Festival gastronômico on-line oferta pratos de mais de 50 empresas de Macapá e Santana

Prato Hot do Chef — Foto: Abrasel/Divulgação

Por Victor Vidigal

Pensando em incentivar o segmento de bares e restaurantes de Macapá e Santana, segue até 31 de dezembro o festival gastronômico on-line “Amapá Food”. São pratos de mais de 50 empresas locais disponíveis no app de mesmo nome, onde o cliente pode pedir via delivery.

Entre as iguarias estão hambúrgueres, massas, sorvetes, peixes, bebidas, pizzas e comidas tradicionais da culinária amapaense, como o camarão no bafo. A média de preço é R$ 25.

Combo com hambúrguer disponível no aplicativo Amapá Sabor — Foto: Abrasel/Divulgação

O aplicativo foi uma iniciativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) como forma de contribuir com o pequeno e microempreendedor em meio à pandemia.

Uma das vantagens do aplicativo próprio é a não cobrança de taxa para o empresário, explica o executivo da Abrasel, Sandro Bello.

Prato de frango à parmegiana — Foto: Abrasel/Divulgação

“O evento coincide com o lançamento do aplicativo Amapá Food, gratuito para os empresários, uma vez que não há cobrança de taxas como nos aplicativos convencionais. Tem aplicativo que cobra do empresário até 30% do valor do pedido, sem falar na entrega. Isso faz com que o produto final tenha um valor maior”, detalha.

Os preços promocionais vão até 31 de dezembro. Porém, o aplicativo “Amapá Food” irá continuar disponível com a intenção de servir como um guia gastronômico para o cliente conhecer pratos de restaurantes e bares regionais.

Prato Dionísio Individual — Foto: Abrasel/Divulgação

De acordo com a Abrasel, são mais de 1,4 mil empresas do segmento espalhadas pelo Amapá – cerca de 700 concentradas em Macapá e Santana. Ainda segundo a entidade, o setor emprega aproximadamente 16 mil pessoas no estado.

“A gente vem de um apagão e de uma pandemia que afeta de sobre maneira esse segmento. E cada promoção que se faça da gastronomia local tem um impacto econômico e social muito grande porque estimula a população consumir fora do lar, estimula o empreendedorismo e produtos criativos aproveitando a produção local. Então é uma reação em cadeia muito positiva”, afirmou Bello.

Açaí com pescada amarela — Foto: Abrasel/Divulgação

As inscrições para participação no evento continuam abertas, basta entrar em contato com a Abrasel Amapá por meio do e-mail [email protected] ou nos telefones 98135-7900 e 98127-0754.

Fonte: G1 Amapá

Bando da Amizade realiza Ação Solidária para arrecadar alimentos

Banco da Amizade substitui festa dos 49 anos de criação por Ação Solidária e vai arrecadar alimentos não perecíveis que serão doados, em forma de cestas básicas, as famílias carentes do bairro do Laguinho e adjacências.

A ação filantrópica será no modelo drive thru e acontecerá no dia 02 de janeiro, sábado, a partir das 9h, com término previsto para às 18h.

O posto de arrecadação será no Banco da Amizade, no Laguinho, onde a diretoria disponibilizará de um container que vai armazenar os alimentos recebidos.

Todos os protocolos de higiene e distanciamento serão adotados para que a equipe e colaboradores, tenham a saúde preservada.

A diretoria reforça que não haverá aglomeração de pessoas, nem trabalhando na ação e nem de parceiros doadores. “Quem for doar alimentos, não vai precisar descer do seu carro. Nossa equipe estará usando máscara de proteção, luvas e álcool em gel, e vai buscar a doação na porta do carro. Esse alimento também será higienizado com álcool 70°, antes de ser armazenado no container”, garante o presidente do BA, Vagner Pantoja.

Em tempos de pandemia do Corona Vírus, onde as famílias enfrentam dificuldades para trabalhar e colocar comida na mesa, o Banco da Amizade mais uma vez demonstra solidariedade e tenta amenizar o sofrimento dessas pessoas de nossa comunidade. Contamos com a colaboração de todos. Doar é o gesto mais nobre de amor ao próximo!

