O Ladrilheiro Mandou um Abraço!


A satisfação de tirar o pão da boca da criança justamente quando ela já fazia malcriação, gritava olé e tirava foto com faixa de campeão é realmente indescritível. 

Gol do Flamengo? Gol do Flamengo impedido! Mas que delíciaaaaa! Os pobres diabos da vasca desabavam no gramado, escondiam a cara com suas camisas feias, estavam liquidados. 

Desde esse momento mágico a Nação não consegue mais parar de rir. Falando em riso, é importante fazer um registro. Completando agora 26 anos de sucesso absoluto e incontestável as decisões entre Flamengo x Vasco ultrapassaram o recorde de A Grande Família e se tornaram o programa humorístico de carreira mais longa da TV brasileira. Parabéns a todos os envolvidos.

Os vascaínos, revoltados, já disseram que isso não vai ficar assim. Em protesto contra a roubalheira os camisa-feia prometem não jogar a Série A esse ano. Pelo jeito magoaram. The Zoeira Never Ends!

O Flamengo ganhou a sexta decisão de campeonato seguida desses buchas. Chora, Portugal!

Mengão Sempre

Arthur Muhlenberg 

Meu texto de hoje : Vice de novo!

As bigodudas soberbas e arrogantes definitivamente são  “hors concours em “vicenomia”. Eles não entendem o significado do ditado “é errando que se aprende”. Vai gostar de morrer na beira lá em São Januário!

E mais uma vez, no novo Maracanã, o timinho de quinta (ops, de segunda) chamado de Vasco da Gama, foi derrotado pelo Flamengo. Na verdade, o Futebol é um esporte de 11 contra 11 que o Mengão quase sempre vence as bigodudas.  

Ok, a arbitragem meteu a mão grande nas bigodudas, mas isso não é uma particularidade da equipe de São Januário, o Flamengo e todos os outros clubes são garfados vez ou outra. Portanto, como li hoje no Twitter “Amigos da camisa feiona, chega de choro, a regra é clara. Não basta a bola entrar, o juiz tem que apitar apontando o centro do campo”. Enfim, faz parte do jogo, o resto é chororo.

Neste início de semana, desejo à todos os amigos vascaínos, aquele abraço!Afinal, a imensa torcida infeliz sabe: “Vasco da Gama sua fama assim se fez…”. E a nação gritando: “Ôooo Ôoo Ôoo Ôooo Ôooo VICE DE NOVO!!!”

 “O Vasco é a prova que o futebol não é uma caixinha de surpresa!” – José Simão. 

Elton Tavares

Ao Vencedor, as Mariolas.

Por Arthur Muhlenberg

Nossa 20ª Taça Guanabara tomou o caminho da Gávea da forma mais melancólica possível. A sua conquista, um 2 x 0 basicão do imperturbável Mengão Papai Severo sobre os famosos quem do Foguinho talvez tenha sido o maior anticlímax em nossa longa história das conquistas das Taças Guanabara.

O público, sempre sábio, fareja essas roubadas à distância. E os números do borderô confirmam os vazios nas arquibancadas que os hábeis câmeras da TV não conseguem mais disfarçar. O Campeonato Carioca é um retumbante fracasso de crítica e de público.

Como insistentemente se apregoa que vivemos num regime de profissionalismo no futebol esperamos que a punição para os criadores dessa excrescência esportiva seja sumária e imediata. Esses caras, sejam lá quem eles forem, estão matando o futebol carioca. Taças Guanabaras, que são esplendidas para entulhar nossa galeria de troféus, já não atraem o público. Campeonatos Cariocas com essa fórmula imbecil também não.

Antigamente a Taça Guanabara também não valia muita coisa, mas pelo menos tinha um jogo decisivo, rolava uma adrenalina. No fim das grandes e históricas decisões da Taça Guanabara, com o Maraca sempre bombado, as duas torcidas sempre tinham motivação pra encher a cara no pós-jogo. Vencedores comemorando e vencidos chorando.

