O desfile do Piratão foi, literalmente, uma “Viagem à Terra do Nunca”. A gente arrebentou e atrevo-me a afirmar: seremos campeões mais uma vez! – @PiratasBatucada

Foto: Max Renê

No último sábado (22), na Passarela do Samba no Meio do Mundo, na Rua Victa Mota Dias, rolou o segundo dia de Desfile das Escolas de Samba do Amapá. Somente agora tive tempo de escrever sobre a nossa marcha alegre daquela noite/dia (já que amanhecemos por lá), devido à extensa agenda carnavalesca (risos).

Foto: Max Renê

A Associação Recreativa e Cultural Escola de Samba Piratas da Batucada, atual campeã do carnaval amapaense e minha agremiação carnavalesca do coração, defendeu o título conquistado em 2015 de maneira brilhante.

Foto: Max Renê

Quando o Piratão entrou, a Avenida explodiu. A multidão amarela se levantou e a mágica aconteceu. O enredo trouxe a magia do Carnaval. A Bateria Majestosa Pura Cadência foi, como sempre, extraordinariamente perfeita.

Foto: Max Renê

“A terra do nunca pode ser você
Basta acreditar
Crie esse mundo pra morar
Sinta que é possível conquistar
Amor, paz e igualdade
Não se paga pra sonhar…”

Foto: Max Renê

A harmonia foi nota dez, assim como a comissão de frente e nenhum de nossos carros quebrou. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente e rainha da bateria foram impecáveis. As fantasias foram as mais brilhantes da noite. Chegamos emocionados na dispersão com aquele sentimento de termos feito um grande desfile.

Foto: Max Renê

“…Nunca vou deixar de amar
Teu amarelo, glorioso imortal
A zona sul vem sambar
Com o rei do carnaval…”

Foto: Max Renê

Tudo com muita vibração, organização, luz, cor, alegria, magia e amor. Senti meu coração disparar e bater no compasso da bateria. Foi emocionante! Sim, Piratas da Batucada fez de seu 31º desfile um show de magnitude e esplendor que transformou a Terra do Nunca em realidade. Um verdadeiro presente do Rei do Carnaval ao público que assistiu, e a toda a comunidade da Zona Sul da capital.

Com a Mari, Teresa e Ita, da família Simões. Todas piratas. Comecei a desfilar com elas, na primeira metade dos anos 90, na Avenida Fab.

“… Nunca esqueça, carnaval é fantasia
Então deseje que a alegria
Seja o tic-tac do seu coração…”

Meu grande amigo Anderson Miranda feliz da vida me olhando e eu emocionado pra caralho. Égua do desfile foda!

Na noite anterior, o Piratas Estilizados fez bonito e deve ser o segundo colocado após uma disputa ponto a ponto com o Piratão. Já o Boêmios, que passou na mesma noite, fez o mais do mesmo. E eu achei ruinzinho (que me perdoem os amigos boemistas).

Foto encontrada no blog Repiquete no Meio do Mundo

Maracatu da Favela desfilou no sábado, mas minha querida amiga e jornalista que manja muito de Carnaval, Alcinéa Cavalcante, disse: “Na minha modesta opinião, o título de campeão vai pro Piratão. Sou Maracatu mas reconheço a grandiosidade do Piratão”. Com uma declaração dessas, da ilustre foliã verde-rosa, fico ainda mais feliz.

Foto: Max Renê

O Piratão passou lindo com seus mil integrantes, carros alegóricos majestosos e nove alas. Eu tava lá, mais uma vez, na ala dos palhaços. Foi um daqueles momentos da vida de muita alegria e reencontro de amigos.

Foto: Gabriel Penha

Quem é pirata sabe como é sensacional desfilar ou torcer pela Escola. Somos apaixonados e felizes. E atrevo-me a afirmar: seremos campeões de novo!

Foto: Max Renê

…Agite a bandeira, balance a mão
Embarque na viagem da imaginação
Vem ser feliz no Piratão…vencer é emoção
Sonhar é crer que o “nunca” pode acontecer…

Elton Tavares – Jornalista e pirata da batucada desde 1990.

Maior bloco popular da Região Norte, “A Banda” promete arrastar mais de 220 mil foliões na terça-feira gorda de carnaval

Maksuel Martins

Neste carnaval, o maior bloco popular do Norte do país promete levar para as ruas uma multidão de mais de 220 mil brincantes. A banda ganha as ruas do centro da cidade no dia 25 de fevereiro em um percurso de aproximadamente 7 quilômetros.

Este ano, quando o bloco comemora 55 anos, a organização anunciou cinco novos bonecos para o desfile. Eles irão homenagear personalidades que fundaram “A Banda” e que contribuíram para o crescimento do Amapá. São eles: Amujacy Borges de Alencar, professor Antônio Munhoz Lopes, Alice Gorda, Mestre Sacaca e Léo Platon, que irão seguir o cortejo ao lado da tradicional Chicona, Iracema e dos veteranos Ari e Anhanguera.

Outra novidade é o lançamento do abadá, que traz a temática do prédio da “Banda” e a imagem dos cinco novos bonecos. “Os abadás serão vendidos ao preço de 15 reais, mas ressalto que o uso é opcional. Apenas mil unidades foram confeccionadas. A proposta é que o folião tenha uma lembrança da ‘Banda’ para guardar”, explicou Cláudio Junior, gerente de Projetos do bloco.

“Outro detalhe importante que queremos lembrar aos brincantes é a realização da terceira edição da ação social que disponibiliza atendimento médico, massagens, ergonomia, testes rápidos e diversos outros serviços. Tudo isso na programação que acontece das 8h às 12h30, na sede do bloco”, ressaltou Cláudio.

Antes do cortejo, em frente à sede da associação, acontecerá a entrega dos bonecos e a distribuição do tradicional caldo de carne para os participantes. Em seguida, vem a concentração e os preparativos para o cortejo.

