A “Confraria dos Otaros” – Uma crônica barateira de Elton Tavares e Fernando Canto (ilustrada por Ronaldo Rony)

Noite dessas, durante conversa com o Fernando Canto, ele me falou que alguns poetas do Amapá estão (pasmem!) comprando diplomas de instituições literárias gringas ou títulos com padrinhos tipo William Shakespeare (exemplo genérico, pois são vários figurões da arte literária mundial). Pensei: égua-moleque-tu-é-doido! Como diria esse último monstro da Literatura citado: “Há mais coisas entre o céu e a terra tucuju do que pode imaginar nossa vã filosofia”. É ou não uma verdadeira “Confraria dos Otaros”?

Má rapá. É deslumbramento e uma necessidade de se autovenerar. E pior, pelos nomes citados pelo amigo Canto, que para mim é o maior escritor vivo deste nosso lugar no mundo, alguns dos apadrinhados/diplomados pelos vultos literários são falsos intelectuais. Sim. Daqueles que nem falam e nem escrevem direito, mas…

Não entendemos o motivo dessa pavulagem. Sério mesmo. Não que queiramos atravessar vários minutos de discussão ou encher o saco dessas figuras. É que estou admirado mesmo.

A propósito, ancorados em suas inteligências superiores, será que esses intelectuais “otaros” ficam mostrando uns aos outros seus diplomas ou títulos, meio que competindo por quem tem um padrinho ou documento com mais peso histórico/literário e pensam que isso reflete em suas mentes foscas as fazendo brilhar?

Deve ser a tal “Teoria do Medalhão” do Machado de Assis. E ainda vão dizer que nossas críticas são motivadas por inveja. Afinal, todos temos o direito inalienável de sermos considerados inteligentes do jeito que queremos nos iludir. Né, não?

Somos amigos de alguns verdadeiros gênios. Mas eles são humildes. Sem essa boçalidade típica da “Confraria dos Otaros”. É como disse Nelson Rodrigues: “dinheiro compra tudo, até amor verdadeiro”. Com certeza. Também compra um diploma de sabido ou apadrinhamento de figurão da história, falecido há séculos (risos).

Mas por que “Confraria dos Otaros”? Trata-se de parte de uma frase usada para o mesmo significado (otário), pois antes de ser atributo de pessoas de má fé, ingênuas, carrega o peso da vaidade. E toda vaidade é ilusória, fútil, jactanciosa e frívola, ainda mais no meio artístico em que muitos dos seus protagonistas se acham talentosos e dizem estar além da capacidade comum dos mortais. Muitos desses pavões se danam a produzir gestas sobre si mesmo, mas são verdadeiros valdevinos literários, estando ou não em grupos ou academias, o que, aliás, é o que não falta no Brasil. Para entrar em algumas delas basta comprar o diploma, como o fazem os falsos médicos e enganadores profissionais.

Um diploma ou uma medalha comprada não caracteriza um autor, pelo contrário, o ridiculariza perante os que não se deixam enganar pela fatuidade apresentada, tão típica dos que querem porque querem ser admirados, mesmo que não mereçam.

Não queremos com esta crônica ofender a honra de alguém ou de alguns. Entretanto, o pélago existente entre os “otaros” e os que levam a literatura a sério é maior que a Sofia do Porto de Santana e mais extenso que uma pororoca que havia no Araguari. Esses glabros de letras deviam era se esmerar para produzir uma literatura que nos faça melhor, que nos torne mais felizes e parar com essa onicofagia nervosa e permanente de autobajulação.

Ainda bem que vem uma geração com a literatura pulsante nas veias por aí. Por exemplo: os poetas Gabriel Guimarães in “Ágil Peste Celeste – Poemas Primeiros” (Portugal – Brasil – Angola – Cabo Verde), Chiado Books, 2021; Lara Utzig, in “Efêmera”, publicado pela editora Lura (2020); Rafael Massim, in “Amores, o Meio do Mundo e Outras Contemplações”, Edição do Autor, Macapá, 2020 e Gabriel Yared com o romance “Semente de Sangue”, Editora Corvus, Feira de Santana/BA, 2021. São escritores jovens, assim como muitos outros que estão revelando seu talento pós-pandemia.

Há alguns que ainda não publicaram livros, mas que estão “bombando” nas redes sociais, como é o caso de Jaci Rocha, Lorena Queiroz e outras tão marcantes quanto essa. Se não caírem nas asas da presunção, podem se tornar verdadeiras pedras angulares que sustentarão nossa literatura no futuro, ainda que lidar com a personalidade de artistas seja meio complicado.

Apesar dessas otarices, temos grandes escritores e poetas, homens e mulheres como Manoel Bispo, Alcinéa Cavalcante, Maria Ester, Paulo de Tarso, Ronaldo Rodrigues, Tiago Quingosta, Lulih Rojanski, Pat Andrade, Marven Junius Franklin, entre tantos outros, que não precisam de títulos ou de medalhas adquiridas pela compra, e que já estão inscritas na história da nossa literatura com muito mérito.

