Mazagão velho, a cidade que atravessou o oceano, completa 250 anos

Mazagão Velho, no frame de vídeo (documentário em produção) cedido pelo amigo Aladim Júnior

Mazagão Velho completa 250 anos de fundação nesta quinta-feira, 23 de janeiro. A minha família paterna veio do Mazagão, não do Velho, mas do “Novo” (que não tem nada de novo). Bom, vou falar um pouco da cidade e depois da relação do local com o meu povo.

Foto: Elton Tavares

O município de Mazagão tem uma história peculiar, rica em detalhes sobre o Amapá. Mazagão foi fundada porque o comerciante Francisco de Mello pretendia continuar com o comércio clandestino de escravos, mas pressionado pelo governador Ataíde Teive, resolveu cooperar, fornecendo índios para os serviços de construção da Fortaleza de São José, na capital do Amapá, Macapá.

Fotos: Max Renê

Em retribuição, foi anistiado e agraciado com o título de capitão e diretor do povoado de Santana; mas, por conta de uma epidemia de febre, que acometeu os silvícolas, foi transferido para a foz do Rio Manacapuru, e, pelo mesmo motivo em 1769, para a foz do Rio Mutuacá.

Mazagão Velho, no frame de vídeo (documentário em produção) cedido pelo amigo Aladim Júnior

Em 10 de março de 1769, D. José I, Rei de Portugal (POR), desativou a cidadela de Mazagão, na então colônia do Marrocos (MAR); eram 340 famílias sitiadas pelos mouros. Elas foram transferidas para Belém (PA). Para alojar estes colonos, o governador mandou construir um povoado às margens do Rio Mutuacá. Em 7 de julho de 1770, começaram a ser transferidas 136 famílias para a Nova Mazagão, hoje cidade de Mazagão Velho, como já se denominava o lugar, pois desde o dia 23 de janeiro de 1770, havia sido elevado à categoria de Vila.

Foto: Gabriel Penha

Na verdade, meu saudoso avô paterno, João Espíndola Tavares, nasceu na região do alto Maracá, no Sítio Bom Jesus – localidade de difícil acesso. Para se chegar ao local, as embarcações precisavam passar por muitas cachoeiras do município de Mazagão. E minha santa vó, Perolina Tavares, bisneta do senador do Grão Pará, Manoel Valente Flexa (que foi manda-chuva em Mazagão, no tempo em que lamparina dava choque), também nasceu naquelas bandas. Ah, meu vô foi prefeito do Mazagão (preso pelo golpe de 1964, a então “revolução”).

Lá eles namoraram, casaram e constituíram família. Meu pai, Zé Penha e meus tios Maria e Pedro, nasceram no Mazagão. Os filhos mais novos do casal, Socorro e Paulo, nasceram em Macapá, onde minha família paterna é uma das pioneiras. Meu vô partiu em 1996 e meu pai depois dele, em 1998. Mas a família Tavares preserva a dignidade, o respeito e a amizade – fundamentais para a vida – aprendidos no Mazagão e trazidos para a capital amapaense.

Quando criança, fui ao Mazagão, mas não tenho essas lembranças na cachola. Retornei ao município em 2009, quando meu avô foi homenageado na Loja Maçônica da cidade, por ter sido um de seus fundadores. Depois em 2010, a trabalho, para cobrir a Inauguração da Ponte sobre o rio Vila Nova, na divisa da cidade com a vizinha Santana. E depois, em 2012, para a cobertura do aniversário de fundação da antiga vila (há exatos oito anos).

É, minha família paterna veio do Mazagão (na década de 50). De lá trouxe uma nobreza que admiro e muito me orgulho. Não sei explicar a sensação de ir lá, mas a senti todas as vezes. Parece um lugar em que já estive há muito, muito tempo. Quem sabe noutra passagem por aqui. Do que tenho certeza, é que tais raízes nos deram muita cultura, histórias legais e respeito às tradições. Meus parabéns, Mazagão!