Trajeto da “Banda”

Às 13h30 ocorrerá a concentração na Avenida Presidente Vargas, na Praça Veiga Cabral. O bloco seguirá pela Rua Cândido Mendes; Av. Henrique Galúcio; Rua Tiradentes; Av. Feliciano Coelho; Rua Leopoldo Machado; Av. Ernestino Borges, com dispersão na Rua São José, Praça Barão do Rio Branco. O trajeto deve durar aproximadamente oito horas, caso não haja imprevistos, segundo a coordenação do evento.

Conheça os bonecos da “Banda”

Chicona: enfermeira conhecida na década de 1960 e um dos principais símbolos do bloco.

Iracema: segunda a integrar o bloco fazendo homenagem à primeira-dama do então Território Federal do Amapá, Iracema Nunes, esposa de Janary Gentil Nunes, governador do Amapá quando “A Banda” surgiu.

“Anhanguera”: nome da rua onde um dia um dos integrantes da “Banda” morou e quis homenageá-la.

Ari: que faz uma condecoração após a morte de um dos conselheiros do bloco.

Amujacy Borges de Alencar: um dos fundadores da “Banda”.

Léo Platon: engenheiro com importantes projetos construídos no Amapá.

Professor Antônio Munhoz: dedicou quase 60 anos à educação, poesia, música e história do Amapá.

Alice Gorda: eleita por anos a Rainha Momo do carnaval amapaense.

Mestre Sacaca: eleito Rei Momo do carnaval por muito tempo e especialista em produzir medicamentos com plantas da Amazônia.

Foto: blog Porta Retrato

História da “Banda”

O ano era 1965. Em meio a um cenário de ditadura militar, um grupo de amigos reunidos para festejar o carnaval é cerceado pelo governo. “O governador era general e era ano político. Ele indicou uma pessoa para ser candidato a deputado federal para representar o Território. Aí nós decidimos contrariar. Construímos a primeira boneca, a Chicona, e saímos pelas ruas do Centro. Fomos barrados na frente da casa do governador, e foi por isso que viramos resistência e decidimos transformar a ‘Banda’ em história”, lembra José Savino, fundador e presidente do bloco.

Ainda segundo o fundador, música de Chico Buarque de Hollanda, chamada “A Banda”, que era a canção do então candidato a deputado federal Janary Nunes, foi a mesma que deu nome e som ao bloco macapaense. “A resistência à proibição do governador foi o maior impulso, o que mais motivou para que continuássemos com ‘A Banda’. Assim fomos nos organizando e, em 1997, conseguimos nos tornar personalidade jurídica, nos tornamos uma associação e somos considerados patrimônio amapaense”, disse o fundador do bloco.

Mônica Silva
Assessora de comunicação/PMM

Carnaval: hoje rola“Bloco dos Minhocas” no Bar do Abreu

Com uma programação extensa no período de Carnaval, o Bloco dos Minhocas é mais uma opção para ao amapaense se divertir. A festa vai rolar HOJE (24), a partir das 18h, em frente ao Abreu – bar tradicional no centro de Macapá. O bloco é uma referência aos cantores da terra, que farão o carnaval mantendo as tradições. O abadá custa apenas R$20,00 – mas quem quiser, leva dois por R$30,00.

A festa vai ter marabaixo, batuque estilizado e músicas dos artistas regionais em ritmo de carnaval. O Bloco dos Minhocas contará com apresentações de vários artistas regionais, que farão a festa nesse Carnaval. O Bar do Abreu foi escolhido para receber os Minhocas por conta da longa parceria entre o dono do estabelecimento e os cantores, e por causa do apoio que estes sempre tiveram do proprietário.

Serviço:

Bloco: Bloco dos Minhocas
Data: 24/02 – segunda-feira
Local: Bar do Abreu, Av. Fab, Centro de Macapá

Um fato recorda outro – Crônica de Luiz Jorge Ferreira

Crônica de Luiz Jorge Ferreira

Após ler um texto de Fernando Canto, em que ele traz nas recordações um pouco do Carnaval de Macapá… fui levado até ao princípio dos Anos 60, mais precisamente 62, em o período de maior frequência da garotada da minha geração moradora nas imediações da Sede Escoteira Veiga Cabral, no bairro do Laguinho, local em que muitos esportes eram praticados, e sob a batuta do Chefe Humberto, também, as artes… Encenações de Cordões Juninos, e Peças Teatrais… e Espetáculos Musicais.

Por época de quase Fevereiro de 1962, a recordação nos leva até o Bloco Caçula do Laguinho… Bloco Infantil criado a partir da observação de Seu Paulino, pai do Joaquim Ramos… O Quincas… exímio passista, que com outros meninos, ao lado de fora da Sede Escoteira, no espaço entre a Sede e o Campo de Treinamento do São José, munidos de latas vazias de Cera Poliflor e velhas frigideiras já sem uso batucavam, e obedeciam ao apito por assobio do Lelé, batucavam, cantavam e criavam Sambas, muitos até Copiados do Boêmios do Laguinho, ou dublês de alguns Sambas Enredos do Rio…

Seu Paulino colocou ordem na casa…

Fez os garotos obedecerem posicionamento, criou paradas para a batucada fazer um breque, conseguiu fantasias, para as Pastoras, Portas Estandartes e Mestres Salas e uniformes para os batuqueiros, tudo muito organizado…

Os “índios” do Cacique de Ramos, nos anos 1970. Foto: ilustrativa (encontrada no site Hypenesse)

Íamos já depois de muitos ensaios, as Batalhas de Confete, que aconteciam em vários bairros inclusive no próprio Laguinho, defronte a Casas Comerciais de importância renomada, por toda cidade em festa.

