“Imagens Insurgentes” traz obras que desafiam normas e convenções sociais

O que histórias fantásticas da Ilha de Santana (AP), população de rua e produção de farinha de mandioca na Ilha do Marajó poderiam ter em comum? À primeira vista e sob um olhar mais desatento parecem não dialogar entre si, mas é exatamente o oposto que a exposição “Imagens Insurgentes” pretende mostrar ao público até 10 de maio, no Espaço de Experimentações Artísticas Fátima Garcia, localizado no campus Marco Zero do Equador, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), em Macapá (AP).

De acordo com o curador da exposição, Prof. Dr. Fábio Wosniak, os temas abordados nas obras expostas desafiam as normas e convenções estabelecidas, esmiuçando diversas realidades sociais e culturais e provocando reflexões sobre identidade, diversidade e poder.

“Essas temáticas convergem para criar uma narrativa complexa e multifacetada, que convida os espectadores a questionar suas próprias percepções e a considerar novas perspectivas sobre questões sociais, culturais e políticas. ‘Imagens Dissidentes’ não é apenas uma exposição de arte: é um espaço de diálogo e reflexão onde as vozes subalternizadas encontram espaço para serem ouvidas e reconhecidas”, afirma Wosniak.

Obras

A exposição é formada por obras em diversas técnicas e linguagens artísticas, como desenho, pintura, cianotipia e fitotipia, e conta com a participação artistas e pesquisadores orientandos do Prof. Dr. Fábio Wosniak e membros do Grupo de Pesquisa “Experiências e Dissidências nas Artes Visuais”. Ela também é realizada pelo Projeto de Extensão “Apotheke em Dissidência” e a curadoria é do Prof. Dr. Fábio Wosniak, Erlom Santos Silva (bolsista de IC/CNPq) e Elenir Souza Gomes.

Confira os temas das obras:

População de Rua: Uma observação sensível e humanizada da vida nas ruas, que desafia estereótipos e preconceitos, que muitas vezes são invisíveis aos olhos da sociedade.

Corpos Dissidentes Sexuais e de Gênero: Uma exploração da diversidade e da complexidade das identidades sexuais e de gênero, desafiando as normas binárias e celebrando a riqueza da expressão humana.

Histórias Fantásticas da Ilha de Santana: Uma imersão no mundo da fantasia e da imaginação, onde mitos e lendas se entrelaçam para criar narrativas que transcendem o tempo e o espaço.

Ancestralidade no Álbum de Família: Uma jornada íntima através das memórias e tradições familiares, que revela conexões profundas com o passado e ressalta a importância de preservar e honrar nossas raízes.

Produção da Farinha de Mandioca na Ilha do Marajó: Um olhar sobre as práticas tradicionais de produção alimentar, que não apenas fornecem sustento físico, mas também carregam consigo histórias e tradições transmitidas ao longo das gerações.

Artistas

Erlom da Silva Santos: graduando do curso de Licenciatura em Artes Visuais e bolsista de Iniciação Científica (IC). Sua pesquisa e prática artística oferecem uma visão sobre temas dissidentes, explorando questões sociais e culturais por meio de uma abordagem criativa e reflexiva com a linguagem da Cianotipia e da fitotipia.

David Alan: Artista já formado. Seu trabalho foi previamente exposto no Museu da Escola Catarinense em 2023, na cidade de Florianópolis. Sua participação traz uma rica bagagem de experiências artísticas e um olhar consolidado sobre questões contemporâneas, enriquecendo a diversidade de perspectivas presentes na exposição com seus desenhos.

Elenir Souza Gomes: Graduanda do curso de Artes Visuais. Sua contribuição para a exposição reflete seu compromisso com a experimentação da fitotipia, abordando temas dissidentes com sensibilidade e originalidade.

Pedro Valente: Acadêmico do curso de Licenciatura em Artes Visuais. Teve trabalho exibido no Museu da Escola Catarinense. Sua presença na exposição trraz uma camada adicional de profundidade e diversidade, trazendo sua visão única e sua experiência prévia com a linguagem do desenho.

Denne Santos: Acadêmico de Licenciatura em Artes Visuais. Sua contribuição explora temas dissidentes com uma abordagem inovadora e provocativa na linguagem da pintura.

Serviço:

Exposição “Imagens Insurgentes”
Aberta até 10 de maio de 2024.
Local: Espaço de Experimentações Artísticas Fátima Garcia, localizado no prédio do Departamento de Letras e Artes (Depla), campus universitário Marco Zero do Equador (Rod. Josmar Chaves Pinto, KM 02, bairro Universidade, Macapá-AP).
Horário de visitação: 14h às 18h
Entrada franca.

