Sobre os Reis Momos do Amapá e a história deste personagem

Amo Carnaval e seus personagens. No caso da quadra carnavalesca amapaense, dois deles são Reis Momos e marcaram a história. Essas duas personalidades importantes do carnaval tucuju, são Raimundo dos Santos Souza, o Sacaca, primeiro monarca da alegria foliã por aqui e o segundo é Raimundo Tavares, o “Sucuriju” que subiu ao trono da alegria quando o primeiro virou saudade.

Sacaca, além do primeiro Rei Momo amapaense, participou da fundação da primeira escola de samba, a Boêmios do Laguinho e, em 1994, foi homenageado pela escola de samba Piratas da Batucada, com o enredo “Festa para um rei negro”. A agremiação foi a campeã neste ano.

Raimundo dos Santos Souza também foi mestre em medicina natural, o “curandeiro”. Tinha duas paixões além de sua família: as plantas e o Carnaval. Ficou famoso por suas garrafadas, remédios caseiros feitos de ervas, e por ser um folião apaixonado, sobretudo pelo bloco “A Banda”. Ele morreu aos 73 anos, em 1999 e deixou um legado inestimável para o Carnaval local, mas vive na memória e coração das pessoas que curou e com quem dividiu os carnavais memoráveis de sua época.

Eu, ex-Rei Momo dos bloco “Nada me Imprensa”, dos jornalistas do Amapá e o saudoso (já falecido em 2023) Rei Momo do Carnaval Amapaense, Sucuriju – 2017 – Foto: Patrick Bitencourt

Raimundo Tavares, o popular e saudoso “Sucuriju”, foi eleito, em 2003, o Rei Momo do Amapá. De acordo com informações da jornalista Alcinéa Cavalcante, ele é amante do samba desde os 9 anos, quando participou de um desfile pela primeira vez. Caiu no samba ainda gitinho, foi ritmista de bateria de escola de samba, passista cheio de breque e ginga e um dos melhores mestres-sala do Estado. Em fevereiro 2023, aos o Sucuriju, morreu. Desde então, o trono momesmo do Amapá está vago.

Amo brincar Carnaval e me visto de Rei Momo. Aliás, fui o Rei do bloco “Me imprensa que eu te jogo na rede” e desde então, me visto deste personagem carnavalesco. No meu caso, é um auto-barato por conta do porte físico bucho-quebrado, mas respeito e muito os Reis Momos de verdade e o papel deles na história da folia nacional.

Sobre o surgimento do Rei Momo

Na mitologia greco-romana, o Momos era o Filho do Sono e da Noite. Ele ficava o tempo todo prestando atenção nas atitudes dos deuses e dos homens e fazendo graça de tudo. Era considerado o deus da Graciosidade, pois passava o tempo todo rindo e fazendo piadas dos outros. Era representado com uma máscara numa mão e uma figura ridícula na outra, para dar a entender que ele tirava a máscara dos vícios dos homens.

Com o passar do tempo, em Portugal, virou um personagem que tinha o trabalho de divertir os amos e senhores, nos castelos e nas casas dos nobres.

Ele apareceu pela primeira vez como personagem de um carnaval na Colômbia, em 1888. Uma figura alegre, brincalhona e governante da bagunça da festa.

No Brasil, surgiu em 1933, no Rio de Janeiro. Jornalistas que trabalhavam no periódico “A Noite”, inventaram um boneco de papelão e batizaram ele de O Momo.

No ano seguinte, decidiram transportar o personagem do papel para a vida real. O cronista do jornal Moraes Cardoso aceitou o cargo e eles saíram desfilando pelas ruas do Rio de Janeiro, saudando o rei! Ele foi o rei Momo pelos 15 anos seguintes, até morrer.

A tradição se manteve e, até hoje, a figura do Rei Momo é adotada nos carnavais cariocas e de outros estados. É a autoridade maior do evento e recebe até as chaves da cidade para governar durante o período de festas.

Elton Tavares, com informações do blog do Simão e Alcinéa Cavalcante.
Fotos: blog Porta-Retrato; Canto da Amazônia e da Alcinéa Cavalcante

Bloco do Eu Sozinho – Crônica de carnaval de Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Sigo eu, sozinho, seguindo a mim mesmo, neste bloco de amigos e inimigos invisíveis, alguns inexistentes, sobras de outros carnavais. Pálidas lembranças de confetes e serpentinas. Fantasmas de pierrôs e arlequins. Saudade de colombinas.

Sigo cego, a esmo, sempre o mesmo, sob a chuva. Não a chuva de papel picado. A chuva, essa que vem devagarinho e fica por muito tempo, a desmanchar a maquiagem, a se misturar às lágrimas que caem da máscara, as lágrimas formando outra chuva.

Meu samba atravessa a avenida e eu atravesso o samba. Sou desclassificado, é lógico. A corte marcial do Rei Momo é implacável. Se ano que vem ainda existir carnaval, se houver ano que vem, devo desfilar no segundo grupo. Mas, como sei que não posso deixar o samba morrer, que não posso deixar o samba acabar, o jeito é me acabar no samba.

Sigo esse bloco, sou esse bloco, despido de fantasias, em choque com a realidade, e espero me recuperar da ressaca nas cinzas de outro carnaval. Quarta-feira há de chegar, a me cobrar responsabilidades de quem sobreviveu ao folguedo, e eu estarei preparado (estarei preparado?) para ir ao seu encontro.