Serviço:

* Ação Filantrópica – Driver thru
* Sábado, 02.01.
* Início: 09h
* Local: Banco da Amizade (Rua General Rondon, entre Padre Manoel da Nóbrega e José Antônio Siqueira), no Laguinho.

Tica Lemos
Assessoria comunicação do Banco da Amizade

Curso de Teatro da Unfap lança 5ª edição da revista eletrônica amazônica “IAÇÁ – Artes da Cena”

É com imensa alegria que o Curso de Teatro da Universidade Federal do Amapá, finaliza este ano pandêmico e desafiador, com o lançamento da 5ª edição da revista eletrônica amazônica, de acesso livre, gratuito e online, “IAÇÁ – Artes da Cena”, com o Dossiê Poéticas do Corpo, organizado pelo Prof. Me. Raphael Brito.

Juntamente com o Dossiê Temático, conta também com as sessões: Fluxo Contínuo, Relatos de Experiência e Recortes. Além de uma homenagem especial dedicada ao grande mestre, ator, diretor e professor Luiz Roberto de Souza – Luiz Pazzini, que faleceu este ano por complicações da Covid-19, com a escrita-in memoriam organizada pelo Prof. Dr. Arão Paranaguá.

Agradecemos à todes que colaboraram nesta edição – autores e avaliadores – e desejamos leituras inspiradoras e inquietantes não somente para provocarem outras produções acadêmicas, mas também para evocar sensações e outros modos de ser/estar na vida e na arte.

Raphael Brito – Organizador deste volume – Professor do Curso de Teatro da UNIFAP.

Acesse agora:
https://periodicos.unifap.br/index.php/iaca/issue/view/218

Réveillon Virtual: Governo realiza programação em parceria com artistas locais

Onze atrações musicais amapaenses dividirão o palco cantando músicas autorais no formato religioso.

Nesta quinta-feira, 31, acontece o Réveillon Virtual, uma programação online com mais de três horas de duração para celebrar a chegada do ano 2021. A ação é promovida pelo Governo do Estado do Amapá e coordenada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com a Associação dos Músicos e Compositores do Amapá (Amcap).

O evento online inicia às 21h30 e segue até às 1h do dia 1 de janeiro de 2021, com transmissão ao vivo pelo perfil da Secult no Facebook. A programação terá como cenário a Fortaleza de São José de Macapá, iniciando com culto ecumênico, com a ministração de líderes religiosos, representantes das comunidades evangélica, católica e afro. Onze atrações musicais amapaenses dividirão o palco cantando músicas autorais no formato religioso.

As atrações são:

Francisco Alves
Paulinho Bastos
Jorginho do Cavaco
Enrico di Micelli
Joãozinho Gomes
Osmar Júnior
Brenda Melo
Afro Brasil
Adenor Monteiro
Rambolde Campos
Negro de Nós

“Desde o festival ‘Ao Vivo Lá em Casa’ estamos mobilizados, Estado e artistas locais, em levar o entretenimento às famílias amapaenses. E para esse evento queremos proporcionar uma atmosfera de reflexão, paz, unidade e fé, para saudar 2021”, frisou Amadeu Cavalcante, coordenador de desenvolvimento cultural da Secult.

A transmissão do Réveillon Virtual Religioso encerra com lançamento de balões brancos ao céu de Macapá, momento que representará as boas-vindas ao ano novo.

Texto: Nathacha Dantas
Foto: Maksuel Martins
Ascom GEA

Aos loucos, pirados pelo poder – Crônica de Elton Tavares

Ilustração de Ronaldo Rony

Queria que esses loucos por poder fossem tomados por lucidez e bom humor. Que eles respeitassem nossas individualidades, fraquezas, escolhas e habilidades. Gostaria que estes canalhas avaliassem o profissional, a pessoa, o amigo, sem o sagaz desejo de domínio absoluto do ser e sem a mão pesada da tirania imbecil.

Queria que estes doidos por dinheiro nos deixassem escolher, questionar, discernir, pensar livremente. Queria que os insanos por status nos desse o direito de sermos sinceros, de vivermos com clareza, de acordo com nossas escolhas, sem ameaças ou tramas de desconstrução de nossas imagens.

Ficaria feliz com um pouco de reconhecimento pelo que foi feito, pelo que aconteceu, pelos bons e ilusórios tempos de brodagem. Também seria grato se os alucinados se tocassem que não possuem super-poderes, muito menos competência para “queimar” quem não atende seus desejos.