Jacqueline Araújo (Jornalista – DRT/PA 2633)
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
[email protected]
Contato: (96) 98138-9124 –

Cine Juremas “Mulheres na Tela” homenageia figuras de destaque no cenário cultural

O Coletivo Juremas, o grupo Abeporá das Palavras e a Arte da Pleta realizarão na próxima terça-feira, 26, a partir das 19h, na Bibliogarden, uma homenagem alusiva ao Dia Internacional das Mulheres, ocorrido no dia 8. A ação é um reconhecimento a mulheres que se destacam no setor cultural.

Serão exibidos os filmes: “Essa Terra é meu Quilombo”, produzido pela cineasta Rayane Penha, “Águias e Serpentes”, baseado no livro da poeta Carla Nobre e os clipes das cantoras Sabrina Zahara, Deize Pinheiro e Yanna MC.

Após a sessão será realizada uma mesa redonda com o tema “Mulheres na Tela e na Vida”.

O evento é gratuito e aberto a comunidade. Segundo Andréia Lopes, organizadora da programação serão apresentados vídeos curtos dando destaque a protagonistas femininas.”O Cine Juremas tem o intuito de homenagear mulheres que se destacam nas telas”, disse.

Serviço:

Cine Juremas “Mulheres na Tela”
Local: Bibliogarden – Garden Shopping – Rodovia Josmar Chaves Pinto.
Hora: 19h

Assessoria de imprensa: Ana Anspach

20 anos de stereovitrola, a melhor e mais antiga banda de rock alternativo autoral de Macapá

Matrix, Rubens, Marinho e Patrick, os caras da stereovitrola, em frente ao saudoso Liverpool Rock Bar, em 2004

A banda stereovitrola (sim, com “S” minúsculo, mas um som em caixa alta), melhor do rock autoral amapaense, completa, neste sábado (23), 20 anos de existência. O ano era 2004, antes mesmo do Liberdade ao Rock ser fundado, a stereo, na época com o propósito de fazer covers na capital onde o rock underground estava num período sombrio, começou sua trajetória.

Na época, a primeira formação era de Almir Júnior, o “Liguento” (ainda bem que ele saiu logo e as canções autorais foram feitas após a saída dele) no vocal, Ruan Patrick (guitarra), Rubens Ferro (bateria) e Marinho Pereira (baixo). Também passaram como músicos da banda: Otto e Pepeu Ramos, professor Anderson e Carlos Radion.

Os quatro discos da banda

A formação atual, e de muito tempo, é composta por Ruan Patrick (guitarra e vocais), Marinho Pereira (baixo), Rubens Ferro (bateria) e Wenderson Matrix (samplers, ligas e efeitos sintetizados).

Nessas duas décadas de trajetória, os caras gravaram quatro discos 100% autorais na carreira: “Cada Molécula é um Ser” (primeiro, em 2006), “No Espaço Líquido” (de 2009 é meu preferido),“Symptomatosys” (em 2012) e “Macacoari, Rio triste!” (lançado em 2017). Todo esse lindo trampo musical pode ser encontrado no streaming.

Ruan Patrick – Festival Se Rasgum, Belem-PA 2007

Ah, segundo o guitarrista e compositor Patrick Oliveira, a stereo lançará um quinto álbum autoral, que está em produção. Tanto o último álbum, quanto o que está no forno, tem como marca a produção, gravação e são masterizados pelo Studio Zarolho Records, do produtor Alan Flexa.

“É satisfatório chegar aos 20 anos de existência fazendo algo na música que gostamos realmente e que no decorrer do tempo foi adquirindo adeptos sonoros de todas as idades, desde nossos amigos, que viram a banda nascer de forma ‘deselegante’ e ‘desafinada’ nos shows do Liverpool, até jovens que vêm e que cantam as letras no show, interagem conosco, trocam ideias sobre influências de todas as formas e isso é muito gratificante. Nunca a stereovitrola dos primórdios poderia imaginar onde estamos e caminhamos hoje. Somos felizes de continuar levando essa Sonoridade que lembra sempre algum tipo de apego e inquietação ao mesmo tempo”, detalhou Patrick Oliveira.

São Paulo -SP 2010

Lembro bem da primeira vez que vi uma apresentação do grupo, ainda com o “liguento” nos vocais e o Anderson na guitarra base. Foi no Lago do Rock, em 2004 (movimento criado por mim, Gabriela Dias e Arley Costa) e realizado na Praça Floriano Peixoto.

