O dia em que esquentei a cerveja do Arnaldo Antunes na B*****ta – Por Jack Carvalho – @JackeCarvalho_

Por Jack Carvalho

2013 foi um ano incrível para todo macapaense fã de música. O Festival Quebramar, maior evento de música do norte do país totalmente free, trazia nada menos que Arnaldo Antunes, Emicida, Curumin e muitos outros artistas massa. E nesta edição, eu fiquei responsável por coordenar o funcionamento dos camarins.

Aos poucos, cada produtor foi mandando a lista de exigência que tínhamos que providenciar para atender aos pedidos dos artistas. Emicida, por exemplo, pediu chá verde. Outros pediram Red Bull. O Edgar Scandurra pediu whisky. E o Arnaldo pediu cerveja. Muitas packs de cerveja. O problema era adequar esses pedidos ao orçamento disponível para o camarim. Em alguns casos, eu mesma preparei em casa diversos itens das listas, como suco, bolo e o chá.

Público da primeira noite do Festival Quebramar – Foto: Cobertura Colaborativa

Assim consegui equilibrar os gastos e garantir todos os itens. Faltando 1 dia pro início do festival, peguei as listas e fui ao supermercado comprar o que não dava pra fazer, pra no dia seguinte já ter tudo pronto pra quando o festival começasse. Tudo certo na sexta e sábado. Todos os pedidos foram e atendidos e os artistas ficaram satisfeitos.

No domingo era o dia de tocar Curumin e Arnaldo Antunes. Cheguei cedo no palco no pé do muro da Fortaleza de São José e comecei a limpar e arrumar as mesas dos camarins. Coloquei todas as bebidas no gelo, arrumei as pedras pras doses de whisky, petiscos, entre outros detalhes. As primeiras bandas começaram a tocar logo cedo, umas 19h40. Em seguida começaram a chegar os integrantes da banda do Arnaldo. Recepcionei o grupo me apresentando como responsável pelo camarim e que caso precisassem de algo era só chamar. E chamaram!

Foto: blog Galera do Rock (http://glrdorock.blogspot.com/2013/12/resenha-festival-quebramar-2013.html)

Minutos depois que a banda se instalou na sala reservada pra eles, a produtora do Arnaldo Antunes perguntou: – Cadê as Heinekens naturais? Eu dei uma de João sem braço e disse que não tinha sido especificado. Ela puxou a lista do bolso e mostrou: – Olha aqui, são 6 long necks naturais. Ele não pode beber nada gelado antes e durante o show. Ou seja: FUDEU!

Foto: blog Galera do Rock (http://glrdorock.blogspot.com/2013/12/resenha-festival-quebramar-2013.html)

Minha primeira reação foi de sair e ir comprar nos bares da Beira Rio. Mas eu estava muito distante pra deixar tudo e ir comprar cerveja. O jeito foi tirar as 6 long necks da cuba e tentar “amornar” as cervejas. Olha o trampo da porra. Nisso, eu e mais duas pessoas que auxiliavam no camarim, cada uma pegou uma long e começou a esfregar na mão. Essa porra não vai esquentar.

Então tive a ideia de botar a cerveja entre as pernas. Isso mesmo: na B****ta pra ajudar a esquentar mais rápido. E aja esfregar a garrafa igual o Aladdin. E eu pensava: esse porra vai ter que tocar O Pulso. E aí dele que não faça um show bacana. Bicho, essa porra tá queimando feio aí embaixo. Foram longos minutos gelados aonde se costuma a ser bastante quente, diga-se de passagem. Ainda ligamos ventilador do carro no modo quente pra ajudar o processo. Da feita que a cerveja ia amornando, alguém levava no camarim e ele bebia.

Foto: blog Galera do Rock (http://glrdorock.blogspot.com/2013/12/resenha-festival-quebramar-2013.html)

Conseguimos esquentar as 6 heinekens antes dele entrar no palco. Confesso que algo ficou dormente por alguns minutos, mas depois que ele começou a tocar A Casa é Sua, o corpo esquentou e tudo voltou ao normal. E lá estava o Arnaldo Antunes tomando cerveja quente, no copo on the rock que meu pai tinha ganhado de brinde da Monte Casa e Construção um zilhão de anos atrás. E tudo pra dizer que: missão dada é missão cumprida!

*Jack Carvalho é jornalista e Mestre em Ciências da Comunicação.

Tremor de terra assusta moradores do Arquipélago do Marajó – Égua-moleque-tu-é-doido!

Breves, no Marajó: ocorrência foi registrada às 15h42 desta sexta-feira (Igor Mota / O Liberal)

Moradores de municípios do Arquipélago do Marajó relataram que um tremor de terra ocorreu no fim da tarde desta sexta-feira (14). O fenômeno foi confirmado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), indicando que sua magnitude foi de 4.3 na escala Richter (que vai de zero a dez). O município de Breves, um dos maiores núcleos urbanos no Marajó, com 103 mil habitantes, foi o epicentro.

O site internacional Volcano Discovery, por sua vez, registrou a informação de “Terremoto 5.1 – 34 km a noroeste de Breves, Pará, Brasil, em 14 de maio 15:42 (GMT -3)”. O tremor também foi confirmado pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR).