O Caçula do Laguinho, por ser formado por crianças na faixa dos 10 a 13 anos, tinha o acompanhamento dos pais ou responsáveis, D Josefa, era uma dessas pessoas, com muitos dos seus filhos e filhas sendo participantes… Pedro Ramos, Joaquim Ramos, Neck, algumas das suas filhas…

No Segundo ano de Desfile, no ano de 1963, o Bloco já criava seus Sambas, coletivamente, Nonato, Luiz, Lelé, Saçuca, Pedro, Zeca , Tomé, Munjoca, Arlindo, Queiroz, Joaquim, Zé Paulo, Sacaquinha, Seu Rô… as irmãs , as primas, e as amigas, engrossavam o coro…

Ano 1960 – “Batalha de Confete” em frente à Farmácia Serrano na descida da Rua Cândido Mendes, um dos locais utilizados nos primeiros anos do carnaval de rua de Macapá – Foto: Blog Porta Retrato

Os Caçulas do Laguinho, fizeram a alegria dos pais dessa petizada Carnavalescamente precoce… O pai do Saçuca… Seu Sussuarana, providenciava os couros para os instrumentos de percussão, e as caixas de madeira para criar os tambores, ou o Gabi ,ou o Zé Cueca ou o Cecilio davam um jeito de arrumar…

Afinar… era fácil… uma fogueira, e pô-los a esquentar seus couros, e baquetas a mão… batendo de leve e ouvindo o som apurar no tom.

Luiz Jorge e Pedro Ramos (esquerda) e Fernando Canto e Luiz Jorge (direita) – Fotos: Blog O Canto da Amazônia

Destes participantes do Caçula, amigos de infância, muitos munidos de seus Sambas, com o som dos seus repiques no ar, não estão mais conosco… porém muito destes enveredaram pelo caminho da Arte, e ainda nos proporcionam alegria com suas criações…

Foi ler o texto do Fernando… e parece que me arrumei na casa do Lelé, e desci a Av Ernestino Borges… frigideira na mão, pé tuira da poeira da rua, toda a felicidade na cara sorridente, nascendo as primeiras espinhas.

Carnaval 2020: na última noite de Desfile das Escolas de Samba, torcida dá um show

Neste sábado, 22, último dia de Desfile das Escolas de Samba, os torcedores das agremiações lotaram a Passarela do Samba no Meio do Mundo, na Rua Victa Mota Dias, e deram um verdadeiro show de incentivo e amor pelas agremiações carnavalescas. A animação nas arquibancadas e nos camarotes era contagiante. A cada escola de samba que passava na avenida, os gritos de incentivo e de gente cantando os enredos eram frenéticos, o que acabou servindo de estímulo para os integrantes das alas.

O torcedor vestiu literalmente a camisa de sua agremiação favorita. Além disso, o sentimento era de amor e devoção por cada instituição. E foram muitas as demonstrações de satisfação pelo retorno do carnaval. Famílias inteiras prestigiaram o evento e quem esteve presente não se decepcionou.

A pedagoga Ediane Feijó, torcedora fiel da Piratas da Batucada, afirmou que os familiares gostam bastante do carnaval e sentia falta da disputa entre as agremiações. “Foi muito bom, porque já fazia um bom tempo que não tínhamos desfile. Viemos incentivar a nossa escola do coração, pois todos nós [da família] adoramos o carnaval. Sem dúvida que vejo como bom retorno desse evento tão maravilhoso”, disse.

A aposentada Nazaré dos Santos não resistiu e foi às lagrimas quando viu a Escola de Samba Império da Zona Norte passar na passarela, montada no meio do mundo. Chorando bastante disse o que sentiu. “É muito emocionante! Eu amo essa escola, e quando podia, sempre desfilava. Hoje, infelizmente, minha saúde não permite. Mesmo assim, vim aqui assistir e foi maravilhoso. Está de parabéns minha diretoria”, afirmou.

Quem também não perdeu tempo foi a criançada. Sejam vestidas com as cores das escolas, carregando bandeiras ou balões, a alegria era contagiante. Nayla Viana, de 9 anos, que incentivou do início ao fim a Maracatu da Favela, gostou do desfile. “Eu gostei bastante, porque, quando tinha desfile, eu era muito pequena. Agora, consegui assistir, e ano que vem quero desfilar”, finalizou.

Jonhwene Silva
Assessor de comunicação/PMM

Neste domingo (23), Bloco Bora lá Só Tu vai pra rua! – @blocoboralasotu

Fundado em 2017, o bloco de Carnaval “Bora Lá Só Tu”, que levou mil pessoas às ruas de Macapá em 2019, vem firme para sua quarta edição. Acredito que depois da A Banda e dos desfiles das escolas de samba, o melhor rolê carnavalesco será este.

No último dia 2 de fevereiro, na Casa Viva, o Bloco Bora Lá Só Tu fez seu pré-carnaval. Foi tão bacana que até os canceladores do bloco estavam por lá curtindo a festa. Besta fui eu, de não ir e perdi. Mas no domingo estarei lá.

Sobre o Bora Lá Só Tu

Tradicionalmente, o Bora Lá Só Tu é uma iniciativa coletiva de insatisfeitos com tudo que tá acontecendo, e decidimos fazer o bloco para protesto, reivindicação e diversão.

O Bora Lá Só Tu este ano estará na Avenida Mário Cruz, ao lado da praça Veiga Cabral, se frente com a igreja São José e ao lado do teatro das Bacabeiras.

Irreverente, o bloco é cheio de humor e diversão, uma mistureba musical, energia positiva, alegria, resistência política com todas as críticas necessárias ao sistema, de maneira lúdica, criativa, inteligente e sagaz.

Quem já participou do Bora Lá Só Tu não perderá.

Elton Tavares, com informações de Manoel Fabrício.