Os caras são um exemplo a ser seguido por músicos mais novos, pois eles se propuseram a criar e tocar suas próprias canções. A stereo segue seu caminho há 20 anos nessa difícil estrada que é o rock autoral no extremo norte do Brasil, com uma mistura de rockquenrou de garagem, fuzz, reverb e sons sintetizados do pós-punk inglês. Eles dão vida ao alternativo macapaense.

Praça da Bandeira – 2024

Após duas décadas de viagens sonoras e dentro de nossas cabeças, fica aqui registrado nossos aplausos para a stereo. Gosto do som dos caras desde o início. Força sempre, stereovitrola!

Escreva sobre sua aldeia e você pode tornar-se universal” – Leon Tolstói

Elton Tavares

É, eu gosto! – Crônica de Elton Tavares – (do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bençãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Eu gosto de fotografar, de beber com os amigos e de ser jornalista (talvez, um dia, um bom). Gosto de estar com minha família, do meu trabalho e de Rock And Roll. Eu gosto de café, mas só durante o trabalho, enquanto escrevo. Gosto de sorvete de tapioca, de cerveja gelada e da comida que minha mãe faz. Também gosto de comer besteira (o que me engorda e depois dá um arrependimentozinho).

Gosto de sorrisos e de gente educada. Eu gosto de gente engraçada. Gosto de bater papo com os amigos sobre música, política e rir das loucuras que a religião (todas elas) promove. Eu gosto de chuva e de frio. Gosto de futebol. Gosto dos golaços e da vibração da torcida.

Gosto de ir ao cinema, de ler livros e de jogar videogame. Gosto de rever amigos, mas somente os de verdade e de gente maluca. E gosto de Macapá, minha cidade.

Eu gosto de ser estranho, desconfiado, briguento e muitas vezes intransigente.

Sim, confesso que gosto.

Gosto de viajar, de pirar e alegrar. Gosto de dizer o que sinto. Às vezes, também gosto de provocar. Mesmo que tudo isso seja um estranho gostar.

Gosto de encontros casuais, de trilhas sonoras e de dar parabéns. Gosto de ver o Flamengo ganhar, meu irmão chegar e ver quem amo sorrir. Também gosto de Samba e do Carnaval. Gosto de ouvir o velho Chico Buarque cantar – ah, como eu gosto!

Eu gosto de explicar, empolgar, apostar, sonhar, amar, de fazer valer e de botar pra quebrar. Ah, eu gosto de tanta coisa legal e outras nem tão legais. Difícil de enumerar.

Eu gosto de ler textos bem escritos, de gols de fora da área, de riffs de guitarra bem tocados, de humor negro e do respeito dos que me cercam.

Gosto de me trancar no quarto e pensar sobre a vida. Gosto quando escrevo algo que alguém gosta. Gosto mais ainda quando dizem que gostaram.

Eu gosto também de escrever algo meio sem sentido para a maioria como este texto. Eu gosto mesmo é de ser feliz de verdade, não somente pensar em ser assim. Gosto de acreditar. Como aqui exemplifico, gosto de devanear, de exprimir, de demonstrar e extravasar.

Pois é, são coisas que gosto de gostar. É isso.

Ilustração de Ronaldo Rony

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em setembro de 2020.

Em nova retificação, inscrições para editais da Lei Paulo Gustavo são prorrogadas até o dia 25 de março

Após retificação, o Governo do Estado prorrogou até o dia 25 de março as inscrições dos editais da Lei Paulo Gustavo. Os projetos vão contemplar quase 1,2 mil iniciativas culturais com fomentos e premiações. A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) ampliou o período de submissão de propostas em todos os 16 municípios.

SAIBA COMO SE INSCREVER

O edital Latitude Zero destina R$ 15,1 milhões para alcance de 334 projetos, enquanto o edital Maré Cheia distribuirá R$ 5,6 milhões para setores diversos, contemplando até 835 agentes culturais em todos os 16 municípios.

Os editais preveem ações de bonificação para candidatos com deficiência, sejam eles integrantes de equipes técnicas ou o público atendido com os resultados de atividades como mostras, feiras, cineclubes, entre outros. Há também a versão traduzida para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e descrição em áudio, em uma iniciativa que garante acessibilidade ao público.

As inscrições são gratuitas. Os participantes podem submeter projetos até às 23h59 do dia 25 de março, exclusivamente pelo site da Secult.

Busca ativa

O Governo do Amapá está realizando uma busca ativa nos municípios para ampliar o acesso à Lei Paulo Gustavo (LPG) de incentivo à cultura. A ação teve início em Oiapoque e Mazagão e percorrerá todo o estado. O objetivo é garantir que os recursos cheguem ao maior número possível de fazedores de cultura, especialmente aqueles em áreas mais remotas e com dificuldade de acesso à informação.