Elton Tavares
*Este texto é parte da monografia que escrevi para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Comunicação.

 

É proibido peidar dentro do Empório do Índio, diz aviso no balcão

Peido é ruim. Incomoda tanto o flatulento, quanto sua vítima. Mas no Empório do Índio, pasmem, é proibido peidar na parte interna do estabelecimento. O Jorge Ney, popularmente como o “Índio”, proprietário do bar é conhecido por comentários diretos e francos. Foi taxativo no aviso “Proibido Peidar”.

Portanto, se você resolver tomar umas no balcão do Empório, é melhor conter a flatulência. Quem quiser se aliviar tem que sair e peidar. Nem mesmo os sócios remidos do Bar como Cleomar, Cuca, Kleber, Gilvana e outros amigos, tem permissão para bufar no recinto. Afinal, tá lá, escrito.

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Eu e o amigo Jorge Ney, o “Índio”, no Empório (do lado de fora, claro).

Dou razão ao Índio, afinal, a temperatura de um peido quando é criado é de 37º. Se o metano é fruto de uma carne com chicória então, sai de perto que se pegar no olho, cega. A proibição é justa, pois tem gasoso que parece descer abraçado na merda, de tão potente. Se silencioso então, é um ataque surpresa muito covarde.

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Sobre o Empório do Índio

O Empório do Índio é um espaço democrático que abriga todas as tribos e pensamentos. A Cerveja é sempre gelada, tem tira-gosto de charque e outros petiscos. Localizado no bairro Santa Rita, próximo ao Fórum de Macapá, o bar possui um ótimo atendimento e preço justo. Mas peidar lá dentro não pode não.

Elton Tavares

Hoje é o Dia Mundial do Compositor

Hoje é o Dia Mundial do Compositor. Música é primordial, ela tem o poder de nos emocionar. Tenho uma inveja branca de quem toca, compõe ou canta.

Já disse o genial escritor Friedrich Nietzsche: “Sem a música, a vida seria um erro”.

O Dia Mundial do Compositor, 15 de janeiro, surgiu no México em comemoração à fundação da Sociedade de Autores e Compositores do México (SACM), em 1945. No entanto, a data somente foi oficialmente celebrada no mundo a partir de 1983.

O conceito diz que: “compositor é um profissional que escreve música. Normalmente o termo se refere a alguém que utiliza um sistema de notação musical que permita a sua execução por outros músicos. Em culturas ou gêneros musicais que não utilizem um sistema de notação, o termo compositor pode-se referir ao criador original da música. Nesse caso, a transmissão para outros intérpretes é feita por memorização e repetição. Em geral, o compositor é o autor da música e, como tal, é o detentor dos direitos autorais. Atualmente as composições musicais são defendidas pela legislação de direitos autorais. Existem editoras especializadas em música e o compositor ou detentor dos direitos da composição recebem royalties sempre que uma nova gravação comercial ou execução pública é realizada”.

Arte: Hellen Cortezolli

É. Pessoas que escrevem as trilhas sonoras de nossas vidas, principalmente os meus heróis da música nacional e gringa, além dos compositores meus amigos como: Fernando Canto, Ricardo Pereira, Val Milhomem, Zé Miguel, Lula Jerônimo, João Amorim, Heluana Quintas, Jj Noones, Lara Utzig, Ana Martel , Wendril Rodrigues, Rebecca Braga, Ruan Patrick, Raoni Holanda, Naldo Maranhão, Joãozinho Gomes, Enrico Di Miceli, Cléverson Baia, Roni Moraes, Geison Castro, Fineias Nelluty, Osmar Junior, Helder Brandão, Jean Carmo, Zezinho, entre tantos outros compositores talentosos do Amapá.

Vocês são foda! Meus parabéns pelo Dia do Compositor. Desejo ainda mais sucesso a todos!