Queria que fossem menos incoerentes, estúpidos, insensatos e imorais. Uma pena que loucos maus conduzam cegos, entre eles, bons cegos.

Por fim, queria mesmo que esses malucos monsenhores boçais e seus vassalos, envenenados pelo poder, parassem de, a esta altura do campeonato, tentar dar um migué (fraco) para cima de quem os conhece bem. Chega, insanos, de tentar rezar a missa em latim de trás pra frente.

Afinal, ninguém é totalmente mau ou plenamente do bem, mas injustiça e perseguição gratuita é loucura. E como é! Ah, como eu queria que esses loucos fossem menos pirados por poder.

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bençãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria,lançado no último dia 18 de setembro. A obra, com 61 crônicas, tá linda e está à venda na Public Livraria ao preço de R$ 30,00 ou comigo. Contato: 96-99147-4038.

**Texto de 2012. 

Seafro e Secult iniciam as apresentações da Semana da Consciência Negra 2020

Apresentações de vídeos e transmissões ao vivo (lives) prosseguem durante o mês de janeiro

As secretarias de Estado da Cultura (Secult) e de Afrodescendentes (Seafro) iniciam as apresentações das atrações da Semana da Consciência Negra 2020, em cumprimento ao Edital 004/2020-SECULT, que habilitou as atrações por segmentos. Nesta quarta-feira, 30, serão veiculados seis vídeos de capoeira e povos de terreiro (matriz africana).

“A programação 2020 da Semana da Consciência Negra foi excepcional, foi adaptada ao novo normal imposto pela pandemia, mas começa a virar realidade graças aos esforços conjuntos do governo, através da Secult e da Seafro”, explica o secretário da Seafro, Aluizo de Carvalho.

As exibições serão retomadas no mês de janeiro com os demais segmentos: marabaixo e música com temática negra. Além dos védos gravados, será feita uma transmissão ao vivo e uma roda de conversas, em data ainda a ser definida. Todo o material será veiculado na página da Secult no Facebook. Confira abaixo os links das 6 primeiras publicações:

Texto e fotos: Gabriel Penha
Ascom Seafro

2020: Temos o que comemorar? – Crônica de Silvio Neto

Imagem: placevale73.tumblr.com

Crônica de Silvio Neto

O ano de 2020 foi um ano bissexto, quer dizer, a cada quatro anos, temos um dia a mais no calendário, mais precisamente o dia 29 de fevereiro. Mas, calma! Geralmente é só isso que se repete a cada ano bissexto.

Segundo o horóscopo chinês, 2020 foi o ano do Rato, começando a 25 de janeiro. Na mitologia chinesa, o rato representa a criatividade; a solução de problemas; a imaginação; o trabalho hiperativo e respeitado por sua capacidade em resolver situações difíceis; a intuição, com a capacidade de adquirir e preservar coisas e valores… E, curiosamente, nunca precisamos tanto destas qualidades nos últimos cem anos, para conseguirmos superar como pudemos, este ano de 2020.

O sol entrou em Aquário a 20 de janeiro inaugurando, segundo alguns uma Nova Era que vinha sendo esperada desde os anos de 1960, quando, na letra de uma das músicas daquele inesquecível musical da Broadway, Hair, a Lua estaria na Sétima Casa e Júpiter, alinhado com Marte, guiaria os planetas à Paz e o Amor comandaria as estrelas… Tudo muito lindo, mas infelizmente… muito fantasioso.

O fato é que tivemos um ano bem difícil! Em janeiro, chegamos muito perto de uma 3ª Guerra Mundial, com ataques entre bases do Irã e dos Estados Unidos no Oriente Médio. Cerca de 500 milhões de animais completamente indefesos morreram numa série de incêndios na Austrália. O Reino Unido saiu, formalmente, da União Europeia e, em menos de uma semana, um tal de novo coronavírus infectou mais de dez mil pessoas e matou mais de 200. Em 30 de janeiro a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou um “surto de doença respiratória de novo coronavírus em estado de Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional.

Em fevereiro, o novo coronavírus chegou ao Brasil, com um primeiro caso na cidade de São Paulo.

