Uma história da Copa de 74 no Amapá

Por Humberto Moreira

Foi a Copa de 74, na Alemanha, que motivou o então governador do Território Federal do Amapá, Arthur Henning, a comprar os equipamentos de TV para a exibição dos tapes do Brasil naquele Mundial. 

Em campo o time não foi bem e perdeu para a Holanda nas quartas de final. Os jogos eram gravados em Belém (PA), que já recebia imagens por satélite. E um avião do Serviço de Transportes Aéreos do Território trazia a fita para ser exibida aqui com todo mundo sabendo o resultado, pois a Rádio Difusora de Macapá retransmitia as partidas. 

Depois da Copa o governo vendeu os equipamentos ao empresário amazonense Filipe Daou que inaugurou a TV Amapá em janeiro de 75. 

Oscar, o cara!


Sim, meus caros. Oscar foi o cara desse jogo de estreia, em que o Brasil cravou 3 a 1 na Croácia, de virada, na abertura da Copa.

Ele desequilibrou. Fez desarmes sensacionais. Marcou, atacou, driblou e no final, como prêmio à sua bela atuação, um golaço.

Meio de bico. Mas gol, de qualquer forma.

Neymar, reconheça-se, também fez uma grande partida. E tanto é que marcou dois gols, um deles de pênalti, na opinião aqui do pessoal da redação, inexisente.

Mas o cara, sem dúvida, foi Oscar.

Caricaturas e charges mostram lado irreverente da Copa, em Macapá

Por Paula Monteiro, do Portal Amazônia

“Rir é o melhor remédio”. O ditado popular dá a dica para solucionar situações desagradáveis sem estresse. E é o humor, o principal ingrediente da exposição de charges ‘Pra Frente, Brasil!’ para domar a tensão que cerca o maior evento esportivo do momento, a Copa do Mundo de Futebol. A mostra contará com exibição de cerca de 50 cartuns, charges e caricaturas sobre o mundial a partir desta quarta-feira (11), às 20h, na Galeria de Arte Samaúma, localizada na Orla do Araxá, na capital. O evento contará, ainda, com apresentação artística no dia do lançamento. A exposição ficará aberta ao público durante a Copa e segue até 13 de julho deste ano.

Além de apreciar o trabalho dos artistas na galeria Samaúma, os visitantes poderão comprar as obras. São trabalhos de artistas renomados no campo das artes visuais no Amapá, como o chargista e caricaturista Honorato Júnior, desenhista e professor Jair, Ronaldo (Rony) Rodrigues, Aog Rocha, o artista plástico Wagner Ribeiro, entre outros grandes nomes. “A exposição tem como objetivo contribuir com a ‘farra’ da Copa do Mundo aliado à valorização do desenho de humor”, disse Ribeiro, que é um dos organizadores da exposição e responsável pela criação da Galeria de Arte Samaúma.

As obras serão rotativas na exposição ‘Pra Frente, Brasil!’. As criações também vão acontecer de acordo com o desempenho da seleção canarinho. O ponto de vista abordado através da arte fica a critério do autor e não possui limitações.

Sobre a galeria

A Galeria de Arte Samaúma é a primeira galeria fixa para exposição de artes no Estado e conta com obras dos principais artistas regionais como Agostinho J., Ivam Amanajás, Ozy e Irê Peixe, com trabalhos dedicados à valorização e divulgação da Amazônia. O espaço também dá a chance aos artistas que ainda dão os primeiros passos, basta procurar o organizador para acertar a parceria.

As Copas da minha Vida


Amo futebol, principalmente essa época, tempos de Copa do Mundo. Pensando no que escrever sobre o assunto, resolvi falar das copas de minha vida. Ao todo, foram 8 mundiais, de 1978 a 2010 (já que nasci em 1976), mas falarei somente da Copa de 1986 para cá, pois minhas lembranças só alcançam até meados de 1983.

A Seleção Brasileira estréia hoje no campeonato, contra Croácia. Mesmo com todas as cagadas, vou torcer para o time nacional (e vou escrever sobre esse disse-me-disse). De volta ao tema, leiam sobre as copas da minha vida:

México 1986

Na época da Copa de 86, realizada no México, eu tinha 10 anos e já gostava de futebol. Aquela foi a competição do Maradona, o ídolo argentino ganhou o torneio sozinho, o time era Maradona e mais 10, simples assim. Lembro quando perdemos para a seleção francesa, liderada pelo craque Michel Platini. O meu ídolo Zico (e de toda a molecada da época) perdeu um pênalti naquele jogo.

Penalidade essa comemorada exageradamente. Vou explicar, eu e minha família estávamos na casa dos meus avós paternos e meu tio, Itacimar Simões (que hoje mora no céu) fincou uma bandeira do Brasil bem em cima de um cano de água da casa. Resultado:perdemos a Copa e ele e meu pai (que também já passou para outro plano) tiveram que ir atrás de um encanador.