Elton Tavares

Estádio Glicério Marques completa 70 anos (minha crônica sobre o “Gigante da Favela”)

Foto surrupiada do blog da jornalista Alcinéa Cavalcante

O Estádio Municipal Glicério de Souza Marques completa hoje 70 anos de fundação. O local foi idealizado pelo governador Janary Gentil Nunes e fundado em 15 de janeiro de 1950. A arena teve momentos de glória e ainda hoje é palco de jogos do Campeonato Amapaense, Copão da Amazônia e amistosos. Ali foram disputados grandes clássicos com a participação de craques amapaenses.

O estádio possui as alcunhas de “Gigante da Favela” e “Glicerão”, como o estádio foi apelidado pela crônica esportiva. Lembro-me da minha infância com alegria. Eu e meu irmão fomos agraciados com excelentes pais, que nos proporcionaram tudo de melhor possível (e muitas vezes impossível, mas eles fizeram mesmo assim).

Entre tantas memórias afetivas estão as idas ao Glicerão. Meu pai, o saudoso Zé Penha, também jogou no estádio quando foi goleiro amador dos clubes São José e Ypiranga, no time do coração, o “Clube da Torre”. Eu e o mano dávamos muito trabalho ao pai, sem falar o pede-pede. Era pirulito de tábua (aqueles marrons em forma de cone que são puro açúcar), picolé, pipoca, refri e churrasquinho. Era tão porreta!

Como já disse, quando garotos, meu pai e tio Pedro Aurélio, seu irmão, jogaram no Glicerão. Assim como muitos jovens da geração dele. A qualidade do futebol era tão boa que a galera que não tinha grana até pulava o muro para assistir às partidas. Sem falar que o Glicério já foi palco de vários shows locais e nacionais. Afinal, o velho estádio está no coração de Macapá.

Aliás, lembro daquele muro desde que me entendo por gente, pois a casa da minha amada avó fica lado do Glicério, na Rua Leopoldo Machado.

Naquele tempo rolava a charanga do Antônio Rosa, o Paulo Silva e o Humberto Moreira (lembro bem dos dois, pois sempre falavam com meu velho) faziam a cobertura dos jogos. O José Carlos Araújo exagerava na narração das partidas via rádio (a gente ia pro estádio com radinho na mão). Bons tempos!

É uma pena que o velho estádio não esteja em melhores condições e depois de 69 anos, as arquibancadas ainda sejam de madeira e o campo ruim. Um local que revelou jogadores como Bira, Aldo, Baraquinha, Marcelino, Jardel, Roxo (o primeiro amapaense que fez gol), Zezinho Macapá, Jasso, Miranda, entre tantos outros nomes importantes do futebol regional.

O futebol amapaense encolheu depois do “profissionalismo”, a política entrou em campo e deu no que deu: tanto o Glicerão quanto seu irmão mais novo, o Zerão, vivem vazios. Muitos clubes desaparecem do cenário e emergentes como um tal de Santos tomam conta das competições.

Para mim, há tempos o futebol amapaense perdeu o encanto, o brilho, a mágica. Nem no rádio escuto as partidas. Bom mesmo era na época em que o Zé Penha nos levava para assistir aos jogos no antigo Estádio Glicério, eu e Merson (meu irmão) assistíamos as partidas, brincávamos e nos divertíamos a valer. Quando lembro de tudo isso, a alegria entra naquele campo, escalada pela nostalgia.

Elton Tavares

A vida é feita de ciclos e hoje começa mais um na minha vida profissional

Com a jornalista Tanha Silva, nova gerente de comunicação do MP-A

Onde trabalhei e trabalho, cheguei a convite. Foi assim nas duas gestões no Governo do Amapá (GEA), Prefeitura de Macapá (PMM) e duas administrações do Tribunal Regional do Amapá (TRE/AP), na assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e desde 2017, no Ministério Público do Amapá. Ao todo, são quase 14 anos de jornalismo e 10 de assessoramento de imprensa.

