Os dez mandamentos do homem feio

                                                                                             Por Xico Sá

Hoje a intenção é encorajar os irmãos esteteticamente prejudicados. Vamos nessa. Dez coisas que um homem feio -ou mal-diagramado, como digo – deve saber para tirar mais proveito da vida, essa ingrata: 

I) Que a beleza é passageira e a feiúra é para sempre, como sabia Sérge Gainsbourg, aí na foto com Jane Birkin. Sim, aquele mesmo francês que gemeu sem sentir dor também com a Brigite Bardot. O cara do maior hino de motel de todos os tempos, “Je t´aime moi non plus”.

II) Que as mulheres, ao contrário da maioria dos homens, são demasiadamente generosas. E não me venha com aquela conversinha de que elas são interesseiras. Corta essa, meu rapaz. Se assim procedessem, os feios, sujos e lascados de pontes e viadutos não teriam as suas bondosas fêmeas nas ruas. Elas estão lá, bravas criaturas, perdendo em fidelidade apenas para os destemidos vira-latas.

III) Que o feio, o mal-assombro propriamente dito, saiba também e repita um velho mantra deste cronista de costumes: homem que é homem não sabe sequer a diferença entre estria e celulite.

IV) Que mulher linda até gay deseja e encara, quero ver é pegar indiscriminadamente toda e qualquer assombração e visagem que aparecer pela frente.

V) Que homem que é homem não trabalha com senso estético. Ponto. Que não sabe e nunca procurou saber sequer que existe tal aparato “avaliatório’’do glorioso sexo oposto.

VI) Que as ditas “feias” decoram o Kama Sutra logo no jardim da infância.

VII) Que para cada mulher mal-diagramada que pegamos, Deus nos manda duas divas logo depois de feita a caridade.

VIII) Que mulher é metonímia, parte pelo todo, até na mais assombrosa das criaturas existe uma covinha, uma saboneteira, uma omoplata, um cotovelo, um detalhe que encanta deveras.

IX) Que me desculpem as muito lindas, mas um quê de feiúra, um quezinho, é fundamental, empresta à fêmea uma humildade franciscana quase sempre traduzida em benfeitorias de primeira qualidade na alcova.

X) Saiba, por derradeiro, irmão de feiúra, que a vida é boxe: um bonitão tenta ganhar uma mulher por nocaute, a nossa luta é sempre por pontos, minando a resistência das donzelas. Boa sorte, amigo esteticamente prejudicado, nesse grande ringue da humanidade!

Marcelo Tas comenta o “Politicamente correto”

“Me dá uma certa compaixão destas pessoas. Um colunista que se pauta pelo Twitter, ele está muito sem assunto. Esta pessoa deveria sair mais de casa, ler livros melhores. Acho muito preguiçosa esta postura de ficar fazendo crítica a piadas no Twitter. Criticar uma piada, vocês vão me desculpar, mas é uma burrice.

Nós temos jornalistas debatendo piada como se fosse uma coisa séria. A piada engraçada e a piada que não tem graça. Se a piada não tem graça, você procure outro comediante, você vai ler Shakespearte, vai ver um filme do Woody Allen, vai até o Ary Toledo, o “Zorra Total”.
Se você não gosta do “CQC” você tem um monte de opção, não nos assista, não assine o Twitter dos integrantes do programa. Você tachar uma piada de 140 caracteres de nazista, é uma atitude muito fascista”
Marcelo Tas
Meu comentário: Concordo plenamente, é só a galera ler o texto de anteontem, título “Politicamente correto e chato”.

Controle

Stephen Covey
Este é um princípio que mostra a relação entre o que temos ou não de controle sobre o que sucede em nossa vida.
– 10% da vida estão relacionados com o que se passa conosco e não temos controle sobre eles.
– 90% com a forma de nossa reação aos fatos que vão determinar suas conclusões.
O que isso quer dizer? Realmente, não podemos evitar que um carro quebre, um avião atrase, um semáforo fique vermelho, etc. Isso representa 10% do que nos sucede. Os restantes 90% serão determinados com nossas reações.
Exemplo: Você esta tomando o café da manhã com sua família. Sua filha, ao pegar a xícara, deixa cair café na sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isto, mas terá sobre o que acontecerá em seguida.
Você se irrita, repreende severamente sua filha, ela começa a chorar. Você censura sua esposa por ter colocado a xícara muito na beirada da mesa e daí, tem o prosseguimento de uma batalha verbal. Contrariado e resmungando, você vai trocar a camisa e voltando, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o ônibus para a escola. Sua esposa vai para o trabalho também contrariada e você tem que levar sua filha de carro para a escola. Como esta atrasado, dirige em alta velocidade é barrado por um guarda de trânsito e multado após 15 minutos de discussão. Deixa sua filha na escola, que desce sem se despedir de você e ao chegar ao escritório, percebe que esqueceu de sua maleta.
Seu dia começou mal e ansioso para terminar o dia, é recebido friamente e em silêncio pela sua esposa e filha, ao chegar em casa.
Por quê seu dia foi tão ruim?
1. Por causa do café?
2. Por causa de sua filha?
3. Por causa de sua esposa?
4. Por causa da multa de trânsito?
5. Por sua causa?
A resposta correta é a de número 5, pois o fator determinante foi a ausência de controle sobre o acontecido.
De outra forma:
O café cai em sua camisa. Sua filha chora e você diz gentilmente a ela: “Esta bem querida, você só precisa ter mais cuidado”.
Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê sua filha pegando o ônibus. Dá um sorriso e ela retribui dando adeus com a mão.
Notou a diferença?
Duas situações iguais com finais opostos. Portanto se alguém fizer um comentário negativo, procure não levar a serio, evitando assim ser afetado e tirando sua energia.