Itália 1990

A Copa de 1990, na Itália, foi a Copa em que ganhei grana apostando na Argentina. Calma, vou explicar. Venci o bolão na casa do meu tio. Cheguei perto do início do jogo, todos os palpites possíveis a favor do Brasil já tinham sido dados, eu disse: ” Coloca 1×0 para a Argentina”, secante e profético.

USA 1994

A copa do Romário, o baixinho arrebentou demais, Bebeto inventou a comemoração do embalo do bebê e Tafarell, goleiro frio, de poucas palavras e poucos sorrisos, fechou o gol. Aquela foi a melhor Copa da minha vida. 

Eu tinha 18 anos, foi tudo muito lindo. Assisti aos jogos na companhia de meu primo Gleuber e meu saudoso tio Ita (aquele do cano de 86). 

Romário deu show e me fez tomar incalculáveis litros de cerveja. Aquele foi o melhor time que vi jogar. Aquela foi a Copa.

França 1998

A Copa de 98, realizada na França, foi literalmente dos franceses. Aquele mundial era uma tragédia anunciada, já que o Romário foi cortado por conta de uma contusão. Mas o Baixinho deu a palavra de que estaria recuperado ao fim da primeira fase e eu botava fé nele, mas a comissão técnica não.

Chegamos a final contra os donos da casa, a partida marcou os torcedores. Um tal de Zidane, então desconhecido da maioria dos brasileiros, passou por cima da nossa seleção. Muitos discutem a possibilidade do Brasil ter “vendido” a final desta Copa. 

Japão e Coréia do Sul 2002

A copa de 2002 foi realizada em dois países, no Japão e Coréia do Sul. O zagueiro Roque Júnior calou a minha boca, eu critiquei muito o negão, mas ele defendeu com louvor. Com França e Argentina eliminadas na primeira fase e Itália fora (roubada contra a Coréia do Sul), pegamos a Alemanha na final, aí o Ronaldo lá na frente e o Marcos lá trás, arrebentaram.

Todo mundo chegou voando na copa de 2002. Até hoje, não sei se o Ronaldinho Gaúcho queria cruzar ou marcar aquele gol contra a Inglaterra, mas foi paidégua.

Uma particularidade daquela Copa foi o horário dos jogos, tivemos que beber de manhã e, ás vezes, amanhecer bebendo para ver os jogos.

Alemanha 2006

Não tenho muito o que falar sobre 2006. Apesar de um time de estrelas, a Copa foi palha para nós, quase não passamos por Gana e perdemos para a França, de novo, em um jogo que o Henry comeu a bola. 

África do sul 2010 

A Copa 2010 acabou de forma melancólica para nós. Ao término do primeiro tempo, quando vencíamos da Holanda, vivemos um verdadeiro furor, pensávamos:” Cacete! Nosso time é uma máquina!“, ledo engano. Na segunda etapa, uma letargia tomou conta da equipe canarinho.

O que dói mais é saber que a Holanda não jogou bola, jogou no erro brasileiro, perdemos para o “bom” desempenho de três jogadores a favor da Holanda, Roben, Sneijder e Felipe Melo, claro. Essa Copa foi foda, cheio de resultados inusitados, placares pífios e zebras africanas. Isso sem falar na bola, culpada pelos frangos jabulânicos e deu muito que falar.

Sou brasileiro e apaixonado pelo futebol, como já disse. Tomara  nossa seleção mereça o favoritismo e saiba aproveitar o fato de jogar em casa.

Enfim, Copa do Mundo é a união de uma paixão nacional com a confraternização entre familiares, amigos, entre outras tantas coisas bacanas que envolvem a competição. É isso! 

Elton Tavares

Mas que porra é essa? (por falar em Copa do Mundo)

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Invoco meu pai neste momento (ele que era invocado pra caramba!) e pergunto: Mas que porra é essa?

Mas que porra é essa a que me refiro?, você deve estar pensando. A porra a que me refiro é esse lance de que o brasileiro não deve torcer pelo Brasil nesta Copa do Mundo. De que o brasileiro que se preza vai torcer para o Brasil (time) se dar mal e o Brasil (país) ser um fiasco na organização da Copa.

Ora, senhores! Desde que me entendo (se é que me entendo, entende?) o brasileiro torce pela seleção brasileira nas Copas do Mundo. Comemora as vitórias e chora as derrotas. Agora, que a Copa vai ser realizada no Brasil, vem esse papo de que quem torcer pelo sucesso da Copa está apoiando os corruptos que se aproveitam do evento para autopromoção e enriquecimento. Que a Copa deve ser boicotada. Que devemos torcer para que a Copa não se realize.

