Cápsula do tempo e anúncio de obras no Mercado Central marcam aniversário do Território Federal

O Mercado Central de Macapá amanheceu nesta segunda-feira (13) com uma programação especial em alusão ao aniversário de 78 anos de criação do Território Federal do Amapá e de 68 anos do próprio Mercado Central.

O evento, que integra a campanha “Orgulho de Ser Amapá”, iniciou com apresentação da banda da Guarda Municipal. Em seguida, foi realizada uma cerimônia com a plantação de um amapazeiro e de uma cápsula do tempo.

A cápsula do tempo foi plantada com cartas de autoridades, personalidades e crianças amapaenses dos 16 municípios e será reaberta no dia 13 de setembro de 2043, quando será celebrado o centenário da criação do Território Federal.

“A mensagem que colocamos, junto com as cartas de crianças e personalidades, não é somente uma mensagem ao futuro. É compromisso nosso de construir esse futuro de esperança, de um Amapá como terra de desenvolvimento e de oportunidades”, explicou o senador Randolfe Rodrigues.

Revitalização do Mercado Central entra na segunda etapa

Foi anunciado também pelo prefeito de Macapá, Antonio Furlan, e pelo senador Randolfe Rodrigues a ordem de serviço para as obras da segunda etapa de revitalização do Mercado Central.

O projeto do novo entorno, batizado de “Mercadinho Central”, foi apresentado pela prefeitura que irá executar a obra. Ao todo, serão 704 metros do espaço que serão reurbanizados, com 60 novos boxs para os empreendimentos nas laterais esquerda e direita do mercado, mais uma nova praça.

A obra será financiada com emenda parlamentar de R$ 1.350.000,00 de autoria do senador Randolfe Rodrigues que também comentou sobre o projeto.

“O Mercado Central é um lugar onde se encontra passado, presente e futuro do Amapá, onde se degusta a identidade de nosso povo. E no dia em que festejamos seus 68 anos, temos o prazer de anunciar a segunda etapa de revitalização do espaço, com recursos que estamos colocando. Nosso presente é trabalhar para que o Mercado fique cada vez mais lindo e pulsante!”, frisou o senador Randolfe.

Texto: Júlio Miragaia
Foto: Lee Amil
Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

Prefeito Dr. Furlan e senador Randolfe assinam ordem de serviço para a construção da segunda etapa do Mercado Central

Foto: de Max Renê.

Importante palco para cultura e turismo macapaense, o Mercado Central ganhará uma nova área comercial que dará mais dignidade aos empreendedores que há muitos anos trabalham no local. A assinatura da ordem de serviço faz parte da programação de 68 anos de criação do espaço, data comemorada nesta segunda-feira (13).

Agora serão construídos 60 boxes divididos em 3 blocos com 20 boxes cada, que vão abrigar os empreendedores que ocupam. Além de dois banheiros com acessibilidade e um depósito para material de limpeza.

A obra será executada pela Secretaria Municipal de Obras (Semob) com recursos enviados pelo Senador Randolfe Rodrigues no valor de R$1,3 milhão.

Serviço:

Assinatura da Ordem de Serviço para construção da 2° etapa do Mercado Central
Data: 13/09 (segunda-feira)
Local: Mercado Central
Horário: 7h

Atendimento à imprensa:

Narah Pollyne (Semob) – (96) 98116-4090
Júlio Miragaia (Gabinete Randolfe) – (96) 99116-9665

11 de setembro: A Torre e o Dragão da Contemporaneidade (20 anos do atentado) – Por @fernando__canto

Por Fenando Canto
 
“Quando o Terror chegar (e ninguém nega que ele chegará)/ degradando, exaltando/ quando a terra tremer/ e as montanhas se desmoronarem/ convertidas em pó disperso,/ então serás três grupos – Companheiros da Direita, Companheiros da Esquerda e os Vencedores (“Alcorão”. LVI, 1-55).
 
Por certo os prédios do World Trade Center não foram inspirados nos zigurates mesopotâmicos, que por sua vez inspiraram a torre de Babel. Os zigurates eram construções que simbolizavam a pretensão dos homens em igualar-se aos deuses, e que se imaginavam capazes de subir ao céu por meios materiais. Algumas dessas construções chegavam a cem metros de altura, elevando-se em até sete patamares cada vez mais estreitos. Elas facilitariam tanto a descida dos deuses à terra como a subida dos homens ao Céu. O simbolismo do zigurate tem relação com a montanha onde o peregrino que nela sobe busca a purificação espiritual gradual até encontrar a luz.
 
A torre de Babel foi construída com betume e tijolo cozido, mas apesar da aparente fragilidade sua fundação prolongava-se solo adentro, representando ainda a união de três “mundos”: Céu, Terra e Mundo Subterrâneo. Babel é a “Porta do Céu”, talvez a maior entre as tantas torres que dominavam as cidades babilônicas. Como eram sinais de politeísmo foram condenadas pelo monoteísmo hebraico. E foi Jeová, que a partir daí acabou com a uniformidade universal da língua dos homens, para confundi-los e dispersa-los no espaço, formando o caos da comunicação entre eles.
 