Conheça o samba de enredo da Escola Piratas da Batucada (hoje o Piratão vem com tudo)

A Associação Recreativa e Cultural Escola de Samba Piratas da Batucada, atual campeã do carnaval amapaense, este ano defenderá o título conquistado em 2015 com o samba de enredo intitulado “Viagem à terra do Nunca”, por meio do encantamento que envolve as festividades do carnaval. A agremiação apresentará uma viagem extraordinária para dentro de cada um de nós, buscando despertar a criança que se esconde individualmente nas pessoas e libertar a mente para a criação de um mundo especial, o sonho sonhado por cada indivíduo.

“Assim como os personagens do clássico da literatura infantil “Peter Pan”, cada um gostaria de viver na eterna “Terra do Nunca” (e esse “nunca” vem preenchido de todos desejos que se quer alcançar). Desta maneira, nunca é jamais, nunca é impossível, nunca é demais e sempre haverá alegria!”, destacou o diretor da Comissão de Carnaval de Piratas da Batucada, Izauro Santos.

Piratas da Batucada, “O Piratão”, carinhosamente chamado pelos seus brincantes e apoiadores, será a última agremiação a desfilar HOJE (22), às 4h20.

Jornalista Elton Tavares, na ala das Bruxas, na Piratas da Batucada, em 2015. Foto: Abinoan Santiago

Enredo: “Viagem à Terra do Nunca”

Compositores: Professor Rogério, Silva Júnior, Bruno Sena e Adlan Bismark

Intérpretes: Ademar Carneiro e Fábio Moreno

Seja eternamente uma criança

Pirateando o tempo

Indo além do que a mente alcança

Um Peter Pan vive no seu pensamento

Não deixe a inocência adormecer

A “terra do nunca” pode ser você

Basta acreditar

Crie esse mundo pra morar

Sinta que é possível conquistar

Amor, paz e igualdade

Não se paga pra sonhar

Nunca vou deixar de amar

Teu amarelo, glorioso imortal

A zona sul vem sambar

Com o rei do carnaval

Voar na imensidão de um mundo perfeito

Com justiça, sem preconceito

E a nuvem da maldade a desaparecer

Assim não faltará

Água, terra e ar pra bem viver

Saúde, educação e um belo amanhecer

Nunca esqueça, carnaval é fantasia

Então deseje que a alegria

Seja o tic-tac do seu coração

Deixa a majestosa bateria

Embalar a cadência dessa folia

E o sonho de ser campeão

Agite a bandeira, balance a mão

Embarque na viagem da imaginação

Vem ser feliz no Piratão…vencer é emoção

Sonhar é crer que o “nunca” pode acontecer

Cliver Campos
Assessor de comunicação/PMM
Contatos: 98126 0880 / 99175 8550
Fotos: Arquivo

Hoje é o Dia Internacional do Maçom (meus parabéns à Ordem e sobre os maçons da minha família)

Hoje é o Dia Internacional do Maçom. A data é celebrada em 22 de fevereiro por conta do aniversário do primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington. Ilustre Irmão Maçom e principal artífice da independência dos EUA. Inclusive, ao assumir o mandato, em 1789, prestou seu juramento constitucional sobre a Bíblia da Loja Maçônica na qual era Venerável Mestre.

O conceito de Maçom diz: “homens de bons propósitos, perseguindo, incansavelmente, a perfeição. Homens preocupados em ser, em transcender, num preito à espiritualidade e à crença no que é bom e justo. Pregam o dever e o trabalho. Dedicam especial atenção à manutenção da família, ao bem-estar da sociedade, à defesa da Pátria e o culto ao Grande Arquiteto do Universo”.

Maçonaria é uma sociedade discreta e, por essa característica, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam. Seus membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade. Além do aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática, filosófica, progressista e filantrópica.

Maçonaria no Amapá e meu avô maçom

A Maçonaria existe no Amapá desde 1947, quando foi fundada a Loja Maçônica Duque de Caxias, localizada na Avenida Cloriolano Jucá, Nº 451, no Centro de Macapá. Hoje existem 24 lojas maçônicas no Amapá. Destas, 13 são da Grande Loja do Amapá e 12 da Grande Loja Oriente do Brasil. Além da capital, os municípios de Mazagão, Porto Grande, Santana e Laranjal do Jari possuem uma loja cada.

João Espíndola Tavares, meu amado e saudoso avô.

Meu avô paterno, João Espíndola Tavares, foi maçom. Aliás, foi um homem dedicado à Maçonaria. Vou contar um pouco dessa história:

Em 1968, após ser observado pela sociedade maçônica de Macapá, João Espíndola (meu avô) foi convidado a ingressar na Loja Maçônica Duque de Caxias, onde foi iniciado como Maçom. Logo se destacou dentro da Ordem por conta de seu espírito iluminado. Foi um dos maiores incentivadores de ações filantrópicas maçônicas no Amapá.

João foi agraciado, em 1981, após ocupar 22 cargos maçônicos, com o Grau 33 e o título de “Grande Inspetor Litúrgico”. Ele sedimentou seus conhecimentos sobre literatura mundial lendo de tudo.

Vô João transitou por todos os cargos da Ordem. As cadeiras que ocupou foram sua ascendência à graduação máxima da instituição. Foi Vigilante, 2ª Mestre de Cerimônias, Venerável Mestre, 1º Experto Tesoureiro, Delegado do Grão Mestre para o 11ª Distrito Maçônico e presidente das Lojas dos Graus Filosóficos. Também foi um dos participantes do Círculo Esotérico da comunhão dos membros.

Meu avô é o primeiro da esquerda. Nessa foto, com outros maçons, entre eles o senhor Araguarino Mont’Alverne (segundo da direita para a esquerda), avô de amigos meus.