É verdade que cada um tem suas próprias escolhas por isso não condeno quem quer que seja, nem posso julgar a relação desses poetas com as instituições das quais fazem parte, pois não as conheço a não ser das postagens jactantes nas redes sociais. Sobre isso creio que o patrono Shakespeare já se antecipou, referindo em “Hamlet, Príncipe da Dinamarca”: to be, or not to be, that is the question.

E, antes que nos chamem de invejosos, digo estas palavras meio chulas oriundas do tupi (te’bi): toba ou não toba, ora vão tomar. A questão não é nossa. Enfim, essa galera deve achar uma bobagem antiquada aquele papo de “ler para ser”. E, sim, resolvemos escrever esse texto só de sacanagem, para rirmos depois. É isso!

Elton Tavares e Fernando Canto

A gente já riu muito de vocês, otaros!

*Uma dica: boa parte da “Confraria dos Otaros” apoiou a rasteira na poeta Pat Andrade.

Governo francês declara estado de emergência sanitária na Guiana Francesa, na fronteira com Brasil

Ponte Binacional que liga a fronteira entre Brasil e Guiana Francesa — Foto: Divulgação/Préfecture de la Guyane

O governo francês decretou estado de emergência sanitária em vários de seus territórios ultramarinos em razão da aceleração da pandemia de Covid-19 alavancada pela variante ômicron. A Guiana Francesa, na fronteira com o Brasil, faz parte das regiões atingidas, assim como Saint Barthélemy, Guadalupe e Saint-Martin, no mar do Caribe, além de Maiote, no Oceano Índico. A decisão é de quarta-feira (5).

“Diante da capacidade hospitalar desses territórios e dos baixos índices de vacinação da população, a atual onda epidêmica da Covid-19 representa uma catástrofe sanitária que coloca em risco a saúde da população”, resume o decreto apresentado no Conselho dos Ministros, em Paris. Com a medida, as autoridades locais podem impor um regime de lockdown ou outros dispositivos, como o toque de recolher, para manter a população em suas casas e evitar aglomerações.

O governo tem constatado um “aumento considerável” de casos fora da França metropolitana. Além dos territórios anunciados nesta quarta-feira, o estado de emergência sanitária já havia sido declarado em 27 de dezembro na ilha da Reunião, no Índico, e na Martinica, no Caribe.

As autoridades alertam principalmente para os baixos níveis de vacinação registrados nessas regiões, onde ainda existe muita resistência à imunização. Apenas cerca de 40% da população dos territórios ultramarinos franceses, em média, recebeu a primeira dose da vacina anticovid.

Barcos na orla de Oiapoque e ao fundo a Ponte Binacional que liga Brasil e Guiana Francesa — Foto: Maksuel Martins/GEA

Saturação dos hospitais

O caso da Guiana Francesa, separada do Brasil pelo Rio Oiapoque, no norte do Amapá, é um exemplo citado frequentemente pelas autoridades. O território tem cerca de um terço de sua população vacinada.

“Com esse nível de imunização, os riscos de desenvolvimento de formas graves da doença aumentam e podem levar rapidamente a uma saturação das estruturas hospitalares”, alerta o decreto.

E governo lembra que a situação já é preocupante na Guiana Francesa, onde “o índice de ocupação dos leitos em serviços de reanimação já é superior a 190% da capacidade inicial”.

Como na França metropolitana, a vacinação não é obrigatória na Guiana. Mas o passaporte sanitário, documento que prova que seu portador foi vacinado ou fez um teste com resultado negativo recentemente, é exigido para ter acesso a bares, restaurantes e atividades esportivas e culturais.

No entanto, a regra nem sempre é aplicada e o uso de máscaras de proteção nem sempre é respeitado, o que potencializa a circulação do vírus, principalmente diante da capacidade de contágio da variante ômicron, que já está presente na região.

A facilidade de entrada e saída do território, em razão das fronteiras difíceis de controlar tanto do lado do Suriname, ao oeste, como do lado brasileiro, ao sul, tornam a contenção dos casos ainda mais complexa.

Na cidade guianense de Saint Georges, a apenas alguns minutos de barco de Vila Vitória e de Oiapoque, do lado brasileiro, a travessia é intensa e praticamente nenhum controle é feito.

A ponte que liga as duas margens ficou fechada durante meses, mas o tráfego de barcos improvisados continuou sendo tolerado, já que muitas pessoas trabalham ou estudam dos dois lados da fronteira. O Amapá não tem casos confirmados, nem suspeitos da ômicron.

Fonte: G1 Amapá.

Hoje é a última sexta-feira de 2021. Portanto, divirta-se!

Hoje é a última sexta-feira de 2021. Assim como todas as outras, dia de tomar umas cervas, ver os amigos e escutar música bacana. Afinal, dezembro é só festas, portanto, vamos celebrar ao quadrado.

Que for de dança que dance, de goró que beba, de namorar que namore. Só não dá pra ficar chocando em casa sozinho. Caia dentro do último findi do ano de voadora. Divirta-se ao máximo, pois já já será 2022 e a recarga de energia positiva ajudará nas atividades, nem sempre bacanas, nos dias que virão no ano novo.