A Nova Iorque cosmopolita que abrigava o World Trade Center absorvia diariamente milhões de frases em centenas de idiomas, embora nas famosas torres gêmeas a linguagem prevalecedora tenha sido sempre a dos computadores vorazes, a do dinheiro e a do poder.
 
Nessa ótica, Babel existia na modernidade substituindo a necessidade de buscar o divino pela procura do poder incomensurável, aquele que decide a vida de milhões de seres humanos do planeta, no simples digitar de códigos num teclado de computador.
 
Os tristes episódios que marcaram a vida americana pelo terrorismo em 11 de setembro não só representam uma assumida “morte” simbólica do capitalismo e do poder bélico universal, como também apontam para uma espécie de tentativa de “frear” ações heréticas do ocidente em que tentam “igualar-se” a Deus, quando o homem ocidental constrói para a infinitude do Céu.
 
Como cada moeda tem duas faces, o outro lado da destruição das torres é a arma que a destruiu: o avião. Para Jung, nos sonhos dos homens contemporâneos os aviões substituem os animais fabulosos e os monstros dos tempos remotos. O avião pode ser o Pégaso, o cavalo alado dos mitos gregos que está relacionado à água e cuja significação simbólica leva em conta no seu eixo interpretativo ser “a nuvem portadora da fonte fecunda”.
 
O avião, ao decolar (no sonho), conduz ao êxtase, à “la petite mort”, antiga expressão coloquial que as mulheres usavam para o “orgasmo total”. Entre tantos aspectos analíticos, digamos, bastante complexos, o avião elevando-se também se assemelha ao comportamento da vida, sua aventura iniciática, tendo ou não carga ou combustível e mesmo ao chocar-se com outro avião ou obstáculo.. Nesse caso a análise revela tendências opostas ou choque de contrários. É Dialética, é ideologia povoando o inconsciente e o significado do “sonho”, registrado na memória histórica dos homens.
 
O avião, por pertencer ao domínio do ar, pertence ao domínio das idéias, do espírito e do pensamento. Quem nele vai pertence a Terra (Matéria) e quer se lançar em sonho ao Céu (Espírito). Ele tem a força materializada no elemento ar.
 
O avião é um dragão. O dragão é o guardião dos tesouros ocultos. Como símbolo do mal e das tendências demoníacas identifica-se com a serpente. Na realidade é um símbolo ambivalente. Para a doutrina hindu ele é o Princípio. Produz o soma, que é a bebida da imortalidade. Para os chineses os dragões voadores são Montaria de Imortais, eles os elevam até o Céu. É, ainda, associado ao raio (cospe fogo) e à fertilidade (traz a chuva), trata das funções e ritmos da vida que garantem ordem e prosperidade. Enquanto relâmpago simboliza o espírito e o esclarecimento da inteligência: é a fonte da verdade. Quando é raio desencadeado representa a cólera de Deus, a punição, o castigo, a autoridade ultrajada: é o justiceiro.
 
Obviamente que o fato ocorrido nos EUA. proporcionou uma grande soma de interpretações. Não é demais juntar a elas mais uma informação para se somar aos motivos gerais que moveram os suicidas na destruição do WTC e do Pentágono. É bem verdade que o mundo ainda está atônito com o acontecimento. Quem sabe um dragão não está imbricado nessa história, posto que faz parte de todas as culturas e religiões conhecidas, aparecendo das mais variadas formas, inclusive no materialismo dialético, simbolizando a luta de classes.
 
A torre foi destruída, mas o dragão é feito do elemento ar. Pode ressurgir. Do mesmo modo a nação atingida e suas aliadas também ousarão quando vestirem a armadura e a lança de São Jorge na eterna luta do bem contra o mal.
 
Texto de Fenando Canto. O escrito também faz parte do livro de crônicas “Adoradores do Sol”, Ed. Scortecci, 2010.

Orgulho de Ser Amapá: programação de aniversário do Território Federal e do Mercado Central inicia nesta sexta-feira (10)

Nesta sexta-feira (10), a partir das 17h, o Mercado Central de Macapá recebe a abertura da programação da campanha “Orgulho de Ser Amapá, que ocorre em alusão aos 78 anos de criação do Território Federal do Amapá e de 68 anos de inauguração do próprio mercado.

De acordo com sua organização, a iniciativa busca resgatar o orgulho pelas coisas da terra, sua história, cultura, pessoas e monumentos e é realizada pelo mandato do senador Randolfe Rodrigues, Prefeitura de Macapá, Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (Tjap).

No primeiro dia de programação ocorre o lançamento do box de livros “Amapá: História, Imagens e Mitos”, impresso pelo Conselho Editorial do Senado Federal. O trabalho consiste numa caixa com 5 obras de autores amapaenses que abordam diferentes temas.

Os livros são os seguintes: Os Selos Postais da República do Cunani (Wolfgang Baldus); Amapá à francesa (Pauliany Barreiros Cardoso); Mitos e Lendas do Amapá (Joseli Dias); Um Cais que Abriga Histórias de Vida (Verônica Xavier); e Histórias de Oiapoque (Sonia Zaghetto).

Ocorre ainda na abertura do evento exposições de fotos históricas e atrações culturais locais, além da fala das autoridades presentes.