Pois eu digo que torcerei, sim, pelos dois Brasis: o time e o país. Porque tudo o que acontece no Brasil é um festival de corrupção, de desvio de dinheiro e superfaturamento. Corrupção no Brasil ocorre desde que Cabral deu na costa. Se é para boicotar a Copa por causa da corrupção, teríamos que boicotar os campeonatos estaduais e o brasileiro. Ou será que alguém ignora que corre mais corrupção fora das quatro linhas do a bola dentro de campo?

Claro que a constatação de que a corrupção está presente em todos os aspectos da vida brasileira não me deixa feliz. Mas por que a Copa deve pagar por isso? Pois bem! Em julho, estarei com a minha bandeira dando a maior bandeira, torcendo pelo Brasil e tomando a minha cerveja. E que se dane quem vai torcer contra.

*Fotos da Arena da Amazônia (encontradas no blog Espaço Aberto: http://blogdoespacoaberto.blogspot.com.br/ ) inaugurada ontem (9), em Manaus (AM). O jogo foi entre o time da casa, Nacional e Remo do Pará, pela Copa Verde. A partida terminou 2 x 2. Sobre o texto: assino embaixo (Elton Tavares). 

Palavras do nosso especialista de futebol

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Eis que é chegado o grande momento. Amanhã as cortinas se abrirão e os atores tomarão suas posições neste que é considerado o maior espetáculo da Terra. Vamos ver quem vai brilhar, quem vai ser ofuscado, quem vai surpreender, quem tem roupa na mochila, quem tem garrafa vazia pra vender. O especialista de futebol (e quem não é?) deste conceituado blog entra em campo e apresenta suas análises, tão estapafúrdias quanto às dos verdadeiros comentaristas, aqueles que são muito bem pagos pra falar merda. Eu falo merda de graça. Lá vai, galera!

Messi

O mais espanhol do que argentino Lionel Messi quer colocar Pelé pra escanteio. Antes disso, terá que mostrar que é maior do que Maradona, que, por sua vez, jamais superará Pelé. O baixinho Messi, com sua cara de rato, o messias dos argentinos, conta com a ajuda de seu conterrâneo papa Francisco para interceder junto a Deus, que todo mundo sabe que é brasileiro.

Cristiano Ronaldo

O galã de pornochanchada Cristiano Ronaldo deverá ficar com o título de Jogador Mais Bonito da Copa, já que o francês Ribéry está fora do mundial, por lesão, e o argentino Carlitos Tévez não foi convocado. O futebol de Cristiano Ronaldo é até bonzinho, mas não chega a bater o dos nossos Ronaldos, o Fenômeno e o Gaúcho. Cristiano Ronaldo poderá fazer uma boa Copa do Mundo, se não preferir ficar conferindo seu penteado nos telões dos estádios. 

E Neymar?

O que os deuses do futebol reservam para o nosso craque? Reservam não, já que ele é titular absoluto e não admite nem falar em reserva. Neymar pode surpreender e ganhar um título. Não o de Melhor Jogador da Copa, mas o Oscar de Melhor Ator, graças às suas dramáticas simulações de falta. Vamos torcer para que Neymar tenha topete para comandar o Brasil. Se bem que o Barcelona mandou cortar o topete dele assim que o contratou.

Bem, senhoras e senhores. Não sei mais o que falar. Na verdade, ninguém sabe, mas todo mundo enrola e eu termino com uma tirada de Romário, que comentou a Copa de 1998 para a Rede Globo. O locutor perguntou a Romário o que ele tinha achado de um lance e o baixinho respondeu, na maior cara de pau: – Esse lance foi… sem comentários! Depois ele pegou o cheque e foi curtir. Que é o que vou fazer agora, só que sem cheque. Até a próxima.

Os convocados para a Seleção Brasileira (Via blog da Alcinéa Cavalcante)


Luiz Felipe Scolari, anunciou hoje  os nomes dos 23 convocados para a Seleção Brasileira. São eles:

Goleiros:
Julio Cesar (Toronto FC)
Jefferson (Botafogo)
Victor (Atlético Mineiro)

Zaqueiros:
Thiago Silva (Paris Saint Germain)
David Luiz (Chelsea)
Dante (Bayern de Munique)
Henrique (Napoli)

Laterais:
Daniel Alves (Barcelona)
Maicon (Roma)
Marcelo (Real Madrid)
Maxwell (Paris Saint Germain)

Meias:
Luiz Gustavo (Wolfsburg)
Paulinho (Tottenham)
Ramires (Chelsea)
William (Chelsea)
Oscar (Chelsea)
Hernanes (Inter de Milão)
Fernandinho (Manchester City)

Atacantes:
Hulk (Zenit)
Fred (Fluminense)
Jô (Atlético Mineiro)
Bernard (Shaktar Donetsk)
Neymar (Barcelona)

A Copa do Mundo começa dia 12 de junho. O Brasil estréia nesse dia enfrentando a Croácia, em São Paulo. No dia 17 joga contra o México em Fortaleza e dia  23 contra Camarões, em Brasília.