Epicentro da ocorrência no Marajó ganhou destaque internacional (Volcano Discovery)

‘Prefeitura tremeu por segundos’

À tarde, circulou a informação de que o fenômeno teria sido verificado em Breves, Melgaço, Anajás e Bagre. Uma das pessoas que constataram o tremor de terra em Breves foi o prefeito do município, José Antônio Leão, conhecido como Xarão Leão (MDB).”O tremor ocorreu entre 15h30 e 16h. Eu estava na sede da Prefeitura e verifiquei que tremeu mesmo, por alguns segundos. A Prefeitura fica no bairro centro, e eu ouvi relatos de amigos e pessoas que houve tremor em outras casas. Foi sentido também em uma vila na zona rural de Portel perto de Melgaço”, relatou o gestor municipal.O prefeito ouviu de pessoas que houve tremor em cama e em janelas em casas. Mas não citou danos materiais. “Até o momento não temos noticia de algum dano”, declarou o gestor municipal.

Centro de Sismologia da USP fez o registro do tremor desta tarde (reprodução)

Leão destacou que o tremor de terra “é estranho, incomoda e assusta um pouco”. O prefeito disse que apenas há cerca de dez anos foi observado outro tremor de terra como esse, mas na zona rural de Breves.O professor Reginaldo Lourenço, não percebeu o abalo no momento de sua ocorrência. Ele destacou à redação integrada de O Liberal que se encontrava descansando, em Breves, no momento em que o tremor teria acontecido. No entanto, como disse, “ao acessar as redes sociais e os grupos daqui da cidade, vi várias postagens falando sobre isso”, contou. “Muitos amigos perceberam”, acrescentou.

Rede Sismográfica Brasileira comentou o tremor

Na noite desta sexta-feira, a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) confirmou o evento em suas redes sociais. A RSBR também disse que o tremor teve a magnitude de 4.3, e o horário local exato para o registro. “As estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), operadas pelo Laboratório Sismológico da UFRN e pelo Centro de Sismologia da USP, registraram o evento, que ocorreu às 15h44”.

“Moradores do municípios de Anajás também relataram ter sentido o abalo sísmico de magnitude considerada mediana. Até o momento, não há relatos de danos materiais”, disse ainda a RSBR.Segundo tremor no Pará este ano

Segundo a rede de monitoramento, esse foi o segundo tremor registrado pela RSBR no Pará em 2021. “O primeiro sismo do ano ocorreu em Curionópolis, no dia 7 de abril, e teve magnitude calculada em 3.1”.Segundo diz a RSBR, o chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (OBSIS/UnB), Marcelo Rocha, confirmou que mais de 20 estações captaram o evento. “Essa é uma magnitude considerada moderada para os padrões brasileiros.

Breves tem 103 mil habitantes e é um dos maiores núcleos urbanos da região (Igor Mota)

No momento, não é possível informar nenhum dado adicional sobre as causas deste evento, mas, em geral, os tremores que acontecem no Brasil estão relacionados à reativação de falhas geológicas ou criação de novas falhas, devido aos esforços compressivos ao qual o interior da placa Sul-Americana está submetido”, reproduziu a RSBS em suas redes sociais. A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) é a organização pública que monitora atividades sísmicas em todo o território nacional – através de quase 100 estações sismográficas pelo Brasil, operadas pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) e Observatório Nacional (ON).

Fonte: O Liberal.

Lílian Ferreira gira a roda da vida. Feliz aniversário, querida amiga!

Tenho alguns companheiros (brothers) com quem mantenho uma relação de amizade e respeito, mesmo a gente com pouco contato. Hoje é aniversário de uma dessas pessoas muito queridas, a Lílian Ferreira, que gira a roda da vida neste décimo segundo dia de maio e lhe rendo homenagens, pois essa menina é demais gente fina.

Lílian é servidora do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), mãe amorosa da linda Maria Fernanda, filha dedicada da dona Teresa, esposa apaixonada do Leandro, irmã do Herval (e de mais uma moçada, mas só conheço ele), bacharel em Direito, amante de vinhos, de boa gastronomia e apreciadora de cervejas especiais.

Além disso, é humanista, prestativa, bem-humorada, tranquila, honesta, trabalhadora, competente e sabida. Conheci a Lílian no início de 2015 e convivemos por um tempo, quando trabalhei com a moça no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP). Ela como chefe de gabinete e eu na função de assessor de comunicação do órgão. Foi brodagem do início ao fim daquele ciclo profissional.

E também quando frequentei, quase todas as noites, a Banca Rios Beer Cervejaria (por dois anos), que era de sua propriedade juntamente com o esposo. Ela é muito paid’égua! Sobretudo, uma mulher do bem.

Lílian Ferreira está esperando seu segundo filho e feliz em todos os aspectos. Fico feliz também por ela, Leandro e Fefê serem a família que são. Eles são amigos do coração deste gordo e sei que é recíproco.

Em resumo, Lílian Ferreira é uma mulher linda, com caráter inabalável e querida por muitos. É uma honra ser seu amigo. Sinto saudades de bater papos bacanas, tomar cerveja e rir bastante com ela e Leandro.