Ele também integrou o grupo de humanistas da instituição, que objetivava a assistência social e humanitária, oferecendo atendimento médico gratuito ao público. A entidade filantrópica também ministrava aulas preparatórias para candidatos ao exame de admissão ao Curso Ginasial, que hoje conhecemos como Ensino Médio.

Quando ele morreu, em 1996, em nota, a Maçonaria divulgou: “Durante sua estada entre nós, sempre foi ativo colaborador e possuidor de um elevado amor fraterno”.

Há 10 anos a Loja Maçônica do município de Mazagão, Francisco Torquato de Araújo, comemorou 20 anos de fundação. No evento, a instituição homenageou seus fundadores, entre eles o patriarca da minha família paterna, João Espíndola Tavares.

Tio Pedro, Venerável da Loja Duque de Caxias, ao lado do Anatal, Venerável da Loja Acácia do Norte.

Tio Pedro, o Venerável Mestre

Meu tio e querido amigo, Pedro Aurélio Penha Tavares, é o único maçom da minha família. Ele também é o atual Venerável Mestre da Loja Duque de Caxias, que ano passado completou 70 anos de fundação. Meu avô, lá nas estrelas, deve ter muito orgulho de seu filho, que seguiu seu caminho Maçônico.

Não sei se um dia terei perfil para ser um membro da nobre instituição, mas seria uma honra. Lembro de crescer com um certo fascínio sobre a Maçonaria por conta do meu avô. Além do vô João e tio Pedro, parabenizo todos os meus amigos maçons. Congratulações pela data!

“Fale de sua aldeia e estará falando do mundo” – Leon Tolstoi.

Elton Tavares

Sobre a última vez que teve Carnaval de Escolas de Samba e a importância do Carnaval

Foto: Alcinéa Cavalcante

O Carnaval é a maior alegria do povo. E nem me venham com o lance de “pão e circo”, isso é argumento furado de quem não entende que essa é a maior festa popular do Brasil. Em 2020, voltaremos a ter o Desfile das Escolas de Samba. Vou falar um pouco da última vez que rolou e que o atual campeão venceu.

O Piratas da Batucada, minha escola do coração, sagrou-se campeã na última vez que teve Carnaval de Escolas de Samba no Amapá, em 2015. A barca aportou no título do Carnaval Amapaense. Mesmo com essa triste lacuna de anos no coração do folião amapaense, lembro como se fosse ontem e vou contar pra vocês.

Foto: Marcelo Corrêa

O Piratão entrou na Ivaldo Veras com muita inspiração, vibração, talento, organização, imaginação, arte, luz, cores, alegria, magia e amor. Senti meu coração disparar e bater no compasso da bateria. Foi emocionante!

Além de falar de contos, o Piratão, em homenagem, mostrou seu amor, respeito e gratidão ao mestre Monteiro, falecido pai do meu amigo Serginho, que foi presidente e Mestre de Bateria da escola.

O investimento dos recursos, que resultaram em lindas e luxuosas fantasias, além de alegorias fantásticas, foi fundamental para o título daquele ano.

Foto: Marcelo Corrêa

Graças aos deuses do Carnaval, a bateria não errou e, como sempre, arrebentou. A harmonia foi perfeita, assim como a comissão de frente e nenhum de nossos carros quebrou. Chegamos emocionados na dispersão com aquele sentimento de termos feito um grande desfile.

Aliás, recordo que, antes de desfilarmos, brinquei com muitos amigos e disse que estava com saudades de ser campeão. Aí o Piratão entrou e levantou a multidão. O nosso desfile foi um show de magnitude e esplendor que transformou contos e sonhos em realidade. Um verdadeiro presente do Rei do Carnaval ao público que assistiu, e a toda a comunidade da Zona Sul da capital.

Foto: Abinoan Santiago

Sobre o que aconteceu na noite daquele domingo, 15 de fevereiro de 2015, no Sambódromo de Macapá, faço minhas as palavras da jornalista Alcinéa Cavalcante (experiente comentarista de carnaval e Maracatu da Favela roxa, ops, verde-rosa):

Com o enredo ‘Quem conta um conto aumenta um ponto’, Piratas da Batucada foi, sem dúvida, a melhor escola de samba da noite com suas bonecas de pano, sabugos de milho, cinderelas, branca de neve, soldadinhos de chumbo e demais personagens infantis. Homenageou não apenas Monteiro Lobato, mas também o saudoso mestre Monteiro, que foi presidente e diretor de bateria da agremiação. Piratas da Batucada foi impecável em todos os quesitos” – Alcinéa Cavalcante.

Eu, na ala das Bruxas do Piratão 2015 – Foto: Abinoan Santiago

Enfim, quem é Piratão sabe como é sensacional desfilar ou torcer pela escola. Somos apaixonados e felizes. Coisas que só sentem e entendem os amapaenses que têm o prazer de ser Piratas da Batucada – definitivamente, o Rei do Carnaval amapaense. E, é bom lembrar, o atual campeão!

Sobre a volta do Desfile, ressalto que, sem carnaval, a dispersão chega, mas o desfile nunca virá. Infelizmente, todos nós, amantes da festa, acabamos saindo em uma grande e unificada ala de palhaços tristes.

Cheio de memória, arte, homenagens, o desfile é muito mais que uma disputa entre agremiações numa grande passeata festiva. O Carnaval é inspiração, vibração, talento, organização, imaginação, arte, luz, cor, alegria, magia e amor. O Carnaval fala de nossos costumes, história e tradições. Um evento contagiante. Sem falar na rentabilidade.

Portanto, vamos curtir o Carnaval de escolas de samba, de blocos e bailes com muita alegria. Não o ter, é sofrer de desamor. É isso.

No Carnaval, esperança que gente longe viva na lembrança, que gente triste possa entrar na dança, que gente grande saiba ser criança” – Chico Buarque.