Carnaval 2024: veja a programação para o 1º dia de desfiles das escolas de samba do Amapá

Nesta sexta-feira (9), cinco agremiações entram na avenida para a 1ª noite dos Desfiles das Escolas de Samba do Amapá, no Sambódromo, na Zona Sul de Macapá. Três escolas são do Grupo Especial e duas do Grupo de Acesso

Os desfiles são organizados pela Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap) e do Governo do Estado.

Veja a ordem dos desfiles:

Dia 9 de fevereiro (sexta-feira) – 1º dia

Grupo de Acesso

Embaixada de Samba (22h)
Império da Zona Norte (23h35)
Grupo Especial

Império do Povo (1h10)
Piratas Estilizados (2h45)
Boêmios do Laguinho (4h20)

Trânsito

Por conta da interdição de algumas vias no entorno do Sambódromo, o acesso a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul será exclusivamente pelas ruas Stephan Houat e Avenida Estrela.

Com o acesso restrito, outro ponto que altera é em relação ao estacionamento, o primeiro espaço é na área interna do Estádio Milton de Souza Corrêa, “Zerão”, com acesso único pela rua Victa Mota Dias.

Outra opção de estacionamento acessível, será pelas ruas Luiza Damasceno Soares e Avenida Dois.

O terminal de ônibus para embarque e desembarque de passageiros do transporte coletivo será na área lateral do Estádio Zerão, próximo a rodovia Josmar Chaves Pinto.

Ingressos

Ingressos para acompanhar os desfiles na arquibancada de concreto estão custando R$ 20, já para a arquibancada coberta, o valor está R$ 30. Informações no número (96) 98114-3977

Fonte: G1 Amapá

Bloco do Abel traz inclusão e irreverência em programação especial nesta sexta-feira, 9

O tradicional Bloco do Abel chega a mais uma edição nesta sexta-feira , 09, trazendo inclusão e diversão para os participantes. Esse ano o bloco irá se reunir na esquina da Rua General Rondon com a Av. General Gurjão a partir das 18 horas. Abadás estão a venda nos valores de R$ 40 e R$ 60.

Para garantir a animação da festa já estão confirmadas a Banda Saca Rolha, Pago10, DJ Bryan, Núbia Souza e a internacional Tatty Taylor.

O bloco que foi criado em 2015 para conscientizar a população amapaense sobre o Autismo ou o Transtorno do Espectro Autista (TEA), também mobiliza os foliões a praticarem ações sociais já que para cada abadá vendido um quilo de alimento não perecível será doado, como explica a coordenadora Alice Bessa.

“Para cada abadá que você compra é um quilo de alimento que o Bloco do Abel vai doar para instituições de caridade, principalmente aquelas que atendem pessoas com autismo e outras deficiências, segundo, você vai estar apoiando todos os projetos do Bloco do Abel para o ano de 2024 que serão extensos. Então, você comprando o abadá do Bloco do Abel, você vai estar apoiando todos nossos projetos, além de participar da festa de carnaval mais bonita de Macapá, onde vai ter só gente do bem e só gente muito bonita, com atrações incríveis, uma festa programada para você se divertir muito, para você ter experiências incríveis”, explicou Alice.

Você pode comprar pelo telefone: 96 98430 2120, ou nos postos de venda: PUB ON MACAPÁ, IRON PIGS PUB, ÓTICA DINIZ CENTRO, DON BURGER, VINICIUS BBK.

Assessoria de comunicação

Fantasia real – Crônica de carnaval do Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

No Carnaval, saí fantasiado de mim, de eu, de eu mesmo. Ninguém me reconheceu. Andei pelos lugares que frequento, pelo Caos, pelo Formigueiro, pelo Bar do Nego, pelo Underground. Nessa ordem. Eu estava com minha fantasia intitulada “Eu, Eu, Demasiadamente Eu, Absolutamente Eu” e ninguém sacou quem era aquela pessoa ali fantasiada. Quase cheguei ao ponto de gritar para aquela multidão de foliões:
– Ei! Sou eu que estou aqui!

Só não fiz isso porque achei que, mesmo assim, não se levantaria um cristão sequer a me apontar o dedo pra fazer a revelação que eu precisava, gritando no mesmo tom do meu grito:
– Olha só! Descobri quem está por trás dessa fantasia! É ele!

Acompanhei a Banda, na esperança quase desesperada de que alguém me descobrisse, e nada. Quando, finalmente, rasguei a fantasia, me desnudando totalmente, mesmo assim não ouvi o que tanto desejava há tantos Carnavais. Que alguém, se descobrindo, me descobrisse:
– Sou eu! É ele!

Ao fim do Carnaval, que se estendeu pra muito além do calendário, desisti da ideia de que me revelassem. Voltei pra casa, já quase em cinzas, e um cachorro de rua chegou a mim, retornando também de sua quadra carnavalesca. Tirando a fantasia de cachorro e ainda permanecendo cachorro, ele rosnou de uma forma que não sei se foi de raiva, carinho, surpresa ou alerta. Ou todas as respostas anteriores. Esse rosnado eu traduzi assim:
– Ei! Eu sei quem tu és!