Lílian, queridona, que teu novo ciclo seja ainda mais rentável, saudável e que tudo que couber no seu conceito de felicidade se realize. Que tua vida seja longa e que sigas pisando forte em busca dos teus objetivos com essa altivez, honestidade, sabedoria e alegria que lhe são peculiares. Depois desse fim do mundo, a gente toma umas. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Bolsonaro veta trecho da lei de isenção de luz para clientes do Amapá – Égua-moleque-tu-é-doido!

O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou ontem (26) o trecho da lei que isentaria os consumidores do Amapá de faturas extras de energia elétrica, além das já isentadas pela Medida Provisória (MP) 1.010/2020. Com isso, ele sancionou apenas o trecho original da MP, confirmando uma isenção aplicada na fatura referente a outubro do ano passado.

Quando a MP chegou ao Congresso para ser analisada, os parlamentares incluíram um dispositivo prevendo a isenção de três faturas de energia elétrica adicionais para consumidores residenciais de baixa renda. Essa isenção seria dada com o valor que sobrasse dos R$ 80 milhões liberados para compensar o benefício inicial. Segundo o governo, o veto a esse trecho foi necessário porque a isenção de novas tarifas geraria novos gastos aos cofres públicos.

Fonte: UOL.

Amapá recebe 51,27% menos medicamentos do kit intubação que o solicitado ao Ministério da Saúde

Foto: Ascom Sesa

O Governo do Amapá recebeu, no fim de semana, uma remessa de 157, 28 mil unidades de medicamentos de Intubação Orotraqueal (IOT), também conhecido como kit intubação, que é composto por sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides.

O lote recebido faz parte da partilha fruto de doação realizada ao Governo Federal por um grupo de empresas. Foram adquiridos 2,3 milhões de insumos diretamente na China.

O secretário de Estado de Saúde, Juan Mendes, destacou que a quantidade de medicamentos enviados pelo Ministério da Saúde representa apenas 48,73% do total de medicamentos necessários para um período de trinta dias, segundo os últimos índices de internação de pacientes com covid-19 no Amapá.

O Estado solicitou 32.2745 unidades do kit de intubação: Cetamina (15.340) Midazolan (110.530), Noradrenalina (47.370), Rocurônio (5.800), Propofol (60.540) e Fentanyl (21.665). Contudo, o MS enviou 51,27% a menos que o pedido: Cetamina (4.180), Midazolan (37.680), Noradrenalina (40.010), Rocurônio (5.800), Propofol (7.710) Fentanyl (61.900).

Quando se trata dos medicamentos mais usados para intubar e estabilizar pacientes graves, este percentual é ainda menor: apenas 37,07% do pedido atendido. Foram solicitadas pelo estado 225,2 mil unidades de Midazolan (110.530), Noradrenalina (47.370) e Rocurônio (67.300). No entanto, o MS respondeu com uma remessa de apenas 83.490 unidades – Midazolan (37.680), Noradrenalina (40.010) e Rocurônio (5.800).

Mendes disse que os medicamentos devem suprir o quantitativo das unidades que atendem pacientes de Covi-19 por um período de quatro a sete dias, dependendo da demanda.

Escassez

Os Estados vêm enfrentando a escassez desses de medicamentos no mercado porque o Ministério da Saúde fez o procedimento de requisições administrativas de estoques adicionais de empresas com os medicamentos necessários para a intubação.

Segundo Juan Mendes, o governo federal, com esse procedimento, bloqueou as compras feitas pelos Estados.

Ascom GEA

Randolfe cobra explicações sobre novo apagão no Amapá e alerta para situação de pacientes com Covid-19 e conservação de vacinas

Após 15 dos 16 municípios do Amapá sofrerem novo apagão de energia elétrica de 1h, na noite desta quinta-feira (8), o senador Randolfe Rodrigues (REDE) cobrou dos gestores dos gestores do setor energético no país explicações sobre o sinistro.

Antes do encerramento da sessão no Senado Federal, o parlamentar anunciou que protocolou requerimento à Mesa Diretora da Casa para que Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Operador Nacional do Sistema (ONS) e Ministério das Minas e Energia informem sobre o que levou a nova interrupção do serviço no estado.

Segundo Randolfe, a principal preocupação é que o blecaute possa ter afetado o atendimento a pacientes de Covid-19 nas unidades de saúde.

Além disso, o senador alerta para o risco de ter sido comprometido o armazenamento de vacinas nos municípios.

Ascom do senador Randolfe Rodrigues

Amapá entra na fase vermelha com aumento de ocupação de leitos de UTI e governo decreta Lei Seca para conter aglomerações

O Amapá passou de 14 para 22 pontos na classificação de risco da covid-19, entrando na fase vermelha da doença, de acordo com relatório do Coesp sobre a última semana epidemiológica. Considerando este cenário, o governador do Amapá, Waldez Góes, adotou novas medidas de proteção à vida, entre elas Lei Seca — proibindo o consumo de bebida alcoólica em ruas e espaços públicos nos fins de semana em todo o estado, a partir desta segunda-feira, 1. As informações foram dadas pelo chefe do Executivo durante videoconferência com os prefeitos.