Mônica e Eduardo

                                                              Por Adolar Gangorra – 18/05/01

Esse texto é uma análise comportamental crítica sobre Eduardo e Mônica (aquela música que todo mundo tem obrigação de tocar em churrascos, ao lado de Wish You Were Here, Stairway to Heaven, etc ….) A música Eduardo e Monica da banda Legião Urbana esconderia uma implicância com o sexo masculino? É o que garante Adolar Gangorra. Leia e confira.

O falecido Renato Russo era, sem dúvida, um ótimo músico e um excelente letrista. Escreveu verdadeiras obras de arte cheias de originalidade e sentimento. Como artista engajado que era, defendia veementemente seus pontos de vista nas letras que criava. E por isso mesmo, talvez algumas delas excedam a lógica e o bom senso.

Como no caso da música Eduardo e Monica, do álbum Dois da Legião Urbana, de 1986, onde a figura masculina (Eduardo) é tratada sempre como alienada e inconsciente enquanto a feminina (Monica) é a portadora de uma sabedoria e um estilo de vida evoluidíssimos.

Analisemos o que diz a letra. Logo na segunda estrofe, o autor insinua que Eduardo seja preguiçoso e indolente (“Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar; Ficou deitado e viu que horas eram”) ao mesmo tempo que tentar dar uma imagem forte e charmosa à Monica (“enquanto Monica tomava um conhaque noutro canto da cidade como eles disseram”). Ora, se esta cena tiver se passado de manhã, como é provável, Eduardo só estaria fazendo sua obrigação: acordar. Já Mônica revelaria-se uma cachaceira profissional, pois virar um conhaque antes do almoço é só para quem conhece muito bem o ofício.

Mais à frente, vemos Russo desenhar injustamente a personalidade de Eduardo de maneira frágil e imatura (“Festa estranha, com gente esquisita…”). Bom, “Festa Estranha” significa uma reunião de porra-loucas atrás de qualquer bagulho para poder fugir da realidade com a desculpa esfarrapada de que são contra o sistema. “Gente esquisita” é, basicamente, um bando de sujeitos que têm o hábito gozado de dar a bunda após cinco minutos de conversa. Também são as garotas mais horrorosas da Via-Láctea. Enfim, esta era a tal “festa legal” em que Eduardo estava. O que mais ele podia fazer? Teve que encher a cara pra agüentar aquele pesadelo, como veremos a seguir.

Assim temos (“- Eu não estou legal. Não agüento mais birita”). Percebe-se que o jovem Eduardo não está familiarizado com a rotina traiçoeira do álcool. É um garoto puro e inocente, com a mente e o corpo sadios. Bem ao contrário de Monica, uma notória bêbada sem-vergonha do underground. Adiante, ficamos conhecendo o momento em que os dois protagonistas se encontraram (“E a Monica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar”). Vamos por partes: em “E a Monica riu” nota-se uma atitude de pseudo-superioridade desumana de Monica para com Eduardo. Ela, bêbada inveterada, ri de um bêbado inexperiente!

Mais à frente, é bom esclarecer o que o autor preferiu maquiar. Onde lê-se “quis saber um pouco mais” leia-se “quis dar para”! É muita hipocrisia tentar passar uma imagem sofisticada da tal Monica. A verdade é que ela se sentiu bastante atraída pelo “boyzinho que tentava impressionar”! É o máximo do preconceito leviano se referir ao singelo Eduardo como “boyzinho”… Não é verdade. Caso fosse realmente um playboy, ele não teria ido se encontrar com Monica de bicicleta, como consta na quarta estrofe (“Se encontraram então no parque da cidade A Monica de moto e o Eduardo de camelo”). A não ser que o Eduardo fosse um beduíno, e estivesse realmente de camelo, mas ainda nesse caso não seria um “boyzinho”. Se alguém aí age como boy, esta seria Monica, que vai ao encontro pilotando uma ameaçadora motocicleta. Como é sabido, aos 16 (“Ela era de Leão e ele tinha dezesseis”) todo boyzinho já costuma roubar o carro do pai, principalmente para impressionar uma maria-gasolina como Monica.

E tem mais: se Eduardo fosse mesmo um playboy, teria penetrado com sua galera na tal festa, quebraria tudo e ia encher de porrada o esquisitão mais fraquinho de todos na frente de todo mundo, valeu? Na ocasião do seu primeiro encontro, vemos Monica impor suas preferências, uma constante durante toda a letra, em oposição a uma humilde proposta do afável Eduardo (“O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Monica queria ver um filme do Godard”). Atitude esta nada democrática para quem se julga uma liberal. Na verdade, Monica é o que se convencionou chamar de P.I.M.B.A (Pseudo Intelectual Metido à Besta e Associados, ou seja, intelectuerdas, alternativos, cabeças e viadinhos vestidos de preto, em geral), que acham que todo filme americano é ruim e o que é bom mesmo é filme europeu, de preferência francês, preto e branco, arrastado pra caralho e com muitas cenas de baitolagem.