Yes, queremos bananas (uma bicuda na cara do racismo)

Por Gustavo Poli 

Daqui a 45 dias, a Copa do Mundo vai começar no Brasil. Brasil é aquele país da América Latina onde os estádios demoram a ficar prontos, em que quase tudo fica mais caro do que o previsto, onde lutamos contra a corrupção há 500 anos… mas em que ninguém é branco. Ou não deveria ser. Ninguém é preto – ou não deveria ser. Ninguém é azul, amarelo, verde ou vermelho. Temos todas as cores. Ou deveríamos ter.

E hoje… todos nos chamamos Daniel Alves. Todos temos pele mulata, olhos claros e cabelo pixaim. Todos nascemos na Bahia – com sangue negro, branco e índio a correr pelas veias. E todos comemos a banana metafórica lançada no chão.

Essa banana é o Brasil viajando no tempo e no espaço. Comer o racismo e metaforicamente descomê-lo com a melhor das ironias – é esse o Brasil moleque, o Brasil bailarino – capaz de driblar num espaço de guardanapo, de sambar na cara do velho mundo, capaz de superfaturar estádios, metrôs e refinarias, de produzir mensalões e mensalinhos… mas incapaz… ou quase sempre incapaz de aceitar a intolerância.

A intolerância nos agride mais que a corrupção. No Brasil se fala português com açúcar – escreveu Eça de Queiroz. Somos dóceis, somos ternos – e preferimos ser. Nossos pecados são disfarçados – e é bom que assim seja. Desprezamos o alcagüete mais do que o criminoso. Precisamos de leis para impedir que existam elevadores sociais e de serviço – mas não admitimos a humilhação pública. Não admitimos o lançamento de banana.

Podemos ser a PM subindo o morro, podemos ser o tráfico atirando pra baixo… mas, quase sempre, somos o beijinho no ombro, a mão que afaga aqui e afana ali – mas não a que apedreja.

Vamos comer essa banana como Oswald de Andrade. Comê-la, digeri-la e transformá-la. Hoje somos todos macacos. Eu, você, o Neymar, o político, a presidente, o ministro, o empresário, o trabalhador, o senhor, a senhora, o presidiário, o ator, o ladrão, o policial, o bombeiro, o deputado de direita, o vereador de esquerda, o padeiro, o gari, o motorista, o preto, o branco, o azul, o cor-de-rosa.

Somos todos hélios de la peña – temos olhos azuis e pele negra. Somos todos marcos palmeira, mestiços de olhos castanhos e cabelo enrolado Somos todos preta gil, tais araújo, lázaro ramos. Somos todos giovanna antonelli, fernandas lima, tammy gretchen. A pele que nos habita ou a pele que habitamos não tem paradoxo.

Yes, Braguinha, nós temos banana. E hoje, o que importa é pegar essa banana no chão. E comê-la em vez de lançá-la de volta. É nesse pequeno momento em que dá pra acreditar naquela musiquinha de arquibancada – sou brasileiro… com muito orgulho… com muito amor. Porque é o humor que nos separa – é a alegria que nos permite encarar tudo-isso-que-aí-sempre-esteve. 
Daqui a 45 dias, o mundo vem ao Brasil – que por causa de um monte de pretos e brancos e índios e mestiços chegou a 2014 como o país do futebol. Do futebol, do samba, da caipirinha, de praias lindíssimas e políticos nem tão belos… da corrupção, dos conchavos e doleiros e KKKKs.

E é esse nosso dilema. Com muito orgulho, com muito amor, o brasileiro segue sendo o narciso às avessas, capaz de cuspir em sua própria imagem com propriedade e de se entender com outro brasileiro em apenas uma frase:

– Brasil, né?

É – Brasil… terra onde em se plantando… tudo dá – menos intolerância. De todas as vilezas do mundo, o preconceito é aquele tipo de inimigo fácil de identificar e difícil de derrotar. O rei mais conhecido deste mundo é preto, atende por Édson e nasceu em Minas Gerais. É no altar dele que deposito meu voto e digo aos lançadores de banana:

Mandem mais.

Mandem mais banana.

Mandem que a gente mata no peito e transforma em bananaço. Numa bem-humorada e coletiva banana para todos aqueles que acreditam nessa bobagem de que cor da pele faz diferença.

Em suma – esta república federativa das bananas orgulhosamente agradece. E orgulhosamente reconhece: sim – essa terra tem mil problemas. Mas alguma coisa – alguma coisa a gente tem pra ensinar pra vocês – e não é futebol.

Muito obrigado pela lembrança. Bem-vindos ao Brasil.