Evite desentendimentos, não cerque boca e não tome Kaiser, aquela cervejinha sem vergonha. Bora celebrar a vida com muita alegria e seguir em frente. Se você tem saúde, não desperdice a última sua sexta-feira de 2021!

Elton Tavares

“Emendas do relator” são mais um estupro bolsonarista. Desta vez, um estupro da ética e da transparência

Rosa Weber: decisão saneadora e moralizadora contra um estupro da ética que tem a participação direta, decisiva e entusiasmada do puro e imaculado Jair Bolsonaro

A decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando a suspensão integral e imediata da execução dos recursos oriundos das chamadas “emendas do relator” relativas ao orçamento deste ano, é saneadora, moralizadora, republicana e constitucional.

Mentirosamente, bolsonaristas já se entregam ao único esporte que os seduz: tentam mostrar que Bolsonaro não tem nada a ver com esse peixe, ou seja, com esse instrumento imoral e indecente, pelo qual se confere ao relator do orçamento o poder de distribuir, ao bel-prazer de interesses fisiológicos, recursos bilionários que beneficiam apenas parlamentares da base governista, aí incluídos, é claro, os do Centrão.

Mas Bolsonaro tem, sim, tudo a ver com esse peixe.

No dia 20 de agosto deste ano, o Palácio do Planalto informou que ele havia sancionado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com veto às emendas de relator e de comissões. Mas no dia 23 de agosto, quando a sanção foi publicada no Diário Oficial da União, os vetos não estavam lá e as emendas foram mantidas.

O que mudou nesse intervalo? Bolsonaro, é claro, cedeu à reação de parlamentares aliados. A primeira versão da sanção da LDO realmente previa o veto às emendas de relator e de comissões. Mas isso gerou reação de aliados no Congresso. Eles fizeram chegar ao Palácio do Planalto a discordância sobre esse ponto. E pronto. Aí estão as emendas do relator, nas quais regalam-se os fisiológicos do Congresso para manipular bilhões de reais, longe das vistas e dos olhos da sociedade, daí chamar-se a esse instrumento indecoroso de “orçamento secreto”.

Bolsonaro fisiológico – Eis aí mais um exemplo de que o Bolsonaro incorruptível, transparente, puro, imaculado, infenso a práticas da velha política não passa de uma ficção, de uma invenção. O Bolsonaro que está aí, devastando o Brasil e transformando-o em pária aos olhos do concerto das Nações, é o Bolsonaro fisiológico, com nenhum apreço pela ética e pela transparência.

Essa imoralidade flagrante já ensejou uma operação da Polícia Federal (PF) para investigar pelo menos três deputados e um senador sob suspeita de participarem de um esquema de “venda” de emendas parlamentares no Congresso. O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, admitiu recentemente, em audiência na Câmara, “não ter dúvida” de que há corrupção envolvendo recursos federais indicados por parlamentares via emendas do tal orçamento secreto.

Aliás, em sua decisão liminar, a ministra Rosa Weber observa que o Tribunal de Contas da União (TCU), ao julgar as contas do governo Bolsonaro referentes a 2020, verificou aumento expressivo na quantidade de emendas apresentadas pelo relator do orçamento (523%) e no valor das dotações consignadas (379%) sem que fossem observados quaisquer parâmetros de equidade ou eficiência na eleição dos órgãos e entidades beneficiários dos recursos alocados.

Imoralidade – Constatou, ainda, a inexistência de critérios objetivos, orientados pelos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência para a destinação dos recursos, além do comprometimento do regime de transparência, pela ausência de instrumentos de prestação de contas (accountability) sobre as emendas do relator-geral.

“Causa perplexidade a descoberta de que parcela significativa do orçamento da União Federal esteja sendo ofertada a grupo de parlamentares, mediante distribuição arbitrária entabulada entre coalizões políticas”, afirmou a ministra.

Para a relatora, é incompatível com a forma republicana e o regime democrático a validação de práticas institucionais por órgãos e entidades públicas que promovam o segredo injustificado sobre os atos pertinentes à arrecadação de receitas, à efetuação de despesas e à destinação de recursos financeiros, “com evidente prejuízo do acesso da população em geral e das entidades de controle social aos meios e instrumentos necessários ao acompanhamento e à fiscalização da gestão financeira do Estado”.

É assim: no Brasil de Bolsonaro, a corrupção continua a grassar desbragadamente. Com o estímulo e a participação (vide os casos Covaxin e das rachadinhas) de Bolsonaro, esse cidadão puro, imaculado, transparente e incorruptível.

Fonte: Espaço Aberto.