Edital de fomento Latitude Zero

Pode se inscrever no edital Latitude Zero qualquer agente cultural residente ou domiciliado no Amapá há pelo menos dois anos. O agente pode ser Microempreendedor Individual (MEI), pessoa física ou pessoa jurídica sem fins lucrativos.

Quem se inscrever deve ser responsável pelo projeto, exercendo a função de criação, direção, produção, coordenação, gestão artística ou de destaque, com capacidade de decisão na proposta contemplada.

INSCREVA-SE AQUI

O certame irá alcançar 334 projetos culturais relacionados ao audiovisual, como oficinas, cursos, feiras, produções relacionadas ao setor, podendo ser realizadas por segmentos diversos, como teatro, dança, cultura gospel, batuque, marabaixo, entre outros. Ao se candidatar, o interessado deve enviar a seguinte documentação obrigatória:

Edital de Premiação para Agentes Culturais – Maré Cheia

As inscrições do edital Maré Cheia também preveem residência de, no mínimo, dois anos no estado, além de contemplar pessoa física, MEI, pessoas jurídicas com e sem fins lucrativos e coletivos ou grupos sem CNPJ, representado por pessoa física. São previstas 835 premiações no certame.

INSCREVA-SE AQUI

Cada concorrente pode se inscrever em apenas uma categoria do edital.

Texto: Eduardo Belfort
Foto: Arquivo/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Poema de agora: Estou bêbado (Leão Zagury)

Estou bêbado

É a única maneira de viver atualmente
Não por causa do fardo da idade que agora carrego nos ombros
e me obriga a olhar o chão
Não mais consigo ler jornais,
e saber das matanças, das idiossincrasias e das dores
A mim, abstêmio, só resta a embriaguez
À noite pergunto às estrelas
Pela manhã à brisa, que agora sopra quente
Com vinho, cerveja ou aguardente?
Se me indicam um desses líquidos
Prefiro os de maior teor alcoólico:
poesia e sonhos.

Leão Zagury

*Leão Zagury é poeta, médico e escritor amapaense.
**Contribuição de Fernando Canto.

Nesta sexta-feira (22), no Farofa Tropical: celebre a diversidade musical brasileira com o Evento “BRASILIDADES”

No dia 22 de março (sexta-feira), o Bar Farofa Tropical será palco de um evento que promete ser uma verdadeira celebração da diversidade musical brasileira. Intitulado “BRASILIDADES”, o evento visa mergulhar nos encantos da música popular brasileira (MPB), destacando a expressão poética única que caracteriza esse gênero musical.

Uma das principais atrações do evento será Bernah Sobral, um talentoso artista trans, com raízes no Amapá e em Minas Gerais. Com experiências enriquecedoras no nordeste, especialmente no Ceará, Bernah traz consigo uma bagagem cultural diversificada que reflete em sua música.

Inspirado por grandes mestres como Fausto Nilo, Bernah promete oferecer uma sonoridade única, resultado de suas experiências compartilhadas com outros artistas renomados, como Tarcísio Sardinha e Juruviara. Durante essa jornada musical, o público terá a oportunidade de se conectar com as músicas de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Baden Powell e Vinícius de Moraes, além de vibrar ao som da cultura amapaense e mineira.

O evento não estaria completo sem as participações especiais que serão reveladas durante a noite, prometendo surpreender e encantar os espectadores. O Bar Farofa Tropical, conhecido por ser um espaço de encontros e reencontros, será o cenário perfeito para essa celebração vibrante da arte e da cultura brasileira.

Para garantir seu lugar nessa festa imperdível, faça sua reserva quanto antes. Entre em contato com Vânia pelo número 981328935 ou Marta pelo número 981373130 e garanta sua presença no “BRASILIDADES”. Afinal, a música brasileira espera por você!

Assessoria de comunicação

Mulheres na liderança por justiça climática: Amazônia Terra Preta reúne lideranças em Macapá

Nos dias 22 e 23 de março, o Amapá será palco do encontro Amazônia Terra Preta: Elas na Liderança por Justiça Climática. O evento, organizado pelo Instituto Mapinguari, reunirá lideranças mulheres, pretas, pardas e indígenas, para debater e fortalecer sua atuação na luta contra a crise climática na cidade de Macapá.

O objetivo do encontro é empoderar e promover conhecimento para transformações locais com foco na justiça climática e adaptação. Capacitando e estimulando mulheres, principalmente lideranças negras, a disputarem espaços de decisão, sejam em associações comunitárias ou cargos públicos.

Durante o encontro ocorrerão mesas, roda de conversa, oficinas e o encerramento com uma grande cultural impulsionando artistas afroamapaenses. O encontro ocorrerá no Museu Sacaca, localizado na Rua Feliciano Coelho, 1509 – Trem, em Macapá.