Um dos fatores para a mudança de status é o aumento da taxa de ocupação de leitos que marca 79%. De acordo com estimativas do Coesp, se o avanço da doença seguir nesse ritmo, em 11 dias o Amapá atingiria 100% de ocupação da rede hospitalar. Para evitar que isso ocorra, o governador determinou ainda a instalação de novos leitos.

“Todas as medidas que pudermos usar para enfrentamento à pandemia, vamos utilizar. Precisamos redobrar os cuidados, estamos bem alinhados com prefeitos, imunizando a população e precisamos também que cada cidadão faça a sua parte para o bem coletivo”, disse Góes.

As fiscalizações também serão intensificadas nos fins de semana. O Coesp seguirá avaliando os novos dados e mais medidas restritivas podem ser adotadas até quarta-feira, 3, como estratégia para conter a multiplicação do vírus.

“Alinhamos com prefeitos de todos os municípios, mantivemos todas as medidas adotadas até o momento e suspendemos o consumo de bebida alcoólica nas ruas e espaços públicos, como foi no carnaval e que apresentou bons resultados”, explicou o governador.

Durante a reunião, os gestores municipais compartilharam as dificuldades que enfrentam. O prefeito de Vitória do Jari, Ary Duarte, relatou a necessidade da colaboração da população e a preocupação devido ao aumento no número de procura por atendimento nas unidades de saúde do município.

“Um alto índice de pessoas buscando atendimento, o governo e prefeituras estão fazendo a parte que compete ao poder público, porém, parte da população não está contribuindo para o enfrentamento da doença. A demanda nos balneários aumentou bastante, exigindo uma força maior de fiscalização”, informou.

Em todo o país, 20 estados e o Distrito Federal já informaram que estão à beira de um colapso na saúde. Além das medidas restritivas , o governo do Amapá também está ampliando a rede de saúde e tomou as seguintes providências:

Aquisição das usinas de oxigênio para instalação nos municípios de Oiapoque e Laranjal do Jari
Vacinação
Ampliação das testagens Distribuição de concentradores de oxigênio
Ampliação de leitos
Aplicação do protocolo profiláxico

Texto: Anne Santos
Fotos: Marcio Pinheiro
Ascom do Governo do Amapá

Chuva alaga vias do Centro comercial de Macapá e causa prejuízos a lojistas e moradores – Égua-moleque-tu-é-doido!

Chuva alaga vias do Centro comercial de Macapá e causa prejuízos a lojistas e moradores — Foto: Reprodução

Por Núbia Pacheco e Fabiana Figueiredo

Uma chuva intensa atingiu o Centro comercial de Macapá e causou prejuízos na tarde desta segunda-feira (1º). Nas principais vias do comércio, a água entrou em lojas e também em casas. Segundo o Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis (NHMet) do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), a chuva intensa coincidiu com a maré alta do Rio Amazonas.

Segundo o prefeito Dr. Furlan (Cidadania), profissionais das secretarias municipais de Zeladoria Urbana e de Obras foram convocados para realizarem limpeza da região para evitar novos alagamentos.

“É um problema crônico, que já ocorre há alguns anos, e que a prefeitura, de imediato já iniciou, com a Zeladoria e a secretaria de Obras, a limpeza dos canais, a retirada de lixo, a limpeza dos bueiros, e vamos discutir um projeto mais amplo pra resolver definitivamente esse alagamento no Centro de Macapá”, disse Furlan.

Chuva alaga vias do Centro comercial de Macapá e causa prejuízos a lojistas e moradores — Foto: Núbia Pacheco/G1

Na esquina da Av. Padre Júlio Maria Lombaerd com a Rua São José, por exemplo, os trabalhadores foram vistos tentando recuperar produtos que ainda não haviam sido atingidos pela água.

Na esquina da Av. Padre Júlio Maria Lombaerd com a Rua Tiradentes, clientes, funcionários e donos de estabelecimentos tentaram se refugiar da água que invadiu as lojas. O técnico de enfermagem Matias Vilhena se impressionou com a rapidez com que tudo aconteceu.

“Situação triste. Em 10 minutos de chuva, o rapaz perdeu tudinho aqui na loja dele. Haja reforma aqui nesse Centro, muda o asfalto e continua desse jeito”, comentou Matias.

Canal da Av. Mendonça Júnior transbordou com a chuva — Foto: Reprodução

O canal da Av. Mendonça Júnior, que integra várias ruas da região, transbordou e levou água para dentro de residências e também de lojas que ficam nas margens da via.

A estrutura tem uma comporta que liga ao Rio Amazonas. O prefeito afirmou que profissionais chegaram a fazer a abertura do sistema, mas que a ação não foi suficiente para evitar os transtornos.

“Essa comporta é manuseada por profissionais habilitados, independente de gestão, que não foram trocados. Eles estavam lá e fizeram o manuseio correto da comporta”, disse.

Chuva alaga vias do Centro comercial de Macapá e causa prejuízos a lojistas e moradores — Foto: Reprodução

Na Av. Cora de Carvalho, região onde os transtornos são constantes com os alagamentos, o cenário não foi diferente nesta segunda-feira.