Um ano do apagão: Nunca vi uma noite como aquela. Nunca vivemos um período como aquele

Macapá na noite de terça-feira (3/11/2020) – Foto: Aog Rocha

Crônica de Elton Tavares

Eu nunca tinha visto/vivido uma noite como aquela. Parece que todos os raios do planeta caiam somente nesta cidade equatorial, nosso lugar no mundo. A tempestade era digna de um filme apocalíptico, raios e trovões que parecia que o céu estava desabando sobre nossas cabeças, algo surreal. E tudo isso dentro de uma crise pandêmica, pois há exatamente um ano, quando ocorreu o apagão no Amapá, a Covid-19 matava dezenas de pessoas por dia em nosso estado.

Sim, na noite de 3 de novembro de 2020, dos 16 municípios amapaenses 13 deles foram afetados com um apagão de energia elétrica, causado por uma pane em um transformador (o qual a concessionária amapaense não tinha equipamento reserva) que durou mais de 20 dias. Foi uma tragédia. Uma humilhação. Uma catástrofe sem precedentes.

Imagem: Fantástico/G1 Amapá

Teve fome, agonia, tristeza. Teve letargia no socorro que nunca chegava. Teve prejuízo, revolta, resignação. Teve protestos/guerra nas redes sociais e nas ruas. Teve solidariedade, teve descrédito e pouca esperança. Teve medo. Teve pessoas assistindo a tudo sem fazer nada. Uns por egoísmo, outros por conveniência. Teve desespero!

Com o apagão, vivemos as crises sanitária e energética aterrorizantes. O Governo Federal demorou a nos ajudar, mesmo com o esforço mútuo de instituições e parlamentares locais. Foram muitos os heróis conhecidos e anônimos que ajudaram pessoas naqueles dias sombrios com distribuição de milhares de cestas básicas em comunidades e periferias nas cidades tomadas pela escuridão. O esforço dessas pessoas foi crucial para colocar comida na mesa de famílias cuja renda foi ceifada pela pandemia e falta de energia.

Imagem: Fantástico/G1 Amapá

Teve um rodízio de energia desleal. Dividida em dois turnos – de 0h às 6h e 12h às 18h ou de 6h às 12h e 18h às 0h – a retomada parcial do serviço, prevista para durar uma semana, se estendeu por quase um mês e impôs todo tipo de limitações aos amapaenses. Aliás, passamos de todos os limites naquela época tenebrosa.

A interrupção no fornecimento de energia elétrica no Amapá já se estendeu por 22 dias (oscilando entre blecautes, racionamentos e rodízios de energia), sendo que os efeitos danosos deste “apagão” foi uma tristeza difícil de contar em apenas uma crônica. Aquela loucura foi o maior e mais prolongado apagão na história do país.

Sim, foi em novembro de 2020 que o mundo acabou para muitos. Ultrapassamos a linha e o Amapá se viu dentro de um abismo escuro. O que a vida reservou pra gente, hein? O único aprendizado na dor enquanto aqueles dias se arrastaram, cheios de perdas, revolta e notícias tristes, foi sermos solidários. Pelo menos foi o que aprendi.

Um dia, após a Covid-19 ser erradicada de vez, talvez eu escreva um livro com o título: “Depois do Fim do Mundo – Uma crônica para sobreviventes”.

Apesar do melancólico e inimaginável período, seguimos iluminados pelo dom da vida. Espero que não, sinceramente, não tenhamos que viver aquilo nunca mais. Pois é triste lembrar. Uma pena que tenha sido assim!

*Revisão e edição da amiga jornalista Gilvana Santos.

Caminhão derruba postes e deixa bairros do Centro e Zona Sul de Macapá sem energia – Égua-moleque-tu-é-doido!!

Caminhão derruba postes e mais de 9 bairros ficam sem internet em Macapá — Foto: Reprodução/Internet

Por Núbia Pacheco

Um caminhão derrubou postes em Macapá na tarde desta quinta-feira (21), causando o rompimento da rede de energia e deixando bairros da Zona Sul e do centro sem eletricidade. O acidente ocorreu numa via do bairro Muca. A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) informou que não tem previsão para o reestabelecimento da energia.

O caminhão derrubou um poste, que causou a queda de uma segunda estrutura, segundo a CEA. Imagens divulgadas na internet mostram a rede de fiação elétrica que atravessa a Rua Remo Amoras caída em via pública.

Bairros da capital ficaram sem energia após o acidente — Foto: Reprodução/Internet

A CEA detalhou que a rede de distribuição de energia foi afetada no Conjunto da Ego, Muca, Laurindo Banha, Santa Rita, trechos da Rodovia JK, Vale Verde, Nova Esperança, Trem e Centro.

Ainda de acordo com a Companhia, alguns locais foram atingidos parcialmente, mas é necessário manter cuidados nestas áreas citadas, em função das equipes estarem atuando no local sem previsão de conclusão.

Fonte: G1 Amapá.

É muita cana!!: PRF apreende 1,3 mil caixas de garrafas de cachaça sem nota fiscal na BR-210, no Amapá – Égua-moleque-tu-é-doido!

PRF apreende 1,3 mil caixas de garrafas de cachaça sem nota fiscal na BR-210, no Amapá — Foto: PRF/Divulgação

Num caminhão que transitava pela BR-210, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 1,3 mil caixas de garrafas de cachaça que não tinham nota fiscal. O condutor foi parado no posto do quilômetro 9, na saída da área urbana da rodovia, em Macapá.

