Poesia de agora: O eclipse – Bruno Muniz

O eclipse de ontem (14/10/2023) – Foto: Márcia do Carmo

O eclipse

Aí o sol foi ficando moreno,
foi ficando pequeno,
e se mudou pra lua.
Aí não tinha mais o dia,
nem existia a noite;
tinha o sereno queimando na pele.
Aí são Jorge ficou nu,
a primavera dava manga,
chovia margarida.
Então eu comprei um óculos de lua
e fui à praia vazia;
conheci tanta gente legal!

Mas de tanto calor,
a lua se cansou:
– Você tá me sufocando.
– És tão bela, pena que acordas a cada dia numa fase diferente.
E o sol decidiu se mudar.
Então a lua fez-se cheia, minguante, crescente;
se enfeitou de estrelas,
mas o amor ja tinha se partido.
Nessa partilha,
não se sabe ao certo
quem foi mais triste ou mais alegre.
Sabe-se que esse amor eterno
se acabou na primeira manhã minguante.
Vai ver que de certo na vida,
sejam só as noites;
sejam só os dias;
mas se um eclipse te aparecer,
aproveita.
Vai ver só vai acontecer de novo daqui a cem mil anos.
Vai ver o segredo do ser-pra-sempre
possa estar escondido
entre a humildade de nos reconhecermos frágeis
e a vaidade de sermos tão fortes,
mas tão dependentes da felicidade.

Bruno Muniz

Prefeitura de Tartarugalzinho promove I Jornada Municipal de Fotografia, no Aporema

A Prefeitura de Tartarugalzinho promoverá, nos dias 27, 28 e 29 de outubro de 2023, na comunidade de Aporema, a I Jornada Municipal de Fotografia. O objetivo é celebrar as riquezas naturais da regigão, com destaque para a participação do biólogo Richard Rasmussen. O lançamento oficial do evento ocorrerá neste domingo (8), no estande do município na 52ª Exporeira do Amapá, em Macapá, às 21 horas. Na ocasião, serão explicados os detalhes sobre as atividades e sobre o curso de fotografia de paisagens com celular ministrado pelo fotógrafo Fabiano Menezes.

A Jornada destaca a beleza natural do Aporema e promove o turismo sustentável, conectando a fotografia à riqueza natural de Tartarugalzinho. Não perca este emocionante evento que enriquecerá nossa cultura e turismo.

Preparem suas câmeras e junte-se a nós!

Assessoria de comunicação da Prefeitura de Tartarugalzinho

Governo do Estado reverencia memória de pioneiros com exposição ‘Sankofa’ na 52ª Expofeira do Amapá

Ancestralidade, tradição, cultura, história e memória. Estes são alguns dos ingredientes da exposição visual “Sankofa”, que está na programação da 52ª Expofeira do Amapá, realizada pelo Governo do Estado. São 40 imagens, divididas em dez expositores, que estão dispostas na área do Pavilhão Amapá 80 Anos, no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá.

O espaço é coordenado pela Fundação Estadual de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo) e pelas secretarias de estado da Cultura (Secult), do Turismo (Setur) e dos Povos Indígenas (Sepi).

A exposição evidencia as comunidades tradicionais do Amapá, além de reverenciar a memória e o legado dos pioneiros do estado. Mestre Jorge, Natalina Silva Costa, Raimundinha Ramos são alguns dos homenageados.

A diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, ressalta que esse é o início de um projeto maior, que deve se estender para o Encontro dos Tambores, que acontece em novembro, e para outros eventos apoiados pelo Governo do Estado.

“Ainda temos muitas comunidades e personalidades para mostrar e iremos fazer isso nos próximos eventos. Mas na Expofeira já podemos ter uma importância da grande dimensão dos legados dos pioneiros e pioneiras que estamos mostrando nesse primeiro momento”, ressaltou a gestora.

Quem visitou a exposição foi o renomado fotógrafo Floriano Lima, conhecido por fotografias singulares de paisagens amapaenses. Ele disse que gostou muito do que viu.

“São muitas histórias de vidas reunidas, daqueles que nos antecederam e colaboraram para que essas comunidades chegassem até aqui”, resumiu Lima.