Ele se calou, contrariando a minha vontade de que aquele cachorro fizesse um comentário mais longo, mais abrangente. Ficamos em silêncio e o nosso segredo se sagrou, sangrou, se cristalizou. Quem sabe se, no próximo Carnaval, a gente se revela…

No próximo sábado tem Bloco Woodstock para os amantes de rock no carnaval em Santana

 

Com mais de dez horas de shows, a festa inicia às 14h e será realizada no centro da cidade, na praça do Vilelão. A entrada é gratuita.

Chegou a hora e o carnaval dos amantes de rock’n roll está com agenda garantida em Santana. A cena cultural local promove a 1ª edição do Bloco Woodstock e preparou um palco musicalmente democrático, por onde passarão oito bandas durante dez horas de festa no próximo sábado (10/02), a partir das 14h, com entrada gratuita no centro da cidade, na praça do Estádio Vilelão.

O bloco faz uma homenagem ao lendário festival de mesmo nome realizado em 1969 nos Estados Unidos e é promovido pelo Coletivo Fita K7, em parceria com outros movimentos culturais. A realização do evento reafirma o compromisso do coletivo de fortalecer um circuito próprio e reunir bandas que cultuam este estilo musical durante a quadra carnavalesca do segundo maior município do Amapá.

O bloco tem entrada gratuita e garantida para todos, mas abadás especiais serão vendidos para ajudar nos custos do evento. Além disso, empreendedores terão espaço para venda de artesanatos e produtos relacionados ao rock. A iniciativa movimenta a economia criativa durante a festa.

O palco do evento ganha vida com a primeira banda às 14h. Durante o restante do dia, passam por ele os sons das bandas Quitéria, Garage Vitage, Stereovitrola, Super Time, Carnaceral, Psychocandy, Repúdio 96, Macho Véio e Sickness – com especial Slikpnot.

“Os amantes do bom rock’n roll estão convidados para curtir nosso bloco. As bandas prepararam setlists amplos e especiais para a 1ª edição do Woodstock em Santana, por isso, tragam suas bebidas, suas cadeiras ou fiquem de pé, aproveitem, este é um espaço para fomentar a cultura na maior festa popular do Brasil”, concluiu Zeca Tavares, membro fundador do Coletivo K7, e um dos organizadores do evento.

Serviços:

Bloco de rock Woodstock
Data: 10/02 (sábado de carnaval)
Horário: A partir das 14h
Local: Praça do Vilelão
Endereço: Av Castro Alves, com Ubaldo Figueira, centro de Santana.
Entrada gratuita

Marcelle Nunes
Assessoria de comunicação
Mais informações: Zeca Tavares – (96) 99907-4431

Governador Clécio Luís apresenta Plano Operacional de Segurança para o Carnaval; serão mais de 2,4 mil agentes envolvidos

O governador do Amapá, Clécio Luís, junto com representantes das Forças de Segurança do Estado, apresentou na quinta-feira, 8, o Plano Operacional da Segurança Pública para o Carnaval 2024. Serão mais de 2,4 mil agentes atuando para garantir a tranquilidade da população nos eventos carnavalescos em todo o estado. A apresentação aconteceu no Sambódromo de Macapá.

Para as maiores programações na região metropolitana de Macapá, como os desfiles das escolas de samba, A Banda, e o Carnaval de Santana, o plano conta com policiamento a pé, motorizado, aéreo e de trânsito, com barreiras em locais estratégicos e atuação da Operação Lei Seca.

As estratégias envolvem o uso de aparatos tecnológicos, como drones, câmeras para monitoramento de pessoas usando tornozeleiras eletrônicas e videomonitoramento com reconhecimento facial. A expectativa é que cerca de 500 mil pessoas participem dos eventos carnavalescos no Amapá, de acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

“Nós estamos apresentando para a população todo o nosso aparato para que tenhamos um carnaval seguro. Está organizado o planejamento estratégico da segurança, que utiliza drones, câmeras de reconhecimento facial, um destacamento de viaturas e pessoal para garantir a segurança dos brincantes que irão participar dos maiores eventos de carnaval na Região Metropolitana de Macapá, além das festas carnavalescas em outros municípios do estado”, reforçou Clécio Luís.

Folia segura

Entre as estratégias definidas pela Sejusp, haverá o chamado ‘policiamento velado’, com os agentes dos setores de Inteligência das polícias infiltrados entre a população para evitar eventuais ocorrências e identificar possíveis criminosos.

Ainda dentro do esquema de segurança, as Delegacias de Polícia Civil garantem reforço nas escalas, principalmente nas especializadas e nas equipes de perícia. A população também terá assegurado os atendimentos de primeiros socorros e pré-hospitalares.

Em municípios como Mazagão, Porto Grande, Laranjal do Jari, Vitória de Jari e Calçoene, que apresentam atrações com grande quantitativo de brincantes, a atenção da Segurança Pública foi redobrada.

Todo o planejamento conta com efetivos da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica, além do Corpo de Bombeiros (CBM), Grupo Tático Aéreo (GTA) e Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

Policiamento preventivo e ostensivo

O esquema de segurança para o período carnavalesco não irá interferir no policiamento preventivo e ostensivo, já feito normalmente nas cidades do Amapá, garantiu o secretário de Segurança Pública, José Neto. A Sejusp ressalta, ainda, que os militares envolvidos no Plano Operacional estarão trabalhando com escala remunerada extraordinária, assegurada pelo Governo do Estado.