No dia 11 de março, a OMS declara como “pandemia a doença do surto de novo coronavírus no mundo”. As reações são imediatas no incrível mundo globalizado: Os mercados de ações globais sofrem seu maior declínio em um único dia desde a segunda-feira negra de 1987. Era o primeiro sinal de desespero. Eventos como as Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2022; Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA; Campeonato Europeu de Futebol de 2020 e Copa América de 2020; Festival Eurovisão da Canção 2020 e até os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 são cancelados.

Em abril, no dia 10, o Brasil chegou às primeiras 1.000 (mil) mortes por COVID-19. Mostrando que isso não era só “uma gripezinha”, como insistia em dizer o presidente daqui… Enquanto isso, nos Estados Unidos, os casos confirmados de COVID-19 chegaram a 1 milhão, também mostrando que não era algo “inofensivo e passageiro” como insistia em dizer o presidente de lá…

Em maio, com 330 mil infecções, o Brasil superou a Rússia e se tornou o segundo país com mais casos confirmados de COVID-19 no mundo. E o presidente insistindo em minimizar a situação. Como se não bastasse, mais animais silvestres morrem, desta vez, no Pantanal Matogrossense.

Em junho, com mais de 41 mil mortes, o Brasil superou o Reino Unido e se torna o segundo país com mais mortes de COVID-19 no mundo. Mas o presidente e seu exército de fanáticos continuam negando a gravidade da situação. Já era 1 milhão de casos confirmados de COVID-19.

Em agosto, o número mundial de mortes causadas pela COVID-19 já ultrapassava a marca de 700 000 e o presidente da Rússia declarou que o país já havia aprovado a primeira vacina do mundo contra a doença. Mas até hoje não sabemos se era verdade ou só um porre de vodka do Putin…

Em setembro, o número mundial de mortes causadas pela COVID-19 ultrapassa a marca de 1 milhão.

Em outubro, o Brasil atingiu 5 milhões de casos confirmados de COVID-19 e superou as 150 mil mortes causadas pela doença. Como se não bastasse tanta tragédia ao longo do ano, ataques terroristas voltam a abalar a França pela selvageria – vítimas foram decapitadas na rua, em plena luz do dia.

Em novembro, finalmente, apesar de mais dias terríveis, sem luz, sem água, sem comida e sem dinheiro aqui no Amapá, começam a aparecer as boas notícias. Primeiro, Donald Trump perde as eleições nos Estados Unidos, não conseguindo se reeleger, apesar de até hoje estar esperneando e fazendo beicinho.

Os fascistas apoiados por Bolsonaro levam uma surra nas urnas e quase nenhum dos vermes consegue se eleger para prefeito, vereador ou síndico de condomínio… Até que no dia 2 de dezembro o Reino Unido aprovou a vacina BNT162b2 da Pfizer, sendo o primeiro país do mundo a aprovar uma vacina contra a COVID-19.

Ainda em dezembro, no dia 21, Júpiter não se alinhou com Marte, como diria a música, mas com Saturno, num evento que só acontece aproximadamente a cada 400 anos. Os astrônomos disseram que se tratava do mesmo fenômeno astronômico descrito na Bíblia como a Estrela de Belém, que teria guiado os Reis Magos até a manjedoura onde acabara de nascer Jesus, o Cristo, cerca de 2020 anos atrás.

Talvez este evento sirva para lembrar – pelo menos aqueles que se importam com a magia da vida neste planeta – que, por mais que o ano tenha sido difícil, sempre há uma esperança. E a luz sempre acaba rompendo a escuridão, por mais assombrosa que ela seja.

Ao longo do ano, muita coisa boa também aconteceu, tanto individualmente como coletivamente. Nos primeiros meses, o isolamento social forçado pela pandemia ajudou a fazer com que a natureza voltasse a respirar um pouco e regenerasse seus recursos. Foram registrados altos índices de melhoria nas condições do ar e de muitos mananciais de água. Muitos gestos de amor ao próximo de anônimos se fizeram perceber por várias partes do mundo. Muitas pessoas reavaliaram suas vidas, seu valores, suas prioridades. Outras encontraram um sentido na vida em ajudar alguém. Pudemos perceber, pela primeira vez em anos – talvez em séculos – o quanto estávamos já isolados de nós mesmos e das coisas e pessoas que realmente importam nas nossas vidas e tivemos a chance de nos reaproximarmos de nós mesmos, de convivermos com nós mesmos, até de perdoarmos a nós mesmos…