Texto: Gabriel Penha
Foto: Gabriel Penha
Secretaria de Estado da Comunicação

Exposição “Imagem da Amazônia” segue no Sesc Araxá até o dia 30 de setembro

As comemorações do Dia Mundial e Municipal do Fotografo e da Fotografia, ainda não terminaram. A exposição “Imagem da Amazônia” é realizada há 32 anos pelo grupo Gera e este ano o Serviço Social do Comércio (Sesc) entrou como parceiro das atividades que marcam as comemorações do dia 19 de agosto.

A exposição que está em sua segunda temporada, é aberta ao público e ocorrerá no período de 11 a 30 de setembro no Sesc Araxá. Objetivo do evento é estreitar os vínculos dos profissionais da fotografia e mostrar para sociedade a produção artística produzida no estado. A exposição é formada fotografias de profissionais experientes, alguns até premiados, além estreantes na área.

Os fotógrafos Aog Rocha; Basílio Lira; Carlos Alexandre; Edinei Campos; Getúlio Barreto; Glauber Khan; Ivaldo Souza; Joaquina Araújo; Luciana Macêdo; Luís Maciel; Nascimento; Marcio Brasil; Pamela Barbosa; Paulo Gil ; Pedro Moutinho e Ronaldo Miranda irão mostrar ao público um pouco da arte através da lente das câmeras.

Dia fotógrafo

No Dia Mundial da Fotografia que é 19 de agosto a Cidade de Macapá Dia Municipal do Fotografo e da Fotografia, instituída por meio da Lei 2.420/2020, uma forma de reconhecimento dos profissionais que exercem suas atividades na capital amapaense.

Serviço:

Exposição “Imagem da Amazônia”
Local: Sesc Araxá
Período: de 9 à 30 de setembro
Endereço: Rua do Araxá, 4311, Santa Inês
Classificação: Livre

Adryany Magalhães/ Assessoria de Comunicação do evento
Contato: 99144-5442

Hoje é o Dia do Repórter Fotográfico (Meus parabéns aos amigos)

Repórteres fotográficos com quem trabalhei ou cobri alguma pauta ao longo dos anos.

Por Jussara de Barros, graduada em Pedagogia e integra a equipe Brasil Escola.

Hoje, 02 de setembro, é o Dia do Repórter Fotográfico, o profissional registra imagens de fatos e acontecimentos, no momento em que os mesmos acontecem. A história da fotografia surgiu através do físico francês Joseph Nicéphore Niépce, em 1816, por meio da “transformação de compostos químicos sob a ação da luz”. É fundamental para o jornalismo, pois serve para complementar a ideia do texto, bem como comprovar a veracidade dos fatos.

Ao longo dos anos, a fotojornalismo tornou-se um estilo de trabalho que se baseia no uso das imagens fotográficas para se veicular às notícias. O surgimento dessa área se deu através do britânico Roger Fenton, que fotografou a Guerra de Crimeia, no período de 1853 a 1856.Mas a primeira publicação de uma imagem em um veículo de comunicação aconteceu em 1880, através do jornal Daily Herald, de Nova Iorque, com a finalidade de inovar seu estilo de publicação, buscando chamar mais a atenção dos leitores.

No trampo com o muito querido Sal Lima, em 2019.

Porém, a genialidade da ideia somente se tornou popular com a chegada do século XX, sendo possível devido à invenção da primeira máquina fotográfica portátil, a Kodak, que podia ser facilmente carregada por todos os lados. As primeiras máquinas fotografavam em preto e branco. Mais adiante, o homem inventou o filme, que possibilitava a revelação em cores, chegando aos modelos da atualidade, os digitais, que capturam as imagens através da memorização das mesmas.

Um estilo jornalístico que tem chamado grande atenção do público nos últimos anos são os paparazzi (no singular, paparazzo).Os mesmos fotografam celebridades do cinema e da televisão, expondo suas imagens em momentos mais descontraídos ou comprometedores. Essas matérias são alvo das revistas de fofoca, pois atingem grande sucesso nas vendas das mesmas. A ideia desse trabalho fotográfico foi proposto no filme de Frederico Fellini, La Dolce Vita (1960), que teve o nome do fotógrafo Signore Paparazzo baseado no nome de um mosquito siciliano “paparaceo”. A atuação do fotógrafo era de Walter Santesso, que trabalhava com Marcello Mastroiani, interpretando o jornalista Marcello Rubini.