Em seguida Russo utiliza o eufemismo “menina” para se referir suavemente à Monica (“O Eduardo achou estranho e melhor não comentar, mas a menina tinha tinta no cabelo”). Menina? Pudim de cachaça seria mais adequado. À pouco vimos Monica virar um Dreher na goela logo no café da manhã e ele ainda a chama de menina? Note que Russo informa a idade de Eduardo, mas propositadamente omite a de Monica. Além disto, se Monica pinta o cabelo é porque é uma balzaca querendo fisgar um garotão viril ou porque é uma baranga escrota mesmo.

O autor insiste em retratar Monica como uma gênia sem par. (“Ela fazia Medicina e falava alemão”) e Eduardo como um idiota retardado (“E ele ainda nas aulinhas de inglês”). Note a comparação de intelecto entre o casal: ela domina o idioma germânico, sabidamente de difícil aprendizado, já tendo superado o vestibular altamente concorrido para medicina. Ele, miseravelmente, tem que tomar aulas para poder balbuciar “iéis”, “nou” e “mai neime is Eduardo”! Incomoda como são usadas as palavras “ainda” e “aulinhas”, para refletir idéias de atraso intelectual e coisa sem valor, respectivamente. Coitado do Eduardo, é um jumento mesmo…

Na seqüência, ficamos a par das opções culturais dos dois (“Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud”). Temos nesta lista um desfile de ícones dos P.I.M.B.As, muito usados por quem acha que pertence a uma falsa elite cultural. Por exemplo, é tamanha uma pretensa intimidade com o poeta Manuel de Souza Carneiro Bandeira Filho, que usou-se a expressão “do Bandeira”. Francamente, “Bandeira” é aquele juiz que fica apitando impedimento na lateral do campo. O sujeito mais normal dessa moçada aí, cortou a orelha por causa de uma sirigaita qualquer. Já viu o nível, né? Só porra-louca de primeira. Tem um outro peroba aí que tem coragem de rimar “Êta” com “Tiêta” e neguinho ainda diz que ele é gênio!

Mais uma vez insinua-se que Eduardo seja um imbecil acéfalo (“E o Eduardo gostava de novela”) e crianção (“E jogava futebol de botão com seu avô”). A bem da verdade, Eduardo é um exemplo. Que adolescente de hoje costuma dar atenção a um idoso? Ele poderia estar jogando videogame com garotos de sua idade ou tentando espiar a empregada tomar banho pelo buraco da fechadura, mas não. Preferia a companhia do avô em um prosaico jogo de botões! É de tocar o coração. E como esse gesto magnânimo foi usado na letra? Foi só para passar a imagem de Eduardo como um paspalho energúmeno. É óbvio, para o autor, o homem não sabe de nada. Mulher sim, é maturidade pura.

Continuando, temos (“Ela falava coisas sobre o Planalto Central, também magia e meditação”). Falava merda, isso sim! Nesses assuntos esotéricos é onde se escondem os maiores picaretas do mundo. Qualquer chimpanzé lobotomizado pode grunhir qualquer absurdo que ninguém vai contestar. Por que? Porque não se pode provar absolutamente nada … Vale tudo! É o samba do crioulo doido. E quem foi cair nessa conversa mole jogada por Monica? Eduardo é claro, o bem intencionado de plantão. E ainda temos mais um achincalhe ao garoto (“E o Eduardo ainda estava no esquema “escola – cinema – clube – televisão”). O que o Sr. Russo queria? Que o esquema fosse “bar da esquina – terreiro de macumba – sauna gay – delegacia”?? E qual é o problema de se ir a escola, caramba?!?

Em seguida, já se nota que Eduardo está dominado pela cultura imposta por Monica (“Eduardo e Monica fizeram natação, fotografia, teatro, artesanato e foram viajar”). Por ordem: 1) Teatro e artesanato não costumam pagar muito imposto. 2) Teatro e artesanato não são lá as coisas mais úteis do mundo. 3) Quer saber? Teatro e artesanato é coisa de viado!!!

Agora temos os versos mais cretinos de toda a letra (“A Monica explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar”). Mais uma vez, aquela lengalenga esotérica que não leva a lugar algum. Vejamos: Monica trabalha na previsão do tempo? Não. Monica é geóloga? Não. Monica é professora de química? Não. Mônica é alguma aviadora? Também não. Então que diabos uma motoqueira transviada pode ensinar sobre céu, terra, água e ar que uma muriçoca não saiba? Novamente, Eduardo é retratado como um debilóide pueril capaz de comprar alegremente a Torre Eiffel após ser convencido deste grande negócio pelo caô mais furado do mundo. Santa inocência …

Ainda em “Ele aprendeu a beber”, não precisa ser muito esperto pra sacar com quem… é claro, com Monica, a campeã do alambique! Eduardo poderia ter aprendido coisas mais úteis como o código morse ou as capitais da Europa, mas não. Acharam melhor ensinar para o rapaz como encher a cara de pinga. Muito bem, Monica! Grande contribuição!