Essa é uma das partes mais legais de se torcer por um time, festejar as vitórias e zoar os derrotados. Vocês viram algum flamenguista zoando botafoguense hoje? Tá, tudo bem, foi péssima a pergunta. Eu sei que antes de zoar um botafoguense você tem que achar um e que nessa época eles não são muito encontradiços. Enfim, vocês entenderam. O futebol carioca está muito sem graça!

Não é possível que alguém que aprecie minimamente o futebol considere uma Taça Guanabara decidida nessa paumolecência como algo normal. Porque é obvio que não é. Será que ninguém com a caneta na mão é capaz de perceber que o futebol profissional é a soma do que está em campo com o que está na arquibancada? Futebol é o futebol porque envolve as gentes. Futebol sem gente não existe.

Que se danem! Enquanto o futebol carioca agoniza na arena de 1 bilhão sob o olhar complacente de todos nós, o Flamengo, sempre no sapato, vai passando o rodo e fazendo a sua obrigação. Palmas pros nossos rapazes que mostraram seriedade no serviço, a bem da verdade só pegaram carne assada no Carioca. Mas reconheçamos que levaram o carioqueta menos na sacanagem do que nossos rivais municipais.

Para sermos mais justos, reformulemos: o Flamengo levou o Campeonato Carioca mais a sério que os seus próprios torcedores. E por isso chegará na fase final com a vantagem perigosa de jogar por dois empates. Como sabemos que jogar com o regulamento debaixo do braço nunca foi muito a nossa praia, precisamos tratar essa vantagem com o devido distanciamento critico.

Ainda faltam algumas rodadas pra essa palhaçada acabar. Parabéns aos campeões, valeu! Agora vamos nos concentrar na Libertadores que nós ganhamos mais.

Mengão Sempre!

Brocador dá adeus (triste com isso): Flamengo aceita proposta da China por Hernane


O Flamengo está prestes a perder o atacante Hernane para o futebol chinês. De acordo com o jornalista Juca Kfouri, o Rubro-Negro aceitou uma proposta de 6 milhões de euros (R$ 19 milhões) do Shangai Shenhua, da China. Com isso, o Brocador não entraria em campo contra o Emelec, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela Copa Libertadores.

Com 50% dos direitos federativos, o Mais Querido receberá cerca de R$ 11,5 milhões pela transação do Brocador, que terá salários mensais em torno de 420 mil reais.

Em janeiro deste ano, o centroavante recebeu uma oferta no mesmo valor do Al Jazira, dos Emirados Árabes. No entanto, não houve acordo na forma de pagamento e a negociação não foi concretizada.

Um dos xodós da torcida, o camisa 9 chegou à Gávea em maio de 2012 após se destacar no Campeonato Paulista pelo Mogi Mirim e marcou 43 gols com a camisa rubro-negra. Pelo Flamengo, Hernane consolidou-se como artilheiro do Novo Maracanã e da Copa do Brasil com 18 e 8 tentos, respectivamente.

Santos empata em casa com Princesa e está fora da Copa Verde (Imagine se fosse o Rei…)


Meu comentárioO Santos Futebol Clube, do Amapá, empatou com o  Princesa do Solimões, do Amazonas, em Macapá. O time amapaense está fora, pois perdeu fora de casa por 1 x 0. Porra, já que era pra perder a vaga, podia ser de goleada. Eu escreveria: “Princesa dá de quatro em Macapá”. Hahahahahaha. 

Charge Bicolor

O dia foi de clássicos pelos estaduais, mas nenhum teve cena tão curiosa quando do Re-Pa, no Pará.

Remo e Paysandu ficaram no 0 a 0 no Mangueirão, e o principal fator não foi a falta de pontaria dosa atacantes: foi, sim, de um cachorro, que invadiu o gramado aos 41 minutos do 2° tempo e impediu um chute do ataque do Remo.

Além disso, no rebote, teve um senso ótimo de marcação: ficou posicionado entre o zagueiro do Paysandu que tentava afastar a bola e o atacante do Remo, que ficou impedido de tentar um roubo de bola. 

O duelo valia pela primeira partida da decisão da Taça Cidade de Belém, o 1° turno do campeonato local. Bom para o Paysandu, que se salvou de ir para a volta com uma derrota nas costas.