Elton Tavares

Orquestra de Bambas de Piratas Estilizados pede respeito às crenças religiosas

Foto: Gilvana Santos

A bateria de Piratas Estilizados, Orquestra de Bambas Luiz Tostes, vai desfilar chamando atenção para a discriminação às práticas religiosas, principalmente em relação aos cultos e manifestações de matriz africana, que são as que sofrem mais preconceito. Os ritmistas vão desfilar representando “Ogã”, que na língua Iorubá, de origem nigero-congolesa, significa a voz do povo nigeriano, aquele que toca nos terreiros para evocar as forçar da natureza, “A Força do Tambor”, que é a denominação da ala.

Os diretores de bateria, Jorge Alberto (Poca) e Jerferson Mendonça, trabalharam incansavelmente para viabilizar as condições necessárias para que o mestre Jeyson Ferro pudesse comandar os 120 integrantes da bateria nos ensaios para preparar uma apresentação impecável durante o desfile Estilizado.

Foto: Márcia do Carmo

Viajando no enredo, a Orquestra de Bambas incorporou às apresentações uma cantiga de culto afro para atrair boas energias para o bom andamento do quesito que estará sendo julgado. É uma cantiga da umbanda pedindo proteção das entidades, das forças da natureza e permissão para usar o espaço deles, que é a rua.

Foto: Aydano Fonseca

“A gente canta e louva a entidade para que nos conduza de forma harmônica e tranquila, com paz, para que nosso trabalho seja realizado com sucesso. É algo especial, a gente canta com significado e tem representatividade quando a gente entoa esse canto, porque o nosso enredo aborda a religiosidade e os segmentos da sociedade historicamente excluídos, e as religiões de matriz africanas estão incluídas nesse processo, é uma reparação que nós fazemos e também uma forma de respeito, pois estamos respeitando a nossa ancestralidade, o povo cigano, ameríndio e o negro, então por tudo isso, a gente pede que eles nos conduzam para um resultado magnífico e próspero para nossa agremiação”, ressaltou Jorge Alberto.

Os maestros

Foto: Gilvana Santos

Jorge Alberto é jornalista, filho da cantora Maria Tavares e do cantor Manoel Sobral, com laços familiares com o fundadores da Escola de Samba Maracatu da Favela, optou em ser Estilizado, muito por influência de sua mãe, que foi uma das primeiras mulheres a ser intérprete na mais querida do carnaval tucuju.

Começou e, apesar de ocupar um assento na Diretoria Executiva, continua como ritmista da bateria de Piratas Estilizados, onde desfilou pela primeira vez em 1988, por opção e por paixão em tocar um instrumento na escola do coração e pelo prazer de proporcionar alegria às pessoas. Quem lhe atribuiu a função de diretor de bateria foi o então presidente Estilizado, Dô Sacaca, em 2012, e desde então é o responsável por estabelecer esse elo entre os ritmistas e a diretoria da escola. Uma função que divide com o diretor Jerferson, que também começou como ritmista e hoje, além de dirigente, é mestre de bateria auxiliar na Orquestra de Bambas Luiz Tostes.

Foto: Gilvana Santos

Mestre Jeyson Ferro começou no carnaval em 1988, desfilando com seu pai, então mestre de bateria na Escola de Samba Mocidade Alegre, na cidade de São Paulo-AP, onde permaneceu por dois anos. Em 1990, foi construir sua carreira na Escola de Samba Mocidade Camisa Verde e Branco em 1990, ainda como ritmista, passando para diretor e, em 2009, virou mestre de bateria.

O músico e percussionista trabalhou, ainda, na Escola de Samba Gaviões da Fiel e, no Rio de Janeiro-RJ, na bateria do Salgueiro e da Mocidade Independente de Padre Miguel. Veio para Macapá para comandar a Orquestra de Bambas nos anos de 2014 e 1015, retornando agora, com a retomada dos desfiles das escolas de samba, paralisados há 4 anos.

Foto: Aydano Fonseca

Piratas Estilizados desfila nesta sexta-feira (21), às 2h40 da madrugada de sábado, com o enredo “Xô Preconceito, Queremos Respeito”, fazendo um alerta para que a sociedade possa rever seus conceitos e aceitar as pessoas de acordo com suas escolhas, respeitando suas opções de vida, cantando no refrão “ser diferente é normal”.

(Texto: Gilvana Santos – Comunicação Piratas Estilizados)

“Carnaval dos Municípios 2020”: Governo do Amapá, por meio da Secult/AP, apoia quadra carnavalesca em cidades do Amapá

O Governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), apoiará o Carnaval dos Municípios 2020, uma vasta programação na quadra carnavalesca que iniciará nesta sexta-feira (21), com o carnaval de Vitória do Jari. A programação vai até a terça de carnaval (25), com A Banda em Macapá.

O suporte dado pela Secretaria atenderá estrutura complementar de palco e tendas e a contratação de 23 atrações credenciadas pelo edital da Secult nos municípios de Mazagão, Santana, Porto Grande, Amapá, Tartarugalzinho, Vitória do Jari, Calçoene e a capital Macapá.

Com essa disponibilidade estrutural da Secretaria nas atividades culturais realizadas no Estado, é esperado a geração de aproximadamente 144 empregos diretos.

A Secult apoia e valoriza a cultura em todas as cidades do Amapá, seja na capital ou interior. Nossa expectativa é que a quadra carnavalesca aqueça a economia. Aproximadamente 800 empreendedores formais e informais trabalharão no decorrer dos eventos. Desta forma, geramos emprego e renda para o Estado“, ressalta o secretário de estado da cultura, Evandro Milhomen.

Carnaval de Mazagão

Com o apoio da Secult na estrutura de palco e tendas e cachê artístico de 3 atrações, o Carnaval de Mazagão acontecerá do dia 22 a 25 de fevereiro, com artistas como Banda Gata Safada, DJ Ricardinho e Dani Li.