Depois, temos “deixou o cabelo crescer”. Pobre Eduardo. Àquela altura, estava crente que deixar crescer o cabelo o diferenciaria dos outros na sociedade. Isso sim é que é ativismo pessoal. Já dá pra ver aí o estrago causado por Monica na cabeça do iludido Eduardo. Sempre à frente em tudo, Monica se forma quando Eduardo, o eterno micróbio, consegue entrar na universidade (“E ela se formou no mesmo mês em que ele passou no vestibular”). Por esse ritmo, quando Eduardo conseguir o diploma, Monica deverá estar ganhando o seu prêmio Nobel. Outra prova da parcialidade do autor está em (“porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação”). É interessante notar que é o filho do Eduardo e não de Monica, que ficou de segunda época. Em suma, puxou ao pai e é burro que nem uma porta.

O que realmente impressiona nesta letra é a presença constante de um sexismo estereotipado. O homem é retratado como sendo um simplório alienado que só é salvo de uma vida medíocre e previsível graças a uma mulher naturalmente evoluída e oriunda de uma cultura alternativa redentora. Nesta visão está incutida a idéia absurda que o feminino é superior e o masculino, inferior. Bem típico de algum recalque homossexual do autor, talvez magoado com a natureza masculina. É sabido que em todas culturas e povos existentes, o homem sempre oprimiu amulher. Porém, isso não significa, em hipótese alguma, que estas sejam melhores que os homens. São apenas diferentes. Se desde o começo dos tempos o sexo feminino fosse o dominador e o masculino o subjugado, os mesmos erros teriam sido cometidos de uma maneira ou de outra.

Por quê? Ora, porque tanto homens, mulheres e colunistas sociais fazem parte da famigerada raça humana. E é aí que sempre morou o perigo. Não importa que seja Eduardo, Mônica ou até… Renato!

Adolar Gangorra tem 71 anos, é editor do periódico humorístico Os Reis da Gambiarra e não perde um show sequer dos The Fevers.
Meu coment: Adoro Legião, é parte da trilha sonora da minha adolescência. Apesar do tamanho, gostei desse texto. Ninguém pode negar que o escrito é divertido e inteligente.

Eu odeio gente dramática

                                                    Por Elton Tavares
Eu odeio muitos modelos de pessoas e algumas “pessoas modelo”, afinal, gosto mais do ”lado negro da força”. Brincadeiras a parte, hoje vou descrever gente dramática. Sim, aquele tipo de pessoa que acha que é o calcanhar do mundo e acha que tudo de ruim só acontece com ela, transformando sua vida desinteressante em uma novela mexicana.

Este tipo de pessoa possui uma carência inesgotável, precisa de atenção, nem que seja preciso uma chantagenzinha emocional. Fica repetindo uma espécie de mantra: “aconteceu isso ou aquilo comigo”. Égua-moleque-tu-é-doido!.

Mas o pior tipo de dramático é o dissimulado, que só sofre na frente de uns, só para manter seu status às avessas de coitadinho. Mas na verdade está curtindo com a cara de todo mundo, mandando o bom senso as favas. E pior, pensa que ninguém saca. Ora vejam só que ridículo.

Ainda vem me falar em consideração, logo para mim, que tive mais consideração que muitos. Chega de papos furados. Usando a filosofia popular: “cada macaco no seu galho”. Sem drama real e muito menos falso. Já deu né?

O estrela

                                                     Por Elton Tavares
Eu estava observando e pensando (eu sempre observo com atenção a tudo e a todos) algumas pessoas que conheci há pouco tempo. Aí você deve pensar: “Quem esse cara pensa que é para julgar alguém?”. Bom, a resposta é simples: um cara que tenta manter um bom relacionamento com os que o cercam. Confesso que estou menos intransigente e, pasmem, maleável. Quem me conhece, há tempos, sabe do que falo.

Sim, voltando ao assunto, eu fico muito aporrinhado com um determinado tipo de pessoa, “O Estrela”. Gente que quer ser mais do que é, que costuma andar inflado, com o ego maior do que ele próprio. Gente que é arrogante, boçal, enxerida, fresca (em muitos casos não tem onde cair morto) e chata.

Os estrelas gostam de aparecer, se destacar, reluzir. Quanto mais holofotes em cima deles, melhor. Eles acham que dominam todo tipo de assunto, se acham sabichões e são SEMPRE os detentores da razão. Gostam de falar em nome de um grupo, gostam de bajulação e adoram um puxa-saco.

Existe um abismo de diferença entre ser um líder e ser um estrela. Um líder é e o estrela quer ser. Convivemos com tais indivíduos dentro de qualquer grupo ou segmento, alguns estrelas “brilham” mais que os outros, dependendo da sua área de atuação. Como sou jornalista, vou citar alguns exemplos de estrela que conheço, sem dizer o nome de ninguém, claro.

Bom, tem neguinho na imprensa que quer mandar mais que secretário de Estado. Tem gente que acha que é lido, ouvido e assistido demais, aí pensa que é um grande formador de opinião, ledo engano.