Fonte: UOL.com.br  

Já Virou Sacanagem

por Arthur Muhlenberg 

Entre os muitos lemas dos camisas feia, O Time da Virada, Veni, Vidi, Vice, etc., existe um especialmente comovente. É aquele que diz Enquanto houver um coração infantil o Vasco será imortal. É maneiro, mas inexato. Vocês que já foram pais sabem muito bem que enquanto houver um coração infantil o choro só acaba em duas ocasiões: se rolar uma chupeta ou na hora de mamar. Se não rolar, é crise em São Januário.

Como a bola que o Gabriel mandou aos 45 minutos do segundo tempo em direção ao gol da baranga, naquele chutinho no mais puro estilo Hello Kitty, bateu na trave, rolou devagarinho por cima da linha e entrou lá do outro lado o placar marcou 2 x 1 pro Mengão Papaizão Severo. Sem uma marquise de fácil acesso, as bigodudas abriram o berreiro. A tardezinha começava a escurecer e os mais de 50 mil lugares vazios do Maraca ecoaram o choro profundo e sofrido da família vascaína. Ô dó…

O jogo foi feio pra caramba, o Flamengo ainda está em formação e o vice já está pleno processo de readaptação à Série B, joga igualzinho ao Olaria. Mas como é um clássico, sempre se espera contar com alguma dignidade inerente ao histórico do embate. Mas nada, nêgo quer mesmo avacalhar de vez com o carioqueta e escalaram um juiz pusilânime, que não coibiu a violência vascaína. Se não fosse a firmeza de caráter e o olhar treinado dos árbitros-auxiliares-vigias-de-linha-de-fundo o jogo poderia ter se transformado em um conflito com consequências imprevisíveis.

Mas graças a Elano e Gabriel, ágil como um dançarino de arrocha, acabou tudo bem e o Mengão passou o rodo na vasca. Mesmo não valendo nada é inegável que as vitórias que parecem ser roubadas são muito mais gostosas. Nem tanto pelos 3 pontos, que ponto de Carioca é igual dinheiro de Banco Imobiliário, mas pelo emputecimento generalizado que as vitórias controvertidas espalham na arcoírislândia. Vagabundo se rasga todo, estrebucha, a baba pende do lábio bovina e elástica. É uma delicia, em Lilliput todos chora.

Mas, se liguem. O Flamengo de Jayme ainda é um esboço, os caras ainda não sabem exatamente que papel desempenhar e ainda falta se familiarizarem com o novo esquema. O que gera uma profusão de passes errados, chegadas tardias e deslocamentos tão inúteis quanto estúpidos. Tudo bem que os caras jogaram cansadões da viagem, mas ainda não é aquele futebol bonito de se ver. Mesmo dando esse desconto, evoluímos.

Evoluímos principalmente na brodagem, na reafirmação do grupo. Como eu disse anteriormente, nada como compartilhar uma carne assada pra reforçar os laços afetivos, o sentido de coletividade e a sensação de pertencimento que são essenciais para o sucesso emocional de um grupo. Ter vencido um jogo com tanta perturbação, tanta bulha, e logo em cima da vasquinha, famosa fricoteira, estreita os laços de amizade, intensifica a cumplicidade.

Agora que a baranga foi finalizada na maldade, chega de zoeira. É hora de se preparar muito bem pros jogos da Liberta em casa. Tem dois compromissos do carioca antes que vão servir muito bem pro Jayme fazer os ajustes que o time precisa. Tem que dar um jeito no isolamento do Brocador, o cara tá largado lá na frente, não recebe uma bola maneira, todo jogo tem sido ele contra o mundo. Assim fica difícil. E tem que dar umas gemadas pros nossos laterais que tão mortinhos. Libertadores é o que interessa, o resto não tem pressa.

Eu já sabia: Mais uma vez, Flamengo vence Vasco!


E mais uma vez, no novo Maracanã, o timinho de quinta (ops, de segunda) chamado de Vasco da Gama, foi derrotado pelo Flamengo. Na verdade, o Futebol é um esporte de 11 contra 11 que o Mengão quase sempre vence as bigodudas. 