Segundo a PRF, o veículo foi abordado e o condutor informou inicialmente que estava levando uma carga de metal. No entanto, depois que o policial afirmou que o carregamento seria verificado, o homem declarou que transportava a bebida alcoólica. Ele não apresentou nota fiscal do material.

Caminhão, carga e motorista foram apresentados à Sefaz — Foto: PRF/Divulgação

Sem documentação do carregamento, não há recolhimento do devido imposto. Em função da prática de crime contra a ordem tributária, o condutor, o veículo e a carga foram apresentados à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).

Ainda de acordo com a PRF, a carga foi avaliada em aproximadamente R$ 127 mil em mercadorias.

Fonte: G1 Amapá.

Cantora, atriz, poeta e compositora Sabrina Zahara gira a roda da vida. Feliz aniversário, broda!

Gosto de gente talentosa, pouco convencional, que consegue ser doida e responsa ao mesmo tempo. Essas adoráveis pessoas que fazem duas loucuras, mas se garantem na vida Também gosto de declarações públicas de afeto. No meu caso, as faço em textos. Então, é 13 de outubro e a  cantora, atriz, poeta, dançarina, humorista e compositora, Sabrina Zahara gira a roda da vida neste dia festivo e por isso, lhe rendo homenagem, pois ela é uma mulher porreta!

Paulista  de nascimento e amapaense de coração, Sabrina possui 23 anos de carreira artística. Ela também é a servidora pública, humanista, mãe do Giulio e da Pandorinha, além de broda muito querida deste editor.

Quem conhece sabe que ela é muito inteligente, talentosa, trabalhadora, bem humorada e gente boa. Ah, e gatona, um mulherão mesmo. E o alto astral e bom humor?  Invejável. Sabrina emana positividade e eu adoro bater papos com essa figura.

Conheci a moça ainda nos anos 90, na época que a gente era muito mais doideira. Como diz o escritor Fernando Canto: “de um tempo que fomos para sermos o que somos”. Também sou fã da artista Phoda que a Sabrina é, em todos os campos que ela atua, mas a música é minha arte soberana, portanto, gosto mais ainda da cantora Zahara.

Sabrina , queridona, que teu novo ciclo seja ainda mais feliz, produtivo e iluminado. Que sigas pisando firme e de cabeça erguida em busca dos teus objetivos. E que tua vida seja longa, repleta de momentos porretas junto aos seus amores e que tudo que conceitues como felicidade se realize. Você merece. Parabéns pelo seu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

 Uma vergonha para o Brasil em Nova York – Égua-moleque-tu-é-doido!

Bolsonaro e negacionistas comem pizza Nova York: é uma vergonha ver essa turma representando o Brasil na Assembleia Geral das Nações. Uma vergonha!

Bolsonaro é uma vergonha. Bolsonaro me envergonha. Bolsonaro envergonha o Brasil.

Por força do meu ofício de jornalista, e mais ainda, porque gosto de política internacional, sempre acompanhei os pronunciamentos de presidentes brasileiros na abertura da Assembleia Geral da ONU. Faço isso desde os anos 1980. Parei de assistir nos últimos três anos, desde que esse cidadão começou a desgovernar o Brasil. Bolsonaro é tosco. Não sabe ler.

Visivelmente, percebemos que não entende o que lê. O conteúdo de seu discurso é trágico (aliás, onde você já viu um bom discurso negacionista?).

Agora, em Nova York, causa-nos vergonha vê-lo cavalgando (pelas próprias pernas) pelas ruas de Nova York sem estar vacinado. Causa-nos vergonha vê-lo rodeado de negacionistas, comendo uma pizza do lado de fora porque não está vacinado, daí não poder frequentar a parte interna de restaurantes.

Causa-nos vergonha vê-lo sendo admoestado publicamente pelo prefeito de NY, Bill de Blasio, porque não está vacinado. Causa-nos vergonha que Bolsonaro se encontre com um líder, como o britânico Boris Johnson, e vê-lo respondendo que não foi vacinado porque sua imunidade está alta.

Aliás, na conversa com Johnson, Bolsonaro deveria ter deixado sua covardia de lado e sido sincero completamente. Em vez de responder apenas que não foi vacinado, deveria ir adiante em suas confissões escabrosas.

Deveria dizer:

Também não uso máscara; também debocho da ciência; também causo aglomerações no meu país; também me atrasei de propósito na compra de vacinas; também jamais entrei num hospital para apertar a mão de um doente de Covid; também meu governo tentou comprar uma vacina indiana, em operação que envolveu oferecimento de propinas; também eu não fiz absolutamente nada, portanto prevariquei, quando fui informado que havia corrupção correndo solta no Ministério da Saúde; e querem saber mais? Eu sou mesmo um genocida. E daí?”

É assim que Bolsonaro deveria ter respondido. Sem vergonha das consequências. Até porque, Bolsonaro, repita-se, é uma vergonha para o Brasil.