Outros não se contentam em somente dar pitaco, querem governar, são verdadeiros pavões, que adoram aparecer, custe o que custar. Eu só quero fazer o meu trabalho, afinal, sou só um jornalista e gosto disso (risos).

Obs: Escrevi este texto em 2010, direcionado a duas pessoas com quem convivia na época. O mais engraçado que ele caiu como uma luva para estes dias.

Falsidade e dissimulação

                                                                                         Por Elton Tavares

Existe um tipo de pessoa que, mesmo eu sendo desconfiado e “macaco velho”, as vezes me surpreende. Trata-se da falsa gente boa. Não costumo acreditar na “primeira impressão”, “amor a primeira vista”, astrologia, pessoas totalmente sujeiras ou cem por cento santas. Mas mesmo assim, ainda tenho amargas surpresas.

Hoje, tive certeza do que já desconfiava há umas duas semanas, uma pessoa com quem convivo há pelo menos três meses, que eu achava que era muito legal, me detona. Aquele tipo de gente que sorrir para você e te apunha-la por trás, sim, os covardes são os piores. Por isso gosto de mostrar quem eu sou de cara.  

Este ser desprezível anda falando horrores sobre mim, a velha e maldita fofoca. O perfil da pessoa que fofoca é baseado em ressentimentos e seus próprios defeitos e isso é fato. O pior é que todo mau caráter que fala mal de alguém pra ti, certamente falará mal de ti aos outros e isso também é fato.


Acredito que trata-se daquele tipinho que faz tudo qualquer coisa para subir na vida. Que acha bonito o “jeitinho”, que adora rir de piadas idiotas, desde de que sejam contadas por “gente influente”. Sim, a pessoa é sorrateira e medíocre.
O pior é que a pessoa é carismática e brincalhona. Daquelas que você adora tomar uma cerva. Ledo engano. No fundo é um demônio, a personificação maquiada da dissimulação. Acho que eu nunca vou me acostumar com tal comportamento. Eu realmente odeio falsidade.

Como sei que a figura em questão lê este blog e espero que tenha inteligência o suficiente para saber que este recado é para ela, fica a dica, eu sei o que você pensa que trama pelas minhas costas (risos). E não tenho o mínimo de receio. Sabe porquê? Porque aprendi que, cedo ou tarde, as máscaras caem e eu continuo sendo eu mesmo, queridão da galera (risos).

Eu… eu sou caboca porque Deus me fez assim….

                                                                                          Por Darth .Vader
Garotos ribeirinhos – Foto: Alex Silveira

Aqui por Manaus, nos chamamos de caboclos, essa mistura louca que tem mais sangue índio do que dos outros. O termo caboclo – assim mesmo, escrito com ‘L’ – é o mais antigo na língua portuguesa, mas como somos brasileiros acima de tudo, demos um jeitinho de colocar na gramática o caboco.

E o que isso quer dizer? Bom, que somos um tanto preguiçosos, um tanto teimosos, um tanto do nosso jeito e um tantinho mais de qualquer coisa regional. É do caboco dormir em rede, comer pão com tucumã e queijo coalho, beber suco de cupuaçu no café da manhã, ou um café preto bem forte, porque caboco que é caboco é macho pra caramba!

É do caboco andar muito pra chegar bem aliiiiii! É nosso o jeito de comer peixe com farinha do uarini usando a mão, porque a colher num serve muito nessas horas. Catamos as espinhas pros mais novos, já que elas são tão ‘gitinhas’ que a meninada pode se engasgar.

Somos nós, cabocos, que sempre damos um jeitinho quando as coisas vão mal. Que amamos uma cadeira de balanço. Que reclamamos do muito calor ou do monte de chuva, mas nunca pensa em se mudar.

É tão nosso tanta coisa, que até criamos um novo ‘dialeto’, o ‘amazonês’. Aliás, tem um livro com este nome, de Sérgio Freire, que está na livraria só esperando por mim.

Vou terminar falando mais ainda da comida, porque cada Estado e região do Brasil são diferenciados por ela e por seu modo de falar. O Sudeste descobriu a pouco o nosso açaí, que significa Juçara, tá pra ti? E o seu Guaraná daquela marca famosa é todo produzido pelos cabocos e filhos de índios de Maués, principalmente. Neste fim de semana, provei o tal guaraná com açaí. Gosto diferente, mas ainda com sabor da gente, e a combinação deu certo. Porque caboco, meu amigo, gosta mesmo é de misturar!

Tenho orgulho de minha metade índia-caboca porque sim, afinal, caboco num dá muito explicação, meu velho, pois já sabe que tá certo!

*caboquês puro

As pilhérias do Yashá

                                                                                       Por Ademir Pedrosa
Eu, por exemplo, não gosto do Amapá. Sou livre para achar este estado “o cu do mundo”, se quiser. Não faço isso apenas porque a expressão me parece horrivelmente rasteira, nada mais que isso. (…) Há pessoas – pasmem! – que não gostam de Paris, por exemplo… Ora, se alguém pode ter a liberdade para sugerir que comer camarão com açaí na frente do rio Amazonas é melhor que degustar croissant com cappuccino ao pé da Torre Eiffel – sem ser internado num manicômio por isso! -, por que diabos eu não poderia achar Macapá um inferno, uma porcaria, um amontoado de buracos geometricamente organizados para destruir meu carro? (…) Não bastasse o bairrismo, agora o Amapá também inaugurou o “bairrismo POR AFINIDADE”. O “povo” não se contenta mais em se sentir ofendido por quem faz piada com um determinado lugar: agora empresta sua revolta cívica aos lugares vizinhos.” – por Yashá Gallazzi.
 