Definitivamente, vascaínos não entendem o significado do ditado “é errando que se aprende”. Dia desses, o renomado jornalista do jornal Folha de São Paulo e barateiro sem igual, José Simão, disse: “O Vasco é a prova que o futebol não é uma caixinha de surpresa!“.  

Ok, a arbitragem meteu a mão grande nas bigodudas, mas isso não é uma particularidade da equipe de São Januário, o Flamengo e todos os outros clubes são garfados vez ou outra. Portanto, como li hoje no Twitter “Amigos da camisa feiona, chega de choro, a regra é clara. Não basta a bola entrar, o juiz tem que apitar apontando o centro do campo”. Enfim, faz parte do jogo, o resto é chororo.

Aliás, hoje eu já ri pra caramba da “imensa torcida bem feliz” (mentira cantada no hino do vasco). É,  “Vasco da Gama, sua fama assim se fez…”. Rá!

Elton Tavares

Música de agora: Hino do Flamengo (cantado por Tim Maia)


Hino do Flamengo (cantado por Tim Maia)

Uma vez Flamengo
Sempre Flamengo
Flamengo sempre eu hei de ser
É o meu maior prazer
Vê-lo brilhar
Seja na terra
Seja no mar
Vencer, vencer, vencer
Uma vez Flamengo
Flamengo até morrer
Flamengo
Sempre Flamengo
Flamengo sempre eu hei de ser
É o meu maior prazer
Vê-lo brilhar
Seja na terra
Seja no mar
Vencer, vencer, vencer
Uma vez Flamengo
Flamengo até morrer
Na regata ele me mata
Me maltrata, me arrebata
Que emoção no coração
Consagrado no gramado
Sempre amado
O mais cotado
No “Fla-Flu” é o “Ai, Jesus”
Eu teria um desgosto profundo
Se faltasse o Flamengo no mundo
Ele vibra, ele é fibra
Muita fibra já pesou
Flamengo até morrer eu sou
É, eu sou

León x Flamengo


Ficha técnica

Data:12/02/2014
Hora: 22h (de Brasília)
Local: Nou Camp

Transmissão: A Rede Globo transmite para RJ, RS, PR, SC (Florianópolis) ES, GO, TO, MS, SE, AL, PB, RN, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP  e DF, e o SporTV também mostra a partida.

Flamengo: Felipe, Léo Moura, Wallace, Samir (Erazo) e André Santos; Amaral, Muralha, Elano e Everton; Paulinho e Hernane.
Técnico: Jayme de Almeida

Leon:Yarbrough, Jonny Magallón, Rafa Márquez (Eisner Loboa), Nacho González e Edwin Hernanez; Luiz Monte, Gullit Peña, Gallo Vazquéz e Elias Hernandez; Mauro Boselli e Sebastian Mas.
Técnico:Gustavo Matosas

Árbitro: colombiano. José Buitrago
Auxiliares: Wilmar Navarro e Rafael Rivas.

Libertadores tem um pouco de futebol, mas é, no fundo, um campeonato transfutebolístico, uma competição moral onde a circunferência dos ovos e a amplitude da mordedura muitas vezes falam mais alto que bola no pé. E nós, fechados com o certo, fundamentalistas até a medula nesse ponto específico, somos até bastante tolerantes com deficiências técnicas e imperícias, mas não podemos admitir que o Flamengo, qualquer Flamengo, não seja um exemplo de raça e dedicação. Ainda mais na Liberta.

Não ser campeão da Libertadores é aceitável, sair dela em função de palhaçadinhas e deficit de suor, como aconteceu em 2007, 2008, 20010 e 2012, não. E menos aceitável ainda é não disputa-la todo ano, pois nossa ausência depõe não só contra nossa imagem, mas também contra nossa autoestima.