(Ilustração: Manuel Granja)

Óbvio que para muitos o egoismo continua prevalecendo. São aqueles que negam tudo o que aconteceu e ainda está acontecendo. São aqueles que se recusam a usar uma simples máscara. São aqueles que se recusam a tomar uma vacina que vai, se não acabar, pelo menos controlar mais um pouco o avanço desse vírus e desse caos. São aqueles que acreditam que o planeta é uma tábula rasa, que só o dinheiro salva e que comunista come criancinhas – quando na verdade, muito padre de reputação ilibada é quem está sendo preso por “comer” criancinhas a redor do mundo…

Ainda assim, acredito piamente que 2020 é um ano que tem muito o que comemorar. E mais! Que jamais deverá ser esquecido!

Perdemos e continuamos a perder muita gente querida. É triste. Mas eu aprendi que as coisas são como são. Simplesmente é assim. E temos que conviver com isso. Vamos sofrer? Vamos. E muito! Mas não tem nada errado em sofrer. As lições mais importantes da vida são aquelas que nos chegam geralmente pelo sofrimento e pela dor. Mas isso não é desculpa para querer deixar de viver. Muito pelo contrário.

O que precisamos fazer é mudar nossa atitude perante a vida e aproveitar e celebrar cada minuto que temos como se fosse o último, seja por causa de pandemia, de guerra, de ataques terroristas, ou simplesmente pelas agruras do nosso cotidiano.

*Silvio Neto é jornalista e pilota o blog “A Vida é Foda” (aliás, recomendo, saquem lá).

Prefeitura de Macapá realiza Live de Lançamento dos livros da Coleção Letras de Ápacam

A Prefeitura de Macapá, por meio da Fundação Municipal de Cultura, realizou nesta segunda-feira, 28, uma Live de lançamento dos livros do projeto literário “Letras de Ápacam”, idealizado e coordenado pelo poeta Joãozinho Gomes e pelo sociólogo João Milhomem. O projeto tem o objetivo de editar e reeditar as obras dos poetas-pioneiros, da chamada primeira e segunda geração, classificados como poetas modernos do Amapá.

“É um momento de felicidade, onde relembramos obras de grandes escritores amapaenses, resgatando assim um pouco da nossa história. Parabenizo os coordenadores do projeto pela iniciativa, desejando muito sucesso, pois nossa Macapá merece. Hoje, nosso acervo literário ganha muito com essa linda coleção. Fico imensamente grato em poder fazer parte dessa realização por meio da Prefeitura de Macapá”, disse o prefeito Clécio Luís.

Entre os poetas que tiveram suas obras reeditadas estão Isnard Lima, com a obra Seiva da Energia Radiante; Alcy Araújo, com Autogeografia e Ave-Ternura; Manoel Bispo, com Obras Reunidas; Ivo Torres, com Love and Love e Cantigas do Meu Retiro e Sermão de Mágoas e trovas do poeta Arthur Nery Marinho. Entre os escritores homenageados apenas dois estão vivos, o escritor Manoel Bispo e Ivo Torres, que também prefaciou a obra juntamente com o escritor e sociólogo Fernando Canto. Desse modo, a prefeitura entrega à comunidade literária e a toda comunidade amapaense mais um valioso documento literário da sua história.

“Estou muito feliz com esse trabalho. É muito gratificante ver a valorização de uma obra minha e de dois grandes amigos que já partiram, mas deixaram um grande legado para a literatura amapaense. Tenho orgulho de fazer parte disso e sendo o único poeta vivo entre os autores, desfrutando em vida deste momento”, relatou o escritor Manoel Bispo.

Na ocasião, Alcilene Cavalcante, filha do saudoso escritor Alcy Araújo, aproveitou para agradecer e falar do sentimento de ver o projeto sendo realizado. “Desde o primeiro dia em que tomamos conhecimento sobre o projeto, ficamos muito emocionados, e mais ainda quando vimos a execução que foi feita com tanta perfeição. Só temos a agradecer por manter essa obra viva, sempre relembrando o grande legado que o nosso pai Alcy Araújo deixou para a literatura amapaense”, disse.