O encontro é aberto à participação de mulheres, principalmente pretas e indígenas, em situação de liderança e populações vulnerabilizadas pelas mudanças climáticas no Amapá. As inscrições podem ser feitas através do www.mapinguari.org e diretamente nos dias de evento. O credenciamento começará a partir das 9:00 da manhã.

O Amazônia Terra Preta traz à tona o debate racial e climático em alusão ao Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, celebrado em 21 de março.

Capital negra na Amazônia

Macapá, capital do Amapá, é a cidade onde a população do estado se concentra. Ela possui uma população total de 442.933 pessoas, sendo que 337.169 se declararam como pretas ou pardas. Macapá ostenta o título de cidade mais negra da região amazônica, correspondendo a 76,1% da população no município. Esses dados são provenientes do último Censo Demográfico de 2022 realizado pelo IBGE.

No entanto, cruzando com os dados do Censo Demográfico de 2010, 88,50% da população urbana está vivendo em assentamentos precários, assentamentos informais ou domicílios inadequados em Macapá. Dentre essa população que vive em aglomerados subnormais, 72,32 % é negra.

Outro dado importante sobre o estado é que o Amapá apresenta o menor índice do Brasil de domicílios com coleta de esgoto, atingindo apenas 11% da população. Como alternativa à ausência de esgotamento sanitário, 39,5% da população amapaense recorre a fossas rudimentares e buracos. Essa carência de saneamento impacta os mananciais e lençóis freáticos por onde, cerca de 20% da população no Amapá tem acesso à água por meio de poços rasos e cacimbas, um percentual que supera a média regional e nacional.

Essas amostras que foram divulgadas recentemente pelo Censo 2022 são essenciais para compreender os desafios enfrentados pela população e direcionar políticas públicas visando a melhoria das condições de vida e saúde no estado.

Levando em consideração que o estado também enfrenta os efeitos da crise climática, a situação fica ainda complicada. Anualmente, as fortes chuvas atingem regiões urbanas periféricas e também rurais, causando diversos alagamentos. Em 2023 o estado bateu recorde de queimadas, se tornando um cenário de eventos climáticos cada vez mais frequentes e intensos, as populações pretas e especialmente mulheres estão entre os grupos mais vulnerabilizados por esses efeitos.

O evento Amazônia Terra Preta se propõe a fortalecer lideranças femininas, pretas, pardas e indígenas na construção de políticas públicas para adaptação às mudanças climáticas e promover a integração e consolidação de lutas raciais e ambientais.

Assessoria de comunicação do Instituto Mapinguari.

Acadêmicos da UEAP lançam livro de poemas em espanhol

Nesta sexta-feira, dia 22 de março, ocorre o lançamento do livro Libertad en Letras, que reúne poemas autorais de acadêmicos do curso de Letras-Espanhol da Universidade Estadual do Amapá – UEAP.

O projeto tem como organizadora a professora de língua espanhola Wane Richene, que incentivou seus alunos a produzirem textos em espanhol – um dos idiomas mais falados em todo o mundo e objeto de estudo do curso.

A publicação é artesanal e traz poemas de nove acadêmicos. Dentre eles, a Pat Andrade, escritora e também aluna do curso.

Para Pat, “publicar poemas em outro idioma, ainda que como parte de um trabalho acadêmico, é uma janela que se abre para outras possibilidades”. “É inevitável começar a pensar em publicar um livro autoral bilíngue”, conclui a escritora.

O lançamento ocorre durante a programação da Noite das Línguas, na Ueap.

Serviço:

Data: 22 de março de 2024
Hora: a partir das 18h
Local: Hall da Universidade Estadual do Amapá
Endereço: Av. Presidente Cargas, 650 – Central (entre Eliezer Levy e General Rondon)

Assessoria de comunicação

Governo do Amapá fortalece a valorização da cultura negra com lançamento da Central do Marabaixo 2024

O Governo do Amapá promove pelo segundo ano consecutivo, a Central do Marabaixo, com o objetivo de fortalecer e divulgar o Ciclo do Marabaixo e suas tradições. A programação inicia no próximo domingo, 24, e segue até segunda-feira, 25, no Centro de Cultura Negra do Amapá (UNA), no bairro do Laguinho, em Macapá. A iniciativa integra o Plano de Governo da gestão de valorização da cultura e tradição do estado.

O espaço irá mostrar a tradição dos grupos culturais que realizam o Ciclo do Marabaixo, em uma prévio para o evento, que este ano, inicia no “Sábado de Aleluia”, 30 de março, e segue até o “Domingo do Senhor”, no dia 2 de junho de 2024. A programação conta com apoio dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues.