No trampo com a muito querida Márcia do Carmo, em 2019.

Mas independente da forma de atuação do repórter fotográfico, seu trabalho é muito importante para a população, pois registra os fatos como eles realmente acontecem, trazendo-nos a possibilidade de tomar conhecimento dos mesmos.

Meu comentário: é por meio das lentes desse profissional que conseguimos ver o que acontece em nossa cidade, país e mundo. Eu particularmente, me encanto com uma bela foto, seja artística ou jornalística. Já trabalhei com muitos fotógrafos, a maioria deles muito bons e uma minoria nem tanto. Admiro muitos pelo talento, outros pelo profissionalismo e, sobretudo, os que possuem as duas virtudes. Portanto, meus parabéns a estes profissionais, que são fundamentais para o jornalismo.

Esta postagem é dedicada aos amigos com quem já trabalhei, todos repórteres fotográficos de primeira linha: Sal Lima, Márcia do Carmo, Max Renê, Jorge Junior, Aog Rocha, Ewerton França, Edivaldo Chaves (Didi), Chico Terra, Cleito Souza, Gê Paulla, Rui Brandão e Antônio Sena (in memorian). E também os parceiros, que vira e mexe, quebram o galho de conseguir fotos, como o Márcio Pinheiro, Gabriel Penha, Rosivaldo Nascimento, Lee Amil, Kallebe Amil, Maurício Gasparini, Bernadeth Farias, Jorge Júnior, Fabiano Menezes, Kitt Nascimento e Maksuel Martins. E, ainda, os acadêmicos de jornalismo, nossos fotógrafos da equipe Secom TJAP, os queridos Sérgio Silva e Flávio Lacerda. Em nome deles, parabenizo todos os que atuam neste nobre ofício no Amapá e Brasil.

Com o saudoso Antônio Sena, o “Paparazzi”, em 2011

Como disse o amigo Fernando Canto: “parabéns ao olhos que miram o mundo com crítica e estética”. É isso!

A fotografia, cujos progressos são imensos e que está, a nosso ver, muito bem classificada entre os materiais das artes liberais, fala aos olhos e detém cativa os curiosos fatigados” – Eça de Queirós.

Elton Tavares

Trailer do filme Memória Fotográfica – um olhar sobre a história da fotografia em Macapá.

Trailer do filme Memória Fotográfica – um olhar sobre a história da fotografia em Macapá.

A fotografia, além de ser um artefato histórico, pode ser percebida por um viés de reflexão entre o passado, o presente e o futuro.

Este vídeo documentário busca contextualizar a história da fotografia em Macapá, através do olhar de seus entrevistados. Este olhar passeia, ora de forma objetiva sobre os referentes, ora vagueia pelo subjetivismo dos signos. Esforça-se entre outros objetivos, em reconhecer e valorizar aqueles que contribuíram com seus registros fotográficos para a preservação da história desta cidade.

Gênero: documentário – Tempo: 23min – País: Brasil – Ano: 2011

Pesquisa: Mary Paes
Direção: Mary Paes
Roteiro: Mary Paes
Orientador: Alexandre Brito
Fotografia: Maksuel Martins
Montagem e Finalização: Daniel Nec
Turma: Jornalismo 2011
Faculdade SEAMA

Exposição fotográfica “Imagem da Amazônia” segue no Sesc, em Macapá

As comemorações do Dia Mundial e Municipal do Fotografo e da Fotografia, contará com uma exposição para marcar a data. “Imagem da Amazônia” é a exposição fotográfica realizada há 32 anos pelo grupo Gera. Este ano será promovido junto com o Sesc para marcar as comemorações e homenagear fotógrafos que fazem parte dessa história.

A exposição é aberta ao público e as fotografias poderão ser apreciadas em dois momentos: no período de 18 de agosto à 08 de setembro, no Sesc Centro, e de 9 a 30 de setembro no Sesc Araxá. Objetivo do evento é estreitar os vínculos dos profissionais da fotografia e mostrar para sociedade a produção artística produzida no estado. A exposição é formada fotografias de profissionais experientes, alguns até premiados, além estreantes na área.

