Moedas e Curiosidades parte I – “Moeda da Batalha de Ourique”

Por José Ricardo Smith

Eu adquiri recentemente uma bela moeda portuguesa de 250 escudos, feita de cuproníquel, com 37 mm de diâmetro e peso de 23g +/- 1,5%, feita pela escultora portuguesa Irene Vilar, que homenageia os 850 anos da Batalha de Ourique e a fundação do reino de Portugal.

A Batalha de Ourique aconteceu no dia 25 de julho de 1139 entre os cristãos de D. Afonso Henriques (o Conquistador) e os mouros, com vitória para o primeiro rei português.

De acordo com a tradição, o dia 25/07 é o dia do aniversário de D. Afonso Henriques e São Tiago, que a lenda popular tinha tornado patrono da luta contra os mouros, sendo que um dos nomes populares do santo, era precisamente “Matamouros”.

Uma lenda conta que um pouco antes da batalha, D. Afonso Henriques foi visitado por um velho homem, que o rei já tinha visto em sonhos. O homem fez-lhe uma revelação profética da vitória. Disse-lhe também para, na noite seguinte sair do acampamento sozinho, logo que ouvisse a sineta da ermida onde o velho vivia.

O rei assim o fez. Um raio de luz iluminou tudo em seu redor, deixando-o distinguir, aos poucos, o sinal da Cruz e Jesus Cristo crucificado. Emocionado, ajoelhou-se e ouviu a voz do Senhor que lhe prometeu a vitória naquela e noutras batalhas. No dia seguinte, D. Afonso Henriques venceu a Batalha de Ourique.

Conforme reza a lenda, D. Afonso Henriques decidiu que a bandeira portuguesa passaria a ter cinco escudos, ou quinas, em cruz, representando os cinco reis vencidos e as cinco chagas de Cristo.

Com o apoio de “Cruzados” do norte da Europa conquistou Lisboa em 1147. Com a pacificação interna, prosseguiu as conquistas aos mouros, empurrando as fronteiras para o sul, desde Leiria ao Alentejo, mais que duplicando o território que herdara. Os mouros chamaram-lhe Ibn-Arrik (“filho de Henrique”) ou El-Bortukali (“o Português”)

A independência portuguesa foi reconhecida em 1179, pelo Papa Alexandre III, através da bula “Manifestis Probatum”, e D. Afonso Henriques ganhou o titulo de Rex (Rei) e tornou-se o primeiro Rei de Portugal.

* José Ricardo Smith é professor e numismático.

Viva Nossa Senhora de Fátima! – 101 anos das aparições da Santa

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Crianças de Fátima

Há exatos 101 anos, em 13 de maio de 1917, Lúcia de Jesus dos Santos (10 anos), Francisco Marto (9 anos), Jacinta Marto (7 anos), três crianças portuguesas, viram aparições de Nossa Senhora de Fátima, na Cova da Iria, Vila Nova de Ourém, em Portugal.

Segundo as crianças, foram três aparições. Nos encontros, a santa revelou segredos a eles, que foram denominados “Os pastorinhos de Fátima”. Isso foi mantido em segredo até 1937, daí para frente é só ler um pouco de história religiosa para saber mais do assunto.

Todas as informações sobre as aparições estão no endereço Aveluz

Os católicos fervorosos acreditam na história e os descrentes dizem que é mitologia católica. Eu acredito. Viva Nossa Senhora de Fátima!

Missa no Santuário de Fátima em Macapá (AP) – 13 de maio de 2017 – Foto: Gê Paulla

Elton Tavares

Marcelo Sá, um apaixonado pelo Amapá – Via “Amapá No Mapá”

O site “Amapá No Mapá” bateu um papo com um dos principais guias de turismo do Amapá, Marcelo Sá. Confira!

ANM: Há quanto tempo você trabalha com turismo? Como essa vontade se manifestou?

Marcelo: Eu trabalho com turismo desde quando me formei, em 2004, foi meu primeiro trabalho como guia levando uma turma de mulheres estudantes de hotelaria e hospitalidade até a Ilha de Santana. Me interessei pelo turismo porque sempre andava no mato aqui. Nasci em Macapá e sempre transitava onde é o Muca, Buritizal, Jardim Marco Zero, toda aquela região. Quando eu ficava chateado ia olhar os bichos na beira do lago, aquela região do Buritizal era cheia de lagos, por isso que é Buritizal.

ANM: Os turistas que procuram você são em maioria de algum local específico ou é diverso?

Marcelo: É muito diverso, ainda é muito diverso. Americanos, holandeses, suíços, de vários países e do sul, nordeste, centro-oeste do país também. Meu último trabalho em dezembro foi com um grupo do Rio de Janeiro e agora em janeiro atendi do Paraná, vai variando, duas, quatro, seis, dez pessoas e individualmente também.

ANM: Existe alguma época do ano ideal para os passeios?

Marcelo: Pra mim não existe esse negócio de chuva ou sol. Depende do turista. Vamos de acordo com o turista.

ANM: Quais são os principais pontos nos passeios? Quais as rotas mais desejadas?

Marcelo: Eles querem ver a floresta amazônica, o Rio Amazonas, ver os botos, fauna e flora. Levamos bastante na Apa da Fazendinha, na Apa do Curiaú e na Ilha de Santana. Bem pouco city tour, preferem o interior. Parque do Tumucumaque, Cabo Orange, unidades de conservação.

ANM: Você já recebeu ou recebe moradores locais para passeios?

Marcelo: Sim, inclusive domingo faremos um passeio na Apa da Fazendinha. A procura é boa mas falta tempo pras pessoas fazerem isso.