Deixemos para nos congratular e dizermos que somos fodões quando ganharmos a Libertadores de novo. Antes não. No atual estágio de desenvolvimento econômico do esporte no país e no mundo, e cientes do incrível potencial que possuímos, é inadmissível o Flamengo ficar de fora de qualquer edição da Libertadores da América. É como se uma fábrica de chocolates deixasse de fabricar ovos de chocolate justamente na época da Páscoa. Os acionistas dá fábrica iam pirar e expulsar os diretores aos pontapés. O Flamengo jogar a Libertadores equivale a não roubar. Não deve ser mérito de nenhuma diretoria, é uma obrigação. Que deve ser cumprida todo ano.

Mengão Sempre!”

Bola, pipoca e Vade Mecum: novas formas de torcer


Todo empolgado, o marido leva a esposa para o melhor restaurante da cidade. É a comemoração de aniversário de casamento, e a pompa começa com a escolha do vinho (o melhor da casa, aquele da safra de 1983, que ganhou nota 9,8 da Wine Spectator). “Perfeito para acompanhar uma carne de caça nobre, como o nosso faisão com molho à base de queijo de cabra”, sugere o maître. A mulher, excitada com o festim e o depois, assenta com a cabeça e sorve mais um pouco do excelente vinho tinto.

Na mesma noite da comemoração das bodas do casal, o Fluminense, que havia sido rebaixado à Série B do Brasileirão, fora salvo pelo tribunal do STJD, o que provocou a queda da Portuguesa no lugar do Flu. Sem querer entrar no mérito jurídico envolvendo o caso, a salvação do Fluminense – o time que tem como símbolo uma Cartola, vejam só, além do pó-de-arroz, que novamente foi varrido para baixo do tapete, aliás, um tapetão – nos coloca uma nova forma de torcer. Antes, o pai tentava seduzir o filho a torcer para determinado time, dizendo que o mesmo tinha um excelente goleiro e um centroavante matador, além de um técnico de primeira linha, o que garantiria os bons resultados e, é claro, os títulos. Assim, o filho facilmente escolhia o time do pai. Agora, depois de o Flu ter se safado (pela segunda vez da Série B, lembrando a ascensão quase dantesca de 1996, quando o time das Laranjeiras saiu da C [Inferno] para a A [Paraíso]), o filho vai retrucar ao pai: “Mas quem faz parte da direção jurídica de seu clube? O seu advogado presta serviço para alguma Federação, tipo de Rio ou São Paulo, ou mesmo para a CBF?”  

Boa pergunta. É como se, ao final do jantar, o marido pedisse para falar com o chef para lhe agradecer o prato delicioso e tecer-lhe altos elogios. Ao chegar à mesa, o chef então revelaria, sem nenhuma vergonha: “Agradeço os elogios, senhor, mas o que vocês comeram não foi faisão, mas um pombo muito bem temperado”. Perplexa, a mulher falaria com a voz tremula: “E aquele vinho maravilhoso que tomamos?” O chef diria que não era a safra de 83, mas a de 2003, quando tivemos um verão muito quente e um inverno demasiado seco, deixando os vinhos daquela temporada mais ácidos. Sem cotação na revista especializada.

Com o STJD jogando às claras, às escuras, à meia-luz, no apagar das luzes (bem depois dos 45 do segundo tempo), nossa forma de torcer vai mudar agora: vamos ter que nos fazer acompanhar de uma pipoquinha e do Vade Mecum a cada rodada, sempre buscando formas de não cair, de subir, de deixar o Purgatório de lado. Agora, todas as torcidas (inclusive a do próprio Fluminense, tida como de elite, preferência de intelectuais, artistas e músicos esclarecidos) desconfiam do passado do futebol brasileiro, assim como, diante das virtuais revelações do chef (a cozinha da verdade), contradizendo todo o serviço do maître (a apresentação do que é visto), a mulher desconfiará do jantar, do vinho, da comida rara e cara, dos presentes, das juras de amor, do casamento, enfim. 

Por fim, esta é a segunda vez que o Fluminense vai dever a Série B, e que não tenha a terceira, senão seu plano de saúde será suspenso, pois quando se deve três boletos…  

Yurgel Caldas, professor do Curso de Letras da Universidade Federal do Amapá (Unifap) .