13 de Setembro

O segundo dia de atividades será na segunda-feira (13), data dos 78 anos de fundação do Território Federal. A programação inicia com Alvorada no Mercado Central, com a banda da Guarda Municipal, plantação do pé de Amapazeiro e de uma cápsula do tempo com os sonhos de crianças amapaenses. Haverá ainda o anúncio, pelas autoridades da segunda fase de revitalização do Mercado Central.

Em seguida, na Assembleia Legislativa do Amapá, acontecerá sessão solene, com a participação da Orquestra Florescer, Batuque Raízes do Cunani e a entrega das Medalhas Notável Edificador do Amapá a 14 personalidades amapaenses, além da presença de 24 amapaenses ilustres que serão homenageados ocupando as cadeiras do parlamento estadual.

Serviço:

Programação Orgulho de Ser Amapá
Data de início: 10/09 (sexta-feira)
Horário: 17h
Local: Mercado Central de Macapá

Júlio Miragaia
Assessoria de comunicação do senador Randolfe
Contato:(96) 99116-9665

Cultura e religiosidade: Mazagão Velho homenageia Nossa Senhora da Luz

Na manhã desta quarta feira, 08, na Vila de Mazagão Velho, aconteceu uma linda celebração em honra a Natividade de Maria e Nossa Senhora da Luz.

A Festividade contou com a colaboração do prefeito de Mazagão Dudão Costa, e a participação ativa do vice prefeito, José Hosana.

A Missa, celebrada pelo padre Paulo Matias Roberto Matias, foi ministrada de maneira simples e admirável! Padre Paulo, ficou muito Feliz e encantado com a maneira que os devotos de Mazagão Velho, são leais e fervorosos no que diz respeito, à sua cultura e sua Fé.

O padre disse, que era raro e louvável a presença e a participação de tantas crianças, servindo o exemplo de seus pais, como foliões.

Inclusive, solicitou aos foliões que com os seus instrumentos louvassem Nossa Senhora, e que fizessem a folia propriamente dita.

Expressou ainda, que a Comunidade está de Parabéns, em levar a Fé a todos principalmente, as crianças que deverão perpetuar a comunidade dessa história tão rica e cheia de religiosidade.

E o celebrante completou, que a comunidade de Mazagão Velho, é o principal Município que ainda preserva a Cultura e suas ancestralidades.

Serviço:

Fotos Acervo: Lene Vaz
Informações: Cleoci Andrade
Texto: Angela Andrade

Roger Waters, um dos maiores astros do Rock, completa 78 anos hoje #HappyBirthdayRogerWaters

Roger Waters – Foto: Scott Stewart~Sun-Times

Roger Waters, o lendário contrabaixista, letrista e gênio criativo da música (a voz, baixo e letras do Pink Floyd), completa 78 anos hoje (6). É até redundante dizer/escrever que o fundador do Pink Floyd (ao lado de Syd Barrett) é um cara PHoda, pois além de tudo que ele fez pelo Rock and Roll, uma das características mais marcantes de sua obra sempre foi a crítica contundente contra o autoritarismo.

Ele sempre lutou por cumprir o que estava destinado a ser, um artista ativista. Desde os tempos de Pink Floyd,  banda formada em 1965, originalmente composta por ele e pelos então  estudantes Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett.

Formação original do Pink Floyd – Foto: site oficial da banda

O guitarrista e vocalista David Gilmour juntou-se à banda em 1968, meses antes da saída de Barrett do grupo, devido ao seu estado de deterioração mental, agravado pelo uso de drogas.

Com a entrada de David Gilmour, a banda dá mais uma volta e Roger assume a criação artística, a letra e a música, quase que inteiramente, compartilhando as vozes que ele alterna com o então novato guitarrista.

A banda de rock inglesa, de música psicodélica e progressiva. Seu trabalho foi marcado pelo uso de letras filosóficas, experimentações musicais, capas de álbuns inovadoras e shows elaborados. Trata-se de um dos grupos de rock mais influentes e comercialmente bem-sucedidos da história, tendo vendido mais de 200 milhões de álbuns ao redor do mundo.

Em um período muito conturbado para o Pink Floyd, Waters tomou as rédeas do grupo para si e centralizou as composições em uma espécie de ópera rock conceitual e autobiográfica que deu origem a um filme dirigido por Alan Parker, o “The Wall”, em 1982.

Posteriormente, os membros da banda se digladiaram numa batalha judicial que se arrastou por toda a década de 80 e Roger Walters acabou ficando fora do Pink Floyd.

Roger  se separou da banda em 1983.  No ano seguinte se lançou como solista.  E Eric Clapton colaborou com ele gravando e tocando ao vivo, assim como o grande guitarrista Jeff Beck. Ele seguiu com uma carreira de muito sucesso. Waters foi considerado o 22º melhor baixista do milênio, numa lista divulgada pela revista Guitar, há alguns anos.

Foto: site oficial de Roger Waters

Em 1989, a queda do Muro de Berlim deu motivos para relançar a obra O Muro. Em algo como um jogo de palavras com a mensagem do álbum e com o que acabou de acontecer, o que algum outro charlatão erroneamente chamaria de “o fim da história”. Mas Roger fez história porque deu um show para 300 mil pessoas em Berlim, e gravou um álbum e um vídeo ao vivo. E ele derrubou aquela parede novamente.