No evento, estiveram presentes os escritores José Pastana, Fernando Canto, Paulo de Tarso, Joãozinho Gomes e João Milhomem.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Kelly Pantoja
Assessora de comunicação
Fotos: Cleito Souza

APIB apela ao STF pela proteção urgente de povos isolados de evangélicos

Foto: APIB

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (@apiboficial) encaminhou ontem (29) uma solicitação de urgência para que o Supremo Tribunal Federal (STF) tome medidas para proteger os povos indígenas isolados da atuação de missionários evangélicos. O pedido busca fazer com que o STF determine a inconstitucionalidade de um trecho da Lei 14.021/20 que permite a permanência de missões de cunho religioso em territórios onde há comunidades de indígenas isolados

O apelo da Apib acontece após o presidente do STF, Luiz Fux, recusar a análise da inconstitucionalidade de parte da lei por não considerar o assunto urgente e nesse sentido pede que a decisão seja reconsiderada.

A Lei 14.021/20 cria mecanismos de proteção aos povos indígenas durante a pandemia, mas durante seu processo de aprovação um trecho da lei foi modificado e prejudica os povos indígenas isolados beneficiando missões evangélicas.

“As missões de cunho religioso que já estejam nas comunidades indígenas deverão ser avaliadas pela equipe de saúde responsável e poderão permanecer mediante aval do médico responsável”, esse é o trecho da lei que o apelo da Apib ao STF solicita que seja considerado inconstitucional.

A APIB pede urgência no caso, pois a lei perderá efeito no dia 31 de dezembro e, depois dessa data, não haverá mais razão para analisar a inconstitucionalidade do trecho questionado. Sem a análise, os missionários que já estão em terras indígenas poderão permanecer nas regiões, impactando na cultura dos povos originários e oferecendo riscos à cultura, saúde e vida desses povos.

Veja o pedido na íntegra AQUI.

Ascom APIB

Quando a gente se guiava pelas estrelas – Crônica de @alcinea

 

Crônica de Alcinéa Cavalcante

“Olha! Olha!” Exclamava o menino apontando para o céu: “Lá vai, lá vai”. E todos olhavam e viam e falavam sobre o objeto que passava saltitante entre nuvens e estrelas. Não. Não era um disco voador. Era simplesmente um satélite, provavelmente desses que ficam fotografando a Amazônia.

Diversão da meninada naquele tempo, quando a noite caía, era sentar na frente da casa e olhar o céu, caçar satélites e estrelas cadentes, procurar São Jorge na Lua e identificar constelações. O telescópio era um canudo de cartolina.

Ah, tempo bom, quando a gente sabia se guiar pelas estrelas e sonhava ser astronauta para visitar outros mundos, brincar em outros planetas e, depois, voltar à Terra com as mãos transbordantes de estrelas.

Trazer também uns fiapos de nuvem para fazer algodão doce, pois que a vida, meu irmão, era uma doçura e plena de encantamento naquela rua sem asfalto, sem bangalôs, sem muros e sem televisão.

 

Clínica de Direitos Humanos da UNIFAP anuncia o lançamento de seu primeiro trabalho técnico

Foi lançado a produção técnica da Clínica de Direitos Humanos (CDH) que reúne em uma coletânea os casos julgados, medidas provisórias e opiniões consultivas no âmbito da Corte IDH, voltadas para a garantia e proteção das mulheres e também dos povos e comunidades tradicionais. Em complemento, apresenta ao final, um conjunto normativo internacional direcionado aos temas. A opção pelas temáticas desta Coletânea é justificada pelo contexto de violações no Brasil, e mais especialmente na região amazônica e amapaense. A produção do material é uma forma de consolidar e divulgar, num documento único, a base de sustentação jurisprudencial formada pelo Sistema Interamericano de Direitos Humanos, de modo a incentivar o uso em petições, pareceres, decisões e estudos.

Este é o primeiro trabalho técnico da Clínica de Direitos Humanos da UNIFAP e teve como coordenadora a Profa. Dra. Linara Oeiras Assunção com orientação das professoras doutoras Daize Fernanda Wagner e Helena Cristina Guimarães Queiroz Simões e organização da CDH/ UNIFAP.