Folia em Santana

Em Santana, o apoio será em dois blocos clássicos do carnaval santanense. No Bloco Pink Floyd, que acontecerá no dia 22 de fevereiro, o apoio será na estrutura de tendas e cachê artístico de Brenda Fernandes. Já no Bloco das Piranhas, que será no dia 25 desse mês, o apoio da Secult será no pagamento de cachê artístico das atrações Banda Alto Astral e Banda Explosão.

Carnaval de Porto Grande

A Secult também apoia o carnaval de Porto Grande, com estrutura de palco e tendas e pagamento de cachê artístico. O evento acontecerá do dia 23 a 25 de fevereiro e contará com as atrações Arlene Bezerra, Clay Sam, DJ Ramonzinho e Show Rithimos.

Quadra carnavalesca no município de Amapá

A Secretaria cederá estrutura de palco e pagamento de cachê artístico ao evento carnavalesco do município de Amapá que acontecerá do dia 22 a 24 de fevereiro, com as atrações DJ Erlinho, Adriana Raquel, Banda Stylo Safadin e Neyzinho e Banda.

Carnaval de Tartarugalzinho

Também com apoio na estrutura de palco e pagamento de cachê artístico, a Secult estará presente no carnaval de Tartarugalzinho que acontecerá do dia 22 a 24 de fevereiro com as atrações Banda AF Show, Tambores Tucujus e Banda Cunha do Norte.

Carnaval de Vitória do Jari

A Secretaria efetuará o pagamento do cachê das atrações do carnaval do município de Vitória do Jari, sendo elas Adenor Monteiro, Banda Mega Trio e Neivaldo dos Teclados. A programação ocorrerá do dia 21 a 23 de fevereiro.

Carnaval de Calçoene

A Secult dará suporte na estrutura de palco e pagamento de cachê artístico no evento carnavalesco de Calçoene este ano. A programação acontecerá do dia 23 a 25 de fevereiro e terá as atrações Banda Cunho do Norte, Adriana Raquel e Sambarte.

Foto: Maksuel Martins

A Banda

Já em Macapá, a Secult estará presente na “A Banda” dando suporte com estruturas de tenda no evento que ocorrerá no dia 25 de fevereiro, fechando o carnaval 2020 do estado.

Os horários estabelecidos para toda a programação do Carnaval dos Municípios 2020 serão a partir das 17h.

Carnaval 2020: Desfile Oficial das Escolas de Samba em Macapá inicia nesta sexta, 21

Foto: PMM

Após quatro anos sem o tradicional Desfile Oficial das Escolas de Samba do Amapá, dez agremiações passarão pela Passarela do Samba no Meio do Mundo nesta sexta, 21, e sábado, 22. Na primeira noite, serão cinco escolas, e na segunda, mais cinco. O espaço é localizado na Rua Victa Mota Dias, ao lado do Estádio Milton de Souza Corrêa (Zerão), bairro Jardim Marco Zero.

Os desfiles iniciarão às 22h. O tempo de apresentação de cada escola será de 1 hora e 20 minutos, com intervalo de 10 minutos entre cada escola.

Foto: Max Renê

Investimento

A realização do desfile é da Prefeitura de Macapá, Liesap e iniciativa privada, com apoio do senador Davi Alcolumbre. O evento conta também com recurso de emenda parlamentar do deputado federal Vinícius Gurgel. A festa conta ainda com apoio do Governo do Estado, patrocínio do Banco do Brasil e Governo Federal.

Confira a ordem de apresentação das escolas de samba:

Sexta-feira (21 de fevereiro)

22h – Império do Povo
23h35 – Emissários da Cegonha
1h10 – Solidariedade
2h45 – Piratas Estilizados
4h20 – Boêmios do Laguinho

Sábado (22 de fevereiro)

22h – Embaixada de Samba Cidade de Macapá
23h35 – Império da Zona Norte
1h10 – Unidos do Buritizal
2h45 – Maracatu da Favela
4h20 – Piratas da Batucada

Serviço:

Data: 21 e 22 de fevereiro (sexta e sábado)
Hora: 22h
Local: Rua Victa Mota Dias (Passarela no Meio do Mundo)

Kelly Pantoja
Assessora de comunicação/Fumcult
Contato: 98410-1330

Ensaio Técnico, mais uma contribuição do Piratão pro Carnaval de Macapá – Por Alcione Cavalcante

Foto: Max Renê

Por Alcione Cavalcante

Como tudo realizado pela Piratas da Batucada, o ensaio técnico da Escola, na segunda-feira, foi um show à parte e prenúncio de um desfile grandioso, criativo e envolvente.

Realmente a preparação e organização do ensaio, desde a concentração até a dispersão, mostrou que a escola, mais uma vez, leva muito a sério o Carnaval.

Destaco a participação da comissão de frente, a evolução do casal de mestre-sala e porta-bandeira, das baianas, a sinalização da composição dos quadros e da inserção das alegorias, a sincronia perfeita entre o samba, os puxadores e a bateria e entre estes e a evolução e o trabalho perfeito da harmonia. Destaco, harmonia impecável, a começar pelo traje, mesmo em ensaio, o que demonstra o compromisso com a memória, o respeito e a grandeza do carnaval de Piratas.

Confesso, mesmo com trinta anos de escola, eu me passo.

Lembro que Piratas da Batucada, tradicionalmente promovia nas avenidas e ruas do bairro do Trem, por ocasião da preparação de seus desfiles, “arrastões” que tinham por objetivo a mobilização da comunidade e, às proximidades da data dos desfiles, realizava ensaios técnicos. Portanto não era novidade pra escola.