ANM: No trabalho você deve passar por um mesmo local diversas vezes, mesmo assim tem algum que sempre o surpreende?

Marcelo: Todos os lugares vão mudar porque cada período do ano vai ter algo diferente lá. A fauna vai estar diferente, a floresta vai estar diferente, tudo vai mudar, depende muito da época do ano. Vimos uma cobra gigantesca com o último grupo em visitação ao Tumucumaque, tinha 7 metros ou mais.

ANM: Mas todo mundo vai preparado para eventuais acidentes, certo?

Marcelo: Sim, vou com os guarda-parques que são os guias locais, regionais, com autorização das unidades de conservação, do ICMBio, quando é unidade de conservação da SEMA vamos com autorização deles também e claro, quando tem comunidade, autorização das comunidades que até acompanham e fornecem serviços de embarcação, alimentação, guiamento dentro das trilhas, trabalho que eles podem fazer também. O guia de turismo circula em todo o Estado, eu trabalho numa agência, a Guia Norte Turismo e consigo fazer o guiamento e agenciamento e trabalho pra outras agências também.

ANM: Então você atua dentro e fora da nossa capital com o turismo?

Marcelo: Exatamente. Eu visitei 13 municípios do estado esse ano (2017), fora que às vezes vamos no Marajó, nas ilhas do Afuá e também trânsito Dentro do Parque Nacional Amazônico da Guiana Francesa, desde a foz do rio Oiapoque, San Jorge e Camopi. Vamos com todas as autorizações, dos parques e com os vistos para entrar na Guiana Francesa. Transito lá desde 2011 como guia de turismo divulgando os roteiros do Amapá e, ao mesmo tempo, hotéis e restaurantes.

ANM: E projetos em escolas e outras instituições, vocês fazem parte de algum?

Marcelo: Vários projetos. Eu tinha um projeto no parque ecológico de Calçoene, o Mais Cultura na Escola. Eu fazia educação patrimonial e a valorização da cultura local, em torno da escola e um dia visitamos uns arqueólogos na época no Parque Arqueológico de Calçoene, que chamam de Stonehenge da Amazônia. E também direto na Apa da Fazendinha com educação ambiental. E no tempo do equinócio, levamos crianças no marco zero do equador. São várias iniciativas. Sempre estamos fazendo, por isso fizemos um curso de turismo pedagógico, pra coordenar a visitação de instituições que precisam ter um turismólogo, um guia, pois a contratação sem as competências técnicas exigidas é considerada exercício ilegal da profissão.

ANM: Sobre situações inusitadas durante o trabalho, alguma te marcou?

Marcelo: Essa de visualizar a cobra gigantesca no Tumucumaque e, anos atrás, quando levei duas moças para visitar o Igarapé da Fortaleza para ver os botos, o filhote e a mãe pularam na frente da lancha, então isso foi interessante. Há também muita crendice mas, às vezes, não devemos duvidar. Já aconteceu de muita gente por aí ser salva por golfinhos e botos. E as pessoas quando desejam ver, conseguem visualizar legal.

ANM: Pra você, qual o potencial turístico do estado?

Marcelo: Todo ele, tudo é potencial. Ninguém aproveita o Rio Amazonas, ninguém aproveita os pontos turísticos como deveriam aproveitar.

Todo mundo deveria pagar se fosse entrar num ponto turístico, pagar para entrar. Não paga no cinema? Então. Tem que pagar por conta da manutenção e as pessoas não valorizam isso e ficam quebrando, destruindo o patrimônio público, arqueológico e histórico do lugar.

ANM: De que forma esse turismo pode ser mais explorado?

Marcelo: Agindo com vontade política e com os técnicos, universidades. Porque as universidades tem muita coisa pra oferecer e ajudar as comunidades a desenvolver. Eu sou estudante de pesca em Santana e quero levar pra lá, pra gente ajudar, um acordo de pesca do rio Araguari na Floresta Nacional do Amapá (Flona) e Floresta Estadual do Amapá (Flota), entre Porto Grande e Ferreira Gomes, é lindíssimo, tenho um roteiro pra lá também.

O antigo matadouro de Fazendinha, estamos com a ideia de montar um museu do rio e do mar, fazer um museu vivo, com pesca de camarão, de peixinhos, com embarcações antigas, réplicas, artesanato, mel, passeios turísticos lá. Futuramente no Igarapé da Fortaleza vai ter um porto e um CAT (Centro de Atendimento ao Turista), um projeto do Igarapé Sustentável.

Como as pessoas podem contratar o seu trabalho como guia turístico?

Marcelo: Então, eu uso atendimento pelo telefone, faço minhas divulgações nos salões de turismo da Guiana, vou em São Paulo também fazer divulgação, Belém. Eu atendo várias pessoas que vem do estado e também que vem de outros países e do resto do Brasil, e as pessoas que eu atendo também indicam meu trabalho pra outras pessoas que querem visitar aqui. Também é o boca a boca, o Facebook e também atendo pelo Whatsapp (96) 98136-8882 e e-mail.

Meu comentário: Marcelo é um velho e querido amigo. Sou conhecedor do seu amor pelo Amapá, por sua riqueza natural, tradições e cultura. Sempre que posso, divulgo seus projetos e informes. Sucesso, Sá. Continue pisando forte por esses campos, mano velho!

Fonte: Amapá No Mapá

Pássaro raro encontrado no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque

Você sabia que a Choca-de-Cauda-Pintada (Thamnophilus melanothorax) é encontrada em matas úmidas, como no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque? A fêmea é ruiva, com face e peito negros inconfundíveis. O macho é preto com a ponta da cauda branca. A informação é do diretor do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, Christoph Jaster, que postou a foto do pássaro raro no perfil da maior unidade de conservação do planeta, no microblog Twitter.