Yashá Gallazzi sonhou ter nascido na Itália, mas nasceu no cafundó-do-judas – bem feito pra ele! Sandro Gallazzi, seu pai, deveria dar uns puxões de orelha – à moda italiana – nesse monello que não pára de execrar com a terrinha, onde também nasceu o neto do Gallazzi, o bambino Yashazinho.
 
A autoctonefobia do Yashá é grave, e quando ele dispara seu canhão não fica oca sobre oca em nossa aldeia tucuju, e somos reduzidos a pó, a esterquilínios. Sua soberba lhe estimula preferir comer croissant com cappuccino ao pé da Torre Eiffel a degustar um delicioso açaí com camarão na frente do rio Amazonas.
 
Ora, a coruja acha seus filhotinhos belos. Os flamenguistas podem achar o urubu (mascote do time) bonito. Eu, por exemplo, acho o urubu uma das mais belas aves de rapina: a elegância de seu caminhar e seu vôo plano – que inspirou a invenção da asa-delta, e aproximou o homem dos pássaros. A ameba deve achar a amebinha a coisa mais fofa do mundo, e o gambá… bom, deixa pra lá! Quis apenas explicitar que o belo e o feio são relativos, especialmente se conceituá-los como arte.
 
Gosto é que nem fiofó, cada um tem o seu – ainda que seja no oco do mundo. Recorro de um eufemismo para não ser tão deselegante quanto o Yashá, que expõe explicitamente o cu na vitrina, sujeito às mãozinhas aventurosas que não perdem a oportunidade de bolinar no que é alheio. Devo lembrar que pia com água benta de igreja seca rapidinho, pelas repetidas dedadas dos fiéis.  

O italiano anda tiririca da vida com os buracos das ruas de Macapá que causam prejuízos à suspensão de sua Ferrari. Seus lindos olhos azuis, esgazeados, lhe assomam à face, a ponto de ele chamar despudoradamente Macapá de cu do mundo – dourou a pílula, mas disse.

 
Yashá tem o direito de proferir o que lhe der na telha, a despeito de tamanha incivilidade. Da mesma forma que a Karis, amapaense, sua irmã que mora na Itália, goza do mesmíssimo direito, e pensa diferente do irmão: “Amo Macapá, em setembro vou matar a saudade aí…”
 
Saudade é uma palavra que não há no italiano (nem em outro idioma), só a língua portuguesa é capaz de expressar esse sentimento híbrido de nostalgia e contentamento. E por conta disso – não mais do que isso – que prefiro a declaração da Karis aos queixumes do Yashá, por uma questão de… afinidade bairrista.
 
Postscriptum – Eu não acho porra nenhuma que a expressão “o cu do mundo” seja horrivelmente rasteira. Eu considero o palavrão um recurso expressivo e legítimo da língua portuguesa. O que eu acho de fato horrível são expressões rastaqüeras, como “só o filé”, “com certeza”, “de boa”, etc. Palavras em caixa-alta é uó, RIDÍCULO! E o Yashá adora acionar o caps lock quando quer persuadir o leitor, como se tamanho fosse documento. Eu, hein, rosa…
 
Meu comentário: O Siachá é um intelectualóide. Parece uma bicha má twittando suas frasesinhas imbecis. Tenta ser super polêmico, pois faz tudo para aparecer. Seu senso de superioridade beira as núvens. Mas no fundo, deve ser um cara com recalques sérios. Gostei muito Ademir (e ri muito também).
 
Fonte: Facebook do Ademir Pedrosa.

Cinco anos de Twitter

                                                                                   Por Darth J.Vader

Hoje, dia 21 de março, é aniversário do Twitter. O microblog apaga cinco velinhas e tomou conta de todo o mundo com aquela pergunta tola: O que você está fazendo agora? Eu duvide-o-dó que os inventores do ‘passarinho’ – os americanos Biz Stone, Evan Williams e Jack Dorsey – achavam que a idéia ia dar tão certo.

O certo mesmo é que muita gente não vive sem Twitter, e eu sou uma delas. A formidável troca de informação, aliada ao resumo do resumo de uma notícia, me levou a apostar na rede social mesmo antes da minha antiga chefe. Aliás, levava altas broncas porque tinha que ‘caçar notícia e não ler porcaria’.

A luta foi longa e perdida, ao menos enquanto trabalhava lá. Depois que saí, ela admitiu o estrondoso crescimento da audiência do site e eu soube que, atualmente, existe alguém somente para olhar o microblog.

O dicionário mostra duas definições para Twitter: “uma pequena explosão de informações sem importância” e “pios de pássaros”. Segundo os fundadores, ambas as definições eram perfeitas.