Morador há cerca de 30 anos da esquina da Av. Cora de Carvalho com a Rua Jovino Dinoá, o comerciante Edielson Bandeira reclamou da situação.

“Isso não é nem rua, isso é o ‘Rio Cora de Carvalho’. Toda essa região está cheia [de água]. A Cora de Carvalho, a Av. Mendonça Furtado também, a Av. Padre Júlio, a Av. Almirante Barroso, e a Av. Presidente Vargas. Isso é demais pra nós que estamos no Centro da cidade de Macapá”, disse Bandeira.

Chuva alaga vias do Centro comercial de Macapá e causa prejuízos a lojistas e moradores — Foto: Núbia Pacheco/G1

Jefferson Vilhena, coordenador do NHMet, detalhou que a chuva que atingiu a região central de Macapá coincidiu com a maré alta do rio. Os transtornos pluviais podem chegar até a Zona Norte da cidade.

“A gente percebe que ela se concentrou mais pra zona Norte da cidade, ainda é possível ver nuvens bastante escuras voltadas para a Zona Norte. Houve um acúmulo de chuva rápido, chuva forte e intensa que coincidiu com a maré alta. A maré estará alta agora às 18h20. É água tentando sair da cidade, e é água tentando entrar na cidade. Por isso a gente vê várias zonas de alagamento. Essa chuva não durou nem meia hora e foi mais voltado para a área central e Norte da cidade. A Zona Sul não percebeu uma chuva tão intensa”, comentou.

Vilhena alertou que municípios da Zona Central do Amapá, como Calçoene (que sofreu alagamentos na semana passada devido chuvas intensas), podem observar chuvas intensas nas cabeceiras dos rios.

Chuva alaga vias do Centro comercial de Macapá e causa prejuízos a lojistas e moradores — Foto: Reprodução

“Esse sistema meteorológico está passando por cima da capital, passa por alguns interiores, passa pelo centro urbano de Porto Grande, talvez de Ferreira Gomes, e a concentração se dá exatamente na área central do estado, pegando as cabeceiras dos rios Falsino, Calçoene e Cassiporé. Então, atenção, a gente pode estar vendo a cidade de Calçoene voltando a alagar se essa quantidade de água pegar uma velocidade muito grande das cabeceiras até os centros urbanos”, ressaltou o meteorologista.

Ainda de acordo com o NHMet, não é descartada a possibilidade de a forte chuva vista no primeiro dia de fevereiro se repetir no restante do mês.

“A gente tem previsão de que essas chuvas do mês de fevereiro vão estar dentro da normalidade, mas hora ou outra podem vir bastante intensas como essa que a gente viu hoje”, concluiu.

Fonte: G1 Amapá

Violência contra jornalistas cresce 105,77% em 2020, com Jair Bolsonaro liderando ataques

Maria José Braga: “ataques ocorrem para descredibilizar a imprensa para que parte da população continue se informando nas bolhas bolsonaristas, lugares de propagação de informações falsas e ou fraudulentas”

Em pleno ano da pandemia provocada pelo novo coronavírus, quando o Jornalismo foi considerado atividade essencial no país e no mundo, e os profissionais se desdobraram, muitas vezes em condições precárias, em busca da informação responsável e de qualidade para conter o avanço da doença, o Brasil registrou uma explosão de casos de violência contra os jornalistas.

Segundo o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e lançado hoje (26/01) dentro das atividades do Fórum Social Mundial, o ano que passou foi o mais violento, desde o começo da década de 1990, quando a entidade sindical iniciou a série histórica. Foram 428 casos de ataques – incluindo dois assassinatos – o que representa um aumento de 105,77% em relação a 2019, ano em que também houve crescimento das violações à liberdade de imprensa no país.

Para a FENAJ, o aumento da violência está associado à ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República e ao crescimento do bolsonarismo.

“Na avaliação da Federação Nacional dos Jornalistas esse crescimento está diretamente ligado ao bolsonarismo, movimento político de extrema-direta, capitaneado pelo presidente Jair Bolsonaro, que repercute na sociedade por meio dos seus seguidores. Houve um acréscimo não só de ataques gerais, mas de ataques por parte desse grupo que, naturalmente, agride como forma de controle da informação. Eles ocorrem para descredibilizar a imprensa para que parte da população continue se informando nas bolhas bolsonaristas, lugares de propagação de informações falsas e ou fraudulentas”, afirma Maria José Braga, presidenta da FENAJ, membra do Comitê Executivo da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e responsável pela análise dos dados.

A presidente também destaca que o registro, pelo segundo ano consecutivo, de duas mortes de jornalistas, “é evidência concreta de que há insegurança para o exercício da profissão no Brasil”.

Como no ano anterior, a descredibilização da imprensa foi uma das violências mais frequentes: 152 casos, o que representa 35,51% do total de 428 registros ao longo de 2020. Bolsonaro, mais uma vez, foi o principal agressor. Dos 152 casos de descredibilização do trabalho dos jornalistas, o presidente da República foi responsável por 142 episódios.