Hoje (13), começa uma nova etapa na minha trajetória profissional, pois deixei a gerência de comunicação do MP-AP, cargo agora assumido pela renomada jornalista Tanha Silva. Como a vida é feita de ciclos, é necessário compreender que eles são diferentes, podem nos agregar experiências novas e também transformadoras. Aliás, sobre existência, existem muitas pessoas que vivem várias vidas. Me enquadro neste grupo. Sinto muito pelos que não vivem nenhuma, somente existem.

Equipe da Assessoria de Comunicação do MP, na confra 2019

Estou feliz, pois seguirei na equipe da Assessoria do MP-AP como assessor de comunicação. Nessa nova etapa da carreira, serei como sempre fui, verdadeiro. Trabalharei com o afinco e a seriedade de sempre. Sim, darei tudo de mim.

Durante estes dois anos e meio à frente da Ascom MP-AP, tive a ajuda de muitos queridos da imprensa e de outras assessorias, apoio este que recebi por onde passei e sou grato.

Agradeço também aos colegas de trampo (da equipe e que já deixaram a Ascom): Gilvana Santos, Mariléia Maciel, Ana Girlene, Camila Karina, Julyane Costa, Luanderson Guimarães, Sávio Leite, Rafaela Bittencourt, Yasmin Salomão, Anitta Flexa, Ana Beatriz Santana, Vanessa Albino e Nelson Carlos. Estes jornalistas e designers tramparam muito comigo neste período.

Sou grato, ainda, ao apoio da Alcilene Cavalcante, Bernadeth Farias, Marcelle Nunes, Patrícia Andrade, Jaci Rocha, Mary Rocha, Márcia do Carmo, Sal Lima (essas sete últimas pessoas pela ajuda fora do local de trampo, mas para com o trabalho) e a confiança da procuradora-Geral do MP-AP, Ivana Cei. Além da minha família, claro. Maria Lúcia (mãe) e Emerson Tavares, vocês são os melhores amigos da vida toda.

Maria Lúcia (mãe) e Emerson Tavares (irmão). Apoio sempre!

Se errei algumas vezes, peço desculpas, mas foi com o objetivo de acertar, sempre com boa vontade, respeito, honestidade, franqueza, seriedade, ética e sinceridade. Desejo sucesso para a Tanha Silva. Ela pode contar comigo e com essa equipe maravilhosa. Vamos juntos! É isso!

Elton Tavares

Se vivo, David Bowie faria 73 anos hoje

Se vivo, David Bowie, um dos caras mais fodas que andaram sobre a terra, completaria 73 anos hoje. Reverenciado pelos amantes do Rock, o velho “Camaleão” possuía status de estrela de primeira grandeza no universo musical. Pois o cara foi um genial louco varrido. David morreu em 11 de janeiro de 2016.

Puta compositor, cantor e músico, David também possuía uma performance peculiar, muita atitude e um visual que encheu os olhos do mundo dos anos 60 pra cá. Com um estilo ímpar, foi o astro de Rock que mais mudou de cara e cabelos na história. Também revolucionou a história dos videoclipes algumas vezes.

Um cara que começou a tocar saxofone aos 12 anos e recusou quando a Rainha da Inglaterra o quis transformar em “Sir”. Para qualquer pessoa, dispensar tal honraria já seria algo inusitado. No caso dele, que é inglês, achei firmeza!

Além de ter feito tantas músicas incríveis e nos presentear com uma das melhores discografias da história, Bowie também foi um sujeito firmeza, pois ajudou vários Brothers em suas respectivas carreiras. Ah, ele também desenhava, pintava, esculpia e escrevia.

Quatro dias antes de morrer, no dia 7 de janeiro de 2016, ele lançou o clipe de ‘Lazarus’, faixa de seu último álbum, “Blackstar”.

Bowie possui uma das melhores discografias de todos os tempos. Aliás, o Camaleão do Rock vendeu mais de 140 milhões de discos em toda sua carreira.