Ao contrário do que alguém escreveu aqui sobre o Twitter, ele é sim uma ótima ferramenta de trabalho. Como rede social também. Conheci muita gente boa e hoje me relaciono com elas no mundo real.

É claro que há informações inúteis, mas é fácil você solucionar essa: pare de seguir o idiota! Se ele/a continuar a insistir, bloqueie, ora! Fico louca quando alguém me diz que não gosta porque há muita “leseira” – idiotice, em amazonês. Leso é quem insiste em ler bobagens tendo a opção de não o fazer!

Pra finalizar, é bom que se diga que até o The Boss deste blog está aderindo devagar ao Twitter. Deve ser porque é um ótimo difusor de informações, ou ele viu que há coisas irreversíveis.

De qualquer maneira, segue eu! Twitter.com/JucaraMenezesAM. Até mais, pipou!

Quem não tinha o direito de morrer

                                                                               Por Darth J.Vader
Quando pensamos em ídolos, a cabeça de todos nós é muito rápida. Você pode citá-los em um piscar de olhos e explicar o porquê por horas a fio. É uma questão de sentimentos, de identificação imediata, de amor quase incondicional.

Nessas horas, penso em Clara Nunes, a “tal mineira” que foi a primeira mulher a gravar Samba. Sorry, mas ela não tinha o direito de morrer, já que a indústria fonográfica (em minha “modesta” opinião) ainda não encontrou quem a substitua. Sobre ela, post exclusivo para amanhã.

Outra mulher sem o direito de nos abandonar foi Elis Regina. Ela deixou interpretações que nunca foram devidamente regravadas. Aliás, do que sei até hoje, apenas Daniela Mercury teve essa coragem, com “Atrás da Porta”. A baiana fez uma nova versão em seu show “Clássica” de arrepiar os cabelos e parar a respiração, mas não de lagrimar como na voz da pimentinha da MPB. (Dani, I love you!).

De um tempo um pouco mais próximo, temos Cássia Eller, com sua voz rouca, imputando em nós o que bem entendesse com seu banco e violão, e a gente cantando junto. Além disso, ela ajudou e muito no movimento anti-homofobia. Ora, todos sabiam que era lésbica e isso nunca foi empecilho para seu sucesso. Até depois de sua ida para fazer um dueto com Tom Jobim, ela auxiliou na causa. Foi a primeira vez na história deste País que uma mulher conseguiu na Justiça o direito da guarda do filho da companheira, o Chicão. E isso abriu precedentes. 

Mudando o Tom para Bossa Nova, tínhamos Jobim. Voz gostosa, melodia triste, versos fáceis e agradáveis. Fez uma música para sua filha Luíza tão bonita que este foi o primeiro nome na minha cabeça quando fiz a ultrasom.

Já falei de Bezerra da Silva, o partideiro indigesto, e posso até falar de Michael Jackson se quiser, afinal o post é meu… rs. Falando sério, MJ foi o ícone de várias gerações, tinha algo tão diferente, com uma infância tão triste e uma história adulta igualmente complicada, que quando ele faleceu ninguém ficou incólume. Alguns se embebedaram (mea culpa) por conta do Rei do Pop.


Tem ainda Chico César, Renato Russo e Cazuza, cada qual no seu estilo. E estou citando só os que tenho em casa. Pensando nestes grandes nomes (e não porque eu vou relaxar amassando umas hoje =P), vou ouví-los no meu aparelho de som superpower. Sim, porque já que a tecnologia nos proporciona mordomias palpáveis, a homenagem aos eternos merece ser em grande estilo.

Todo jornalista é assim? Égua!

                                             Por Darth J. Vader

                                                                                       

Costumam dizer que todo jornalista é boêmio, adora um papo furado, fuma que é uma beleza e é desleixado com a aparência. Num sei não, mas eu acho que é verdade.

Não me recordo de nenhum jornalista que não beba ao menos um drink, no fim de semana. Encontrá-los em mesas de bar cheias, principalmente depois de plantões que parecem intermináveis, me parece mais comum que engarrafamento ao meio-dia.

E como parecemos cruéis, Senhor! Procuramos notícias de morte nos acidentes de transito, senão nem vale sair da redação. Queremos mulheres assassinadas brutalmente por maridos estúpidos, porque só um espancamento não dá manchete. É melhor o aluguel subir porque assim quem gosta de esportes também lê economia. E é perfeito quando o time do coração está ferrado porque todo mundo quer xingar o técnico que afirma estar tudo dentro do esperado.

Mas ah! Existem obrigações tão interessantes! Coletivas de imprensa com gente interessante, almoços free, presentes de grátis que sempre precisamos, confraternizações de empresas e governos em nossa homenagem e eu já falei das entradas VIP?

E o público, que pensa em nós como os salvadores da pátria e também nos acusa de xeretar? Somos acusados de facilitar divórcios por causa daquela foto comprometedora, de derrubar ministros, de interromper a novela com uma notícia “sem importância” como um tsunami no Japão.

Oh sim! Para “os de fora”, todo jornalista é igual, só muda a editoria!

A sutil diferença

                                                                                         Por Darth J. Vader

Hoje assino Darth J. Vader porque este alter ego grita horrores quando certas coisas não saem como deveriam, na opinião desta que vos escreve. É simples assim: o supremo-chefe do Lado Negro da Força não admite que as coisas saiam do controle e procura, com um certo sucesso, fazer tudo ficar irmanamente equilibrado (irmanamente, neste caso, significa mais para mim e menos para você).