Sozinho, Jair Bolsonaro respondeu por 175 registros de violência contra a categoria (40,89% do total de 428 casos): 145 ataques genéricos e generalizados a veículos de comunicação e a jornalistas, 26 casos de agressões verbais, um de ameaça direta a jornalistas, uma ameaça à Globo e dois ataques à FENAJ.

Para a presidenta, a postura do presidente da República serve de incentivo para que seus auxiliares e apoiadores também adotem a violência contra jornalistas como prática recorrente.

Ataques virtuais e censuras aumentam

Também foi registrado aumento nos casos de Agressões verbais/ataques virtuais, com o crescimento de 280% em 2020 em comparação com o ano anterior, quando foram registrados 76 casos.

Para que o número geral de casos de violência contra jornalistas e ataques à liberdade de imprensa mais que dobrasse em 2020, destaca a presidenta, “houve crescimento em quase todos os tipos de violência”.

O aumento foi bastante expressivo ainda nas categorias de censuras (750% a mais) e agressões verbais/ataques virtuais (280% a mais).

Os jornalistas passaram a ser agredidos por populares e houve aumento nos casos de agressões físicas e de cerceamento à liberdade de imprensa por ações judiciais, o que também é muito preocupante na avaliação da Federação, afirma a presidenta.

Segundo o relatório, as agressões físicas eram a violência mais comum até 2018, depois diminuíram em 2019 e, em 2020, cresceram 113,33%.

Já os episódios de cerceamento à liberdade de imprensa por meio de ações judiciais subiram 220%: de cinco em 2019, para 16 casos, em 2020. Para a presidente, ano passado foram registrados dois casos preocupantes dessas duas formas de ataques – verbais e pelas vias judiciais – que agravam a preocupação da entidade com o futuro do jornalismo no Brasil. São os casos do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, condenado à prisão pelo livro-reportagem A Privataria Tucana, e do professor de jornalismo do Rio Grande do Sul, Felipe Boff, agredido verbalmente durante discurso em uma colação de grau.

Violência por gênero e tipo de mídia

Os homens seguem sendo as maiores vítimas de violência contra jornalistas representando 65,34% dos casos, mas foi registrado também um aumento expressivo de ataques às mulheres.

“Os ataques verbais e virtuais contra as mulheres cresceram e sempre têm um caráter machista, misógino e com conotação literalmente sexual, o que é muitíssimo grave”, destaca Maria José Braga.

A maioria dos jornalistas agredidos fisicamente ao longo de 2020 são trabalhadores de emissoras de televisão. Eles representam 24,44% dos 77 casos.

Maria José disse que os números do relatório, mais uma vez, expressam a preocupação da Federação pois, mesmo sabendo que são subestimados, são bastante alarmantes. “Eles mostram a gravidade da situação e mostram que o Estado brasileiro que, antes era omisso no combate à violência contra jornalista, não tomando medidas efetivas para a proteção da categoria, agora, por meio da Presidência da República, é o principal agressor”.

Estado brasileiro passa de omisso a agressor

Maria José fez um apelo para que as instituições tomem providências enérgicas para que a violência seja investigada, combatida e punida, pois o Jornalismo e os jornalistas precisam do apoio da sociedade para seguir informando com responsabilidade e qualidade.

Ela lembrou que a FENAJ é uma das entidades signatárias de um pedido de impedimento do presidente por crime de responsabilidade contra o direito constitucional da liberdade de imprensa – parado na Câmara dos Deputados – e de uma ação por danos morais coletivos por causa dos ataques aos jornalistas, também sem resposta ainda do Judiciário.

O Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa – 2020 é elaborado anualmente a partir dos dados coletados pela própria Federação e pelos Sindicatos de Jornalistas existentes no país, a partir de denúncias públicas ou feitas às entidades de classe.

Fonte: FENAJ.

“Não adianta só o poder público agir. Temos que fazer a nossa parte nos resguardando”, alerta o diretor do Centro Covid no HU, médico Aljerry Rego – Via @alcileneblog

Foto: Unifap

Mesmo com reforço da ativação de mais 12 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Centro Covid HU, em Macapá, nesta quarta-feira, 20, o diretor do Centro , Dr° Aljerry Rego disse que a população tem que se resguardar. “Temos que ter um alerta máximo neste momento e nos resguardar com todos os cuidados necessários por conta desse vírus. Mobilizar um leito de UTI é muito complexo. Ontem inauguramos mais 12 leitos, destes novos, já internamos mais 5 pacientes”, explicou.

Segundo o diretor, o grande problema hoje são os leitos de UTI. “Um leito é bem complexo de montar e ainda temos os profissionais por leitos que são específicos, cada leito nós gastamos 200 pares de luvas em 24h. Depois dos dias difíceis em Manaus por falta de oxigênio, fizemos logo as tratativas com as empresas e a Unidade está bem abastecido de oxigênio”, explicou.

Foto: Elmano Pantoja

Dr° Aljerry disse que, o governo do Amapá tem a previsão de inaugurar mais sete leitos, que precisará de mais profissionais .