Por tudo que David fez nestas cinco décadas de rock’n’roll e o que ele representa para a história da música, digo: não à toa, ele é um dos meus “heroes”. Ao papa da música pop, rock, arte e cultura, minhas homenagens. E palmas para o cara, que ele foi PHoda!

Elton Tavares

Meus parabéns, Walter Junior! – @WalterJrCarmo

Hoje é aniversário do jornalista, publicitário, empresário, presidente do Instituto Memorial Amapá (grupo histórico/cultural que trabalha no resgate e valorização da memória amapaense)  e diretor proprietário da Revolution Multicomunicação, além de um dos maiores fãs dos Beatles que conheço, Walter do Carmo Junior. Um profissional ultra inteligente, criativo e competente.

Walter é filho do pioneiro homônimo, o cara que abriu as estradas do Amapá e irmão da minha amiga querida e melhor fotógrafa com quem trabalhei, Márcia do Carmo.

WJ possui uma trajetória impressionante na área da comunicação. Foi gerente Geral da TV Amapá, entre 1981 e 1983 (quando foi inaugurada a então nova instalação da emissora afiliada a Rede Globo, na Avenida Diógenes Silva); repórter, diretor de Jornalismo, chefe de Reportagem, editor chefe da TV Liberal em Belém (PA), coordenador de Comunicação Social da Prefeitura da capital paraense e assessor de comunicação na Câmara dos Deputados.

Walter chegou a trampar com oceanógrafo, mergulhador, cineasta e inventor francês, Jacques-Yves Cousteau, quando a equipe da Rede Globo que faria uma cobertura para o Fantástico, nos anos 80. Uma marca que não é pra qualquer jornalista.

Trabalhamos em conjunto há alguns anos e ele sempre tinha uma boa sugestão ou conselho sobre as matérias.

Hoje em dia, além de comunicação, ele trabalha para resgatar a história do Amapá à frente do Memorial, tarefa da qual já obteve sucesso, pois mobilizou pioneiros e familiares nessa missão hercúlea. Walter é um amigo que sempre me tratou com respeito e consideração, mesmo quando muitos que eu pensava que iriam se posicionar da mesma forma, falharam.

Portanto, meus parabéns, Walter. Que sigas com saúde, pois do resto tu dá conta, bicho. Feliz aniversário!

Elton Tavares

*Nas fotos, cedidas pela Márcia do Carmo, Walter Júnior está com seus filhos.

**Texto republicado, mas de coração. 

Feliz aniversário, Aloísio Menescal!

Hoje também aniversaria o jornalista cearense, marido da Lívia Parente e membro da equipe de assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), Aloísio Menescal. Além de profissional ético, prestativo, competente e gente boa, é um amigo deste editor.

Aloísio é um marido dedicado, meio nerd, adora fotografar plantas e insetos da Amazônia. É também bem-humorado, meio hipocondríaco (sempre está com dor de cabeça, estômago ou coluna) e amante de filmes porretas. O brother chega aos 41 anos.

Conheci o cara na cobertura das Eleições 2016, quando ele chegou com a equipe do Tjap para me dar uma força (na época eu era responsável pela comunicação do TRE-AP). De lá pra cá foram muitas pautas e parcerias. A gente até participou de um congresso de jornalistas em Cuiabá (MT), em 2018.

Com os jornalistas Bernadeth Farias e Aloísio Menescal, em Cuiabá (MT) – 2018.

Este texto é para registrar meu apreço, amizade e respeito por Menescal (apesar dele recusar meus convites pra gente tomar umas cervejas). Aloísio, mano, que tenhas sempre saúde e sucesso junto aos seus amores. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

*Texto republicado, mas de coração. 

Desconfortáveis encontros casuais – *Texto republicado, pois sempre rola algo assim. 

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Encontro um velho conhecido.

Ele: “cara, você tá muito gordo!”. Eu, (em pensamento, digo eu sei caralho, vai tomar no cu!): Ah, cara, sabe comé, sem exercícios físicos, sem tempo pra muita coisa, muita cerveja e porcarias gordurosas (que amo).