Foi apenas em 2005, no show do Live 8, que a banda original se reuniu novamente para tocar ao vivo. A expectativa de um possível reencontro cresceu, mas era tudo uma ilusão.

Mas muito mais do que um astro de rock, o “Rogério das Águas” sempre foi um lutador por causas nobres. Com o relançamento da obra The Wall, em 2010, uma nova turnê mundial começou e a versão mais política do artista também cresceu. O passar dos anos deu-lhe novos significados antimilitaristas ao álbum.

A gente segue na resistência.

Entre canções durante suas apresentações ou em entrevistas, Roger disparava muitos posicionamentos políticos invejáveis. Entre elas, a nosso favor. Em 2018, Roger Waters tocou no Brasil com a turnê “Us + Them” e se posicionou contra o fascismo e a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência. Eu e meu irmão tentamos ir ver esse show em São Paulo, mas não rolou.

Waters, que tem a carreira marcada por manifestações políticas de forma correta, fez os shows como lançamento de seu novo álbum, ” Is This the Life We Really Want?” (“Essa é realmente a vida que queremos?”).

Expressão #EleNao e nome do genocida, em 2018, exibidos durante show de Roger Waters em São Paulo — Foto: TV Globo

Sim, o cara que fez uma turnê no Brasil e tentou nos salvar da tragédia que vivemos com Bolsonaro. Pena que a maioria dos cidadãos de bem não deram ouvidos, mas nós seguimos na resistência.

Por tudo que fez, faz e representa, parabenizo George Roger Waters. Quem dera todos os artistas do mundo fossem como ele.

Agradeço ao velho Roger. Vida longa ao Waters!

Elton Tavares, com informações das revistas Rolling Stone, Wikipédia e centenas de Bizz’s que li na vida, Wikipédia e porrada de rockadas da vida regadas a cerveja e o som de Roger e seus companheiros lisérgicos.

Os 165 anos que a vila de Macapá foi elevada à categoria de cidade de Macapá – Por Fernando Canto

Eis o decreto publicado no Jornal Treze de Maio.

Por Fernando Canto

Hoje Macapá completa 165 anos de elevação de vila à categoria de cidade. Decretada pela Assembleia Legislativa Provincial e sancionada pelo presidente da Província do Grão-Pará, Henrique de Beaurepaire Rohan, a Lei nº 281 de 6 de setembro de 1856 foi selada e publicada no mesmo dia e registrada no livro 3.º de Leis e Resoluções Provinciais no dia 9 de setembro. Esses dados se encontram na “Collecção das Leis da Província do Gram-Pará”, Tomo XVIII, Parte 1ª.

Fortaleza de São José de Macapá – Foto: blog Amapá, minha terra amada.

Mesmo passando despercebida pelos estudiosos, a data é importante para a História de Macapá porque é uma espécie de segunda certidão de nascimento (a primeira foi o Decreto que elevou a localidade à vila, em 04.02.1758) de um lugar muito marcado pelas doenças e pelo esquecimento das autoridades. A cópia da Lei nº 281 foi conseguida em Belém por amizade, visto que o volume citado na qual ela se encontra já é uma cópia doada pela Biblioteca Nacional ao Arquivo Público do Pará. A cópia envidraçada decorava a parede do gabinete do prefeito, com registro de sua autenticidade em cartório.

Fortaleza de São José de Macapá – Foto: blog Amapá, minha terra amada.

Infelizmente muitos dos documentos e fotografias que poderiam ajudar a compor partes da nossa história foram extraviados no tempo ou simplesmente roubados por pessoas inescrupulosas, segundo se comenta no mundo acadêmico. É possível que um Arquivo Público atuante pudesse reunir e catalogar essas fontes primárias para facilitar a pesquisa dos interessados na área. Assim, talvez, os setores responsáveis pela cultura realizassem projetos voltados para a recuperação da nossa memória, por meio de ações de intercâmbio com outros estados e países que possuam documentos importantes para nós.

Fortaleza de São José de Macapá – Foto: blog Amapá, minha terra amada.

Sabe-se que até mesmo documentos recentes, da época em que Macapá foi decretada capital do Território Federal do Amapá, são difíceis de conseguir. A não ser com grande esforço pessoal, dedicação e tino profissional, como faz o professor Fernando Rodrigues ao publicar trabalhos de relevância para a História local.

Desde o ano de 2001, eu já alertava o poder público e quem de direito para montar comissão para os festejos de 250 anos de fundação da antiga vila de Macapá em 2008, visando promover nossa cidade no mundo inteiro. Esse preparo deveria envolver escolas municipais e estaduais, clubes de serviço e associações de moradores, prefeitura e governo e, inclusive, grupos e organizações de migrantes de todo o Brasil que escolheram nossa terra para viver e criar seus filhos.

Antiga Vila de Macapá – Foto encontradas no blog “Amapá, minha terra amada”.