Fonte: Blog do Cleber Barbosa

FELIZ EQUINÓCIO! (Por Fernando Canto)

Foto: Márcia do Carmo

Por Fernando Canto

Amanhã é dia do Equinócio. Feliz equinócio das flores para todos vocês, amigos e familiares!

O Criador Incriado é tão perfeito que quando fez os planetas e astros lhes dotou de movimentos diversos, inclusive lhe dando equilíbrio, quando a Terra, por exemplo se afasta do sol para realizar os solstícios e, na sua volta, os equinócios. Assim, todos os continentes usufruem quase das mesmas luzes, ainda que tenham características ecológicas e biomas diferentes, como diferentes são os animais e povos que os habitam e deles podem tirar seu sustento.

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

Então, o movimento que dá calor aos corpos vivos é eivado do equilíbrio que todos necessitamos para seguir na vida, dar valor à existência e agradecer a deidade sem ficar refém da ciência, pois é uma forma poética e filosófica de tentar entender nossa pequenez diante do universo. Se nem pensarmos nisso, ficaremos eternamente sem sombra. Estaremos sempre a-sombrados diante do caos que se instala ao largo do grande rio da Latitude Zero, semimortos, e com um punhal de luz nas nossas cabeças, quase cegos, suplicando por um eclipse amenizador na linha equinocial.

 

Milli Vanilli: a maior farsa da história da música (Égua-moleque-tu-é-doido)

No fim dos anos 80, um duo alemão ganhou o mundo após o lançamento de seu primeiro CD. Com uma mistura de reggae e dance music, o Milli Vanilli foi alçado ao status de estrela mundial graças ao sucesso de faixas como “Baby Don’t Forget My Number”, “Girl I’m Gonna Miss You” e “Blame It On the Rain”. Aqui no Brasil, a música de maior sucesso acabou sendo “Girl You Know It’s True”, que seguia bem a linha das demais faixas do debut, All Or Nothing.

Frank Farian, entre Fab Morvan e Rob Pilatus

Entre 1988 e 1990, Fab Morvan e Rob Pilatus eram os reis do pedaço. Todo mundo queria o Milli Vanilli, para a alegria do produtor Frank Farian, que era a cabeça pensante do projeto. Antes de Fab e Rob se juntarem ao projeto, Frank reuniu uma banda formada por Charles Shaw, John Davis e Brad Howell, além de duas cantoras, as gêmeas Jodie e Linda Rocco. Eles formariam o Milli Vanilli mas, segundo Frank, o grupo seria invendável, apesar do talento. Foi aí que Morvan e Pilatus, dois dançarinos aspirantes a modelos, apareceram e se tornaram a cara do projeto.

Verdadeiros cantores

All Or Nothing foi lançado e, apesar de críticas quanto ao som parecido com projetos anteriores de Farian, a popularidade do Milli Vanilli foi crescendo na Europa. Foi quando o produtor resolveu pegar o álbum, recriar algumas faixas extras, colocar o nome de Girl You Know It’s True e lançar nos Estados Unidos. Foram cinco singles lançados, com “Girl You Know It’s True” alcançando a 2ª posição nas paradas americanas, “All or Nothing” ocupando o 4º posto e os 3 primeiros lugares “Baby Don’t Forget My Number”, “Girl I’m Gonna Miss You” e “Blame It On the Rain”. Tudo ia bem, a adoração do público era incrível, os shows estavam lotados e o grupo tinha recebido uma indicação ao Grammy como artista revelação. Aquele era o projeto de maior sucesso de Frank Farian e nada de estranho poderia acontecer. Nada.

Em julho de 1989, a banda tinha uma apresentação ao vivo na cidade de Bristol, nos Estados Unidos. Era mais um show normal para o grupo, com direito a 80 mil pessoas esperando para ouvir os sucessos ao vivo e ainda a presença da MTV americana, que gravaria o show para um especial.

O cenário era dos melhores. Era a consagração do Milli Vanilli e tudo corria bem, até que o grupo começou a tocar “Girl You Know It’s True”. A fita cassete que continha as vozes da música sofreu algum dano, travou e o sistema de som do local ficou repetindo inúmeras vezes a frase “Girl You Know It’s…”. Pela primeira vez, ficou evidenciado o playback da dupla, o que fez com que Fab ficasse desesperado e saísse correndo do palco.

Ainda que o episódio não tivesse abalado a confiança dos fãs, que continuaram comprando CDs, ouvindo as músicas e indo aos shows como se nada tivesse acontecido, o episódio gerou uma suspeita de fraude em torno do grupo.

As suspeitas aumentaram quando o rapper Charles Shaw declarou a um repórter de New York que a dupla não era responsável pelas vozes em nenhuma das faixas do álbum. Dias depois, Shaw retirou as acusações e fingiu não ter falado nada a respeito. Até hoje, acredita-se que Frank Farian pagou U$1,5 milhão a Shaw para que ele não falasse mais nada sobre o assunto. Ainda que as críticas continuassem, as coisas pareciam ter voltado aos eixos. Em fevereiro de 90, o Milli Vanilli levou para casa o Grammy de Artista revelação e, durante os meses que se seguiram, o primeiro CD continuava quebrando recordes de venda. Tudo parecia superado, inclusive com Rob e Fab já pensando em seu novo CD.