Conheça aqui a Coletânea de Jurisprudência da Corte IDH: https://www2.unifap.br/direito/files/2020/12/Colet%c3%a2nea-de-Jurisprud%c3%aancia-da-Corte-IDH.pdf

Ascom Unifap

Prefácio do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias” – Por Fernando Canto

Foto: Flávio Cavalcante.

Por Fernando Canto

Após a súbita subida dimensional do nosso inesquecível amigo Tãgaha Soares, o Elton Tavares me elegeu para escrever o prefácio do seu primeiro livro de crônicas e contos. Haja responsa.

Já se passaram dois anos, e eu aqui tentando alinhavar umas palavras que coubessem no seu texto carregado de frases insólitas, no conjunto do seu fazer insistente em dar forma e existência a uma produção intelectual que traz a lume no seu famoso site “De Rocha”.

Tagaha Luz, o primeiro incentivador para o livro, que morreu em 2016.

Ao leitor inabitual fica a advertência: você vai encontrar palavras inexistentes, mas deverá compreender o intuito, pois o autor é chegado a um neologismo onde realmente nenhuma palavra cabe, e a gírias atuais, modernas, que pessoas da geração dele se comunicam com libações ao redor de uma cerveja do polo sul. Fica também a informação de que palavras como: ”infetéticos”, “migué”, “tals”, “óquei”, “brodagem”, “caralístico” “paideguice”, “sequelado” e “rabugem” trazem sempre uma boa dosagem de ironia e lirismo, porque, como ele mesmo diz: “Nunca fui convencional”. E sempre que pode reafirma recorrentemente: “É isso!”

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Nestas crônicas Elton Tavares se exime de toda a responsabilidade textual que venha possibilitar relação com a sua trampagem (O cara é jornalista, brother!). Disso ele se esquiva e mergulha fundo com independência e caráter. E navega por trilhas que abre diuturnamente como o seu peso e coragem, até encontrar outros rumos temáticos. São saborosas observações do cotidiano expressas de forma, diria novamente, inusitadas, dinâmicas e expostas ao sol do equador com seus cabelos-letras-acentos ao vento do Amazonas. Se elas têm sabor, têm cheiro & pele, têm espuma & malte. Têm, sobretudo, a ausência do conservantismo prosaico e das platitudes tão comuns dos que escrevem suas observações cotidianas sem o compromisso com a escritura, ao invés de tê-la como um deleite da vida humana. Por isso elas são irretocáveis no conteúdo e irreverentes, também no endereçamento aos hipócritas.

Elton Tavares e Fernando Canto, no traço de Ronaldo Rony, que ilustrou o livro.

Creio que as crônicas aqui escritas – muitas delas circunscritas ao Amapá – carregam gestos excruciantes que nos levam a refletir sobre a noção de espaço, pois às vezes temos a intenção de ser espaço. E, por carregarmos muitos vazios dentro de nós, antes e depois do almoço, a intenção é o próprio espaço que esperamos preencher com algo de bom que ficou da nossa vida por um tempo. As crônicas tavarianas me dão esta louca impressão de saciedade, mas depois a fome de ler volta com os cascos, que só pode ser saciada na companhia de uma cerveja bem gelada.

*O livro foi lançado no último dia 18 de setembro. Ah, A obra tá linda e está à venda na Public Livraria ao preço de R$ 30,00 ou comigo, Elton Tavares (96-99147-4038).

E hoje em dia, como é que se diz “Eu te amo” ?

Ilustração: Milton Keneddy (encontrada na página: http://miltonkennedy.blogspot.com/2010/03/aries-com-ascendente-em-peixes.html)

Sempre que escuto a velha Legião Urbana, entro em um portal do tempo/espaço e a cabeça viaja para um montão de memórias afetivas e pessoas, situações e etc. Música é fogo, nos transporta para antigos lugares e reflexões distintas.

Certa vez, há mais de uma década, em meio às canções (e entre as paixões, como diria Milton), que foram trilha sonora da longínqua adolescência, li um recado da Lorena Queiroz, minha prima “Loloca”, que morava em Brasília (DF) na época e hoje em dia está em Florianópolis (SC). Nele, ela disse: “Aí primo…quando leio estas coisas, até me aperta o coração, também te amo e morro de saudades. Beijo!.” (eu havia deixado na página dela do extinto Orkut duas palavras: te amo).