Sem nenhum assunto, fico em silêncio.

Ele: virei médico e você?

Eu: sou jornalista.

Ele: ah, legal (com um ar de desdém que vi ao encontrar outros velhos conhecidos advogados, administradores, contadores, ou alguma outra profissão mais rentável).

Aí um de nós subitamente diz que está atrasado e marca uma gelada qualquer dia com nossas respectivas esposas ou namoradas e vamos embora. Com certeza, passaremos mais 10 anos sem nos falarmos, graças a Deus.

Elton Tavares

*Texto republicado, pois sempre rola algo assim. 

Saudades do Quiosque Norte Nordeste, o saudoso “Bar da Floriano”

O querido Dylan Rocha
Quem vive a boemia de Macapá há mais de 16 anos, certamente frequentou o Quiosque Norte Nordeste da Praça Floriano Peixoto. O “Bar da Floriano” era o ponto de encontro de poetas, artistas, músicos e malucos em geral. Os proprietários do boteco eram dona Neide e seu Alceu. Aliás, duas figuras queridas por todos que por ali curtiram na companhia de amigos. 
 
O seu Alceu era sempre cara carismático e  caladão. Quando descobriu que eu era filho do Penha, virei brother na hora, pois meu pai tinha sido seu amigo.  

No Bar da Floriano rolou de tudo: Rock (lá, eu e um grupo de amigos inventamos o “Lago do Rock”, em 2004), Reggae, Samba, MPB, MPA, Clube do Vinil, saraus temáticos, declamação de poesia, lançamento de livros (como o Vanguarda), exibição de filmes, lançamento de fanzines (como os do Ronaldo Rony), venda de artesanato, entre outras tantas manifestações culturais. 

 

Nivito Guedes
Era fácil ver por lá figuras como o poeta Dinho Araújo, os músicos Nivito Guedes, Dylan Rocha, Sérgio Salles, Rebecca Braga, Chico Terra, a Patrícia Andrade, o Wedson Castro, o Ronaldo Rodrigues, o saudoso Gino Flex, etc. Enfim, uma porrada de gente legal. 
 
O Bar foi fechado pela Prefeitura de Macapá em 2011 (acho eu, pois não lembro da data exata) e deixou a galera sem rumo, sem ninho, sem point. Pode soar como nostalgia, mas o boteco de banheiro sujo, goteiras e instalações rústicas deixou saudade numa moçada que conheço bem. 
Sérgio Salles, com Gino Flex ao fundo.
 
A cereja do bolo era o Antonio, garçom mais folgado e bruto como poucos, sempre com sua camiseta verde. Eu gostava daquele figura. 
 
O comentário do amigo Chico Terra sobre o fechamento do Bar pelo poder público foi perfeito. Eu aqui reproduzo e assino embaixo: 
A poetisa Patrícia Andrade
 
“Era lugar de reunião de artistas e que varava madrugadas em paz. Mas o poder público mandou derrubar o quiosque que abrigava a poesia para dar lugar a uns ridículos pedalinhos que estão desativados agora, tudo em nome da intolerância, inclusive religiosa do gestor municipal de plantão (na época)”. É isso! 
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Marlonzinho, eu, Fausto, Patrick e Ronaldo Macarrão – 2004.
É, nós, os malucos da cidade politicamente incorretos, contávamos moedas para a coleta da birita no local, pois amávamos a crueza e falta de sofisticação do boteco. Bons tempos aqueles do Bar da Floriano, apesar de, às vezes sórdidos, mas sempre divertidos. Com toda certeza, uma lembrança feliz. É isso. 
 
Elton Tavares, com a colaboração de Patrícia Andrade e Aog Rocha.
Fotos: Chico Terra.

O antigo Bar Xodó e o velho Albino (texto republicado)

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Meu amigo Fernando Canto escreveu uma vez: “Lembrar também é celebrar. E quando se celebra se rememora, ou seja, se re-memora num tudojunto inebriante, pois o coração aguenta. E ao coração, como sabes , era atribuído o lugar da memória – re-cordis“.