Fonte: Espaço Aberto.

Acabou o 7 de Setembro. E com ele, acabou Bolsonaro!

Bolsonaro faz discurso ameçador na Avenida Paulista: patético, degradante, chulo, idiota. O presidente mais inapetente que o Brasil já teve em mais de 500 anos de história.

O 7 de Setembro pariu um rato.
Esperávamos, todos nós, que o 7 de Setembro dos bolsonaristas, convocado pelo próprio Bolsonaro, fosse uma espécie de exibição de um golpismo pintado com as cores – sempre enganosas – do salvacionismo, do resgate de valores patrióticos supostamente solapados por alguma razão.
Que nada!
O 7 de Setembro de Bolsonaro, em vez de exibir o viés salvacionista, para livrar a Nação do comunismo, do esquerdismo e de outros ismos que despertam manias persecutórias nos direitistas atarantados por seus medos e seu fanatismo, pariu a covardia, a baixeza, a idiotice, o desequilíbrio, a maluquice e o desapreço pelo respeito mínimo à etiqueta que deve ser seguida por quem exerce as funções democráticas de presidente da República.
O 7 de Setembro exibiu um Bolsonaro covarde.
Ele não tem coragem de assumir a sua condição de autocrata e põe em marcha seus delírios, buscando culpados nos que tentam frear suas maluquices.
O 7 de Setembro exibiu um Bolsonaro inebriado pela idiotice.
Quando diz, em alto e bom som, que o presidente do Supremo tem de “enquadrar” o ministro Alexandre de Moraes, ele se esquece que Moraes não é empregado de Luiz Fux; ele é um juiz, com independência, no exercício pleno de sua jurisdição. Nessa condição, não se subordina a ninguém, a não ser às leis e à Constituição.
O 7 de Setembro flagrou um Bolsonaro envergonhado de confessar seus temores.
O temor de Bolsonaro é apenas um: o de que ele ou seu filho Carlos, o Carluxo, sejam presos. Por isso, decidiu concentrar todo o seu ódio, todos os seus arroubos autoritários, todo o seu fanatismo em Alexandre de Moraes, sem atentar para o fato de que está, no final da contas, atacando o Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, e não propriamente o ministro.
Na tentativa de blindar-se, e a um de seus filhos, contra eventuais repressões legítimas do Poder Judiciário, Bolsonaro fulaniza seus ódios e descarrega toda a sua falta de decoro contra um dos integrantes do Supremo. Com isso, acredita que está atacando uma pessoa. Mas não. Está atacando o Poder Judiciário, um dos pilares do Estado Democrático de Direito.
O 7 de Setembro estampou a preocupante ignorância de Bolsonaro. Uma ignorância tamanha (sesquipedal, diria o velho Nelson) que pode voltar-se contra ele mesmo.
Ao dizer que passará a não mais cumprir qualquer decisão que emane da “caneta” de Alexandre de Moraes, Bolsonaro ignora duas coisas: primeiro, que as decisões do ministro não são dele, Moraes, mas do Poder Judiciário; segundo, ignora que descumprimento de decisões judiciais dá ensejo ao cometimento de crime de responsabilidade, conforme previsto expressamente no inciso VIII do artigo 4º da Lei 1.070/1950. E crime de responsabilidade é passível de impeachment.
O 7 de Setembro flagrou Bolsonaro resvalando para o personalismo e para o passionalismo mais deletérios e vergonhosos.
O 7 de Setembro pariu a baixeza de Bolsonaro.
Sua alocução – atropelada, chula, desconectada de qualquer lógica e racionalidade – é pior do que a de um frequentador de boteco que vai embora para casa guiado apenas pelo piloto automático, após ter tomado todas.
Sua postura é, permanentemente, indecorosa, agressiva, destituída das mais rudimentares noções de conveniência.
O 7 de Setembro pariu um personagem desesperado com uma enorme rejeição politica e com sua inapetência para governar.

@amarildocharges

Bolsonaro é a inflação em disparada.
Bolsonaro é a gasolina nos píncaros.
Bolsonaro é o desemprego. São mais de 14 milhões de brasileiros que se veem na desditosa situação de não ter uma fonte de renda formal.
Bolsonaro é a mortandade (são mais de 580 mil mortos, vítimas de seu desgoverno genocida).
Bolsonaro é a crueldade. Em mais de um ano e meio de pandemia, jamais pisou num hospital para apertar a mão de um doente. Ao contrário, debocha da doença.
Bolsonaro é a corrupção – as revelações de que ele e os filhos cevaram-se, durante anos e anos, nas rachadinhas alimentadas por uma azeitada equipe criminosa que tinha de tudo, inclusive milicianos, essas revelações, portanto, são de estarrecer.
Acabou o 7 de Setembro.
E com ele, acabou Bolsonaro.

Fonte: Espaço Aberto.

Amapá registra Novo Apagão em 13 dos 16 municípios – Égua-moleque-tu-é-doido!

Na manhã desta quarta-feira (25), municípios do interior do Amapá e vários bairros da capital Macapá registraram queda simultânea de energia.