Contatos com as ilhas de Funchal e Açores (territórios portugueses) deveriam ser feitos naquela época, dada a necessidade de lembrar que foram os açorianos os primeiros colonos enviados para cá em 1751. Eles que nos povoaram e trouxeram, entre outras coisas, suas festas religiosas como a do Divino Espírito Santo, que depois se incorporaria ao marabaixo dos negros escravos. Lembro também que seria preciso criar monumentos, concursos artísticos, históricos e literários para despertar mais no seio da juventude o amor e o poder de crítica em relação à cidade. Quem sabe não surgiriam sinfonias que pudessem enriquecer a música brasileira um pouco mais, ou obra literária de grande valor. E paralelo a isso viessem a se discutidos grandes problemas urbanos como o trânsito, os transportes coletivos, a aplicação do código de posturas, impostos, migração e outros temas que representem possibilidades de melhoramento da vida social.

(*) O artigo original data de 08 de setembro de 2006. Publicado no Jornal do Dia.

História & Beleza Natural: de uma mina abandonada, uma Lagoa Azul surge no Amapá

Foto: Divulgação/WWF Brasil

A Amazônia é conhecida pelos rios, igarapés e cachoeiras. Mas, a maioria das pessoas nem imaginam que aqui existam lagoas de águas azul turquesa. A 208 quilômetros de Macapá, capital do Amapá, fica a Lagoa Azul, um paraíso que nasceu de uma mina abandonada. O lugar fica próximo à Vila Serra do Navio, cidade criada na década de 1950 para abrigar os trabalhadores de uma empresa de mineração. A lagoa azul e o passado da história da Serra do Navio estão entrelaçados.

De acordo com a prefeitura da cidade, a cor marcante da lagoa, em tom azul anil, acontece por conta dos minérios da região especialmente o carbonato de manganês. O lugar era uma mineração. Hoje é possível chegar até lá através de trilhas ou de carro. A região é cercada por uma floresta tropical. O geólogo responsável pela perfuração da lagoa o Dr. Luiz Fabiano Laranjeira disse que é um mito a ideia de que a água é contaminada e imprópria para banho.

Foto: Divulgação/WWF Brasil

Ainda segundo o geólogo, o que é encontrado na lagoa é grande concentração de sulfato e cloro, o que explica a coloração de águas que oscilam entre azul um turquesa e verde-água, o que nos dá a sensação de termos uma piscina natural tratada o tempo todo.

Foto: Divulgação/SUP Amapá

A lagoa possui aproximadamente 18 metros de profundidade e não possui nem peixes, nem outros seres comuns em lagoas. Novamente o geólogo explica: “o cloro torna o ph da água ácido. Isso não permite desenvolvimento de matéria orgânica, mas não as torna impróprias para banho”.

Quem aconselha a visita é Milena Sarge, praticante de stand up paddle. Ela utiliza a lagoa para praticar o esporte. “Eu adoro a lagoa azul. Acho paradisíaco, sei que ela é fruto de exploração mas a natureza foi moldando. E lá é um ambiente tão agradável, transmite paz”, disse Milena.

Company Town

A História da Serra do Navio remonta aos anos 1950. A região era rica em manganês e outros minérios. Por isso, a empresa Indústria e Comércio de Minério (Icomi) resolveu construir uma cidade que pudesse abrigar seus empregados.

De acordo com dados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a empresa começou um projeto ambicioso de implantação – nos moldes de muitas vilas que surgiram na Inglaterra durante a Revolução Industrial – de uma Company Town. Tratava-se de uma cidade dirigida e controlada por uma empresa, cuja economia era ligada a uma só atividade empresarial.

Foto: Company Town

Com pouco mais de 3,7 mil habitantes, a cidade foi projetada pelo arquiteto brasileiro Oswaldo Arthur Bratke para abrigar os trabalhadores da Icomi. Bratke escolheu, pessoalmente, o lugar de implantação – a Serra do Navio – em uma região localizada entre os rios Araguari e Amapari.

Ele também programou áreas de expansão futura da vila, projetando-as integradas ao traçado e ao sistema viário. Concebeu o projeto para uma cidade completa e autossuficiente, uma experiência precursora na Amazônia.

Foto: site Cidade de Santana

Minério

As primeiras informações sobre a existência de manganês na Serra surgiram antes de Getúlio Vargas criar, em 1943, o Território Federal do Amapá. Em 1945 amostras colhidas pelo garimpeiro Mário Cruz responderam definitivamente as questões sobre a possibilidade de mineração. As amostras continham alto teor de manganês. Vencendo uma concorrência que incluiu mineradoras estrangeiras, a Icomi assinou o contrato de exploração mineral em 1947.

Em 1951, confirmou a existência de quantidade superior a 10 milhões de toneladas de minério. As obras e os trabalhos da mineradora continuaram uma política de ocupação da cidade.A experiência em Serra do Navio atraiu brasileiros de todos os estados, que se instalaram no Amapá.

Entretanto, a reserva de minério se esgotou antes do previsto e a Icomi deixou a região no final da década de 1990. Em maio de 1992, a vila passou a ser sede do município de Serra do Navio.

Quando visitei a Lagoa Azul. Estava de passagem, em viagem de trampo. Foto: Evandro Nobre.

Meu comentário: conheci a Lagoa Azul em 2016, quando passei perto do local. Eu estava a trabalho pela Justiça Eleitoral, onde atuava como assessor de comunicação. Fiquei deslumbrado com a beleza do lugar e fiz somente esse registro (foto acima) retratada pelo motorista Evandro Nobre. Mas atenção, Segundo a Associação Brasileira de Química ela é IMPRÓPRIA para recreação! Leiam sobre AQUI.