Os fotógrafos Aog Rocha; Basílio Lira; Carlos Alexandre; Edinei Campos; Getúlio Barreto; Glauber Khan; Ivaldo Souza; Joaquina Araújo; Luciana Macêdo; Luís Maciel; Nascimento; Marcio Brasil; Pamela Barbosa; Paulo Gil ; Pedro Moutinho e Ronaldo Miranda irão mostrar ao público um pouco da arte através da lente das câmeras.

Dia fotógrafo

No Dia Mundial da Fotografia que é 19 de agosto a Cidade de Macapá Dia Municipal do Fotografo e da Fotografia, instituída por meio da Lei 2.420/2020, uma forma de reconhecimento dos profissionais que exercem suas atividades na capital amapaense.

Serviço:

Exposição “Imagem da Amazônia”
Local: Sesc Centro
Período: 18 de agosto a 8 de setembro
Endereço: Av. Tiradentes, 998, Centro.

Segundo período de exposição
Local: Sesc Araxá
Período: 9 a 30 de setembro
Endereço: Rua do Araxá, 4311, Santa Inês
Classificação: Livre

Adryany Magalhães/ Assessoria de Comunicação do evento
Contato: 99144-5442

Fotógrafo Paulo Gil faz uso da Tribuna da Câmara de Vereadores de Macapá e fala sobre Dia da Fotografia

Na sessão ordinária desta quinta-feira, 23 de agosto, o fotógrafo Paulo Gil fez uso da tribuna da Câmara de Vereadores para explanar sobre a história da fotografia e as contribuições que os fotógrafos amapaenses trouxeram para manter viva a memória e a história do estado.

A autoria do requerimento é do vereador Claudiomar Rosa (AVANTE). “O dia 19 de agosto é marcado por um evento muito importante: o Dia Mundial da Fotografia. Internacionalmente, ele é conhecido como World Photography Day. Por isso é uma data tão especial. É o meu dia! O dia em que nos reconhecemos dentro de um espaço histórico, onde encontramos nosso! É a oportunidade perfeita para homenagear a fotografia e os fotógrafos espalhados por todo o mundo”, disse Paulo Gil.

O Dia Municipal do Fotógrafo e da Fotografia, instituída pela Lei n. 2.411/2020 de 19.10 do mesmo ano, trata da valorização no contexto artístico-cultural dos profissionais que, dedicando seu tempo e talento na arte da imagem, contaram e contam a história de nossa sociedade.

“Fotografia é pra vida toda! Imagina se nada disso tivesse acontecido? O que seria da fotografia profissional? O que seria do nosso trabalho?”, conta o fotógrafo amapaense.

Paulo Gil desenvolve desde os 15 anos um trabalho no segmento da fotografia. Fez exposições fotográficas em São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte, Belém e aqui no Amapá. Idealizador do coletivo Fotoclube de Macapá, Imagens da Amazônia e Exposições homônimas , “Nós e os Nús I a IV”, Trivisão. Dramaturgo premiado no XIV FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO em Betim (MG). Escreveu, produziu e dirigiu “O Vampiro do Ver-o-Peso” e adaptou “Um Vampiro no Meio do Mundo”, “Cânticos de Antares” e “Crônicas Urbanas”.

Ao relembrar importantes momentos da sua brilhante carreira, Paulo Gil relata emocionado da experiência em fotografar importantes figuras públicas: “Nesse mundo de grandes desafios e descobertas que a produção fotográfica ofereceu, tive o prazer de conhecer e fotografar o metalúrgico e hoje Presidente Lula, Cantores nacionais e internacionais, entre várias celebridades”.

O Vereador Claudiomar Rosa conta que a fotografia é uma dos segmentos das artes visuais que mais lhe encanta. “Paulo Gil representa uma parte importante história da fotografia amapaense. Como arte educador, a fotografia sempre me encheu os olhos, sempre me encantou. A gente se comprometeu em fazer um requerimento para que os nossos fotógrafos tenham um espaço específico para a exposição das nossas fotografias. O nosso mandato está à disposição”, concluiu Claudiomar.