A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), informou que 13 dos 16 municípios foram afetados pela interrupção no fornecimento de energia elétrica.

Ainda segundo a Cea, houve uma falha na comunicação com o Sistema Interligado Nacional, e a concessionária aguarda um posicionamento do Operador Nacional do Sistema (ONS).

A concessionária responsável pelas linhas de transmissão para o estado, LMTE informou que suas linhas de transmissão e subestações não tiveram nenhuma ocorrência e permaneceram 100% disponíveis.

Aguardando mais informações

Fonte: A Gazeta

Após 59 anos na bateria dos Rolling Stones, Charlie Watts parte para a banda de Rock and Roll celestial #rollingstones

Rolling Stones em show realizado na Califórnia em 2019 – Foto: Mario Anzuoni / Reuters

Charlie Watts, baterista do Rolling Stones, morreu hoje (24), aos 80 anos. A informação foi confirmada por Bernard Doherty, agente do músico, em comunicado para a imprensa britânica. “É com imensa tristeza que anunciamos a morte de nosso amado Charlie Watts”, escreveu no comunicado. Watts morreu em um hospital, cercado por sua família. A causa da morte não foi revelada.

Charles Robert Watts nasceu Londres, em 02 de junho de 1941, e começou sua carreira em 1960, como baterista da banda Blues Incorporated. Tocando na noite, conheceu Mick Jagger, e ingressou nos Rolling Stones em 1963, permanecendo na banda desde então. Um porta-voz do artista já havia anunciado, no início de agosto, que ele não participaria da turnê norte-americana da banda, prevista para o outono boreal, por motivos médicos. “Charlie foi operado com sucesso, mas seus médicos acreditam que ele precisa descansar”, explicou, sem mais detalhes.

O baterista, que completou 80 anos em junho, estava com os Stones desde 1963. Junto com o cantor Mick Jagger e o guitarrista Keith Richards, Charlie Watts era um dos membros mais antigos da famosa banda de rock, na qual também participaram Mick Taylor, Ronnie Wood e Bill Wyman.

Em 2004, Watts foi tratado no Hospital Royal Marsden de Londres de um câncer de garganta, do qual se recuperou após uma luta de quatro meses contra a doença, incluindo seis semanas de radioterapia intensiva.

“Charlie era um amado esposo, pai e avô e também, como membro dos Rolling Stones, um dos maiores bateristas de sua geração”, afirmou Doherty. Antes de ingressar em uma das bandas de rock mais icônicas da história, Charlie Watts trabalhou como ator, aos 14 anos de idade, no filme A Túnica Escarlate (The Scarlet Coat, 1955). Ele também apareceu nos filmes 4 Schlüssel (1966), Digital Dreams (1983) e Blue Ice (1992), além de aparecer no documentário Sympathy For the Devil (1968), dirigido por Jean-Luc Goddard.

Poucos minutos após a notícia do falecimento de Charlie Watts , a banda postou uma declaração do assessor do baterista expressando “imensa tristeza” por sua morte e lembrando-se dele como “um dos maiores bateristas de sua geração”.

Charlie Watts durante show dos Rolling Stones em Chicago 21/06/2019 REUTERS/Daniel Acker

Meu comentário e agradecimento

Sou um apaixonado pelo Rock and Roll. Além de ler e assistir tudo sobre o estilo musical, tento ir a shows das bandas que sou fã e tive sucesso com dezenas delas ao longo dos anos. Era um sonho ver um show dos Rolling Stones. Em 2016, na última vez que eles estiveram no Brasil, eu escrevi: perdemos a chance. Hoje, vejo que realmente perdemos, pois é bem difícil as velhas pedras continuarem rolando sem o lendário baterista.

Foram Com 58 anos na cozinha dos Stones, mandando porrada com baquetas nos couros e nos ferros. Uma longa vida de Rock and Roll em uma das maiores e mais fodas bandas da história.

Num futuro próximo, quando estivermos bem velhos e não existir mais os Rolling Stones, talvez tenhamos a verdadeira noção da representatividade e da importância que eles tiveram para a evolução não só da musica, mas também da arte.

Que Watts siga na luz e vá formar uma banda celestial com Lennon, Hendrix, entre outros tantas lendas como ele. Valeu, Charlie!

Elton Tavares

Fontes: Memória Cinematográfica, Yahoo e Rolling Stones

Banda britânica Coldplay tenta falar com governadores brasileiros sobre mudanças climáticas (entre eles, o do Amapá)

Chris Martin, líder do Coldplay – Foto: Marco Antônio Teixeira/ UOL

Uma postagem inusitada chamou a atenção dos fãs brasileiros do Coldplay hoje: o perfil oficial da banda citou no Twitter os governadores Waldez Góes (PDT, Amapá), Helder Barbalho (MDB, Pará), Mauro Mendes (Democratas, Mato Grosso), coronel Marcos Rocha (sem partido, Rondônia), João Azevêdo (Cidadania, Paraíba) e Wellington Dias (PT, Piauí).