Vacina CoronaVac

A previsão é vacinar até sábado 1.000 profissionais que trabalham no Centro COVID do HU. Segundo Dr° Algerry, os quadros estão aparecendo mais graves e com maior duração nas UTI’s com mais de 50 dias. “Não adianta só o poder público agir, temos que fazer a nossa parte, nos resguardar contra esse vírus”, alertou.

Fonte: Repiquete no Meio do Mundo.

Caminhão com combustível danifica ponte e isola Oiapoque/AP – Égua-moleque-tu-é-doido!

Foto: Reprodução

Um caminhão transportando combustível quebrou a ponte sobre o igarapé Ranolfo na BR-156 que liga os municípios de Calçoene e Oiapoque.

A estrutura teria cedido por volta das 15h desta terça-feira (19) interrompendo o tráfego na única ligação terrestre entre as duas cidades. Ninguém ficou ferido.

Foto: Reprodução

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) solicitou uma equipe do Corpo de Bombeiros ao local, para avaliar os riscos, assim como do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit).

O Dnit já está ciente da situação e provavelmente determinará a restrição de trafego no trecho, visto a estrutura da ponte estar muito comprometida. Ainda não há previsão de desobstrução da BR 156“, informou a Polícia Rodoviária.

Fonte: A Gazeta.

Vozes cavernosas do governo Bolsonaro apresentam sua narrativa sobre o caos em Manaus. E acabam traçando o perfil do governo Bolsonaro.

Bolsonaro limpa o catarro e depois vai cumprimentar fanáticos, em plena pandemia. Para bolsonaristas, isso é apenas uma narrativa e nada tem a ver com governança. Trata-se mesmo só de falta de higiene. É?

Adoro certos termos que vêm e vão, como ondas e marés.

Narrativa é um deles.

Não sei bem o que significa, mas adoro sua sonoridade e seus múltiplos sentidos.

Então, é o seguinte: vozes cavernosas que integram o governo Bolsonaro estão saindo das cavernas em que se encontram para ecoar, com alarido, suas narrativas.

As narrativas são as mais amalucadas, como amalucado é o governo Bolsonaro. Mas, de qualquer forma, são narrativas. E convém que a consideremos assim.

Pois uma narrativa que ganha corpo, entre as vozes cavernosas do governo Bolsonaro e do Ministério da Saúde, é de que a tragédia em Manaus – onde pacientes estão morrendo de Covid sem oxigênio – é resultado, digamos assim, de uma maluquice intramuros, ou seja, de doidices que os amazonenses estariam disseminando apenas entre eles.

Por essa narrativa de bolsonaristas cavernosos, o que se passa em Manaus não deve ser atribuído ao governo Bolsonaro, mas a brigas, a maluquices, à bagunça e à corrupção que grassam entre o governo do estado e prefeituras do Amazonas, todos entretidos numa luta política encarniçada.

Pois é.

Vozes cavernosas do governo Bolsonaro têm a mais completa autoridade – moral e intelectual – para apresentar essa narrativa. Porque conhecem, porque convivem, porque têm intimidade com brigas, com bagunças, com o caos, com maluquices que representam a cara e a alma do governo Bolsonaro.

Ah, sim: sem falar que vozes cavernosas do governo Bolsonaro têm a máxima razão quando atribuem a tragédia em Manaus também à corrupção. Porque sabem que o governo Bolsonaro igualmente tem se notabilizado pela corrupção, não é?

Porque corrupção não é apenas meter a mão no cofre, puxar a dinheirama de lá e enfiá-la nos próprios bolsos e cuecas. Corrupção é corromper.

Quando se corrompem valores universalmente consagrados, como o do respeito à vida humana, isso também é corrupção da grossa.

Eis um fato incontornável.

As vozes cavernosas do governo Bolsonaro podem até não admitir ideologicamente esse fato, mas é preciso, pelo menos, admiti-lo racionalmente.

Fonte: Espaço Aberto.

Amapá sofre novo blecaute e 13 dos 16 municípios ficam sem energia elétrica – Égua-moleque-tu-é-doido!!

Por Elden Carlos

Um novo apagão deixou 13 dos 16 municípios do Amapá sem energia elétrica na tarde desta quarta-feira (13). A interrupção ocorre cerca de dois meses depois que o estado sofreu com um blecaute que durou mais de vinte dias, causando prejuízos em todos os setores.

Em nota a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), informou que o novo apagão não tem relação com o sistema de distribuição, e que foi identificada uma ocorrência na linha de transmissão Macapá/Laranjal do Jari.

Por volta de 16h30 o serviço começou a ser normalizado em bairros da capital e em alguns municípios. O Diário entrou em contato com o Operador Nacional do Sistema (ONS) e aguarda um posicionamento oficial sobre o caso.

Também em nota, a Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) informou que: “Na tarde desta quarta-feira sofreu uma ocorrência na linha de transmissão de Laranjal à Macapá, que abastece sua subestação Macapá, e que a questão já foi resolvida.”

A concessionária afirma que disponibilizou as linhas de transmissão instantaneamente, normalizando o problema de forma ágil.