Fonte: Portal Amazônia

Orgulho de ser Amapá: campanha marca os 78 anos de fundação do Território Federal e de inauguração do Mercado Central

Resgatar o orgulho de ser Amapá, baseado nas pessoas e em nossos patrimônios. Nos 78 anos de fundação do Território Federal do Amapá e do Mercado Central de Macapá, a campanha “Orgulho de ser Amapá” tem o objetivo de difundir essa mensagem.

Para isso, o mandato do senador Randolfe Rodrigues, a Prefeitura de Macapá, a Assembleia Legislativa do Amapá e o Tribunal de Justiça do Estado do Amapá se juntam para realizar uma programação especial nos dias 10 e 13 de setembro.

Os eventos serão inteiramente gratuitos, no Mercado Central, com lançamento do box de livros “Amapá: Mitos e Histórias”, shows artísticos, baile de dança, exposição de fotografias históricas, exposição e comercialização de produtos locais, homenagem aos pioneiros e aos mestres dos saberes e figuras de relevo dos 16 municípios.

A programação contará ainda com o momento de plantação de uma muda e de uma cápsula do tempo com os sonhos dos desbravadores e de crianças amapaenses.

Obedecendo as normas sanitárias de prevenção à Covid-19, a estimativa é de um público de cerca de 1.700 pessoas, entre presenciais e internet.

Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

Ruas tradicionais de Macapá carregam histórias da capital antiga através dos seus nomes

Foto: Divulgação

Você já se perguntou por que algumas ruas das cidades de Macapá tem nomes como Mendonça Furtado ou Eliezer Levy? As ruas e avenidas da capital não foram batizadas apenas como referências de localização, mas sim uma forma de homenagear figuras políticas e moradores que ajudaram no desenvolvimento da cidade.

De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Semduh), Macapá tem 2.100 ruas e avenidas catalogadas, por onde passam cerca de 465 mil habitantes, estimou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016.

As avenidas Mendonça Furtado, FAB, Iracema Carvão Nunes e as ruas Eliezer Levy e Hildemar Maia são os destaques selecionados para contar um pouco mais da história de Macapá.

Os nomes que batizam logradouros em Macapá são homenagens feitas a moradores dessas regiões, de acordo com o assessor legislativo Davi Santos, da Câmara Municipal de Macapá (CMM). Antigamente, somente a prefeitura podia fazer o decreto.

Atualmente, a nomeação acontece por projeto de lei escrito por 2 ou 3 vereadores, que também precisa de documento com assinaturas de populares apoiando a medida. Após aprovado em plenário, o texto segue para a Comissão de Justiça e Redação da CMM, que tem 15 dias para dar parecer ao projeto. Em seguida, volta para o plenário e, caso seja aprovado, é enviado à prefeitura de Macapá, que tem 15 dias para sancionar ou não a matéria.

Foto: Divulgação

Avenida FAB

Uma das principais vias da cidade, a Av. FAB inicia ao lado da Casa do Governador, no centro, atravessando a cidade, seguindo até o bairro Santa Rita, localizado também na Zona Central, na Travessia Joaquim Pinheiro Borges.

A avenida levou esse nome pois era usada como pista de pouso de aviões da década de 30, durante a Segunda Guerra Mundial, sendo uma das bases aéreas militares construídas pelos Estado Unidos na Amazônia. O antigo hangar funcionava onde hoje se localiza a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf).

Os voos ajudavam os serviços administrativos do governo e a população no transporte de medicamentos para o interior ou de pessoas doentes para Belém, no Pará.

Já nas décadas de 1940 e 1980, o aeroporto foi transferido para o local onde funciona atualmente. Com isso, a Av. FAB recebeu toda a estrutura para atendimento das necessidades do Território Federal do Amapá, com construção de escolas, praças públicas e instituições como a Câmara de Vereadores, a própria prefeitura de Macapá,além do palácio do governo e Assembleia Legislativa e os principais hospitais do estado.

Até meados de 1990, a avenida foi palco das principais atrações da cidade, como o caso dos desfiles de 7 e 13 de Setembro e o Carnaval.

Foto: Divulgação

Avenida Mendonça Furtado

A avenida Mendonça Furtado é uma das primeiras ruas da capital do Amapá. Localizada no centro, ela inicia atrás de um dos prédios mais antigos da cidade, a Igreja São José, seguindo até o bairro Santa Rita, na Zona Central, na Rua Marcelo Cândia, de frente para um hospital particular, construído na década de 60.

Foto: Divulgação

Francisco Xavier de Mendonça Furtado (1700 – 1769), que dá nome à rua, foi capitão general do Exército e    governador das Províncias do Grão-Pará, Maranhão e Rio Negro, que administrava as terras do Amapá nos      anos de 1750. Durante o mandato, que durou até 1758, Francisco conseguiu a permissão da corte portuguesa    para transformar o povoado de Macapá em vila, além de ajudar com recursos na construção da Igreja de São      José, e instalar os poderes Legislativo e Judiciário na capital. Ele morreu em 1769, em Portugal.