Portanto, quem tem mais de 35 anos, bebe desde os anos 90 e estudou no Colégio Amapaense gostava do antigo Bar Xodó e de seu proprietário, Albino Marçal Nogueira da Silva, o velho Albino. Albino era uma figura querida por mim e pelos meus amigos. Principalmente pelo Edmar Campos Santos, o nosso ilustre “Zeca”.

Eu e o Zeca “gazetávamos” aula e íamos beber no Xodó. Escutávamos todas as histórias que Albino contava, ouvíamos suas músicas antigas, ríamos quando ele cortejava as garotas e fingíamos surpresa a cada vez que nos mostrava seu diploma em couro de carneiro. Era divertido.12038305_1027354530650172_9082153324834620988_n-300x222

O Xodó era um botecão no estilo antigo. Tinha um banheiro apertado, com cheiro forte de desinfetante (creolina) e frases sacanas na parede. Ah, lá tinha de tudo: fotos, velas acesas, objetos inusitados para o lugar (como um boneco do Pelezinho)… Acho que dentro do Xodó tinha até bainha de foice.

Para todos aqueles que matavam aula na década de 90 só para reunir com a galera, beber, falar besteira, aquele boteco no canto da Rua General Rondon com a Avenida Iracema Carvão Nunes era o local perfeito. Os biriteiros da velha Macapá se reuniam lá para “molhar a palavra” e botar os papos em dia. Bons tempos…

Albino faleceu halbinoá alguns anos e o Xodó fechou logo em seguida, duas grandes perdas. Quem não viveu aquela época não entende tal saudosismo, pois o nome do bar era apropriado.

Vez ou outra tenho necessidade de escrever sobre aquela época. Tempos felizes e, entre tantas ótimas lembranças, Albino e o seu Xodó foram vivências marcantes na minha memória afetiva, pois o antigo bar e seu proprietário eram nossos xodós. É isso.

Elton Tavares

*Texto republicado por motivos de saudades dessa época.

Cai dentro, 2020. Feliz ano novo! (meus votos para todos nós, pois o futuro está ali, dobrando a esquina)

2020 está ali, dobrando a esquina. Que todos nós, eu, você e demais pessoas que estão lendo este texto, assim como nossos amores, sigamos saudáveis e sejamos felizes no ano que chegará logo. A vida boa e lôca. Só é feliz quem arrisca. Vamo com toda a força no novo ciclo.

Mesmo com todos os desafios, injustiças de toda ordem, homens e mulheres que xingam em nome de Deus e são obscuros adoradores de armas, sobrevivemos ao difícil 2019.

Sou grato aos meus companheiros de jornada, tanto os familiares, amigos e colegas de trabalho, quanto aos que me ajudaram e não estão inclusos em nenhum destes grupos citados. Fomos felizes em 2019, apesar de TUDO. A vida que construí e os momentos que compartilhei com pessoas que amo são tudo para mim. Agradeço de coração aos meus e, como diz o jornalista Luiz Melo: “obrigado por gostar de mim, apesar de mim”.

Que tenhamos luz e sabedoria para encarar as adversidades e os desalmados que certamente aparecerão no novo ciclo. E que nos esforcemos para sermos pessoas melhores que em 2020. Esse “vinte, vinte”, como disse uma amiga, será desafiador.

Que em 2020 tenhamos muito boa vontade, forças positivas, disposição e autoconfiança para corrermos atrás de tudo o que desejamos alcançar. Tenho certeza de que muita alegria nos espera no ano vindouro. Pelo menos a esperança nisso não é pouca.

Viverei 2020 como se fosse o último ano de minha vida, podem apostar (sempre faço isso). O ano novo promete. Que ele se cumpra então, que seja mágico/fabuloso e sem muitas aporrinhações. E quando fraquejarmos, que ainda haja amor e força para recomeçar.

