Na note da última quarta-feira (12), eu e o fotógrafo Sérgio Silva, juntamente com uma comitiva do Tribunal de Justiça do Amapá, onde trabalhamos na Secretaria de Comunicação, saímos em uma mini expedição relâmpago ao Arquipélago do Bailique. Dito/escrito isso, reporto (sim, coisa de repórter) aqui mais uma experiência porreta de trampo e a fantástica produção do amigo fotojornalista.
O Arquipélago do Bailique é um conjunto de oito ilhas que estão localizadas a 160 quilômetros de Macapá, capital do Amapá. O acesso ao conjunto de ilhas é feito somente por via fluvial pelo Rio Amazonas Fomos na quarta e voltamos na quinta-feira (13). A viagem foi tão tranquila, apesar da maré revolta, o sacode fluvial e o desconforto das horas e horas de barco, somadas a pouco tempo de sono. Mas no final deu tudo.
Sabem, sempre dediquei meu tempo a divulgar e incentivar todas as formas de arte e manifestações culturais. Entre elas, a produção fotográfica no Amapá. Gosto de fotografar pessoas, paisagens, animais, objetos, etc. Para mim, são minicrônicas visuais, escritas a partir da percepção de cada um. Admiro quem tem técnica, mas o olhar é fundamental para uma boa foto. E uma boa foto é poesia visual.
O Arquipélago do Bailique é um lugar que, de tão belo, tenha sempre uma cena pra descrever e registrar. A beleza é tanta quanto a quentura, pois ali naquelas ilhas parecer ter um sol pra cada um de nós. Entre uma cobertura e outra, eu gravando áudios para escrever minha reportagem e o Serginho fotografando e filmando tudo, ele conseguia extrair imagens paidéguas que somente um olhar aguçado manjaria.
Ele registrou pássaros, insetos, a paisagem. O cara congelou tudo em pixels. Só para terem um exemplo: o fotógrafo viajou nas gotas que o motor da lancha espalhava ao impulsionar o barco. A água no ar formou um pequeno arco-íris, que ninguém na embarcação percebeu até o Serginho começar a mirar na direção do rio, na lateral da nau que nos trazia de volta. Viagem, literalmente!
Já trabalhei com muitos fotógrafos, a maioria deles muito bons e uma minoria nem tanto. Admiro muitos deles. Alguns pelo talento, outros pelo profissionalismo e aqueles que são grandes amigos. Serginho tem os três atributos. Sim, sempre valorizei amizades feitas no batente e quem consegue fazer a magia dos registros fotográficos.
Aliás, “fotografia” significa escrita com a luz (foto = luz & escrita = grafia). Em resumo, o talento, sensibilidade, olhar aguçado e dedicação, fazem do Serginho, que além de fotojornalista, é repórter cinematográfico, um profissional de alto nível e um artista. É isso!
Elton Tavares