O Milli Vanilli se tornou maior do que Frank Farian poderia imaginar e isso influenciou em sua relação com a dupla. Enquanto ele tentava administrar o ego de Rob e Fab e pensar no futuro, a dupla se comparava com Bob Dylan, Mick Jagger, Paul McCartney ou Elvis Presley em entrevistas e prometiam um trabalho ainda maior para o futuro. Foi então que, em 15 de novembro de 1990, Frank não aguentou, convocou uma entrevista e abriu o jogo: As vozes gravadas no álbum de sucesso de Milli Vanilli não eram as de Rob Pilatus e Fab Morvan, mas de Charles Shaw, John Davis, e Brad Howell. Como Farian precisava vender o projeto, ele se aproveitou da imagem de Rob e Fab e do fato deles serem bons dançarinos (???) para criar o produto final e colocar no mercado. Segundo Frank, a decisão de revelar tudo veio da dificuldade de administrar a dupla e da pressão que os dois estavam fazendo para cantar no novo álbum.

Com a revelação, tudo foi por água abaixo. Contrato encerrado com gravadora, Grammy revogado (com a dupla tendo que devolver as estatuetas recebidas) e reembolso de, pelo menos, dez milhões de cópias de seus álbuns vendidos até então. Aquilo caiu como uma bomba no cenário musical e devastou a vida de Fab, Rob e Frank, que tentou dar continuidade ao projeto, já que o novo álbum estava gravado e pronto para ser lançado. Com o nome de The Real Milli Vanilli, os membros verdadeiros passaram a ser destacados e o álbum acabou recebendo o nome de The Moment Of Truth, sendo lançado no começo de 1991 na Europa. Com três singles, “Keep On Running,” “Nice ‘n Easy” e “Too Late (True Love)”, o resultado não foi nada expressivo. No mercado americano, Farian excluiu qualquer associação com o Milli Vanilli. Por lá, o projeto recebeu o nome de Try ‘N’ B e o disco ganhou três faixas extras. Por lá, a recepção foi positiva.

Enquanto Frank tentava se reerguer, Rob e Fab seguiam escondidos. Depressivo, abusando da mistura de álcool e remédios e ainda viciado em cocaína, Pilatus chegou a tentar suicídio em novembro de 91 ao cortar os pulsos e tentar se jogar da janela do hotel Sunset Strip, em Los Angeles. Foi contido pela polícia enquanto gritava que importunaram a sua família. “Estou farto disso. Eu não queria magoar ninguém”. No entanto, a dupla acreditava que podia cantar e seguir a carreira. Se mudaram para Los Angeles, assinaram um contrato com o Joss Entertainment Group e lançaram, em 1993, o álbum Rob & Fab. Morvan era a voz principal da dupla, enquanto Pilatus era responsável pelos raps das faixas. O resultado foi amplamente criticado pela mídia e o trabalho rendeu apenas um single, “We Can Get It On”.

O CONCEITO “MILLI VANILLI”

Com tudo o que aconteceu, era normal que o Milli Vanilli se tornasse referência para a cultura popular. Entre citações em filmes, seriados e músicas de artistas como 50 Cent e Outkast ou a história do cantor sertanejo Johnny Percebe (???) na novela Torre de Babel, todas evidenciavam o fato deles terem enganado todo mundo vendendo uma história que não era a real.

Contudo, a referência mais legal de toda a história foi protagonizada pelo próprio Milli Vanilli em um comercial de chicletes, que começa perguntando “até quando o sabor do chiclete dura?” enquanto a dupla está cantando uma ópera. Até que a ópera falha e eles são pegos no playback.

O QUE PODEMOS TIRAR DISSO?

De lá pra cá, Morvan lançou um álbum em 2003, intitulado Love Revolution, trabalhou como locutor e DJ, mas nenhuma das tentativas deu resultado. Em 2012, ele trabalhava em um segundo disco, que até hoje não foi lançado. Considerada por muitos como a maior farsa da história da música, o Milli Vanilli chegou a ter cogitada a possibilidade de sua história virar filme, tendo o roteiro produzido por Jeff Nathanson (O Terminal e Prenda-me se for capaz). No entanto, o projeto acabou não tendo sequência.

Farian e os verdadeiros cantores

Ainda que a fraude não mereça ser recompensada, o Milli Vanilli acabou rendendo uma das histórias mais interessantes do cenário musical e, se for analisar friamente, não é algo que está tão longe dos nossos ouvidos atualmente. Ainda que hoje em dia as coisas não sejam feitas de forma tão descarada, o pensamento de Farian lá em 1988 de que “o produto precisa ser atrativo para ser vendido” ainda faz parte do que consumimos (ou nos é oferecido) musicalmente.

Candidatos a Milli Vanilli temos muitos, mas o que não temos é produtor que queira dar a cara a tapa e ver a sua carreira ir para o ralo, da forma que Farian fez, certo?

Fonte: Audiograma

‘Asteroid Day’ em Macapá vai disponibilizar telescópios na praça para observação da lua e Júpiter

O projeto ‘Observando no Meio do Mundo’ vai levar para uma praça no Centro de Macapá, telescópios que estarão apontados para a lua e para Júpiter, na noite de sábado (1º), entre 19h e 21h. A programação gratuita à população dá início às atividades do segundo semestre do projeto.

O evento é alusivo ao ‘Asteroid Day’, campanha de sensibilização criada para divulgar e alertar a população mundial para o perigo da queda de asteroides no planeta Terra.

A programação é voltada para a população de todas as idades. Membros do clube de observação vão dar explicações sobre as constelações visíveis na noite e falar sobre curiosidades da astronomia. Também haverá intervenções durante o evento para chamar a atenção dos presentes para o tema.