Assessoria de comunicação do Vereador Claudiomar Rosa

Hoje é Dia Mundial da Fotografia #diamundialdafotografia

Foto: Elton Tavares

Hoje é comemorado o Dia do Mundial da Fotografia. A data é celebrada porque em Paris (FRA), no dia 19 de agosto do ano de 1839, foi anunciada e apresentada ao mundo a tal Fotografia, desenvolvida pelo francês Louis Daguérre. Aliás, “fotografia” significa escrita com a luz (foto = luz & escrita = grafia).

Amo fotos, um dos inventos mais fascinantes que o ser humano produziu até os dias de hoje. São momentos congelados e muitas vezes, “poesia em pixels” (uma vez li isso em algum lugar que não lembro agora, mas é firme). Sabem aquela famosa frase: “Uma imagem vale mais do que mil palavras”? Pois é, tem muita gente que faz fotos que não precisam de um grande texto ou legenda. Admiro quem é capaz de fazer fotografias deste tipo.

Foto: Elton Tavares

Já trabalhei com muitos fotógrafos, a maioria deles muito bons e uma minoria nem tanto. Admiro muitos deles. Alguns pelo talento, outros pelo profissionalismo e aqueles que são grandes amigos. Sou apenas um apertador de botões, nem sei mexer direito no equipamento, mas já consegui fazer umas imagens legais. Por sorte, claro, pois não tenho técnica alguma.

Dia desses, li que não fazemos fotos, construímos fotos. Sim, percepção, olhar e não “a câmera boa”. Aliás, para muitos mágicos da fotografia, o equipamento é somente um tubo onde eles materializam seus olhares cirúrgicos.

Portanto, hoje homenageio estes profissionais, que às vezes não são reconhecidos, mas que são fundamentais para o jornalismo e para a melhoria da nossa percepção de mundo. Minhas homenagens aos repórteres fotográficos e aos fotojornalistas que fazem fotos com maestria, muitas das vezes colocando poesia em pixels.

O artista Andy Warhol disse: “a melhor coisa sobre uma fotografia é que ela não muda mesmo quando as pessoas mudam”. Verdade! Adoro momentos congelados. Eternizados nas fotos.

Momento que um gavião apanha um sapo, no Gurijuba, região do Pacuí (AP)- Foto: Elton Tavares

O poeta Fernando Canto me disse uma vez: “fotografar é, para mim, registrar o mundo real com a sutileza supradimensional da psiquê. Só para sensíveis e sensitivos que veem além da paisagem as cores do cosmo”.

Não sou fotógrafo profissional, somente um apertador de botões. Fiz algumas imagens legais desde que comecei a curtir fotos. Mas este registro (acima) feito no Rio Gurijuba, na fazendo dos meus tios, é um dos que mais gostei de ter feito. O momento que um gavião apanha um sapo para o almoço.

Meus parabéns vão principalmente aos talentosos amigos  Congratulações!

A fotografia, cujos progressos são imensos e que está, a nosso ver, mui bem classificada entre os materiais das artes liberais, fala aos olhos e detém cativa os curiosos fatigados” – Eça de Queirós.

Elton Tavares

Lembrança boa de hoje: Johnny Marr no Lollapalooza Brasil 2014

Foto: Elton Tavares

Todo dia bate uma saudade de ver um shonzão. No Lollapalooza Brasil 2014, o guitarrista Johnny Marr, ex-integrante do The Smiths arrebentou. Mesmo com o fato de o seu show ter sido realizado no palco Onix (longe pra caralho, quase mais de 1km do palco Skol e quase dois para o palco Interlagos). Ele tocou e cantou canções de seu projeto solo, mas levantou a massa mesmo com músicas dos Smiths.

Foto: Elton Tavares

Stop Me If You Think You’ve Heard This One Before, Bigmouth Strikes Again e How Soon Is now? (com a presença surpresa de Andy Rourke, ex-baixista do Smiths, que tocou junto com Marr ). Além disso, na apresentação de Johnny rolou som da banda Eletronic (projeto dele, Bernard Summer do New Order e Neil Tennant do Pet Shop Boys) e The Clash, com I Fought The Law. Há sete anos. Eu tava lá. Foi um showzaço!