“Tal evento ocorre diariamente no Brasil, e no caso particular expõe a fragilidade do sistema de energia do Amapá que não conta com redundância devido a questão de planejamento setorial. A LMTE destaca que sua subestação Macapá e os três transformadores da subestação Macapá funcionam sem intercorrências”, concluiu a nota.

Fonte: Diário do Amapá.

Em formato de paródia dos noticiários cinematográficos da Segunda Guerra Mundial, Bolsonaro é retratado como criminoso em vídeo sobre Amazônia – Via @ApibOficial

Um novo vídeo lançado hoje nas redes sociais questiona se governos e empresas estão agindo para defender ou para destruir a Amazônia, massacrando os povos nativos que habitam o bioma há séculos. Em formato de paródia dos noticiários cinematográficos produzidos durante a Segunda Guerra Mundial, o vídeo Climate War mostra quais setores produtivos estão contaminados pelas atividades ilegais que desmatam, queimam, contaminam rios e matam indígenas. E apresenta Jair Bolsonaro como um inimigo climático que precisa ser parado e responsabilizado por seus crimes antes que as consequências sejam graves demais para todo o planeta.

O formato escolhido, que remete à Segunda Guerra Mundial, visa explicitar que não se trata de crítica a um país, mas a um governante. Assim como os crimes da Segunda Guerra foram atribuídos a líderes dos governos envolvidos (alguns dos quais chegaram inclusive a serem julgados e condenados), o vídeo Climate Wars atribui os crimes que estão sendo cometidos na Amazônia a Bolsonaro e não ao Brasil. Ou seja, o ponto central do vídeo é a responsabilização de Jair Bolsonaro pelo ataque ao clima global, à biodiversidade da floresta e à vida dos povos nativos. Ele mostra que ficar do lado da Amazônia é uma atitude patriótica, de defesa do país, para garantir um Brasil vivo e viável para os brasileiros.

Apesar do tom de sátira, relacionar a devastação ambiental e o avanço de forças econômicas e criminosas sobre as florestas brasileiras a uma guerra não é exagero. Garimpeiros, madeireiros e invasores de terras demarcadas são um verdadeiro exército da destruição, invadindo territórios que legalmente não lhes pertencem, incentivados por Jair Bolsonaro. Além de uma ameaça imediata à sobrevivência dos povos indígenas, eles representam um risco global devido às consequências climáticas da destruição da maior floresta úmida do planeta.

Climate Wars marca também o início de uma nova agenda de autodefesa dos povos indígenas. Passada a pandemia, eles darão continuidade aos diálogos diretos com governos e parlamentares europeus e norte-americanos, além de uma aproximação com a China ainda este ano. “Queremos que eles apoiem o Brasil, mas da maneira certa, que é nos ajudando a frear a destruição de nossos ecossistemas, recursos naturais e do próprio clima”, declara Sônia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil-APIB, que divulgou o vídeo em suas redes sociais.

Fruto da colaboração de ativistas e artistas brasileiros – pessoas que apoiam a luta da APIB e que compreendem a gravidade e as consequências da política ambiental do governo do Brasil – o vídeo tem versões em inglês, espanhol, francês e alemão. Ele não traz os créditos dos autores por dois motivos: primeiro, porque o foco deve ser na mensagem do vídeo, não nas pessoas; e segundo, pela assumida perseguição a ativistas que o governo federal vem promovendo com o uso de instrumentos de Estado e paraestatais.

Bolsonaro quer forçar a evangelização de povos indígenas. Atacou nossos direitos no Supremo, defendendo a questão do marco temporal. Teima em lutar contra o termo povos indígenas, sem entender que sim, somos brasileiros e também somos indígenas. Nenhuma terra indígena – apesar de mais de 600 processos – foi demarcada e muitos povos foram retirados dos territórios à força. O Ibama, ICMBio, Funai foram desmontados e perderam orçamento. Tudo passou para o exército, que foi incompetente, enquanto o desmatamento e as queimadas bateram os recordes da década. O Fundo Amazônia parou, perdemos o acordo com a União Européia e investidores ameaçam tirar dinheiro de empresas brasileiras. Tudo isso é o Bolsonaro e sua política que ninguém entende, nem quem é de direita.

A APIB DEFENDE UMA AGENDA CAPAZ DE PRESERVAR A FLORESTA E OS INTERESSES DO BRASIL

7 Pontos de Demandas da APIB:

1. Uma moratória de cinco anos ao desmatamento na Amazônia.
2. Aumento das penas para desmatamento e outros crimes ambientais, incluindo o congelamento de bens dos 100 piores criminosos.
3. Retomada imediata do PPCDAm – Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, engavetado pelo governo Bolsonaro.
4. Demarcação de terras indígenas e quilombolas e criação, regularização e proteção de Unidades de Conservação.
5. Reestruturação dos órgãos federais responsáveis pela proteção do meio ambiente e dos direitos indígenas (Ibama, ICMBio e Funai).
6. Imposição do Código Florestal (principalmente a emenda de 2018 para penalização de produção em terra ilegal)
7. Construção de um arcabouço legal para Rastreabilidade da Cadeia de Suprimentos, a fim de dar transparência a atores comerciais internacionais e nacionais.

Assista o vídeo:

Ascom APIB