Serviços

Observando no Meio do Mundo
Data: 1º de julho
Horário: de 19h às 21h
Local: Parque do Forte (área próxima ao Banco do Brasil)

Fonte: G1 Amapá

Sobre a Floresta Nacional do Jamanxim, o veto presidencial e a garantia de desenvolvimento para o Amapá

Floresta Nacional do Jamanxim – Foto: Agência Senado

Por Vladimir Belmino de Almeida

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou em 16.5.2017 as Medidas Provisórias (MPs) 756 e 758, que, dentre outras coisas, alteram os limites da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, no município de Novo Progresso, no Pará, desmembrando parte de sua área para a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) do Jamanxim. Apesar de também ser uma unidade de conservação, a APA tem critérios de uso mais flexíveis. O plenário do Senado, em 23.5.2017, aprovou as MPs, confirmando a deliberação da Câmara dos Deputados.

Entretanto, o presidente Michel Temer, em 19.6.2017, sob intensa pressão de ambientalistas, vetou integralmente o texto aprovado nas casas legislativas. Destaca-se, entre as repercussões, o diálogo travado entre o presidente Michel Temer e a modelo Gisele Bündchen. A modelo, pela rede de mensagens Twitter, pediu ao presidente Michel Temer que dissesse “NÃO para reduzir a proteção da Amazônia!”, ao que o presidente respondeu, informando que vetou integralmente a todo o conteúdo das MPs.

Contudo, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, que anunciou que as MPs seriam vetadas a pedido da própria pasta, também anunciou que agora o presidente enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei com o teor da proposta original com “urgência constitucional”.

Deputados de oposição e ambientalistas se posicionaram contra a proposta. Eles argumentam que as mudanças nos limites das áreas podem aumentar o índice de desmatamento na região e favorecer a ação irregular de mineradores. Deputados da oposição criticaram as alterações por, segundo eles, abrirem portas para o desmatamento e colocar em risco o bioma da Amazônia.

Mas o que pouco se viu nos discursos, em especial no pronunciamentos da bancada amapaense e no executivo estadual, foi que as MPs em repercussão visavam, principalmente, atender ao projeto de construção da ferrovia Ferrogrão, que liga Sinop, em Mato Grosso, ao Porto de Miritituba, no Pará.
E esse, sem jamais menosprezar a prioridade da pauta ambiental, é o tema de maior interesse para o Estado do Amapá, que se pretende inserir no mercado primário de forma diferenciada.

Ao mesmo tempo que é fato a pouca relevância da capacidade produtiva de grãos no Amapá (presente e futura) em confronto com a realidade de Mato Grosso e do Pará, também é fato que o Estado e a bancada federal vêm lutando pela implantação da verticalização da cadeia de grãos aqui, ainda que na módica potencialidade amapaense, e focando, sobretudo, na utilização hídrica regional e local para fazer passar por Santana a soja que vem do Mato Grosso, bem como os insumos que para lá se dirigem.

Então a questão é, além do ponto de inflexão ambiental, como a proposta das MPs vetadas – e que brevemente serão adequadas para nova proposta – refletem na condição econômica do Amapá.

Enquanto a produção mineral se reflete finita e sazonal, em razão do valor da comoditie e custo de exploração, a produção de grãos, a verticalização dessa indústria e o comércio, gerado pelas necessidades intrínsecas de sua produção, se mostram difuso e crescente ao longo do tempo, sendo de grande valia como ativo da economia do Estado.

Dessa forma, ainda que pautados na questão ambiental, é mister que o legislativo federal e o executivo amapaense se esforcem na defesa do potencial demasiadamente importante para nossa economia, a qual a Ferrogrão, em atendimento aos interesses do Mato Grosso e do Pará, ameaça de extinção mesmo antes de nascer.

Fontes:

1. http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-05/camara-aprova-mp-que-reduz-area-de-floresta-nacional-no-para, em 19.6.2017
2. http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-05/senado-aprova-medida-provisoria-que-reduz-floresta-nacional-no-para, em 19.6.2017
3. http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2017/06/1894045-sob-pressao-temer-veta-proposta-de-reducao-de-area-florestal-no-para.shtml, em 19.6.2017
4. http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2017/06/19/internas_viver,709399/gisele.shtml, em 19.6.2017

Pesquisa aponta que a cada 10 anos o Amapá fica 1°C mais quente – Égua-moleque-tu-é-doido

Foto: Márcia do Carmo

Por André Silva

Um pesquisador afirma que a temperatura no Amapá vai subir 1°C a cada dez anos. O estudo aponta que o motivo da alta é uma alteração na região do Amapá, Marajó e adjacências.

A pesquisa fez parte da tese de doutorado do meteorologista Jeferson Vilhena, que estudou os fenômenos meteorológicos na Ilha de Santana, a 17 quilômetros de Macapá. Para obter os resultados, ele reuniu o conhecimento climatológico de moradores que dizem quando vai chover ou quando irá fazer sol. Os trabalhos começaram em 2015.

Dentro da pesquisa, Vilhena reuniu dados da alteração no clima nos últimos 48 anos registrados através dos dados da estação meteorológico da Fazendinha, Distrito de Macapá. Segundo as informações que conseguiu obter, de 1968 a 2016 houve uma mudança na temperatura máxima de Macapá em mais 1,35 º C.

A mínima não apresentou grande alteração, mas foi bem menor se comparado a temperatura máxima de 0,6 °C em todo esse período.

“Elas estão aumentando e a tendência é que elas aumentem ainda mais. Nós registramos aumento de 1,1°C na temperatura média. Esse aumento deve se prorrogar nos próximos anos. Na máxima, a cada dez anos esta havendo, provavelmente, o aumento de 1°C e isso é preocupante”, alertou o pesquisador.