Elton Tavares

O talento e sensibilidade do fotógrafo Serginho Silva – Crônica de Elton Tavares

Na note da última quarta-feira (12), eu e o fotógrafo Sérgio Silva, juntamente com uma comitiva do Tribunal de Justiça do Amapá, onde trabalhamos na Secretaria de Comunicação, saímos em uma mini expedição relâmpago ao Arquipélago do Bailique. Dito/escrito isso, reporto (sim, coisa de repórter) aqui mais uma experiência porreta de trampo e a fantástica produção do amigo fotojornalista.

O Arquipélago do Bailique é um conjunto de oito ilhas que estão localizadas a 160 quilômetros de Macapá, capital do Amapá. O acesso ao conjunto de ilhas é feito somente por via fluvial pelo Rio Amazonas Fomos na quarta e voltamos na quinta-feira (13). A viagem foi tão tranquila, apesar da maré revolta, o sacode fluvial e o desconforto das horas e horas de barco, somadas a pouco tempo de sono. Mas no final deu tudo.

Sabem, sempre dediquei meu tempo a divulgar e incentivar todas as formas de arte e manifestações culturais. Entre elas, a produção fotográfica no Amapá. Gosto de fotografar pessoas, paisagens, animais, objetos, etc. Para mim, são minicrônicas visuais, escritas a partir da percepção de cada um. Admiro quem tem técnica, mas o olhar é fundamental para uma boa foto. E uma boa foto é poesia visual.

O Arquipélago do Bailique é um lugar que, de tão belo, tenha sempre uma cena pra descrever e registrar. A beleza é tanta quanto a quentura, pois ali naquelas ilhas parecer ter um sol pra cada um de nós. Entre uma cobertura e outra, eu gravando áudios para escrever minha reportagem e o Serginho fotografando e filmando tudo, ele conseguia extrair imagens paidéguas que somente um olhar aguçado manjaria.

Ele registrou pássaros, insetos, a paisagem. O cara congelou tudo em pixels. Só para terem um exemplo: o fotógrafo viajou nas gotas que o motor da lancha espalhava ao impulsionar o barco. A água no ar formou um pequeno arco-íris, que ninguém na embarcação percebeu até o Serginho começar a mirar na direção do rio, na lateral da nau que nos trazia de volta. Viagem, literalmente!

Já trabalhei com muitos fotógrafos, a maioria deles muito bons e uma minoria nem tanto. Admiro muitos deles. Alguns pelo talento, outros pelo profissionalismo e aqueles que são grandes amigos. Serginho tem os três atributos. Sim, sempre valorizei amizades feitas no batente e quem consegue fazer a magia dos registros fotográficos.

Eu e Serginho.

Aliás, “fotografia” significa escrita com a luz (foto = luz & escrita = grafia). Em resumo, o talento, sensibilidade, olhar aguçado e dedicação, fazem do Serginho, que além de fotojornalista, é repórter cinematográfico, um profissional de alto nível e um artista. É isso!

Elton Tavares

Fotógrafo Maksuel Martins gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo!

Sempre digo que o jornalismo me deu muitos amigos. Sim, trouxe inimigos também, mas pra estes eu não ligo. Hoje, uma dessas figuras paid’éguas com quem tive a honra e o prazer de trabalhar, muda de idade. Neste décimo quinto dia de abril, Maksuel Martins gira a roda da vida, chega aos 39 anos e rendo-lhe homenagens.

O cara é o esposo apaixonado da Aline, pai amoroso do Gael, idealizador do Ninja Box, empresário, membro da equipe de comunicação do Governo do Amapá, agente cultural, cinegrafista, vocalista da banda Amatribo e fotógrafo talentoso, Maksuel Martins. O “Mak”, como é chamado por alguns amigos. Um cara com olhar diferenciado e competente fazedor de fotografia.

Eu e os fotógrafos Maksuel Martins e Flávio Lacerda. Parceiros!

Adoro fotografar, mas sou somente um apertador de botões. Tenho sorte de ser amigo de bons fotógrafos – o Mak e muitos outros. Invejo a sensibilidade de pessoas como Maksuel, que conseguem fazer poesia com pixels.

Curiosamente, o cara é a lata do Thom Yorke, líder e vocalista da banda inglesa Radiohead (só que moreno). Só duvido que o astro inglês tenha o carisma, paideguice e gentibonisse do Mak.