Hoje, não posso de deixar de comentar certas notícias do Amazonas e peço desculpas antecipadas aos palavrões e despautérios, mas tem dia que não dá.

A primeira porrada vem da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Depois do comentário infeliz do prefeito da capital perante àquela paraense, um dos vereadores resolveu pedir o impeachment do prefeito Big Black.

Antes mesmo de entrar em votação, os próprios parlamentares da Casa anunciaram ajuda ao FDP. O presidente da CMM disse que só haverá votação se TODOS os vereadores estiverem presentes. Ora! Quando isso aconteceu na História da Humanidade? Ainda mais porque os “nobres“ eleitos pelo povo adoram ter um programa de TV do tipo tragédia e pobreza, aproveitando-se dos mais humildes (e às vezes mais idiotas)! Ninguém pode estar em dois lugares ao mesmo tempo e vocês podem imaginar que horas passa isso. Grrrrr!!

(Respira fundo e continua, minha filha). A base aliada assinalou para toda a imprensa que estaria lá para defender o ‘pobre’ prefeito, que ‘não merecia’ um pedido de afastamento por uma coisa ‘de momento’.

Meus nobres, eu vos digo que é verdade. O bate-boca com a dita mulher não pode se configurar nem na lista dos 100 maiores motivos para que o Big Black deixe o poder. Isso só serviu para o Brasil perceber que tipo de ‘gente’ comanda a capital verde. Vai afastar o cara? Que seja por desvio de verba, por improbidade, acusações de ser mandante de assassinatos, de exalar poeira branca e até de fumar charuto em lugares fechados!! Mas que seja realmente algo ilegal, caraleo!!

Uma investigação real, meu Senhor, é só isso que Lhe peço!!

Para fechar com chave de ouro este post, até o que eu considerava o mais ferrenho dos vereadores de oposição negou-se a votar a favor! Gzus! Onde vamos parar!

Enquanto isso tudo acontece, ainda não almocei. Tenho que pegar dois ônibus para chegar em casa e comer o frango guisado feito por minha mulher. A comida (e a mulher, que não sou besta) é uma delícia, mas ir do trabalho até os Quintais do Aleixo demora uma hora e meia, com sorte.

Agora tenho que ir. Preciso virar sardinha com meus conterrâneos dentro dos cacarecos que chamam transporte coletivo. Porque aqui é assim: você mal de uma coisa e quando vê tem sempre mais que poeira embaixo do tapete.

“Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma” – Shakespeare, taurino.

Hipocrisia e a falsidade virtual

                                                       Por Elton Tavares

Sabem aquele velho papo de: “Égua, quanto tempo, temos que marcar algo”. Pois é, hoje vou falar desse tipo de falsidade corriqueira, principalmente na internet. Tenho pelo menos uns 400 contatos no MSN, uns 500 amigos no Orkut e mais não sei quantos no Facebook. Bom, vamos por partes.

Quase todo mundo é muito, digamos, solícito na internet. É uma tal de paideguice descabida no mundo midiático que adoça até a tela do computador. É um lance de “amigo”, “querido”, “parceiro”, “irmão” e outros adjetivos. Sem falar nos elogios e a tal saudade daqueles que não vemos pessoalmente há meses ou anos.  

Aí que entra o tal “Égua, quanto tempo, temos que marcar algo”.Papo furado, a maioria dos antigos amigos de escola, faculdade ou antigo emprego se tornam boas lembranças ou somente mais um rosto conhecido na rua e nada mais. Claro que tenho muitos velhos amigos. Mas eles não dependem do mundo virtual.


Tá bom, somente uma que mora em Macapá, mas não temos contato pessoal pela total falta de compatibilidade de lugares freqüentados e etc. E dois que moram longe. O restante são somente pessoas legais, que talvez um dia tenham significado algo ou até foram amigos, mas o tempo, distância ou qualquer que seja o fator, os afastou. E isso é fato.

Claro que não estou tirando o mérito dessas pessoas, alguns foram personagens importantes de nossas histórias. Parafrasenado o escritor Fernando Canto: “De um tempo que fomos para sermos o que somos”. Cirúrgico!

Outro dia, uma efusiva conhecida (daquelas que a gente aceita só por educação na rede social) mandou um recado para o bate papo do Facebook: “Oi Elton, precisamos marcar com a fulana, o beltrano e o Sicrano, igual antigamente”. Acontece que perdi o contato com esse pessoal há tempos e quando encontro falo só de “oi”.

O ápice do papo furado é quando, erradamente, pensam que você pode beneficiá-los de alguma forma. Aí a rasgação de seda sem sentido é um atentado à minha modesta inteligência. A estes figuras, como diz o meu amigo Fernando Bedran: “panemas e pregos que acham bonito ser otário” e disparam todo tipo de falsidade clichê, dedico este texto.

Ah, eu adoro 80% dos meus contatos de internet, este escrito fala de uma minoria, que fique claro. Pois ao contrário de Cazuza, “mentiras sinceras” NÃO me interessam.