Museu dos Povos Indígenas do Oiapoque – KUAHÍ e Museu à Céu Aberto Base Aérea do Amapá.