Vez ou outra, preciso de fotos e recorro aos amigos, que sempre me salvam. Mak é um deles e sou grato por isso. Não lembro quando conheci o Maksuel, mas faz um tempo. Dou valor no maluco.

Mak, mano velho, tu saaaaaabes. Dou valor no senhor. Sim, és considerado pelo Godão aqui. E eu sei que esse consideramento é recíproco. Que tu sigas ilustrando a escrita da vida com tuas belas fotos. Que tenhas sempre saúde (muita saúde) e sucesso em sua jornada. Que a força sempre esteja contigo e que tudo que você idealiza como sucesso se concretize. Meus parabéns pelo seu dia, meu amigo. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Exposição Fotográfica de Letícia Lisboa marca Dia Internacional da Síndrome de Down no TJAP

A fotografia nos permite enxergar a realidade pelo olhar do outro. Esta concepção, que já é tão fascinante, fica ainda mais mágica quando se mistura com o sentimento de inclusão. Tomado por este sentimento, o Tribunal de Justiça do Amapá celebra o dia 21 de março, data que marca a conscientização global e celebração da vida de pessoas com Síndrome de Down ou Trissomia do Cromossomo 21, com a exposição fotográfica de Letícia Lisboa: a primeira fotógrafa com síndrome de down contratada pelo Poder Judiciário do Amapá. Para acompanhar a exposição basta acessar o link https://oficialtjap.wixsite.com/leticialisboa.

Desde outubro de 2022, a jovem Letícia Lisboa, de 25 anos, passou a integrar a equipe da Secretaria de Comunicação do TJAP. A partir de então, ela começou a receber treinamentos na área de fotografias. Foi com sua câmera em mãos, que Letícia passou a registrar importantes momentos do Judiciário com seu olhar único.

Conheça a fotógrafa

Nascida em 04 de setembro de 1997 na cidade do Rio de Janeiro, Letícia Cristina de Souza Lisboa é filha do casal Celso Lisboa Rodrigues, que é carioca, e Adélia Oliveira de Souza Lisboa, macapaense.

Letícia integra a Secretaria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Amapá, onde exerce a função de fotógrafa, sendo assim a primeira fotógrafa com síndrome de down do TJAP e de Macapá.

Sua contratação foi realizada durante a gestão do desembargador Rommel Araújo, enquanto presidente do TJAP, que na época realizou uma grande ação de inclusão, resultando na contratação de 13 profissionais com necessidades especiais, por meio da Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE).

– Macapá, 21 de março de 2023 –
Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Maurício Gasparini
Arte: Victor Cantuária
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800
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A Bailarina do Igarapé

Todos nós temos um talento que se manifesta desde a infância e passamos a desenvolvê-lo durante a nossa trajetória de vida, e foi ainda na escola participando de tudo que envolvia a dança, em casa assistindo aos DVD’s de Ivete Sangalo, da banda Calypso, Rogger entre outros para aprender as coreografias que Ellen Sousa, entre seus 8 e 10 anos, já demonstrava habilidades para a dança. Sua paixão pela arte levou a explorar diversas vertentes da dança como b-girl no hip-hop, dança de salão, quadrilha, ballet e o fitdance, tornando-se uma artista completa e uma dançarina versátil que consegue adaptar-se facilmente à diferentes estilos dessa arte, onde domina não só a parte técnica mas também a capacidade de transmitir emoção através de seus movimentos, deixando sua marca por onde passa.

Além de sua carreira no mundo da dança, Ellen também é bacharela em pedagogia, e como coreógrafa e professora de dança, já dirigiu e atuou em inúmeras apresentações que encantaram o público e receberam elogios da crítica especializada. Participou de campeonatos nacionais e coleciona prêmios conquistados nesse percurso, mas como toda artista também superou dificuldades: entre o olhar do racismo, condições financeiras e a falta de apoio – em especial da família – o fardo foi pesado, “quando voltei com 12 anos para o ballet, a convite de um professor que me ofereceu uma bolsa na qual não precisaria pagar nada, eu insisti muito para que minha mãe deixasse, ela disse que ‘sim’ depois de muita insistência mas deixou claro que nunca me apoiaria e que não era para pedir nada a ela”, relembra Ellen.