“Mais de 500 mil pessoas devem participar dos eventos carnavalescos no Amapá. Por exemplo, em cada dia de desfiles no Sambódromo, esperamos mais de 50 mil foliões. Tudo foi pensado para garantir o bom divertimento, com segurança para a população e suas famílias. Nossa meta é proporcionar um carnaval de paz para nosso estado”, assegurou o gestor.

Corpo de Bombeiros

O efetivo militar do Corpo de Bombeiros irá atuar com 390 militares, com atendimento e pré-hospitalar garantindo os primeiros socorros às pessoas que, por ventura, passem mal durante os eventos.

O efetivo também irá atuar com observadores de risco durante os eventos, ou seja, profissionais treinados para vigiarem áreas e materiais com potencial risco de incêndio, explosão, choques elétricos.

Os profissionais estarão dispostos a indicar as rotas de saída e as ações necessárias para a população deixar em segurança os locais que possam oferecer algum perigo.

Polícia Militar

A Polícia Militar irá atuar com 1.357 policiais, com apoio de 110 viaturas, incluindo a Unidade Móvel de Monitoramento, policiamento a pé e motorizado, com ações preventivas e ostensivas.
Além disso, os batalhões continuarão atendendo eventuais ocorrências registradas pelo Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), através do 190.

Polícia Civil

As Centrais de Flagrantes da Polícia Civil terão um reforço no efetivo que irá dar melhor fluxo para registros de boletins de ocorrência e lavratura de flagrante de crimes de menor potencial ofensivo. O aporte contará com mais de 150 policiais civis.

GTA

O Grupo Tático Aéreo estará com 16 profissionais operando no policiamento aéreo e terrestre, com três viaturas, incluindo o helicóptero e mais dois carros.

A ação do GTA se concentra em monitorar possíveis aglomerações atípicas entre a multidão dando suporte para as equipes do policiamento a pé, além de atuar preventiva e ostensivamente em apoio às outras forças de segurança.

Trânsito seguro

Para os eventos carnavalescos, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) contará com mais de 70 profissionais, além do apoio dos batalhões de Policiamento de Trânsito (BPTran) e Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE).

As equipes irão montar barreiras e operações com o objetivo de orientar condutores destacando a importância do cumprimento das normas de trânsito. O trabalho também terá atuação repressiva, com a atuação da Operação Lei Seca, com o intuito de evitar infrações e coibir os crimes de trânsito.

Texto: Marcelle Corrêa
Foto: Netto Lacerda/GEA, Erich Macias/GEA, Maksuel Martins/GEA, Gabriel Maciel/GEA e Fabiano Menezes/Detran
Secretaria de Estado da Comunicação

Calças de Linho Flutuantes e os Nomes dos Blocos- Crônica porreta de Fernando Canto

Crônica de Fernando Canto

Na constelação de brilho intermitente do carnaval você pode se tornar uma estrela. Basta querer. Quem não se identificar com o samba tem a opção de sair no meio de um bloco carnavalesco, onde os brincantes se esbaldam no frevo rasgado ou ao som das tradicionais marchinhas que trazem temas diversos na competição anual entre eles.

Foto encontrada no site “Cultura do Brasil”

Dada a sugestão está feito o convite. Um pouco tardio, creio, mas feito com o carinho de quem quer ver o carnaval macapaense brilhar mais do que do que brilhou no passado. “Um passado de glórias”, como diz um antigo samba dos Boêmios do Laguinho. Um passado feito de desfiles e batalhas de confetes que encantavam as crianças nos domingos de fevereiro em diversos pontos da cidade e faziam a alegria da juventude.

Foto encontrada no blog Porta Retrato

É inesquecível para mim a figura da porta-bandeira Telma e do mestre-sala Sucuriju rodopiando no asfalto da avenida FAB sob o calor dos holofotes e do aplauso do povo laguinhense. O povo aplaudia e gritava quando o grande passista, o Mestre Falconeri dançava, balançando as largas calças de linho que pareciam fazê-lo flutuar sobre o chão.

Mas o povo delirava mesmo era cantando o samba aprendido às pressas nos últimos dias que antecediam ao desfile, uma prática usual de todas as escolas. Era a partir do samba que se faziam os enredos. Então ele era guardado a sete chaves até próximo do dia do desfile oficial para que as escolas concorrentes não o plagiassem e nem ao enredo. Francisco Lino, o Menestrel, que o diga.

Arquibancada na Praça da Bandeira, na época dos desfiles na Avenida Fab, centro de Macapá – Foto: Márcia do Carmo.

As escolas da década de 60 e parte da de 70 eram parecidas com os blocos de hoje que almejam serem escolas de samba: traziam apenas um carro alegórico e um pequeno contingente de brincantes. A diferença é que a maioria dos instrumentos musicais era fabricada por aqui mesmo. Os próprios brincantes faziam seus querequexés e agogôs, frigideiras e tamborins. Minutos antes de entrarem na passarela acendiam fogueiras para esticar o couro dos tambores a fim de evitar que murchassem devido ao tempo ou a uma chuva inesperada. De acordo com o Pedro Ramos, o maior repiquinista dos Estilizados, o instrumentista tinha que levar uma folha de jornal no bolso para esquentar os tamborins feitos de couro de cobra pelo seu Joaquim Suçuarana. Sambistas e passistas mirins, como o Neck e o Kipilino, se revelavam novos talentos e se tornaram o orgulho de sua escola.

Foto: fanpage da Escola de Samba Piratas Estilizados

Enquanto Luís do Apito (pai do Bababá, atual mestre de Bateria dos Boêmios) organizava a batucada, R. Peixe se preparava para trazer a sua recém-criada Embaixada do Samba, uma dissidência da Piratas da Batucada. Esta, por sua vez, trazia em suas hostes os incansáveis e pouco reconhecidos compositores Jeconias Araújo e Juriel Monteiro. Lá atrás Pelé e Fifita, Neusona e Escurinho aguardavam sua vez de desfilar ao som dos sambas de Izar Leão ou de Nonato Leal e Alcy Araújo, apaixonados que eram pela verde-rosa macapaense.

Fernando Canto, com seus irmãos e amigos, no bloco “Cubalança” – Foto: arquivo pessoal

Nos anos 80 surgiram as escolas de samba de 2º grupo, como a Piratas Estilizados (que foi bloco por muitos anos) a Unidos da Coaracy Nunes, a Quilombo dos Palmares, Emissários da Cegonha e a Solidariedade. Daí, então, o carnaval amapaense teve outra formatação até o advento do sambódromo, que foi o território do Piratão por um longo reinado. De 1997 para cá, o brilho do carnaval foi mais intenso.

Pintura inspirada nos antigos carnavais paulistas – Foto encontrada no site “Cultura do Brasil”

Mas uma coisa marcante, hoje, é o desfile dos blocos. Eles estão em todos os bairros e todo ano se multiplicam levando suas temáticas e irreverências pelas ruas da cidade até se encontrarem no desfile da terça-feira na Banda. Creio que são a cara do nosso carnaval, ainda que queiram embotar-lhe o brilho com falso moralismo, em função dos nomes de dupla conotação que carregam. Ora, o carnaval amapaense é muito brasileiro. É irreverente e feliz. Traz como características a eliminação da repressão e da censura e a liberdade de atitudes críticas e eróticas. Realça o sorriso das crianças e não descarta nem esconde a sensualidade das mulheres tão sensualmente amapaenses, tão lindas e alegres, que optaram por brilhar no carnaval.

BLEQUEFRAIDA – Conto de Fernando Canto

Conto de Fernando Canto

No Carnaval deste ano, a Blequefraida, filha do vizinho, pulou a cerca e foi conferir no quartinho de trás de casa se eu era mesmo bom de cama como diziam por aí. Ela ia desfilar no Piratão, uma escola de samba lá do Trem. Estava toda arrumada e linda, era uma das passistas. Iria de tapa-sexo.

Fiquei um tanto abalado com essa história, juro. Eu nunca fui de me gabar e nem tinha as medidas sexuais que rolava na lenda urbana sobre minha distinta pessoa. Hehehe! Mesmo assim eu mandava bala sem grandes esforços. A Bleque que o diga.

Mais tarde eu fui até o sambódromo porque iria sair em outra escola, uma de acesso, lá do meu bairro, o Jacareacanga, convidado pelo presidente Costa Barriga.

Antes de iniciar o desfile fui bisbilhotar as outras escolas para ver a organização das alas. Na frente do portão encontrei com ela, justamente conversando com Laive, uma destaque dessa escola. Essa mulher escultural saía em todas as agremiações carnavalescas.

Eu já tinha passado a rola nela, tinha namorado com ela, ia até em restaurante jantar. Tu é doido, é? Ela me meteu um chifre sem tamanho. Até hoje ando meio corcunda por causa isso. A Laive era muito viva, mano. Se casou com um ex-padre de família tradicional de Macapá, pensando que ia se dar bem, mas se deu mal depois, Pensava que o ex-religioso ia ter uma puta pensão da Santa Madre Igreja. Era uma ninfomaníaca. Malandra que só.

As duas conversavam sambando. Eu me aproximei e elas sorriam com aquelas bocas glamourosas cheias de lindos dentes brancos. Pediram-me uísque. Queriam um “esquenta”. Sabiam que eu trazia um cantil de aço inox tei-tei de Buchanan’s no bolso. Dei a elas e quase que eu fico sem um gole.

Laive pegou o beco e Bleque ficou ali se lembrando da foda da tarde, querendo mais.

Fui embora para o fim da concentração descendo a ladeira da avenida. Falei com muita gente conhecida. As mulheres me puxavam e eu tive que me desvencilhar delas porque senti a barra pesada no olhar dos homens ali perto.

Meu brother Estandibai me avisou que era praeu chamar o pessoal da Harmonia. A escola não demoraria a entrar. Ajudei a organizar as alas. Senti a mão da baixinha Delívere na minha costa. Me avisava que Naice, Vaibe e Loquinalda ainda não haviam chegado.

– Puta merda, Estândi! Reclamei. – E agora, cara? Como é que a gente vai fazer se elas não aparecerem?

– Sei não, chefe. Ele me encarou, com aquela cara de porre permanente.

– Fala com o Émersom Cupu pra ele ligar pressas porras agora, senão o carro vai sem destaques e aí já era.

Ele saiu cunscascos atrás do Cupu. Voltou dizendo que o Cupu falou que as destaques não eram de responsabilidade dele.

Nem pensar em falar com o presidente que a essa altura estava no carro abre-alas mandando beijinhos pra nossa minguada “torcida organizada”, diz-que.

Um pouco antes dos portões se abrirem para a entrada da nossa escola avistei a gostosona da Laive conversando de novo com a não menos gostosona da Bleque. Elas já haviam desfilado na primeira escola. Chamei as duas e disse que elas iriam ser nossos destaques no último carro. Elas toparam, queriam aparecer, mesmo… Eu e Delívere passamos uns brilhos com nossas cores nos corpos delas e em seguida os guindastes as puseram no alto do carro.

Quando, enfim passamos pelo portão e os seguranças não deixaram ninguém entrar, ainda deu pra ouvir os impropérios das destaques e seus braços varando pelas grades num último esforço de querer entrar.

Ao final do desfile encontrei o presidente com câimbra na boca de tanto sorrir e mandar beijinhos para a torcida e para os jurados, Estandibai bêbado que só a porra estirado em cima do carro abre-alas e as três destaques esperando a desocupação do último carro. Continuavam gritando vitupérios para mim e para as duas destaques arranjadas de última hora.

O presidente Costa veio me falar que até perdoava a minha “louvável atitude” de substituir as destaques. As oficiais não desfilaram porque o táxi em que vinham não conseguiu o acesso nas ruas para chegarem a tempo. E porque demoraram para se montar.

– Montar? Como assim? Indaguei, me fazendo de besta.

– Sim, montar. Disse o presidente Costa Barriga. – Elas são gays, são transformistas. Elas se montam. E o nosso enredo, Ó pateta, é sobre as diferenças sexuais. Sobre o sentimento dessas pessoas. Se não desse prelas virem no carro, ele devia vir vazio. Disse, aborrecido, olhando para mim e em volta, no que foi muito aplaudido pelos participantes do desfile.

– Presidente, quero que tu te fodas. Não vou ficar aqui neste palanque de viado. Nem vou mais te apoiar para vereador. Disse a ele bem enfático, com todo o meu orgulho e machismo.

Saí da dispersão com Laive e Blequifraida sob vaias, tapas e ameaças, coberto de lama que nos jogaram. Havia chovido antes do desfile. Felizmente, no meio da turma que nos vaiava, tinha umas pessoas que conheciam minha fama e nos protegeram de levar mais porrada.

Fomos a uma padaria, a pretexto de tomar café e nos limpamos da lama. Depois consegui pegar um taxi e fui com elas beber uísque em casa, transar e dormir, nós três.

Acordei pensando em aceitar o convite da vizinha para sair no Piratão no próximo ano, desde que junto com a Laive, a gata que voltei a me apaixonar para com certeza ser corneado de novo.

 

Prevenção e conscientização: TJAP adere à campanha “Bloco do Respeito” do CNJ, contra assédio sexual no Carnaval 2024

O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) aderiu à iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e participará, no Sambódromo de Macapá, nas noites dos desfiles das Escolas de Samba do Amapá, sexta-feira (9) e sábado (10), da quadra carnavalesca com materiais informativos como leques e banners da campanha #BlocodoRespeito. As equipes das Varas da Infância e Juventude e da Coordenadoria da Mulher, que trabalharão na fiscalização do Carnaval, estarão identificadas com a camisa do Bloco do Respeito. A campanha também ganhou visibilidade no Totem em frente à sede do Tribunal de Justiça do Amapá, localizado na esquina da Avenida FAB com a Rua General Rondon e papel de parede e tela de bloqueio dos computadores da Justiça do Amapá. A ação conta com a parceria da Secretaria de Comunicação do Poder Judiciário, com a publicação de conteúdos nas redes sociais da instituição.

Com a medida norteada pelo CNJ, o TJAP trabalha mensagens nas redes sociais durante o período, com reforço da importância da igualdade e do respeito aos direitos de todas as pessoas, independentemente de origem, gênero ou orientação sexual e tem por referência o movimento e o protocolo “Não é Não!”.

De acordo com o desembargador Carmo Antônio de Souza, que está à frente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário, a iniciativa reforça e intensifica a prevenção e defesa da mulher em possíveis situações de assédio e outras violências durante as festividades. O magistrado ressaltou que, com a iniciativa, espera-se conscientizar milhares de pessoas de que é possível unir respeito, diversidade e diversão no Carnaval.

“O enfrentamento ao assédio e à violência contra a Mulher é uma política contínua do Poder Judiciário. A essência do Carnaval está associada à ideia de democracia, liberdade e de ocupação dos espaços pela diversidade. Portanto, é preciso sensibilizar a população para a importância do respeito e promover a conscientização. A iniciativa mostra o comprometimento da Justiça Estadual durante as festividades carnavalescas. Com a adesão ao Bloco do Respeito, nos empenharemos em garantir essa premissa, pois trabalharemos na conscientização e prevenção do assédio sexual às cidadãs amapaenses”, detalhou o desembargador Carmo Antônio de Souza.

 

– Macapá, 8 de fevereiro de 2024 –

Texto: Elton Tavares
Secretaria de Comunicação do TJAP
Arte: Nina Éllem
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Período de Carnaval se tornam oportunidade para evangelização

Macapá, Laranjal do Jari, Porto Grande e Santana sediarão encontros católicos no período de carnaval. Há alguns anos o período vem se tornando uma oportunidade para evangelização com shows, retiros, encontros e lazer destinados para o público em geral em busca de aproveitar o feriado para momentos de espiritualidade.

Neste carnaval os Movimentos Eclesiais e Comunidades Novas se destacam com realização dos eventos.

Confira os eventos:

Renovação Carismática Católica (RCC Amapá)

Em Macapá acontece o Alegrai-vos no Senhor 2024 de 11 a 13 de Fevereiro, das 8h às 17h, no Centro Diocesano de Pastorais da Diocese de Macapá.

O evento também conta com programação especial para crianças e adolescentes.

Em Santana a RCC realiza o Vem Louvar também no mesmo período. O evento acontece no Lar Betânia, na Rua C-1, nº 550, Vila Amazonas. O evento também é gratuito e inicia às 8h.

Em Porto Grande a RCC realiza o 7º Exultai em Cristo de domingo a terça-feira de carnaval na escola Acre. Com pregadores locais e da capital o evento reúne fieis da Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Brasil.

O segundo mais antigo evento carismático no período de carnaval, o Rebanhão 2024 acontece em Laranjal do Jari no sábado (10/2) e domingo (11/2), na quadra da escola estadual Raimunda Capiberibe.

Os eventos da RCC também contam com programação destinada às crianças e adolescentes e entrada gratuita. O tema dos encontros é “Alegraram-se ao ver o Senhor!”

Comunidade Católica Shalom

Nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro acontece o retiro Renascer promovido pela Comunidade Shalom. O evento realizado simultaneamente em Macapá, na Escola Lucimar Amoras Del Castillo, e em Santana, na Escola Augusto Antunes.

O Renascer contará com uma programação diversa e cheia de atrações para o público durantes estes três dias. O evento acontece no estado do Amapá anualmente há 26 anos e neste ano terá como tema principal “Coragem, o Senhor te chama!“

Paróquia Santa Teresinha

“Pipocando a Alegria” é o nome do show beneficente que acontece na sexta-feira (9/2) na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus em Fazendinha, Macapá. Com a atração nacional, o canto católico Cosme, o evento promete muita música e animação, com clássicos da música católica. Os ingressos podem ser adquiridos no valor de R$ 20,00 (vinte reais) nos postos autorizados.

O canto Cosme é do Rio de Janeiro e se considera um “um animador”. Segundo ele, “seu ministério expressa a alegria de ser uma testemunha viva da misericórdia de Deus, que o resgatou do mundo das drogas nos morros cariocas, onde viveu no seio de uma família pobre e desestruturada e cresceu em meio ao tráfico de drogas”. Comes é o autor de um dos maiores hits da música católica: “Pipoca”.

Amigos da Canção Nova

Também na Paróquia Santa Teresinha em Fazendinha, o Grupo de Amigos da Canção Nova realiza o Celebrai 2024. Com a presença de Jales Pereira e do Pe. Lucas Paulino, missionários membros da Comunidade Canção Nova, o evento contará com momentos de oração, pregação, música e missas de 10 a 13 de fevereiro. O evento é gratuito e aberto a todo o público interessado em viver o momento de espiritualidade.

Comunhão e Libertação

“Viver intensamente o real” é a motivação para o Encontro de Carnaval 2024 do Movimento Eclesial Comunhão e Libertação. Com o diferencial em formato de retiro e lazer o evento do C&L tem na programação jogos, caminhada, missa e banho de rio com um pacote completo com pousada, alimentação e translado até o local do evento em Porto Grande.

Para participar a taxa de inscrição é de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) podendo ser realizada via Pix na chave 96 99971 0051. As inscrições através dos contatos (96) 98804-1440 ou 99132-3315. O evento acontece de 10 a 13 de fevereiro.

Diocese de Macapá
Pastoral da Comunicação: (96) 98414-2731

Hemoap reforça importância da doação de sangue no período de carnaval

Por Isadora Pereira

A nova campanha do Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap), busca doadores para reforçar o estoque no período de carnaval. O mês de fevereiro possui uma grande demanda dentro dos hospitais.

É permitido realizar a doação a partir dos 16 anos de idade, menores de idade devem ter a autorização dos pais. Esta campanha do ‘Carnaval do Hemoap’ é realizada antes do período oficial das festividades, para que a partir de sexta-feira (9), a população aproveite a folia com o estoque do hemocentro abastecido.

O diretor-presidente do Hemoap, Eldren Lage, afirmou que a campanha é essencial para este período, assim como as campanhas de fim de ano em 2023, que foi atingida.

“A ação é feita antes para que os brincantes possam estar na rua fazendo um carnaval com segurança e a certeza de que se precisar nós vamos ter sangue nas nossas unidades hospitalares. Saímos de uma campanha vitoriosa que foi a campanha de natal, onde nós conseguimos passar por todo o período de festas, sem problemas de falta de sangue” , disse o diretor.
Ainda de acordo com o diretor-presidente, a triagem para a doação é realizada de acordo com o protocolo do ministério da saúde.

O candidato passa por uma avaliação que classifica se está apto ou não para doar. O procedimento é feito por profissionais do Hemocentro através de preenchimento de um questionário.

E deve apresentar boas condições de saúde, não ter apresentado sintomas de gripe nos últimos 14 dias, não ter contraído Covid-19 nos últimos 10 dias, e ter entre 16 e 69 anos. Além disso, alguns critérios essenciais devem ser seguidos para os novos doadores.