Durante dois dias, a Central do Marabaixo contará com apresentação do tradicional encontro das bandeiras, culturais, ladainhas, shows artísticos, gastronomia, feira afro-empreendedora e rodas de marabaixo.

No espaço, os amapaenses e turistas poderão conhecer a história e os elementos da cultura negra do estado, como a gengibirra, o cozidão, bandeiras, mastros, a murta e outros símbolos da expressão cultural criada e mantida pelas comunidades.

“Foi um projeto que deu muito certo em 2023 e volta com toda força em 2024. Em um só espaço, o público poderá conhecer um pouco do que é realizado no período do Ciclo do Marabaixo e sua extensa programação. Cada barracão tem suas particularidades e todos irão mostrar sua cultura, resistência e ancestralidade”, destacou a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos.

O evento é coordenado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e pela Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo) em parceria com a União dos Negros do Amapá (UNA).

Confira a programação:

Domingo, 24

19h – Ritual de subida dos mastros do Divino Espírito Santo e da Santíssima Trindade
19h30 – Visita às exposições dos barracões;
20h – Abertura oficial da programação;
21h – Apresentação dos grupos de Marabaixo com barracões e grupos convidados;
22h30 – Apresentação da Banda Afro Brasil;
23h30 – Apresentação de DJ;

 

Segunda-feira, 25

16h – Visitação dos alunos das escolas da rede pública estadual aos estandes dos barracões;
17h – Intervensões artísticas (poesia e teatro);
18h – Ladainha cantada em latim;
19h – Apresentação dos grupos de Marabaixo com todos os barracões e grupos convidados;
21h – Show com a Banda Tambores Tucujus;
22h30 – Apresentação de DJ;

Texto: Gabriel Penha
Foto: Gabriel Penha/Fundação Marabaixo, Israel Cardoso e Nayanna Magalhães/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Na Unifap: programação da 13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos segue até esta quinta-feira (21)

A Universidade Federal do Amapá (Unifap) recebe a 13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, que ocorre no campus Marco Zero do Equador, em Macapá (AP). O evento iniciou no dia 18 e segue até esta quinta-feira, 21. A programação traz oficinas e filmes que abordam temáticas na área de direitos humanos, como racismo, direito das pessoas com deficiência, povos indígenas e LGBTQIA+.

A mostra é realizada pelo Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) em parceria com o Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Confira a programação:

20/03/2024

15h Programa 4 – Frutos 2 (90 min)
Tesouro Quilombola (Brasil, 2021, 23 min, livre)
Mutirão, O Filme (Brasil, 2022, 10 min, livre)
Cósmica (Brasil, 2022, 7 min, livre)
O Pato (Brasil, 2022, 11 min, 14 anos)
Debate
18h30 Programa 1 – Raízes (150 min)
Travessia (Brasil, 2017, 5 min, livre)
Filha Natural (Brasil, 2018-19, 16 min, livre)
Nossa mãe era atriz (Brasil, 2022, 26 min, 12 anos)
Mãri Hi – A Árvore do Sonho (Brasil, 2023, 18 min, livre)
O que pode um corpo? (Brasil, 2020, 14 min, livre)
A poeira dos pequenos segredos (Brasil, 2012, 20 min, 14 anos)
Debate

21/03/2024

18h30 Sessão Homenagem (102 min)
A Bolsa ou a Vida (Brasil, 2021, 102 min,10 anos)

Serviço: 

13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos
De 18 a 21 de março de 2024.
Local: Auditório do Departamento de Letras e Artes, campus Marco Zero do Equador (Rodovia Josmar Chaves Pinto, KM 02, bairro Universidade, Macapá-AP).
Entrada franca.

Ascom Unifap
*Com informações do G1 AP

Projeto de restauro da Fortaleza de São José irá contemplar áreas de valorização da arte e da cultura do Amapá

O governador Clécio Luís, recebeu na terça-feira, 19, durante a programação em celebração aos 242 anos da Fortaleza de São José de Macapá, uma equipe de técnicos da Associação Pró-Cultura e Promoção das Artes (APPA), que apresentou o projeto de conservação, revitalização e requalificação do monumento, um dos mais simbólicos do Amapá. A ação integra o Plano de Governo da gestão de valorização dos espaços históricos e culturais.

“Esse é o presente que a gente está dando hoje no aniversário da Fortaleza de São José. A associação elaborou todas as prospecções e nós aprovamos o projeto, onde pedimos para dar uma atenção maior para a acessibilidade, porque temos que garantir segurança e autonomia para os visitantes. Vamos restaurar a Fortaleza e dar a destinação social e cultural a este espaço, como monumento, como museu e como um parque aberto. Vai ter biblioteca, espaços multiuso e de contemplação da cultura e da arte do povo amapaense”, enfatizou o governador.