Muito apreciado na sociedade europeia, o ballet é uma forma de arte performática originada na corte italiana do século XV, evoluiu na França no século XVII e se tornou popular na Rússia no século XIX. Secularmente elitizado, o registro da primeira pessoa negra a dançar no palco de uma companhia no Brasil, foi Mercedes Baptista em 1948 e mesmo reconhecida mundialmente como símbolo da luta pela inclusão racial no Ballet, existem poucas produções acadêmicas, jornalísticas e fotográficas a seu respeito disponíveis.

“Nunca conheci nenhuma bailarina de renome que fosse preta, na qual eu poderia dizer que tal bailarina me inspirou por ser preta. Nunca conheci, mas acredito que tenha, porém eu nunca ouvi falar. Isso me frustrava porque meu sonho de ser alguém diminuiu porque nunca vi”, comenta Ellen.

O Lago dos Cisnes é uma das peças mais marcantes do ballet clássico mundial. O Teatro Bolshoi, de Moscou, estreou o espetáculo em 1877, com a coreografia elaborada por Julius Reisinger a partir de uma composição encomendada a Tchaikovsky e teve o seu primeiro casal de dançarinos negros com papel principal em 2012, Ellem recorda das sensações que sentiu quando estrelou a primeira vez a um espetáculo, “tudo era escolhido para elas, para o tom de pele delas, maquiagem, penteado… Sofri bastante. Durante a dança alisei o cabelo uma vez, e depois fiz uma progressiva justamente por me sentir bastante inferior por conta do cabelo”.


Se já não bastasse as dificuldades para permanecer no ballet e se manter entre as melhores, Ellen tinha que sonhar sozinha. Por ter escolhido a sua paixão dentro do campo das artes, onde a aceitação familiar é baixa pois veem como uma carreira ou um negócio pouco promissor, e isto acentua-se principalmente quando se vêm de condições economicamente inferiores, onde a exigência é sempre a emergência por recursos financeiros. Ellen lembra das dificuldades emocionais enfrentadas para se tornar uma referência no ballet, “os piores momentos era ao sair de festivais da companhia e não ter ninguém da minha família para me receber, bater foto, apoio, essas coisas… lembro que me arrumava e passava pela escadaria do teatro e via os pais, responsáveis, tios e irmãos tirando fotos, abraçando, saindo para comemorar… me via sozinha, pegava minhas coisas e ia para a parada de ônibus… isso era em todas as apresentações, minha mãe assistiu a duas apresentações, uma incompleta”.


Aos 23 anos, em meio a uma série de novos desafios e responsabilidades, passou a trabalhar como profissional e teve que conciliar sua carreira com a maternidade manteve-se ativa nos palcos até o oitavo mês de gestação e retornou três meses após o nascimento da Joelly, sua única filha. “Minha filha sempre me acompanha desde de bebê nas danças por aí, na igreja ia em todos os ensaios e sabia todas as coreografias, hoje ela é apaixonada por dança”, mãe dedicada, Ellen embala os sonhos de sua filha para o mundo da dança e já a orienta sobre assuntos como letramento racial e identidade étnica que a pequena, hoje aos sete anos, expõe e questiona.

O ensaio denominado “A Bailarina do Igarapé” feito pelo fotógrafo Willy Myra no Igarapé das Mulheres, Orla de Macapá feito com a Ellen, tem a proposta de dar visibilidade e empoderamento e mostrar o contexto da realidade amazônida, tendo passado pela curadoria de dois prêmios internacionais de fotografia, a bailarina Ellen Sousa entusiasmada conclui: “inspirar outras mulheres e crianças pretas ao ballet e mostrar que, independente da cor e classe social, elas podem ser grandes bailarinas. Nas aulas de ballet vejo muitas crianças pretas me vendo como inspiração e o ensaio também promove isso… fora a oportunidade de mostrar meu trabalho”.

Sua história é uma inspiração para todas as mulheres que desejam seguir os seus sonhos, inclusive Ellen ainda sonha em fazer turnê junto a uma companhia de ballet mostrando seu trabalho no Brasil e quem sabe no exterior. A dança, além de ser uma arte, é uma expressão e realização pessoal, e pode possibilitar a manutenção financeira quando empregada corretamente, e, vale lembrar que toda alma artista vive para voar alto e realizar os seus sonhos.

Texto e fotos: Willy Myra – @myralab.photoart