Gostaria de lembrar o up-grade promovido por Piratas da Batucada ao encarar e promover, pela primeira vez um ensaio técnico na Ivaldo Veras, estabelecendo o Marco Zero do que temos hoje como evento preparatório imprescindível pro êxito do carnaval, não só para as agremiações, como também para a organização do desfile, da checagem do som à segurança das estruturas, enfim de toda a logística que um evento dessa magnitude mobiliza.

Foto: Max Renê

Evidentemente que o Rio de Janeiro já realizava ensaios técnicos, mas faltava ao nosso carnaval um toque de inspiração e ousadia, que veio através de uma conversa entre Sergio Lemos (Ex-presidente Teco), Lourival Freitas (Diretor de Piratas) e Alexandre Louzada, então carnavalesco da Beija- Flor, sobre as possibilidades do carnaval de Macapá. Por que não se fazer um ensaio técnico de Piratas da Batuca no Sambódromo?

Ideia formulada, desafio lançado, missão cumprida.

Nos anos seguintes algumas outras agremiações vieram e posteriormente o evento foi incluído na agenda oficial do Carnaval. Foi muito bom.

O ensaio é ainda o momento em que a mente nos leva a lembrar, sem tristeza, de pessoas queridas do nosso Carnaval, como o Gilson Tocha (ex-presidente e passista de responsa), Edvaldo Azevedo (o Meré, entusiasmado defensor da escola), Maranhão (refinado observador, para quem a passagem dos carros e o ensaio técnico eram o verdadeiro carnaval) Manoel Torres (inigualável Diretor de Harmonia e maior conhecedor da história de Piratas e do Carnaval do Amapá),

Roberto Monteiro (criativo, perspicaz e envolvente, um dos maiores carnavalescos do Amapá, a quem devemos muito do que aprendemos), Jeconias, Walber, Pinheiro e tantos outros.

Mas o que gostaria de registrar mesmo é que para nós de Piratas da batucada, o ensaio técnico é sério, mas também é o renovar contínuo do congraçamento entre brincantes, simpatizantes, comunidade e diretores, que começa com a batida do surdo no primeiro ensaio e num crescendo evolui em explosão de alegria no desfile.

Foto: Max Renê

Valeu presidente Marcelo Zona Sul. Abraços aos ex-presidente Matta, Caxias e França, através dos quais registro minha admiração a todos os que dirigiram a escola que se transformou no Rei do Sambódromo.

Nesse mar de amor vai meu coração. Seja onde for, sempre será campeão. Aí é que eu me refiro.

*Alcione Cavalcante é engenheiro florestal e diretor de Piratas da Batucada

Série Carnaval 2020 em letra e melodia: conheça o samba de enredo da Escola Piratas Estilizados

Foto: Aydano Fonseca

Fundada em 5 de janeiro de 1974, no bairro Laguinho, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Piratas Estilizados surgiu inicialmente como bloco carnavalesco. Logo após sua criação como escola de samba, tornou-se campeã de todos os desfiles até o ano de 1979. Seu nome foi dado pela presidente, que já o utilizava no bloco de carnaval de salão nos clubes da cidade de Macapá. Tem como símbolo um menino pirata.

Foto: Márcia do Carmo

Foi campeã do Festival de Samba de Enredo deste ano e 2015, promovido pela Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap). O Piratas Estilizados levará para a Passarela no Meio do Mundo o tema “Xô preconceito, queremos respeito”. O enredo foi criado em 2016. “Estamos vendo que é um tema atual, a questão do preconceito. A intolerância religiosa, a violência contra a mulher, a homofobia, entre outras questões. A Piratas Estilizados, partindo disso, mostrará em forma de espetáculo, que repudia ainda no século XXI esse tipo de crime, esse tipo de intolerância e comportamento reprovável pelo ser humano”, conta o presidente da escola, Diego Picanço.

“Mostraremos que todos somos iguais perante a lei de Deus e a lei dos homens. Nos nossos 19 volumes, que serão levados para a passarela do samba, a proposta maior é mostrar para a sociedade que todos somos iguais, cada um no seu espaço, mais todos iguais. Essa é a mensagem que nós repassaremos para a população em forma de espetáculo”, acrescenta Diego Picanço. A agremiação será a quarta escola a entrar na Passarela no Meio do Mundo, nesta sexta-feira, 21, às 2h45.

Foto: Aydano Fonseca

Enredo: “Xô preconceito, queremos respeito”
Autores: Aureliano Neck, Nonato Soledade e Meio Dia da Imperatriz
Intérpretes: Aureliano Neck (oficial), Tinga (Vila Isabel – RJ), Bakaninha (Beija Flor – RJ), Glauber Bianck, Vlad Júnior, Junhão Belém e Nilson Estilizados.

Letra:

Orquestra de Bambas toca esse tambor
Abra seu coração Estilizados chegou – Refrão
Batendo no peito, querendo respeito
Sai pra lá, xô preconceito

Tire o preconceito do caminho
Que o Estilizados vai passar
Trazendo paz, amor e carinho
Seja pra quem for, sem discriminar
Sem se achar superior a alguém
Injúria racial não cheira bem
Respeito todo mundo gosta
Crença, religião, não importa
Orientação sexual, necessidade especial
Mude o seu jeito de pensar
Ser diferente é normal

Meu corpo é fechado
Contra mau olhado, tenho um coração
Todo alaranjado, querido e amado – Bis
Mira vê se me erra, respeita meu pavilhão

A força dos ancestrais no terreiro
A luta das mulheres guerreiras
Heranças que jamais serão vencidas
O alto, o magro, o gordo
Criança, o pobre, o idoso
Não podem ser esquecidos
A humanidade precisa se entender
Desigualdade, pra quê?
Tenha consciência, diga não à indiferença

Vamos seguir na mesma direção
Toda sociedade, que a nossa voz
Seja a voz da igualdade

Karla Marques
Assessora de comunicação/PMM