Os investimentos nas intervenções serão de cerca de R$ 30 milhões, provenientes de captação junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As obras buscam de maneira geral reforçar a importância nacional e internacional da fortificação construída no século 18.

“Na reunião apresentamos ao governador o resultado de um trabalho minucioso que fizemos dentro de um ano, no qual foi feito um levantamento da área interna e externa que precisa ser restaurada e readequada para se tornar um espaço usual. O projeto foi apreciado pelo governador, de forma muito positiva, onde ele apontou pequenos ajustes que faremos para darmos andamento na execução deste belíssimo trabalho”, ressaltou o arquiteto, João Uchôa.

Ainda neste primeiro semestre serão iniciados os serviços emergenciais nas partes elétricas e hidráulicas da fortificação. Posteriormente, a partir de setembro iniciará os trabalhos de recuperação das estruturas e reestruturação da Fortaleza de São José até a adaptação dos espaços da área administrativa e adequações para atrair empreendimentos, como restaurantes, galerias de artes, além da revitalização do paisagismo. O prazo de execução é de 36 meses.

A secretária de Estado da Cultura, Clícia Vieira Di Miceli, destacou que o museu da Fortaleza de São José possui um potencial grandioso que enaltece a cultura do povo amapaense.

“A iniciativa do governador, Clécio Luís, reforça o compromisso firmado no Plano de Gestão que reconhece, preserva e valoriza a raiz cultural do povo amapaense. A apresentação do projeto demonstra o nosso potencial e, como é importante, o apoio que temos do Governo do Estado para assegurar os avanços e as realizações do nosso calendário cultural”, pontuou a secretária.

A ideia é que a Fortaleza de São José não seja só um espaço preservado, mas também utilizado pela população amapaense como os museus contemporâneos já existentes com áreas sociais, para utilização total de seus ambientes, integrando visitantes locais e turistas.

Em dezembro de 2023, o Governo do Estado lançou consultas públicas online e presenciais para discutir os usos do monumento após o restauro. As etapas integram o cronograma de execução dos projetos de adequação e início das obras.

Texto: Weverton Façanha e Alexandra Flexa
Foto: Albenir Sousa/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Com apoio do Governo do Estado, 40º Encontro Nacional da Abrasel transforma Amapá no centro da gastronomia brasileira

O Amapá se tornou o centro da gastronomia na terça-feira, 19, na abertura do 40º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Com apoio do Governo do Estado e do Sebrae, a iniciativa integra a política de fortalecimento do turismo a partir de grandes eventos, estabelecida no Plano de Governo da atual gestão.

Ao som dos grandes sucessos da música popular brasileira e amapaense, o evento reuniu as maiores lideranças do Brasil no ramo de alimentação fora do lar. O público pôde desfrutar de pratos tradicionais da culinária amapaense e participar de debates sobre inovações para o setor gastronômico. O evento segue até sexta-feira, 22, e deve reunir mais de 600 pessoas.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

“Ao sediar este encontro, o Amapá se coloca no centro da gastronomia brasileira. É um momento de planejamento, troca de experiências, promoção e valorização da nossa cultura, do nosso turismo e da nossa história”, destaca a secretária de Estado do Turismo, Sintya Lamarão.

Reconhecimentos

Na ocasião, também ocorreu o 9º Prêmio Melhores da Gastronomia, que reconhece os melhores empreendimentos amapaenses do setor alimentício fora do lar. O destaque da noite foi para a Peixaria Amazonas, premiada em quatro categorias: Melhor Restaurante, Melhor Culinária, Melhor Carta de Drinques e Melhor Atendimento.

Atualmente, o Amapá conta com mais de 5 mil estabelecimentos formais em atividade no segmento, gerando a contratação e manutenção de mais de 40 mil empregos. O encontro retorna à região Norte após dez anos e traz como tema principal a “Sustentabilidade e Eficiência na Gestão de Negócios Gastronômicos”.

“Aqui estão as maiores lideranças do setor da alimentação fora do lar. Eles estão aqui no estado para conhecer a nossa diversidade gastronômica, estreitar os laços com os nossos empresários e, principalmente, deliberar as tendências gastronômicas para o ano de 2024, além de aquecer a economia e mostrar para o Brasil o que o nosso Amapá tem de especial no setor da gastronomia”, destaca o presidente da Abrasel no Amapá, Yukio Nagano.