Foto: Reprodução / Heraldo Amoras

Avenida Iracema Carvão Nunes

 A avenida leva o nome da mulher do primeiro governador do ex-Território Federal do   Amapá, Janary Gentil Nunes. Acreana, ela havia chegado a Macapá em janeiro de 1944, conquistando a amizade dos amapaenses, porque gerenciava ações sociais com distribuição de leite e sopa, enquanto foi gerente da Legião Brasileira de Assistência (LBA).

Foto: Divulgação

Apenas um ano depois de ter mudado-se para Macapá, ela teve complicações com cardiopatia e   foi   acometida de malária. Iracema morreu e foi sepultada entre populares, representantes do    governo e o marido, no cemitério central, onde até hoje estão os restos mortais dela.

Localizada no Centro, ela é uma avenida considerada pequena, iniciando na Rua Cândido Mendes,   atrás da Casa do Governador, terminando 5 quadras depois, na Rua Odilardo Silva, ao lado da   Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Foto: Divulgação

Rua Eliezer Levy

A rua inicia na esquina com a Av. Pedro Américo, no bairro Pacoval, Zona Norte, seguindo em mão única Norte-Sul até a Av. Feliciano Coelho, no bairro Trem, Zona Sul. A partir desse ponto, a rua segue em mão dupla até interceptar-se com a Av. Clodóvio Coelho, também no Trem.

Foto: Divulgação

Eliezer Moisés Levy era um paraense, nomeado pelo amigo e correligionário político paraense Magalhães Barata, como intendente de Macapá, onde governou por três vezes. Ele foi responsável por obras como a reforma da Intendência de Macapá, a construção do trapiche que recebeu o nome dele e que foi essencial para facilitar o acesso fluvial à cidade, e a construção da capela do cemitério central. Ele também iniciou a construção da BR-156, quando governou Macapá.

Foto: Reprodução / Prefeitura de Macapá

Rua Hildemar Maia

Iniciando no bairro Muca, sentido Sul-Norte da capital, zona Sul, a Rua Hildemar Maia leva o nome de um paraense que chegou ao Macapá no ano de 1957, para exercer o cargo de promotor público, atuando na defesa de crianças e mulheres. Hildemar Maia exerceu a função de secretário geral do governo do Amapá e foi eleito suplente, na chapa do deputado federal Coaracy Nunes.

Foto: Divulgação

Hildemar Maia morreu em um acidente aéreo no dia 21 de janeiro de 1958, junto com outras    duas personalidades do estado, após uma visita a eleitores no distrito de Carmo do Macacoari.    O avião “Paulistinha”, ao levantar voo na localidade, chocou-se contra uma árvore, explodindo e     matando Maia, o deputado Coaracy Nunes e o piloto amapaense Hamilton Silva.

O acidente foi histórico e, para homenagear Hildemar Maia, a prefeitura de Macapá “batizou” a    rua com o nome dele. Hamilton Silva e Coaracy Nunes também foram homenageados  emprestando o nome a outras ruas da capital.

Fonte: Portal Amazônia

Da vez que pensaram em trocar o nome do Teatro das Bacabeiras – Crônica de Elton Tavares

De acordo com o sociólogo, escritor, jornalista e compositor Fernando Canto, a alcunha “Teatro das Bacabeiras”, pelo fato de trazer o nome que supostamente originou a palavra Macapá, foi escolhida democraticamente pelos artistas amapaenses para nomear o principal teatro de Macapá. Portanto, a denominação se identifica com a nossa terra.

Em 2015, foi cogitada a possibilidade da mudança do nome do Bacabeiras para que o teatro recebesse o acréscimo do nome do ator, humorista e radialista Pádua Borges, que faleceu em 2014.

Pádua era brilhante, ícone da cultura local e um cara porreta. Ele merece mesmo uma homenagem póstuma, mas não essa.

A questão da modificação do nome do teatro público do Estado iria além da questão de prestar uma homenagem ao importante representante da cultura amapaense. A mudança envolve a construção da identidade cultural do Amapá, processo que se constitui e é defendido a muito custo por nossos artistas e agentes culturais.

Mudar o nome do teatro, cuja escolha parte da construção histórica do amapaense seria descaracterizar uma parte daquilo que temos como memória, elemento agregador (fundamental!) da cultura.

Homenagear Pádua, o eterno e amado “Lurdico” da dupla “Os Cabuçus”? Sim! Com a criação de novos espaços, que poderão beneficiar a comunidade e agregar conhecimento e arte ao nome daqueles que produziram cultura nesse Estado e que ficaram em nossa história.

Ainda bem que desistiram da ideia. É isso.

Elton Tavares

Após 59 anos na bateria dos Rolling Stones, Charlie Watts parte para a banda de Rock and Roll celestial #rollingstones

Rolling Stones em show realizado na Califórnia em 2019 – Foto: Mario Anzuoni / Reuters

Charlie Watts, baterista do Rolling Stones, morreu hoje (24), aos 80 anos. A informação foi confirmada por Bernard Doherty, agente do músico, em comunicado para a imprensa britânica. “É com imensa tristeza que anunciamos a morte de nosso amado Charlie Watts”, escreveu no comunicado. Watts morreu em um hospital, cercado por sua família. A causa da morte não foi revelada.