“Na mínima também há esse aumento. A tendência é que ela suba e, provavelmente, a climatologia estará fadada a temperaturas mais altas do que as de décadas passadas”, alerta o pesquisador.

Estiagem

Em 48 anos, foram 124 registros oficiais de estiagens e secas que afetaram o Amapá. As mais intensas aconteceram entre os anos de 2014 a 2016. Vilhena considera a situação preocupante.

“Elas ocorrem em uma média aproximada de 23 anos. Então a primeira foi em 1969, a segunda em 1991 e a terceira entre 2014 e 2016”.

“As produções agrícolas de um modo geral, não só da castanha, estão sendo afetadas por essas mudanças, porque como as temperaturas estão ficando cada vez mais altas e as chuvas ficando mais escassas (chovendo muito em um período muito curto), quando a gente observa isso para a produção agrícola é maléfica porque tem uma disponibilidade de água muito grande em curtos períodos. Hoje em dia a gente não vê mais aquelas chuvas que duravam três dias”, garantiu o pesquisador.

Fonte: SelesNafes.com

Mirzam apresenta palestra “Interestelar: A Física dos seus Universos e Multiversos”

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Para quem curte ou gostaria de saber mais sobre o filme de ficção científica Interestelar, dirigido por Christopher Nolan, não pode perder o próximo encontro do Clube Mirzam com a palestra “Interestelar: A Física dos seus Universos e Multiversos”, no dia 6 de agosto, às 19h, no Curso Lógico. Serão três momentos explicativos relacionados ao filme, mas de maneira científica, ministrados pelo professor Thiago Sousa.

– Primeiro: abordará as teorias físicas apresentadas no filme, do qual vai destacar e explicar os detalhes necessários para entender diversas cenas.

– Segundo: dará ênfase aos fenômenos da Física Moderna, como a relatividade e a física quântica, com o objetivo de elucidar os eventos descritos e narrados.

– Terceiro: vai explanar a história da corrida espacial, o sonho dos homens de ir ao espaço, a tecnologia aeroespacial atual, as inovações desenvolvidas para aproximar o espaço dos nossos pés e viagens espaciais com humanos.

As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Faça a sua reserva pelo site: www.clubemirzam.blogspot.com.br

Esperamos você!

Céus limpos!

Palestra Interestelar: A Física dos seus universos e multiversos
Dia: 06/08/2016
Hora: 19h
Local: Curso Lógico – Av. Ernestino Borges, 605. Centro.

No AP, bar de rock inova ao servir hambúrguer com jambu e tucupi

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Por Jorge Abreu

Um sanduíche produzido com jambu, tucupi e queijo regional, ingredientes típicos da Amazônia, chama atenção de quem busca lanches, música e cerveja num bar de rock, localizado na Zona Sul de Macapá. Há três meses no menu do estabelecimento, o hambúrguer batizado de X-Tucuju é vendido no valor de R$ 12.

O jambu é uma erva típica da região Norte. As folhas têm um sabor forte e provocam leve dormência na boca. Já o tucupi é um caldo amarelado extraído da raiz da mandioca quando descascada ou ralada. De sabor cítrico, o tucupi é considerado a base da culinária indígena.

A combinação de jambu e tucupi é comum em pratos típicos como o tacacá, pato no tucupi e outros, mas em um sanduíche chama a atenção.

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De acordo com o proprietário do bar, o músico Tássio Callins, de 33 anos, o sanduíche é o mais vendido desde o lançamento, com cerca de 60 a 80 unidades por final de semana. Ele conta que quando começou a trabalhar com lanches quis inovar com uma opção que fosse “a cara do amapaense”.

“Nós já vendíamos a cachaça de jambu, que é algo diferente, mas estávamos atrás de mais ideias novas. Quando começamos a trabalhar com preparação de comidas, decidimos fazer um sanduíche diferente de outros estabelecimentos e veio a ideia de incluir um ingrediente que é a cara do amapaense e de gosto bom, o jambu”, ressaltou Callins.

O X-Tucuju é composto de carne artesanal, queijo da região, castanha do Brasil ralada e jambu cozido com tucupi. O lanche é servido com uma dose de tucupi e, segundo os donos do bar de rock, é ideal para ser apreciado com cerveja.

O jambu é refogado por 30 minutos no tucupi. A carne de hambúrguer é assada na chapa e o queijo é aquecido. Durante a montagem do sanduíche, cada elemento é colocado com a castanha ralada em cima.

A empresária Caroline Nascimento, de 31 anos, namorada de Tássio e sócia no bar, foi a primeira a experimentar o sanduíche, que foi batizado de “X-Tucuju”. Para ela, o tucupi e o jambu dão um sabor especial e por isso o casal resolveu apostar na ideia.

“Nós servimos uma vez o X-Tucuju sem avisar para uns amigos que sempre frequentaram o bar. O sanduíche foi divido em quatro pedaços e após terminarem, cada um pediu o lanche inteiro. Foi quando percebemos, que além de mim, outras pessoas aprovavam a ideia”, comemorou Caroline.

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Além do X-Tucuju, outro prato chama atenção da clientela, o sanduíche chamado “X-Frescura”. Segundo Callins, o nome surgiu em meio a uma brincadeira de amigos devido a ausência do carne, que é substituída por abacaxi.

“Tentamos agradar todos os gostos. Quem não quiser experimentar o X-Tucuju, por não gostar dos sabores fortes do jambu e do tucupi, pode pedir outros lanches como X-búrguer, X-calabresa ou X-Bacon. E para quem não gosta de carne vermelha, criamos o X-Frescura, um apelido carinhoso que tiramos de uma brincadeira de um amigo que não aprova a substituição de ingredientes”, explicou Callins.