Incentivo ao turismo

A programação conta com passeios guiados, palestras, oficinas e visitas a empreendimentos de sucessos do Amapá. Antes da abertura, os visitantes participaram de um receptivo no Aeroporto Internacional de Macapá e realizaram um passeio turístico pela cidade.

Visitando o Amapá pela primeira vez, a presidente da Abrasel de Minas Gerais, Karol Rocha, ficou encantada com a Fortaleza e o Rio Amazonas. Na abertura do encontro nacional, ela teve o primeiro contato com a gastronomia amapaense e demonstra ansiedade para o restante da programação.

“Eu acho que a culinária entre Minas Gerais e Amapá faz todo sentido. Minas tem uma culinária extremamente aguçada, e eu percebo que aqui também é desse jeito, com uso dos peixes de água doce. Não tive tempo de conhecer todos os produtos da gastronomia amapaense, mas as primeiras impressões foram lindas”, descreve Karol.

Com origem italiana, Alex Di Pascuale é presidente da Abrasel Bahia há dez anos e já se rendeu à comida brasileira há muito tempo. Segundo ele, o Amapá é o estado que mais representa a diversidade e a riqueza que existe na culinária nacional.

“É um prazer estar aqui em Macapá, é a minha primeira vez no estado e fiquei impressionado de forma positiva com a riqueza cultural, que se reflete também na gastronomia. Sempre fico surpreendido quanto o Brasil é rico gastronomicamente, e o Amapá é uma demonstração disso. Vou comer muita comida amapaense!”, afirma Di Pascuale.

Sustentabilidade

Antes mesmo de embarcarem no voo rumo a Macapá, os visitantes receberam o ‘Manual Abraselino’, com orientações para um comportamento sustentável, sem o uso de matérias descartáveis, para evitar a poluição do meio ambiente. Todos os utensílios usados durante a cerimônia de abertura foram biodegradáveis.

Os resíduos gerados foram coletados seletivamente e destinados à Associação dos Catadores de Macapá, que trabalha dentro de um aterro sanitário controlado. Com os resíduos já pré-selecionados, os catadores conseguem captar recursos sustentáveis através da venda e reciclagem.

9º Prêmio Melhores da Gastronomia

A abertura do evento teve como ponto alto a premiação máxima da gastronomia no Amapá. O objetivo é fortalecer a competitividade do setor de alimentação fora do lar, reconhecendo de forma meritocrática, séria e justa os negócios gastronômicos em diversos segmentos que receberam serviços de destaque nos últimos 12 meses. Os restaurantes foram julgados por críticos gastronômicos. Confira os vencedores e categorias:

Melhor Restaurante:
313 e Amazonas Peixaria

Melhor Cafeteria:
Empório Café Postal

Melhor Doceria:
Bendita Confeitaria

Melhor Lanchonete:
Lanchonete Benoliel e Aldemar Lanches

Melhor Hamburgueria:
Sinner Hamburgueria e Homemade

Melhor Sorveteria:
Santa Clara

Melhor Culinária Amapaense:
Amazonas Peixaria

Melhor Franquia Gastronômica:
Lugano Macapá

Melhor Comida a Quilo:
Sagrada Família Restaurante e Hotel e Restaurante Macapaba

Melhor Culinária Internacional:
Casa Lisboa

Melhor Pizzaria:
Bizzum Da Pizza

Melhor Culinária Saudável:
Varanda

Melhor Culinária Oriental:
Japan

Melhor Delivery Gastronômico:
Delícias da Oci

Melhor Bar:
Vinhos & Co.

Melhor Panificadora:
Fino Grão

Melhor Buffet:
Suelly Buffet

Melhor Carta de Vinhos:
Vinhos & Co.

Melhor Carta De Drinks:
Amazonas Peixaria

Melhor Churrascaria:
Churrascaria De Casa

Melhor Atendimento:
Peixaria Amazonas

Texto: Winicius Tavares
Foto: Nayana Magalhães/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Poema de agora: Renascer – Pat Andrade

Renascer

renasci mais forte
pra resistir ao peso da vida
que me arrasta para
os precipícios cotidianos

retornei com as asas
que me foram arrancadas
há tempos,
sem anestesia, nem nada

retomei o que é meu por direito
e me foi tirado sem permissão,
em uma época de escuridão

recuperei a voz para dizer
o que quero e preciso,
sem a mão que me tapava
a boca a cada grito

reinventei minhas
noites de insônia,
para ver melhor
a luz do luar

redescobri meus desejos,
respeitando o tempo
de cada coisa

e ainda sou eu mesma,
com remendos na alma,
dúvidas constantes
e um quase nada
[necessário] de calma

Pat Andrade