Critérios para a doação

Pesar no mínimo 50kg;
Apresentar documento oficial com foto;
Estar descansado (ter dormido pelo menos 6h na noite anterior);
Estar bem alimentado (evitar alimentações gordurosas nas 3h que antecedem a doação);
Não ingerir bebida alcóolica no mínimo 12h antes;
Não ter fumado pelo menos 2h antes.

Fonte: G1 Amapá. 

Vara da Infância e Juventude de Santana realiza vistoria pré-carnaval no Corredor da Folia

O juiz substituto Luis Guilherme Conversani, atualmente à frente da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Santana (VIJS), juntamente com o Comissariado da Infância do município, realizou uma vistoria nas dependências do “Corredor da Folia”, que compreende parte da extensão da Avenida Santana, nesta terça-feira (6). O objetivo da vistoria foi assegurar o cumprimento da Portaria Nº 001/2023 – VIJS, que rege sob a presença do público infantojuvenil nas festas e blocos de carnaval.

Segundo o magistrado, “buscamos aqui estabelecer uma forma de diálogo com os organizadores dos eventos carnavalescos do município. Assim podemos, a partir de um viés preventivo, orientar para que o Carnaval de 2024 em Santana aconteça da maneira mais saudável possível”, ponderou o magistrado.

“A visita é a continuação de uma reunião prévia com os organizadores, para que não fique dúvida sobre a portaria que regulamenta a participação de crianças e adolescentes nos blocos e eventos”, continuou.

O juiz Luis Guilherme disse, ainda, que as fiscalizações do Comissariado da Infância e Juventude seguem o início da programação do Carnaval santanense que começará no próximo dia 10, a partir das 18 horas, no Corredor da Folia, e segue até o dia 17.

A Portaria segue determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que regula a participação e permanência de crianças e de adolescentes em atividades festivas, como o Carnaval.

A criança ou o adolescente encontrado em situação de risco pessoal ou social, em desacordo com estas normas, será imediatamente entregue aos pais ou responsáveis, mediante termo de entrega, responsabilidade e compromisso, independente da lavratura do auto de infração contra o estabelecimento, os genitores ou tutores.

– Macapá, 06 de fevereiro de 2024 –

Texto e fotos: Clarice Dantas
Secretaria de Comunicação Social do TJAP
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Carnaval 2024: Governo do Estado alerta para regras e horários de menores nos eventos carnavalescos

Como medida preventiva, o Governo do Estado alerta os pais ou responsáveis de crianças e adolescentes, que pretendem participar de bailes ou festas durante o período de carnaval, para que fiquem atentos às regras e horários determinados pelo Juizado da Infância e Juventude – Área de Políticas Públicas e Execução de Medidas Socioeducativas da Comarca de Macapá. A portaria que regulamenta o que pode e o que fica proibido segue as regras do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Em reunião com organizadores do Carnaval 2024 a juíza titular do Juizado da Infância, Laura Costeira, apresentou a portaria 001/2024 que regulamenta a participação de menores nos eventos carnavalescos no Amapá. CLIQUE AQUI.

De acordo com a portaria, é proibido o ingresso, a permanência e a participação de crianças menores de 5 anos, como espectador ou integrante, nos eventos dos blocos e desfiles de escolas de samba; a presença de menores de 10 anos em cima de carros alegóricos, trios elétricos, carros de apoio ou som. Outra orientação, é evitar objetos ou adereços de fantasias que ofereçam risco a integridade física e moral de crianças. Conforme a regulamentação, adolescentes a partir dos 16 anos podem participar da folia, desacompanhados, desde que portando documento de identificação com foto, seguindo o horário da programação do eventos.

“A regulamentação que define regras de participação de crianças e adolescentes no Carnaval é um chamado à consciência dos pais ou responsáveis para que analisem se há necessidade daquela criança participar do evento carnavalesco”, ressalta a juíza Laura Costeira.

Aos organizadores a Justiça determinou que obrigatoriamente devem informar a faixa etária que é autorizada e as que são proibidas, conforme estão disciplinadas pela portaria, além de fazer a divulgação das regras e horários.

Para o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap), Jocildo Lemos, a integração das ações de trabalho entre as instituições é indispensável para a realização do Carnaval.

“O trabalho integrado das instituições é o que promove um evento seguro para todos. De nossa parte, cumprimos as regras regulamentadas pela portaria do Juizado da Infância que dispõe sobre as normas de participação de menores no carnaval, divulgamos e orientamos. As escolas seguem o regulamento e as determinações para garantir um carnaval seguro para todos”, destacou o presidente.

A criança ou adolescente encontrada pelas equipes de fiscalização do juizado, em situação de risco pessoal, social ou em desacordo com as normas, será imediatamente entregue aos pais ou responsáveis, mediante termo de responsabilidade e compromisso, independente do auto de infração contra os estabelecimentos, genitores ou tutores.

SERVIÇO:

Para denunciar casos de crianças ou adolescentes em situações de risco durante o período carnavalesco, entre em contato com o Comissariado da Infância e Juventude pelo telefone: (96) 99126-3771, ou com o Conselho Tutelar, pelo número (96) 99188-1399.

Texto: Alexandra Flexa
Fotos: Futura Press, Divulgação/Tjap
Secretaria de Estado da Comunicação