Na publicação, a banda afirma: “Olá, os estados que vocês representam têm uma ótima oportunidade para fazer história no combate às mudanças climáticas. Vocês vão se juntar a nós no Global Citizen Live com compromissos de conservação e adaptação?”

A publicação foi respondida pelo governador do Amapá:

“Para sobreviver, o mundo merece mais do que a humanidade oferece neste momento da história. Somente com um forte vínculo desenvolvido a partir da unificação global, seremos capazes de efetivamente iniciar uma nova era de restauração do planeta. A região amazônica está cumprindo seu dever. Conte conosco”.

Coldplay

Coldplay – Foto: site oficial da banda.

Coldplay é uma banda britânica de rock alternativo fundada em 1996 na Inglaterra pelo vocalista e pianista Chris Martin e o guitarrista Jonny Buckland no University College London. Depois de formar o Pectoralz, Guy Berryman se juntou ao grupo como baixista e eles mudaram o nome para Starfish.

Fonte: UOL.

Golpes patrimoniais contra idosos aumentam 80% durante pandemia – Égua-moleque-tu-é-doido!!

Com o maior tempo em casa e o uso da internet para realizar atividades cotidianas durante a pandemia, cresceu o número de criminosos que aproveitam para aplicar golpes e entre as principais vítimas estão os idosos. A violência patrimonial foi a modalidade com maior crescimento, com aumento de 80% entre os anos de 2019 e 2020.

Dados do Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos mostram que em 2019 foram 48.447 vítimas de violência patrimonial. Em 2020 esse número saltou para 87.809 idosos. Muitas vezes, o golpe vem de integrantes da própria família. É o que alega ter sofrido a aposentada Antônia Portela, de 71 anos. Ela agora luta na Justiça para reaver a posse da residência que mora há décadas. A idosa diz ter sido vítima do próprio filho, que segundo ela passou a propriedade para o nome dele.

Segundo o Boletim de Ocorrência realizado pela vítima, em novembro de 2020, o filho dela, de 52 anos, teria se aproveitado do momento em que estava sob o efeito de remédios controlados, de uso diário prescrito pelo médico, para que a mesma assinasse um recibo de compra e venda do imóvel. “Meu filho disse que precisava que eu assinasse um documento para que ele recebesse uma encomenda no meu endereço, para minha surpresa, em março deste ano, quando recebi o IPTU da minha casa, estava o nome dele, Marcos Roberto Portela. Foi aí que percebi que tinha sofrido um golpe”, relatou a vítima.

Com a assinatura da mãe, ela conta que ele conseguiu uma procuração e anular o processo de regularização do imóvel em que ela tinha dado entrada, para então iniciar um novo processo, já no nome dele. Para evitar esse tipo de golpe, especialistas alertam para não fazer procurações, a não ser que seja emergencial. Além dos golpes, não é aconselhável nem ceder o nome e dados para conseguir créditos ou empréstimos a terceiros, o que é comum no país.

O filho de Antônia nega a história da mãe. Ele contou à nossa reportagem que em 1994 o pai dele decidiu vender o imóvel. Foi então que Marcos passou a ser o proprietário da residência. Ele também contou que ajuda com o pagamento do plano de saúde e com as despesas da residência. “Ajudo como posso e nunca pedi para que ela saísse da casa, ela pode morar lá até quando ela quiser, mas de fato e de direito, a propriedade é minha e está no meu nome”. Ele disse que quando for intimado irá apresentar documentos e sua defesa.

Se for lesado, o idoso tem algumas maneiras para estancar ou até mesmo reaver o prejuízo. Um dos principais aliados é o Estatuto do Idoso, que garante proteção até mesmo contra familiares e pessoas próximas que pratiquem abusos. Uma vez que o idoso perceba a fraude ou golpe, é possível buscar ajuda por meio de um advogado, Defensoria Pública ou diretamente com o Ministério Público – na Promotoria de Justiça dos Direitos do Idoso. A pessoa que cometer o ato de má fé pode responder criminalmente por falsidade ideológica, com agravamento quando é familiar.

Junto a violência patrimonial, idosos também são vítimas preferenciais de golpes virtuais e financeiros. Um levantamento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) aponta que durante o isolamento social houve um aumento de 60% em tentativas de golpes financeiros contra idosos. Os criminosos abusam da ingenuidade ou confiança do idoso para obter informações que podem ser usadas para que tenham acesso não autorizado a computadores ou informações bancárias.

Um exemplo de ataque é quando o criminoso liga para a casa da vítima, diz ser do banco e pede para confirmar algumas informações, como dados pessoais e senhas. Ao fornecer informações pessoais e sigilosas, o consumidor expõe sua conta bancária e seu patrimônio aos golpistas. Para evitar esse tipo de golpe, a Febraban alerta que o banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão ou envia funcionários para recolher cartões que possam ter sido clonados.

Ao receber uma ligação dizendo que o cartão foi clonado, o cliente deve desligar, pegar o número de telefone que está no cartão e fazer contato com a instituição financeira.

Fonte: Alyne Kaiser