Fonte: G1 Amapá

Twitter: Dez anos no ar!

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Hoje, dia 21 de março, é aniversário do Twitter. O microblog apaga dez velinhas e tomou conta de todo o mundo com aquela pergunta tola: O que você está fazendo? Eu duvide-o-dó que os inventores do ‘passarinho’ – os americanos Biz Stone, Evan Williams e Jack Dorsey – achavam que a ideia ia dar tão certo.

O certo mesmo é que muita gente não vive sem Twitter, e eu sou uma delas. A formidável troca de informação, aliada ao resumo do resumo de uma notícia, me levou a apostar na rede social.how-to-email-tweets-directly-from-twitter-s-website-692a5ff817

O dicionário mostra duas definições para Twitter: “uma pequena explosão de informações sem importância” e “pios de pássaros”. Segundo os fundadores, ambas as definições eram perfeitas.

Ao contrário do que alguém escreveu aqui sobre o Twitter, ele é sim uma ótima ferramenta de trabalho. Como rede social também. Conheci muita gente boa e hoje me relaciono com elas no mundo real.

twitter22É claro que há informações inúteis, mas é fácil você solucionar essa: pare de seguir o idiota! Se ele/a continuar a insistir, bloqueie, ora! Fico louca quando alguém me diz que não gosta porque há muita “leseira” – idiotice, em amazonês. Leso é quem insiste em ler bobagens tendo a opção de não o fazer!

Pra finalizar, é bom que se diga que até o The Boss deste site aderiu Twitter. Deve ser porque é um ótimo difusor de informações, ou ele viu que há coisas irreversíveis.

De qualquer maneira, segue eu! Twitter.com/JucaraMenezesAM. Até mais!

Juçara Menezes, jornalista manauara, ex colaboradora deste site e amiga querida deste blogueiro.

Meu comentário: Mesmo o principal assunto dos tuiteiros brasileiros ser a programação da TV, a rapidez da informação e o alcance é fenomenal. Confesso que a ideia de escrever em somente 140 caracteres não me agradava nem um pouco, mas há tempos reconheço a importância do microblog para a comunicação.twitter.jpg2

Pena que no Amapá, ele é muitas vezes palco de guerra política. Até eu mesmo participo dos embates, afinal, faz parte da coisa. Ah, não me importo de perder seguidores, o famigerado “unfollow” ou ser bloqueado. Para mim, o importante é dizer o que é preciso, sempre. Acho que essa fórmula deu certo, pois possuo mais de dois seguidores. Tomara que a ferramenta continue nos enriquecendo e divertindo.

Elton Tavares (@eltonvtavares)

Anos Bissextos – Publicação por conta do 29 de fevereiro

 
No ano bissexto, acrescenta-se um dia a mais para se corrigir a discrepância entre o ano-calendário convencional e o tempo de translação da Terra em volta do Sol tomando-se o ano trópico que utiliza o equinócio vernal (ou seja, o equinócio de primavera no hemisfério norte) como referência. A Terra demora aproximadamente 365,2422 dias solares para dar uma volta completa ao redor do Sol, enquanto o ano-calendário comum tem 365 dias solares. Sobram, portanto, aproximadamente 5h48m46 a cada ano trópico. As horas excedentes são somadas e adicionadas ao calendário na forma inteira de um dia.
 
No caso do Calendário Gregoriano, este dia extra é incluído no final do mês de fevereiro, que passa a ter 29 dias (ano com 366 dias) em lugar dos 28 dias de anos normais (ano de 365 dias).
 
A origem da expressão bissexto foi uma conseqüência da adoção do Calendário Juliano em 45 a.C. quando Júlio César fez várias modificações no irregular Calendário Romano de Numa Pompilio: acrescentou dois meses Unodecembris e Duodecembris ao ano deslocando assim Januarius e Februarius para o início do ano. Fixou os dias dos meses em uma sequência de 31, 30, 31, 30… de Januarius a Duodecembris (Duodecembris com 30 dias), à exceção de Februarius que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, seria de 30 dias. 
Como os romanos dividiam o mês em Kalendas, Nonos e Idos, coincidentes com fases lunares, ao passar dos Idos e próximo ao finaimages (5)l do mês eles se expressavam em linguagem regressiva dizendo algo como: faltam 6 dias para as Kalendas de Março, faltam 5 dias para as Kalendas de Março… e também eles o faziam de forma inclusa, …faltam 4 dias, faltam 3 dias, dia anterior e dia. Nesta época era mais importante contar desta forma, pois, ela representava as fases lunares as quais eram muito mais significativas para a vida cotidiana da população.
 
Com esta forma de contagem, e não pela numeral seqüencial que hoje usamos, nestes anos de 366 dias o mês de Februarius teria então dois dias “Ante die VI (sextum) Kalendas Martias”, sendo daí a origem da expressão “bis sextum”, hoje por nós conhecidos como anos bissexto. 
 
Contudo há ainda outro tipo de calendário, o Calendário da Paz, também chamado de Calendário Maia. Os Maias, como se sabe, eram extremamente avançados em astronomia, e fizeram portanto um calendário de 13 luas de 28 dias, mais um dia “extra” chamado o dia fora do tempo. Assim, são 13 x 28 dias = 364, mais um dia fora do tempo, 365 dias.
 