Vou explicar. Sou um cara cascudo, brabo, encrenqueiro, irônico e genioso, mas também sou amoroso com minha família e amigos. É uma sequência de “eu te amo para cá”, “eu te amo para lá” e assim vai. Isso acontece todos os dias, seja ao acordar e dar um beijo na minha mãe, ao telefone com o meu irmão (que mora em Belém), quando vou à casa da minha avó e digo “eu te amo” a ela e minha tia. Foi assim com várias outras pessoas que amo. Sim, amo uma porrada de gente, graças a Deus!

Não tenho vergonha de dizer “eu te amo”, principalmente quando sinto muita vontade. Sabem por que? Em 1996, meu avô faleceu em um acidente automobilístico. Eu estava em Belém, de férias. Retornei à Macapá e meu saudoso pai estava arrasado. Quando perguntei como ele estava, Zé penha (meu velho) foi categórico:

“Ta foda!”, e um “tá foda” descreve muito bem aquela situação. O que me marcou foi quando ele disse: “Nunca disse ao meu pai que eu o amava e eu nunca mais deixarei de fazer isso”.

Ilustração: Milton Keneddy (encontrada na página: http://miltonkennedy.blogspot.com/2010/03/aries-com-ascendente-em-peixes.html)

Aquilo foi um toque, desde então, não parei de declarar meu amor aos meus. Acredito que precisamos sempre dizer que amamos as pessoas que realmente amamos, seja um parente direto ou alguém que vale muito para você. Muitos lerão isso aqui e vão achar que é frescura ou algo assim, mas parafraseando o velho Renato (duas vezes): “O mundo anda tão complicado. E hoje em dia, como é que se diz: “Eu te amo.”?

Se você é um cara daqueles antigões, que acha isso uma grande besteira, tente bicho, verás como é legal. Afinal, esquisito é não expressar nada, isso sim é bobagem. Então fica a dica, digam “eu te amo” para seus pais, filhos, irmãos, parentes, cônjuges e amigos, se isso for “de rocha”, claro.

Natal da Solidariedade: feirantes do Novo Horizonte recebem orquestra e comemoram iniciativa

Natal e Ano Novo são duas importantes datas de celebração e que nos remetem a reavaliar esse ano que passou, renovar as energias, celebrar os bons acontecimentos e traçar novos objetivos para o novo ano que vem chegando.

Com isso, para muitas famílias, esse período também significa envolvimento em planejamentos e organizações de festas, que, em período de pandemia, devem seguir todos os protocolos de segurança, como evitar aglomerações.

O Natal da Solidariedade, projeto desenvolvido por servidores do Governo do Estado, tem levado alegria com muita música tocadas por estudantes da rede estadual, integrantes da banda de fanfarra e servidores da Secretaria de Estado da Educação (Seed), que organizaram visitas às feiras da capital.

Na manhã do último domingo (27), foi a vez da Feira do bairro Novo Horizonte, zona norte de Macapá, receber a orquestra. Para a feirante Diana Barbosa, de 38 anos, a fé a tem garantido acreditar em dias melhores que parecem terem chegado com a iniciativa dos jovens.

“O povo parece estar sem esperança devido a tudo o que aconteceu, mas nós sabemos que Deus não nos abandonou. Então, ter esse grupo de jovens fazendo isso por nós, trazendo um pouco de alegria, é muito bom. São poucos que decidem fazer algo pelo próximo. Aqui, passamos dia e noite trabalhando e nunca nos é oferecido coisas como essa”, contou Diana.

Trabalhando com venda de lanches, Francisca Silva, de 55 anos, diz que os feirantes nunca receberam uma banda que dedicasse canções para eles.

“Eu agradeço a iniciativa. Seria ainda melhor se houvesse uma escola de música no bairro para incentivar outros jovens a participarem desse tipo de ação. Porque, é tão maravilho ser lembrada que eu peço que venham mais vezes aqui.”, sugeriu a feirante.

Confira o cronograma das próximas ações:

Data: 29 de dezembro

Local: Feira do Perpétuo Socorro e Feira do Pescado

Hora: 8h00

Local: Feira do Jardim I

Hora: 15h00

Fonte: Diário do Amapá