Charles Robert Watts nasceu Londres, em 02 de junho de 1941, e começou sua carreira em 1960, como baterista da banda Blues Incorporated. Tocando na noite, conheceu Mick Jagger, e ingressou nos Rolling Stones em 1963, permanecendo na banda desde então. Um porta-voz do artista já havia anunciado, no início de agosto, que ele não participaria da turnê norte-americana da banda, prevista para o outono boreal, por motivos médicos. “Charlie foi operado com sucesso, mas seus médicos acreditam que ele precisa descansar”, explicou, sem mais detalhes.

O baterista, que completou 80 anos em junho, estava com os Stones desde 1963. Junto com o cantor Mick Jagger e o guitarrista Keith Richards, Charlie Watts era um dos membros mais antigos da famosa banda de rock, na qual também participaram Mick Taylor, Ronnie Wood e Bill Wyman.

Em 2004, Watts foi tratado no Hospital Royal Marsden de Londres de um câncer de garganta, do qual se recuperou após uma luta de quatro meses contra a doença, incluindo seis semanas de radioterapia intensiva.

“Charlie era um amado esposo, pai e avô e também, como membro dos Rolling Stones, um dos maiores bateristas de sua geração”, afirmou Doherty. Antes de ingressar em uma das bandas de rock mais icônicas da história, Charlie Watts trabalhou como ator, aos 14 anos de idade, no filme A Túnica Escarlate (The Scarlet Coat, 1955). Ele também apareceu nos filmes 4 Schlüssel (1966), Digital Dreams (1983) e Blue Ice (1992), além de aparecer no documentário Sympathy For the Devil (1968), dirigido por Jean-Luc Goddard.

Poucos minutos após a notícia do falecimento de Charlie Watts , a banda postou uma declaração do assessor do baterista expressando “imensa tristeza” por sua morte e lembrando-se dele como “um dos maiores bateristas de sua geração”.

Charlie Watts durante show dos Rolling Stones em Chicago 21/06/2019 REUTERS/Daniel Acker

Meu comentário e agradecimento

Sou um apaixonado pelo Rock and Roll. Além de ler e assistir tudo sobre o estilo musical, tento ir a shows das bandas que sou fã e tive sucesso com dezenas delas ao longo dos anos. Era um sonho ver um show dos Rolling Stones. Em 2016, na última vez que eles estiveram no Brasil, eu escrevi: perdemos a chance. Hoje, vejo que realmente perdemos, pois é bem difícil as velhas pedras continuarem rolando sem o lendário baterista.

Foram Com 58 anos na cozinha dos Stones, mandando porrada com baquetas nos couros e nos ferros. Uma longa vida de Rock and Roll em uma das maiores e mais fodas bandas da história.

Num futuro próximo, quando estivermos bem velhos e não existir mais os Rolling Stones, talvez tenhamos a verdadeira noção da representatividade e da importância que eles tiveram para a evolução não só da musica, mas também da arte.

Que Watts siga na luz e vá formar uma banda celestial com Lennon, Hendrix, entre outros tantas lendas como ele. Valeu, Charlie!

Elton Tavares

Fontes: Memória Cinematográfica, Yahoo e Rolling Stones

Poema de agora: Rock and roll forever (a poesia marginal do Régis Sanches)

Rock and roll forever

John Bonham!
Você mergulhou
Para flutuar com Brian Jones
No fundo da piscina.
Não sei, por que razão?
Às vezes,
Também faço coisas
Que ninguém imagina.

Jimi Hendrix!
Você quiz voar
Com o “Rei Lagarto”
Nos céus de Paris.
Embarcaram em uma nave
Que “bad trip”!
Com Janis Joplin
E Elis.

Um dia, eu também quiz voar
Num mergulho sem fim
Abro as asas sobre o mar.
Mas, veja, eu não desisti
Estou aqui,
Mil histórias prá contar.

Kurt Cobain!
Você fugiu para o Nirvana
E o Himalaia é logo aqui
Cássia Eller!
Você não me engana.

Estou na selva
Dias negros, noites obscuras
Eu vou nas ruas
Com meu skate esfarelado
Veja, o meu corpo suado
Minha cabeça
Vomita versos delirantes
Minha guitarra-flamejante
Vou lapidando diamantes
Veja, a luz nos olhos meus
Aquela velha chama
Nunca se apagou
Rock and roll.

Régis Sanches

Poesia de agora: Velhos & Novos – Jaci Rocha

Velhos & Novos

( ” por amor às causas perdidas”)

É demodé escrever à mão
Ouvir uma canção do Ney
Está ultrapassado, e, do outro lado
Ninguém acredita em papai Noel…

Dizem que daqui a 1000 anos
Ninguém saberá dizer ” te amo”
Não haverá camada de ozônio
E seremos alienígenas de nós…

Não existirá papel marché
Coisas que existem apenas para deleite
Como riso, teatro, sorvete
Ou bichos sentimentais,

Bichos como eu e como tu
São coisas esquisitas
Que pedem guarida
À memórias escritas com a tinta da emoção …

E, de antemão
Desistiram de fazer parte
Do dia a dia que arde
No calendário seco
Da modernidade

Perdem tempo – e ganham vida
Com a luz estonteante das estrelas
Brincam de escrever poemas
E escrever na areia
Mensagens de amor…

Jaci Rocha