 
Na década de 1920, as igrejas Ortodoxas do Leste Europeu criaram um mecanismo diferente para determinar os anos bissextos. Substituíram o “divisível por 400 é bissexto” por “os anos que divididos por 900 apresentarem resto da divisão igual a 200 ou 600 são bissextos”. Isso significa que os anos de 1900, 2100, 2200, 2300, 2500, 2600, 2700, 2800 são comuns e os anos 2000, 2400 e 2900 são bissextos. Isso não cria conflitos com o resto do mundo até o ano de 2800. Na prática significa que há 218 anos bissextos a cada 900 anos, o que faz a duração média do ano nesse sistema ser de 365,24222 dias, o que é mais preciso que o adotado pelo calendário gregoriano.
 
O calendário gregoriano possui 970 anos bissextos a cada 4000 anos. Há estudiosos que defendem uma regra na qual ocorram 969 anos bissextos em cada 4000 anos (365,24225). A média ficaria mais próxima da duração do ano trópico que no atual modelo. A regra consiste em excluir os anos múltiplos de 4000 como sendo bissextos. Assim como o método sugerido pelas igrejas Ortodoxas do Leste Europeu esse sistema é compatível com o atual por muito tempo, ou seja, pode-se postergar até próximo do ano 4000 do calendário gregoriano para debater o assunto.
 
Os anos bissextos sempre foram cercados de mitos e tradições. Uma das mais divertidas surgiu no século XIII, na Escócia. Em um ano bissexto, eram as mulheres (e não, como de costume, os homens) que tinham o direito de escolher quem desejassem para marido. E se o escolhido não concordasse com o casamento, era obrigado a pagar uma multa de respeito.
 
 
Nos países não católicos a mudança foi feita mais tarde; a Inglaterra e suas colônias fizeram a mudança em 1752, onde o dia 2 de setembro precedeu o dia 14 de setembro e o dia de ano novo foi mudado de 25 de março para 1º de janeiro.
 
 
Há pessoas que julgam que o ano bissexto assim se chama justamente por ser composto de 366 dias (dois seis, bissexto), ao contrário dos 365 nos demais anos. O que expressa uma coerência mnemônica popular e aos estudiosos um grande e histórico equívoco.
 
 
A lenda do ano bissexto
 
 
Quando Júlio César chegou ao Egito com suas legiões descobriram que o calendário solar usado naquele país era mais perfeito do que o romano. Este era tão deficiente que em cada pequeno lapso de tempo tinham que acrescentar um mês a partir do dia 23 de fevereiro.
 
Quando César subiu ao poder supremo, em Roma, começou a preocupar-se com a reforma do calendário, e para isto chamou o famoso astrônomo alexandrino Sosigenes, que abandonou o calendário dos meses lunares em favor do método egípcio, baseado nos cálculos solares. Assim teve origem o Calendário Juliano, cujo nome foi dado em honra a César e que consiste de 12 meses, ou 365 dias. Em cada quatro anos era intercalado um dia adicional precisamente na data em que antes, era acrescentado o décimo terceiro mês.ano_bissexto
 
Mas os romanos dividiam o mês em três períodos, e os dias não eram designados com nomes, mas com números. Para eles, o nosso 23 de fevereiro era “ o sexto dia antes das calendas” (primeiro) de março. 
 
O dia extra, introduzido pela reforma do calendário juliano, foi situado depois desse sexto dia, ou “sextilis”, e daí vem o nome de “bissextilis”, em vez de bissexto, e, possivelmente são devidas a essa expressão algumas das curiosas tradições que se observam em certos países.
 
AnoBissexto (1)Muita gente, ignorante do latim, acreditava que “bisextilis” significava “dois sexos” em vês de “ os dois sextos” do antigo calendário romano, e assim apareceu a lenda de que o ano bissexto traz privilégios especiais para as pessoas do “segundo sexo”.
 
 
Fonte: Wikipedia (post de 2012, a última vez que rolou um 29 de fevereiro).

Há 410 anos, morria Guy Fawkes (para alguns, conspirador, para outros, herói)

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Preso, torturado e condenado à morte, Guy Fawkes teve os testículos e o coração arrancados, e acabou decapitado e com o corpo não só esquartejado como exposto em praça pública para apodrecer e servir de alimento aos corvos. Tudo porque ele era católico na Inglaterra (país de maioria anglicana) e decidiu participar de um complô para explodir o Parlamento, matar o rei, seqüestrar sua filha e liderar uma insurreição popular.Ele morreu em 31 de janeiro de 1606.Há exatos 410 anos.

Guy Fawkes nasceu em 1570, em família anglicana e se converteu ao catolicismo aos 18.Em 1588, junta-se à armada espanhola contra os ingleses e adota o noimages (1)me Guido Fawkes. Cinco anos depois, alista-se no exército do arquiduque da Áustria.• Os católicos ingleses recuperam o direito ao voto em 1829 e o 5 de novembro vira o Guy Fawkes Day, feriado nacional.1520_thumb_g

Em 1977, Johnny Rotten, líder da banda Sex Pistols, chama-o de precursor do anarquismo punk.•

Sua história inspirou a HQ V for Vendetta (V de Vingança), de Alan Moore. Em 2006, V de Vingança foi adaptado para o cinema. Dois anos depois, o movimento hacker Anonymous adotou a máscara para protestar contra a Igreja da Cientologia nos Estados Unidos.

fake1-300x165O acessório se tornou um símbolo de 2011, quando foi visto em protestos por todo o mundo, como nos movimentos Occupy. Mesmo sendo um ícone anticorporações, a venda da máscara dá dinheiro a uma grande empresa. A Time Warner detém seus direitos autorais.

Vídeo sobre a história de Guy Fawkes: 

Fonte: Superinteressante.