Tomara que eu e você sigamos lutando por uma vida digna, menos ordinária, no combate a dias e noites tediosas, e cheia de amor. Ou paixões. Afinal, tudo depende de você. E se possível, sem “muitas fingidades”, como dizia Guimarães Rosa. E isso sempre contou pra caralho. E continuará contando sempre!

A todos os que fazem parte da minha vida e aos leitores do De Rocha, desejo um ano novo transbordante de amor e paz. Na hora em que os fogos explodirem no céu e o Ano Novo chegar, desejo que vocês estejam felizes, com boa comida, boa bebida e pessoas que amam.

O escritor Rubem Alves, no livro de crônicas intitulado “Pimentas”, disse: “a gente fala as palavras sem pensar em seu sentido. ‘Benção vem de bendição’. Que vem de ‘dizer o bem ou bem dizer’. De bem dizer nasce ‘Benzer’. Quem bem diz é feiticeiro ou mágico. Vive no mundo do encantamento, onde as palavras são poderosas. Lá, basta dizer a palavra para que ela aconteça”. Então, que Deus continue nos abençoando!

Boas energias, muita saúde e prosperidade. “Difícil de ver. Sempre em movimento está o futuro”, disse uma vez o mestre Yoda. 2020, vem com tudo, cai dentro! Feliz ano novo!

Elton Tavares

Hoje é a última sexta-feira de 2019. Portanto, divirta-se!

Hoje é a última sexta-feira de 2019. Assim como todas as outras, dia de tomar umas cervas (ou qualquer bebida que você goste), ver os amigos e escutar música bacana. Também é hora de parar de comer o resto da ceia e rebater a ressaca natalina. Afinal, dezembro é só festa. Portanto, vamos celebrar ao quadrado.

Quem for de dança, que dance; de goró, que beba; de namorar, que namore. Só não dá pra ficar chocando em casa sozinho. Caia dentro do último fim de semana do ano de voadora. Divirta-se ao máximo, pois já, já, será 2020 e a recarga de energia positiva ajudará nas atividades – nem sempre bacanas – dos dias que virão no ano novo.

Para tal, evite desentendimentos, não cerque boca e não tome Kaiser, aquela cervejinha sem-vergonha. Bora celebrar a vida com muita alegria e seguir em frente. Se você tem saúde, não desperdice a sua última sexta-feira de 2019!

Elton Tavares

Feliz aniversário, Toninho Javaly!

Eu e Toninho, nos tempos que eu era menor que ele. O jogo virou, o cara emagreceu e eu engordei, mas a brodagem é a mesma.

Quem lê este site, sabe: gosto de parabenizar amigos em seus natalícios, pois declarações públicas de amor, amizade e carinho são importantes pra mim. Quem gira a roda da vida nesta quarta-feira (25), no mesmo dia do filho DELE, é o kitsurfista, editor de vídeo, produtor cultural, cinegrafista, fotógrafo, carateca, militante da Cultura, maluco das antigas, amante da natureza, aventureiro, grande sacana e brother consideradão da galera, Toninho Javaly.

Toninho é um paraense que escolheu o Amapá como casa, mas voltou para sua terra por uns tempos. Mas vocês sabem, “maluco só dá um tempo”, logo ele tá por aqui novamente fazendo a alegria da galera, seja no trampo ou alguma festiva mesa de bar.

Adelson, eu, Toninho e Sal (não dá pra fazer um filme) – Carnaval 2015

Java e é um profissional competentíssimo, um cara autêntico e visceral. Nutro respeito e amizade pelo Toninho. E sei que é recíproco. Hoje o Java chega aos 44. Espero que essa data se repita pelo menos mais 80 vezes. E que ele siga pisando firme na busca dos seus sonhos.

Toninho, mano velho, “tu saaaabes”, Patinhas! Que a força sempre esteja com você. Que teu novo ciclo seja ainda mais produtivo, próspero e que tenhas sempre saúde e sucesso junto dos teus amores. Que tua vida seja longa.

Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares