Poema de agora: Rock and roll forever (a poesia marginal do Régis Sanches)

Rock and roll forever

John Bonham!
Você mergulhou
Para flutuar com Brian Jones
No fundo da piscina.
Não sei, por que razão?
Às vezes,
Também faço coisas
Que ninguém imagina.

Jimi Hendrix!
Você quiz voar
Com o “Rei Lagarto”
Nos céus de Paris.
Embarcaram em uma nave
Que “bad trip”!
Com Janis Joplin
E Elis.

Um dia, eu também quiz voar
Num mergulho sem fim
Abro as asas sobre o mar.
Mas, veja, eu não desisti
Estou aqui,
Mil histórias prá contar.

Kurt Cobain!
Você fugiu para o Nirvana
E o Himalaia é logo aqui
Cássia Eller!
Você não me engana.

Estou na selva
Dias negros, noites obscuras
Eu vou nas ruas
Com meu skate esfarelado
Veja, o meu corpo suado
Minha cabeça
Vomita versos delirantes
Minha guitarra-flamejante
Vou lapidando diamantes
Veja, a luz nos olhos meus
Aquela velha chama
Nunca se apagou
Rock and roll.

Régis Sanches

Poesia de agora: Velhos & Novos – Jaci Rocha

Velhos & Novos

( ” por amor às causas perdidas”)

É demodé escrever à mão
Ouvir uma canção do Ney
Está ultrapassado, e, do outro lado
Ninguém acredita em papai Noel…

Dizem que daqui a 1000 anos
Ninguém saberá dizer ” te amo”
Não haverá camada de ozônio
E seremos alienígenas de nós…

Não existirá papel marché
Coisas que existem apenas para deleite
Como riso, teatro, sorvete
Ou bichos sentimentais,

Bichos como eu e como tu
São coisas esquisitas
Que pedem guarida
À memórias escritas com a tinta da emoção …

E, de antemão
Desistiram de fazer parte
Do dia a dia que arde
No calendário seco
Da modernidade

Perdem tempo – e ganham vida
Com a luz estonteante das estrelas
Brincam de escrever poemas
E escrever na areia
Mensagens de amor…

Jaci Rocha

Memória da Justiça Amapaense: conheça a história do juiz Severino e seu pajem em viagem à província do Maranhão, em 1859

Com o objetivo de honrar a Memória da Justiça Amapaense e preservar a história e identidade do Judiciário por meio dos museus, em 2019, o Tribunal de Justiça do Amapá iniciou seu projeto de resgate memorial. Com o avanço das pesquisas, novas histórias e figuras históricas do judiciário amapaense vão aparecendo, como o caso do juiz Severino Carvalho, seu pajem e suas vidas na Comarca de Macapá no passado. Segundo o Michel Ferraz, museólogo do TJAP, a história foi descoberta durante a construção de uma tabela com o nome dos magistrados, servidores, promotores, advogados, dentre outras figuras que atuaram nas comarcas que atualmente fazem parte da jurisdição amapaense.

“Essa tabela certamente ajudará nas próximas pesquisas. Ao expandimos as pesquisas para jornais maranhenses nos deparamos com esse magistrado. Anotamos seu nome, pesquisamos um pouco mais e encontramos este fato interessante.”, conta o museólogo.

Juiz Severino Alves de Carvalho Junior, seu pajem e a viagem ao Maranhão

O magistrado atuava na recém-criada Comarca de Macapá no ano de 1859. Sua judicatura foi curta no território e jornais da época a noticiaram como pautada nos padrões desejados de legalidade, imparcialidade e probidade. Além da sua conduta jurídica, os jornais registraram também uma viagem à província do Maranhão que culminou com a prisão do seu pajem, exigindo que o magistrado impetrasse habeas corpus em seu favor.

Antes de morar em Macapá o Dr. Severino Carvalho atuou como Promotor Público na Comarca de Vassouras, na província do Rio e a proximidade com o governo imperial pode ter facilitado sua ascensão profissional. Foi nomeado Juiz de Direito de Macapá em 03 de janeiro 1859 e retornou poucas vezes a sua terra.

Com a titularidade da Comarca de Macapá, estando mais perto, seguiu viagem para a então vila de Brejo. Entre fevereiro e março de 1860 esteve com os familiares, reviu conhecidos e participou de banquetes. Entretanto, também entrou em contato direto com as questões e as intrigas políticas que envolvia sua família e aliados. A figura central era seu pai, o comendador Severino Alves de Carvalho.

Nos registros constam que “O Dr., segundo o uso do sul, trouxe um pajem (seu escravo de nome Raimundo) que o acompanhara trajando com decência, como é de costume entre pessoas distintas”. Em uma dessas diligências foi parado na rua e interrogado por um dos integrantes do “grupinho mata vigário”.

É narrado que “Estes queriam saber do pajem narrativas de fatos que supostamente o servo teria ouvido na casa do irmão do juiz Severino. Acuado, Raimundo respondeu que nada tinha ouvido, que nada sabia, e que ainda sabendo, não tinha por costume contar o que se passava na casa dos seus senhores”, o interrogante então prendeu o pajem na cadeia. Ao narrar os fatos, o jornal assevera que o juiz “em defesa do seu servo, impetra habeas corpus e Raimundo foi posto em liberdade no outro dia, depois de ter que carregar na cabeça ‘o barril em que se encerram as porcarias da cadeia’”.

No registro da ocorrência o subdelegado Torquatinho informou que prisão se dava “por causa andar o escravo como fôrro, e fazendo immoralidades”. Michel Ferraz comenta: “Andar como “fôrro” seria usar sapatos e roupas dignas? Fazer “immoralidades” seria dar respostas ou andar de cabeça erguida? Neste caso ficaremos sem respostas. Todavia, o que se observa é que o subdelegado Torquatinho preferiu atacar a família Alves de Carvalho humilhando o pajem Raimundo”, contou.

Ainda segundo Michel Ferraz, a história do ocorrido com o Juiz de Direito de Macapá é importante para mostrar como a questão racial estava presente no cotidiano e o escravizado, sempre vulnerável, por vezes era alvo de vinganças direcionadas aos seus senhores. “Entre outras questões passíveis de análise, o caso também exemplifica o período em que a força policial se sobrepunha, pungentemente, à força jurídica”, conta o museólogo.

As pesquisas sobre a memória da justiça amapaense vêm sendo realizadas pelos servidores do TJAP Marcelo Jaques de Oliveira (historiador) e Michel Duarte Ferraz (museólogo) e em breve estarão disponíveis no Museu Virtual do TJAP (em fase de planejamento).

Serviço:

Assessoria de Comunicação Social Tribunal de Justiça do Amapá
Colaboração: Michel Ferraz
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

A MALÁRIA DE GALLUCIO – Crônica porreta de Fernando Canto

 

Quando leio nos jornais que um novo surto de malária está ocorrendo nas comunidades indígenas do Oiapoque, pergunto logo quando será que essa doença, que já vitimou tanta gente, será erradicada.

Amigos e conhecidos morreram dessa doença terrível. Vi pessoas no interior e aqui mesmo em Macapá tremendo de febre e me senti impotente diante da falta de remédio e de outros recursos para poder ajudá-las. Sabia que ela era uma doença infecciosa causada por um parasito do gênero plasmodium, transmitida entre pessoas por um mosquito chamado anofelino, mas me confundia com os nomes dados a ela: maleita, sezão, impaludismo, febre intermitente, tremedeira, febre terçã, febre quartã, etc…

E se hoje ela ainda mata muita gente, imaginem então nos tempos da Colônia. Em 1752 Mendonça Furtado veio à Macapá para tentar conter uma grande epidemia de malária, acompanhado do único médico da província do Grão-Pará. Anos depois, em 1769, Galúcio, o engenheiro construtor da Fortaleza de São José, morreria de “hidropezia” (segundo o médico-cirurgião da obra), a acumulação de líquido seroso em tecido ou em cavidade do corpo, e uma consequência da maleita, pois os plamódios vivem nos glóbulos vermelhos e no fígado do homem. Outros sintomas são os acessos febris, a anemia, que resulta da destruição contínua dos glóbulos vermelhos e a esplenomegalia, que é o aumento do baço.

Mas ainda que a malária seja uma doença frequente nos países tropicais, não é exclusiva deles. Nas vastas regiões pantanosas do norte da Europa, nas regiões bálticas, no sul da Suécia, Holanda e muitas outras regiões têm ocorrido focos de malária. Ela é uma enfermidade conhecida desde a Antiguidade. Os textos de Hipócrates já falavam de febres intermitentes acompanhadas da descrição dos sintomas característicos, como aumento do tamanho do baço e anemia. Hipócrates discorria ainda sobre as causas da doença. Por exemplo, recomendava construir as cidades no alto das montanhas ou em ladeiras, evitando os vales e a proximidade com os pântanos e zonas úmidas. Segundo os escritos, nos vales e zonas pantanosas o “ar impuro” provocava enfermidades de todo tipo. Daí se pode compreender melhor o significado do termo malária, que vem do italiano “mal aria”, ou seja, mal ar.

O papel que esse mal tem desempenhado na humanidade é muito maior que supomos habitualmente. Há testemunhos escritos de que as “febres” despovoaram cidades inteiras. Éfeso, na Grécia, cidade que São Paulo sempre visitava foi destruída por ela. A transformação do rio Caistro em zona pantanosa, as guerras, os terremotos e a expansão dos pântanos contribuíram para a sua destruição, precipitada pelas epidemias de malária que selaram para sempre o destino de seus habitantes. Durante as campanhas napoleônicas no norte da Itália (1796 e 1797, em especial em Mantua, muitas baixas foram causadas pelas temidas febres. Curiosamente foi nessa cidade que nasceu Henrique Galúcio.

Os conquistadores espanhóis trouxeram a malária ao Novo Mundo, de onde precisamente vem o primeiro remédio eficaz contra a doença: o quinino, que se obtém das árvores do gênero Chinchona. Sua eficácia gerou a importação indiscriminada da árvore pelos europeus, a partir do século XVII, e se converteu num negócio muito lucrativo em que os jesuítas também participavam. A produção do quinino provocou uma elevação generalizada nos preços e o aparecimento de falsificações. Só em 1854 é que os holandeses começaram a cultivar as árvores nas suas colônias da Ásia, o que veio cobrir totalmente a demanda.

Muitos avanços ocorreram na história da malária, mas apesar disso os estados do norte ainda convivem com ela. E são preferencialmente os pobres e necessitados das mais longínquas paragens da Amazônia os mais atingidos por ela.

A conta: Naldo Maranhão prepara disco com reflexões sobre a pandemia

Por Marco Antônio P. Costa

Ao completar 50 anos de vida e 30 anos de carreira, o cantor e compositor Naldo Maranhão está preparando seu quarto disco. “A conta” tem um repertório de músicas que abordam a conjuntura política do país e a pandemia de covid-19.

Em Imperatriz (MA) desde o início do ano, Naldo contou que o contato com os lugares da infância o ajudou a produzir, a compor e o isolamento por conta do período que vivemos o fez aumentar a necessidade de compartilhar, de ser ouvido.

“Algumas das músicas já estão até tocando no rádio, porque com essa pandemia, todo esse isolamento, a carência que eu sinto, a necessidade é muito grande de me fazer ouvir, de compartilhar meus pensamentos a respeito disso e esse disco é muito voltado para essa pandemia, para esse momento que a gente está vivendo”, detalhou o artista.

“A conta”, faixa que dá título ao disco, foi feita em parceria com Joãozinho Gomes e é, na verdade, uma revisitação às músicas de protesto. Com ares épicos, a música questiona em verso se “terá chegado a conta?” e “quem vai pagar a conta dos homens celerados”.

No vídeo, a canção ainda está sem toda a produção de arranjos que irá receber ainda em estúdio. Mas o Portal SelesNafes.com antecipa aos seus leitores. Assista:

Nestes anos de carreira, Naldo Maranhão estabeleceu muitas parcerias em diversos estados e esse projeto também é uma oportunidade para acessar alguns retalhos dessa construção feita pelo artista.

As músicas estão sendo gravadas em Macapá, Belém, Imperatriz, Natal e Goiás, de acordo com o ritmo e a inspiração do músico. Por exemplo, o carimbó ele gravou em Belém, e a sanfona em Natal, e assim por diante.

Foto: Giordano Bruno – Duas telas produções

O cantor fez questão de deixar claro que não conta com nenhum apoio, seja do poder público ou iniciativa privada, mas que, por outro lado, parceiros de toda a vida têm sido fundamentais para ajuda-lo a gravar, arranjar e produzir as canções.

“Eu conto muito com a amizade, sabe? Fineias Nelluty, vários amigos que fazem as coisas dentro do mínimo para poder contribuir dentro do trabalho do irmão. Então, quero agradecer muito esses parceiros. O Oscar Nunes em Natal, Aluísio Júnior em Goiânia, meu amigo Joãozinho Gomes que também fortaleceu, Orivaldo Fonseca, que é um grande parceiro, Tomé Azevedo, toda a turma do Raízes Aéreas, esse pessoal que tem fortalecido o meu trabalho”, agradeceu Naldo.

Enquanto o disco não fica pronto – a previsão de lançamento é até o fim do ano – quem quiser conferir as músicas pode acessar as redes sociais do cantor, que tem postado as primeiras gravações e interage com o público que comenta sobre suas canções.

Fonte: SelesNafes.Com

Black Sabbá, Helder Brandão , Hélder Espírito Santo e Naldo Maranhão

Sobre Naldo Maranhão

No início dos anos 90, no tempo em que os jovens de Macapá despertavam de vez para a música regional, surgiu a banda Raízes Aéreas – grupo formado pelos músicos Naldo Maranhão, Helder do Espírito, Beto Oscar, Alan Yared, Helder Brandão, Black Sabbá, Hemerson Melo e Alexandre, sob a influência luxuosa de Antônio Messias.

Na época, foi o grupo de maior expressão, chegando com músicas próprias, talento e atitude – todos os elementos para o sucesso, e ainda a experiência de alguns dos integrantes em outras bandas alternativas de Macapá. Após o fim da banda, Naldo Maranhão despontou como compositor, fazendo sucesso dentro e fora do Amapá. Antes do Raízes Aéreas, o artista integrou a banda de rock Mizantropia.

Foto: Giordano Bruno – Duas telas produções

Com quase 30 anos de carreira e três discos gravados em sua trajetória solo (“Colheitando em mim mesmo”, “Feira Maluca” e “Várias Idades”), Naldo Maranhão possui muitos parceiros em suas composições. Entre eles estão Antônio Messias, Osmar Júnior, Fernando Canto, Rambolde Campos, Ademir Sanches, Black Sabbá, Rebecca Braga e Ademir Pedrosa.

Em 2020, Naldo lançou o videoclipe da canção “Princesa Africana” (composição sua com Clécio Luís), filmado na comunidade do Curiaú e assinado pelo cineasta Thomé Azevedo .

Este ano, a Secretaria de Estado da Cultua do Amapá (Secult/AP), por meio da lei Aldir Blanc, concedeu o prêmio “Maestro Siney Saboia” e  reconheceu Naldo Maranhão com um dos mestres da cultura local, com imensa contribuição para a música amapaense.

Como disse o Ronaldo Rodrigues (que também é o Ronaldo Rony): “A nau que veio do Maranhão” é um dos grandes da nossa música. Além de ser fã do cara, ele é meu amigo e está entre os gênios da MPA. Sucesso, querido Naldo!

Elton Tavares

Com restrições ao público, Festa de São Tiago é celebrada em Mazagão Velho

Foto: Gabriel Penha

Por Henrique Borges

No domingo, 25, a comunidade de Mazagão Velho seguiu a tradição ao celebrar o ponto alto da 244ª Festa de São Tiago. Assim como em 2020, a celebração foi restrita aos moradores da vila, devido à pandemia de covid-19.

O Dia de São Tiago foi marcado pelo mini translado das imagens dos santos e pela missa campal na frente da capela, respeitando o distanciamento social e o uso de máscaras.

Foto: Gabriel Penha

Este ano, a festividade foi transmitida em uma live e teve como tema: “De Casa para o Mundo, Fique em Casa!”. Os narradores recontaram toda a história de São Tiago e descreveram a relação dos festejos com o dia a dia da comunidade.

A programação acontece de 16 a 28 de julho, com apoio do Governo do Estado e da prefeitura municipal.

Foto: Gabriel Penha

Os festejos cumprem as normas de segurança dos decretos vigentes e as medidas sanitárias de prevenção à covid-19. O acesso à vila é restrito aos moradores que possuem cadastro e identificação dos veículos. A Prefeitura de Mazagão decretou lockdown na vila, para evitar aglomerações.

Realização

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) forneceu apoio na estruturação do palco e som para a realização da missa campal.

Foto: Gabriel Penha

A Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) apoiou a Festa com a identidade visual, incentivando o respeito às medidas de segurança.

O Governo do Estado ainda reforçou o policiamento de forma ordinária na cidade e enviou mais uma viatura do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) para apoio na rodovia, por conta da necessidade do cumprimento do lockdown e para garantir a manutenção das medidas de segurança e do distanciamento social.

Secult/AP dá suporte para a realização da Festa de São Tiago, em Mazagão Velho

Foto: Gabriel Penha

A tradicional Festa de São Tiago, que ocorre entre 16 e 28 de julho, em Mazagão Velho, conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP) na disponibilização de tenda, sonorização e palco para as apresentações. Além da estrutura, a pasta também realiza a transmissão ao vivo do evento, nas páginas oficiais da pasta, nos dias 25 e 28.

A festa, que é realizada desde o ano de 1777, envolve rituais religiosos, cavalhada e teatro a céu aberto para contar a aparição de Tiago como um soldado anônimo que lutou bravamente ao lado dos cristãos, na guerra contra os mouros. Desta vez, por conta da pandemia, o evento presencial será permitido apenas para os moradores da vila histórica.

Foto: Gabriel Penha

Os festejos irão respeitar todas as normas de segurança dos decretos vigentes e as medidas sanitárias de prevenção à covid-19. O acesso à vila será restrito aos moradores, com cadastro e identificação de seus veículos. À pedido da Comissão Organizadora, a Prefeitura de Mazagão deverá decretar lockdown na vila, para evitar aglomerações.

Foto: Gabriel Penha

Confira a programação:

Dia 16 de julho (sexta-feira):
5h – Alvorada;
12h – Toque do meio-dia na frente da igreja;
– Mini-transladação das imagens/carreata;
18:30h – Celebração;
19:30h – Live sobre a Festa de São Tiago;

Foto: Gabriel Penha

De 17 a 23 de julho:
12h – Toque do meio-dia na frente da Igreja;
18:30h – Novena/celebração;

Dia 24 de julho (sábado):
5h – Alvorada;
12h – Toque do meio-dia na frente da Igreja;
18:30h – Celebração/novena;
20h – Live sobre a Entrega dos Presentes e Baile de Máscaras;

Foto: Gabriel Penha

Dia 25 de julho (domingo):
5h – Mini-translado das imagens dos Santos;
8h – Missa campal na frente da Capela – respeitando o distanciamento social;
9h – Carreta com as imagens de São Tiago e São Jorge pelas ruas de Mazagão Velho;
10h – Bênção na chegada na Igreja;
12h – Toque do meio-dia na frente da Igreja;
15h – Live sobre o enredo, capítulos e contexto histórico e cultural da Festa de São Tiago;
19h – Queima de fogos em louvor ao dia de São Tiago;

Foto: Gabriel Penha

Dia 27 de julho (terça-feira):
5h – Alvorada;
12h – Toque do meio-dia na frente da Igreja;
18:30h – Celebração/novena na igreja;

Dia 28 de julho (quarta-feira):
5h – Mini-translado das imagens dos Santos;
8h – Missa campal (área em frente à Igreja);
9h – Carreta com as imagens de São Tiago e São Jorge com as figuras da festa das crianças pelas ruas de Mazagão Velho;
– Live sobre a Festa de São Tiago das crianças.
12h – Toque do meio-dia na frente da igreja.

52 anos de lançamento de “Space Oddity” (a canção foi feita por conta da corrida espacial)

Há 52 anos, a Apollo 11 era lançada rumo ao satélite da Terra. Também completam 5 décadas que o artista inglês David Bowie lançou o disco homônimo a ele, com a clássica faixa “Space Oddity”. O lançamento da canção, feito em 11 de julho de 1969, foi proposital para coincidir com a chegada da missão Apollo 11 à lua. A composição fala de um astronauta fictício, Major Tom, que saía da Terra para uma missão solitária no espaço. O nome da canção foi inspirada no filme “2001: A Space Odyssey, de Stanley Kubrick”.

Mesmo com uma letra pessimista em que Major Tom parece morrer ou ficar à deriva no espaço no fim, foi usada pela emissora BBC como trilha sonora da cobertura da chegada do homem à Lua. Garantiu o primeiro sucesso de Bowie até então – quinto lugar nas paradas do Reino Unido.

Space Oddity foi o nome usado pelos lançamentos em CD em 1984, 1990 e 1999. Para a reedição de 2009. A música, mistura de Folk e Rock, foi gravada com o acréscimo de sons misteriosos do Stylophone do compositor, um órgão eletrônico de Bowie.

A canção foi usada em um vídeo promocional chamado “Love You Til’ Tuesday”. A intenção do era a de vender Bowie para um novo selo, já que ele saíra da Dream Records em abril de 1968.

Outra teoria é que a música é uma metáfora para o uso de heroína, citando a contagem regressiva da abertura como análoga à passagem da droga pela agulha até o auge de euforia, e ressaltando que Bowie admitiu em 1968 “um pequeno flerte com smack [gíria para heroína]”.

De repente, 1969, ano do homem na lua, foi o mesmo momento que o “Star Man” fez contato com os seus parentes ET’s e sua casa, alguma estrela onde mora hoje em dia. Já disse e repito: David Bowie foi e é um dos caras mais fodas que andou sobre a terra. Morto em janeiro de 2016, aos 69 anos de vida (e que vida!). Ali foi genial!

Elton Tavares
Fontes: Wikipédia, Época

Saque o som e assista o vídeo da lendária música:

Space Oddity (Odisséia Espacial) – David Bowie

Controle de Solo para Major Tom
Controle de Solo para Major Tom
Pegue suas pílulas de proteínas e coloque seu capacete

Controle de Solo para Major Tom
(10,9,8,7)
Começando contagem regressiva e motores ligados
(6,5,4,3)
Checar ignição e que o amor de Deus esteja com você
(2,1)

Esse é o Controle de Solo para Major Tom
Você realmente teve sucesso
E os jornais querem saber de quem são as camisetas você usa
Agora é a hora de sair da cápsula se você tiver coragem

Aqui é Major Tom para Controle de Solo
Estou dando um passo pra fora da porta
E estou flutuando no jeito mais peculiar
E as estrelas parecem muito diferentes hoje

Estou sentado numa lata
Bem acima do mundo
A Terra é azul e não há nada que eu possa fazer

Porém eu ultrapassei cem mil milhas
Estou me sentindo bem calmo
E eu acho que minha nave espacial sabe onde ir
Diga pra minha mulher que eu a amo muito, ela sabe

Controle de Solo para Major Tom
Seu circuito pifou Há algo errado
Pode me ouvir Major Tom?
Pode me ouvir Major Tom?
Você pode…

Aqui estou flutuando em volta da minha lata
Bem acima da lua
A Terra é azul e não há nada que eu possa fazer…

O breve relato sobre a Little Big, a saudosa banda de skatistas de Macapá

As lembranças do Facebook me trouxeram uma foto da saudosa banda Little Big. Na postagem, os componentes do grupo e brothers das antigas contavam causos e marcavam um reencontro. Aí bateu a nostalgia e resolvi republicar este texto. Saquem:

A primeira formação da Little Big foi com Antônio Malária, no vocal, Ronaldo Macarrão, no contrabaixo, Tibúrcio, na guitarra, e Paulo Neive, na bateria. Todos skatistas.

A banda quase acabou com a saída de Tibúrcio. Patrick Oliveira (hoje líder da stereovitrola) assumiu este posto de forma brilhante. Houve um rodízio na cozinha da Little. A bateria contou com participações do Zico, Ricardo Kokada e Kookimoto, mas quem emplacou mesmo foi o Mário (não lembro o sobrenome do Mário e nem sei por onde ele anda, mas o cara tocava muito).

Eles tocaram juntos da segunda metade dos anos 90 até meados de 2002. Era a banda que mais agitava o rock and roll em Macapá.

A Little foi a banda de garagem mais duradoura e badalada daquela época (certeza de casa cheia onde os caras tocavam). No repertório, tinha punk, indie, hardcore e manguebeat. Chegaram a desenvolver um som próprio, com composições do Antônio Malária, um flerte com o batuque e marabaixo, misturados ao rock.

A banda ganhou força com a percussão de Guiga e Marlon Bulhosa. Inspirados, chegaram ao topo do underground amapaense com as canções autorais “Baseados em si”, “São Jose”, “Beira mar” e “Lamento do Rio”. Quem viveu aqueles dias loucaços lembra bem do refrão: “Eu sou do Norte, por isso camarada, não vem forte”.

Com os amigos Ronaldo e Antônio, da Little Big.

A banda embalou festas marcantes do nosso rock, teve seus anos de sucesso pelas quadras de escolas, praças, pista de skate, bares (principalmente o Mosaico) e residências de Macapá. Quando os caras executavam “Killing In The Name“, do Rage Against The Machine, a casa vinha abaixo. Era PHODA!

Era rock em estado bruto, sem muitos recursos tecnológicos ou pedaleiras sofisticadas. Os caras agitavam qualquer festa. Quem foi ao Mosaico, African Bar, Expofeiras, Bar Lokau, festas no Trem Desportivo Clube e Sede dos Escoteiros, sabe do que falo.

Vários fatores deram fim à Little Big, como desentendimentos internos e intervenção familiar. Eles não estouraram como banda autoral porque não tiraram os pés da garagem.

Em 2012, os caras se reuniram e tocaram em uma festa, mas eu perdi a oportunidade de vê-los, pois estava para Laranjal do Jari a trabalho. A Little Big agitou as noites quentes de Macapá e embalou os piseiros de uma geração. Uma banda que faz parte da memória afetiva de muitos amapaenses roqueiros e já quarentões. E foi assim.

“De um tempo que fomos para sermos o que somos” – Fernando Canto.

Elton Tavares

Sobre a saudosa Drop’s Heroína (primeira banda de Rock formada somente por mulheres do Amapá) – Crônica de Elton Tavares (ilustrada por Ronaldo Rony)

Crônica de Elton Tavares

A Drop’s Heroína surgiu do desejo das, então adolescentes, Rebecca Braga e Aline Castro. A proposta foi a de formar uma banda diferente, com uma agressividade teenage. Logo depois se juntaram à Lenilda e Sabrina. Depois, a formação mudou várias vezes. Sabrina deu lugar à Cristiane no contrabaixo, Suellen no teclado e a última formação contou com Débora nos vocais e Dauci no baixo. A banda lutou contra o preconceito, já que era formada apenas por mulheres, algo nada convencional no Amapá, na década de 90.

A banda foi pioneira no feminismo do rock amapaense. Suas apresentações eram sempre porretas, dignas de um público fiel que seguia a Drop’s aonde quer que as heroínas fossem tocar.

A Drop’s não resistiu à saída da vocalista Rebecca Braga, tentou seguir em frente com uma substituta, mas a coisa não vingou. Apesar disto, a banda inspirou outras meninas e escreveu uma página importante do nosso rock. Ao primeiro grupo roquenrou formado por mulheres de Macapá, nossas saudosas palmas.

Em 2012, no extinto bar Biroska, rolou a festa “Noventinha”, com shows das bandas Little Big (eles não tocaram, mas isso é outra história), Drop’s Heroína e Os Franzinos – todas da mesma época. Infelizmente não fui, pois estava no município de Laranjal do Jari, a trabalho. Uma pena.

Enfim, essa foi uma história vivida por muitos que viveram o rock amapaense há mais de duas décadas. Aqueles anos ficaram guardados na memória e no coração de todos.

É, vez ou outra “mascamos o chiclete Ploc da nostalgia”, como diz Xico Sá.

Falando em citações, existe uma que define a amizade que os integrantes das Little e Drop’s têm até hoje: “Bandas são mais que ajuntamentos de músicos, são reuniões de alma” – Jimmy Page.

Meus amigos de Liverpool – Crônica (memória fictícia) de Ronaldo Rodrigues

Crônica (memória fictícia) de Ronaldo Rodrigues

Tudo começou em 1963, quando conheci o John. Ele era meio maluco, falava muito e estava sempre a fim de fazer alguma coisa: montar uma banda de rock, formar um grupo de apoio social ou reunir uma galera boa para invadir um pub e roubar toda a cerveja. Pois foi uma banda que nós resolvemos montar.

Ele apareceu uma vez com um cara que tocava muito, o Paul. Depois, o Paul trouxe outro cara que tocava demais, o George. Tínhamos então eu no vocal, John na guitarra base, George na guitarra solo e Paul no baixo. O Pete, que era nosso baterista, não ficou muito tempo e logo apareceu um tal de Ringo, que já desfrutava de um certo sucesso.

Fizemos umas pequenas turnês, já angariávamos algum prestígio e muita gente curtia nossas músicas. A maioria era de minha autoria, mas o John e o Paul brigavam tanto por serem as estrelas principais que abri mão da minha participação e deixei os dois assinando as músicas, mesmo que várias delas fossem minhas.

Gravar um disco ainda era um sonho muito distante, mas entrou em cena outro cara, o Brian, que surgiu atraído pelo sucesso que fazíamos no pequeno circuito em que transitávamos. Ele já tinha todos os macetes e sabia, como se diz hoje, o caminho das pedras. Antes que o Brian tomasse conta do grupo, eu resolvi sair. Era muita correria: compor, ensaiar, gravar, cumprir a exaustiva agenda de shows… Ufa! E, também, a minha timidez não combinava com o estrelato. A vida pacata que levei desde então foi o suficiente para mim.

Voltei para minha pequena cidade e segui minha carreira de ilustre desconhecido, bem mais quieta do que a vida de celebridade. Aquela banda se tornou mesmo um sucesso mundial e eu passei a colecionar recortes de jornais com shows e entrevistas daqueles amigos que eu havia deixado em Liverpool e que logo depois se mudaram para Londres. Jamais revelei a alguém minha ligação com a banda.

Depois que os rapazes conquistaram o mundo, a banda se dissolveu. Os fãs diziam que o fim foi cedo, que ainda havia muita música boa para vir à tona. A maioria dos fãs culpava a nova esposa do John pelo fim. Outros diziam que o Paul queria a liderança a qualquer custo e isso desgastou a relação. A minha opinião, que não foi pedida por ninguém, é que as coisas boas, para terem existência completa, precisam mesmo acabar. Começo, meio e fim: esta é a fórmula.

Meus amigos de Liverpool continuaram fazendo sucesso em suas carreiras solo, o tempo passou e o período em que fiz parte daquela banda ia ficando nos desvãos mais recônditos da memória. Até que, certa manhã, ao abrir o jornal, fui despertado do meu resto de sono pelo barulho ensurdecedor de vários tiros e a manchete que jamais esperei ler algum dia, a notícia crua, a frieza do assassino. As lembranças voltaram dolorosamente: os óculos redondos, o humor sardônico, as passeatas pela paz mundial. E aquela data ficou para sempre sangrando em mim: 8 de dezembro de 1980. Mas quem vai acreditar nisso?

Secult/AP realiza “Projeto Papo de Museu”, coordenado pelo MIS, que discute função histórica de museus no Amapá

O Projeto Papo de Museu, coordenado pelo Museu da Imagem e do Som (MIS), em parceria com o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), que são vinculados à Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP), acontece nesta terça-feira (6) e resgata temas históricos, que tratam da criação à função de cada museu do estado. O programa terá 15 minutos de duração e apresentação de forma quinzenal. A transmissão será realizada às 19h de hoje (6) pela página oficial do facebook da Secult/AP.

A apresentação está a cargo de Flávia Souza, diretora do Museu de Arqueologia e Etnologia do Amapá (MAE) e Bruno Masim, diretor do MIS. Cada programa conta com a participação de convidados par uma roda de conversa. Os primeiros convidados são o sociólogo e escritor Fernando Canto e o secretário de Secult/AP, Evandro Milhomen.

Bruno Masim e Flávia Souza

A proposta do programa é realizar um bate papo online sobre cultura e museus, visando levar o museu, nas suas mais diversas formas de serem pensados, até a casa das pessoas, compartilhando saberes entre os seus detentores e o público. O Projeto também visa mostrar a importância dos museus como difusores da cultura, bem como dar visibilidade tanto a mestres e mestras, como a estudos realizados por pesquisadores em torno da cultura amapaense.

“É importante o contato da população com seus museus, pois são os museus que guardam a memória de cada lugar. Neste momento de pandemia onde os museus tiveram que fechar suas portas, buscaremos através desse projeto levar um pouco de história, costumes e o que cada museu deste estado guarda em seu acervo”, declarou Masim.

O secretario de cultura contou que prepara ações importantes para cada um como revitalizações e novos espaços, com estrutura adequada para cada tipo de museu.

“Estamos qualificando mais os espaços de museu. Eles serão melhores espaços para o atendimento ao público, teremos mais projetos de inclusão dentro desses museus. Iremos profissionalizar cada vez mais o atendimento na atividade museológica do estado. Portanto, fique atento, comunique-se conosco através da nossa plataforma e logo teremos fisicamente atividades culturais de museu a sua disposição!”, completou o secretário.

Fernando Canto – Foto: arquivo pessoal

Sobre Fernando Canto

Fernando Canto é paraense nascido em Óbidos (PA), mas vive em Macapá desde sua infância. No início da década de 1960 sua família migrou para a capital amapaense. É sociólogo, trabalhou na Universidade Federal do Pará (UFPA), onde exerceu funções técnico-administrativas e de docência. Suas pesquisas e trabalhos acadêmicos são bastante ecléticos, mas enfocam basicamente a cultura popular do Amapá e a Fortaleza de São José de Macapá. Ganhou inúmeros prêmios literários. Fernando Canto também é Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará e mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Amapá, instituição na qual desenvolve suas atividades, tendo implantado e dirigido a Editora e a Rádio Universitária da UNIFAP. O autor de 17 livros também é músico e compositor, um dos fundadores do Grupo Pilão, e há 50 anos compõe e divulga a música amazônica. Participa de várias instituições literárias, entre as quais a Academia Amapaense de Letras e a Academia Literária e Artística de Óbidos (PA). Participou de várias antologias de poesias e contos em São Paulo, Macapá e Belém.

Sobre o MIS

O Museu da Imagem e do Som do Amapá atua no registro da história e da cultura amapaense, também reúne e mantem um acervo histórico e/ou artístico cultural do Estado. Com seus projetos e iniciativas ajuda a difundir a cultura histórica, técnica, científica e educacional de toda a população amapaense, incentivando a apoiando a produção artística do setor audiovisual.

O Museu foi fundado em 2007, a sua criação aconteceu quando a antiga Fundação de Cultura do Amapá (Fundecap) tornou-se Secult. A missão da instituição é preservar, mapear e divulgar registros audiovisuais referentes à história e à cultura do Amapá, através de ações de educação patrimonial, eventos que promovam elementos de nossa cultura e de formação de produtores audiovisuais.

Outra atribuição do MIS/AP é o tratamento adequado do acervo: catalogação, digitalização e facilitação do acesso às fotografias, slides, vídeos, filmes e áudios que compõem a reserva técnica do MIS, essenciais para a memória da cultura amapaense, como em qualquer sociedade.

O MIS fica localizado no térreo do prédio da Secult/AP, Avenida Pedro Lazarino, nº 22, no bairro Santa Inês, zona Sul de Macapá.

Raízes Aéreas, mas profundas na Cultura do Amapá – Uma crônica sobre a lendária banda amapaense

Ilustração de Ronaldo Rony

No início dos anos 90, no tempo em que os jovens de Macapá despertavam de vez para a música regional, surgiu a banda Raízes Aéreas, grupo formado pelos músicos Naldo Maranhão, Helder do Espírito Santo, Beto Oscar, Alan Yared, Helder Brandão, Black Sabbá, Hemerson Melo e Alexandre, sob a influência luxuosa de Antônio Messias. Na época foi o grupo de maior expressão, que chegou com músicas próprias, talento e atitude – todos os elementos para o sucesso, e ainda a experiência de alguns dos integrantes em outras bandas alternativas de Macapá.

Bar Lennon – Macapá anos 80 – Foto cedida por Edgar Rodrigues

Os jovens músicos resolveram fazer algo diferente e fizeram, quando a vida cultural de Macapá girava em torno de músicos iniciantes, que na maioria das vezes estudava em Belém (PA), e a ferveção era no Bar do Lennon. Com a ideia na cabeça, sem dinheiro, mas muita vontade, e algum incentivo financeiro, gravaram um disco, onde os sons do Amapá se misturavam com os da Jamaica e Caribe. Virou uma seleção sensacional de estilos que agradou de roqueiros a regueiros, e os aproximou de nomes já estabelecidos na música regional, como Osmar Júnior, Amadeu Cavalcante, Val Milhomem, Sabá-Tião, entre outros.

Black Sabbá, Helder Brandão , Hélder Espírito Santo e Naldo Maranhão

Logo a Raízes Aéreas caiu no gosto popular, por conter, principalmente, elementos da musica regional e do rock, que eram os ritmos mais em moda. Sem a internet e os apelos da mídia de hoje, eles alcançaram sucesso e popularidade tocando em bares e praças, e contando com míseros espaços na imprensa. A formação inicial foi substituída algumas vezes, e o revezamento revigorou a banda, que teve nos instrumentos músicos do quilate de Heder de Melo.

Raízes Aéreas, em 2009, com Celso Viáfora, Enrico Di Miceli e outros artistas.

Por motivos particulares, cada um pegou seu caminho e a Raízes Aéreas virou um mito entre a geração da época. Em 2009, eles se reuniram para um show de reencontro que contou com a participação de Celso Viáfora, Enrico Di Miceli, e outros artistas.

O show foi uma festa entre amigos que encantou quem o assistiu. O evento foi memorável, crédito para a produtora Clicia Di Miceli, proprietária da Bacabeira Produções, que realizou o reencontro.

Em 2015, o CD com as músicas que deram a fama para os integrantes do Raízes foi reeditado, mostrando hoje, como há mais de 20 anos, podia ser produzido um disco com muita beleza, poesia e arranjos inovadores. Quem nunca ouviu não pode deixar de curtir o som da lendária banda.

Texto: Mariléia Maciel e Elton Tavares.
Fotos: Mariléia Maciel, nos bastidores do show de 2009.

*Do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de autoria de Elton Tavares, lançado em setembro de 2020

Saquem as canções homônima ao saudoso grupo de geniais doidos varridos da música amapaense : 

 

Gilberto Gil gira a roda da vida pela 79ª vez. Meus parabéns a um dos gênios da MPB! – @gilbertogil #Gil79

Gilberto Gil Foto: Fe Pinheiro/Agência O Globo

Sou fã de muitos músicos e compositores, brasileiros e gringos. Um dos maiores letristas, poetas e cancioneiros do Brasil é Gilberto Gil, que hoje completa 79 voltas em torno do sol. Um gênio ícone da Música Popular Brasileira (MPB) e um ativista lutador pelos direitos do cidadão. Sobretudo, um grande expoente da musicalidade nacional.

Foto: WILSON SANTOS / CPDOC JB

Fundador de um dos mais importantes movimentos da história do país, a Tropicália e dona de vários sucessos como Drão (1982), Aquele abraço (1969), Toda menina baiana (1979), Domingo no parque (1968), Andar com fé (1982), Não chore mais (1979), Vamos fugir (1984), Tempo rei (1984), Refazenda (1975), A paz (1986), entre outras.

Foto encontrada no site: Discos indispensáveis para ouvir

Vencedor de prêmios Grammys, Grammy Latino, galardeado pelo governo francês com a Ordem Nacional do Mérito (1997). Em 1999, foi nomeado “Artista pela Paz”, pela UNESCO, além de embaixador da ONU para agricultura e alimentação e ministro da Cultura do Brasil (2003–2008), o baiano tem mais de cinquenta álbuns lançados, recheados de elementos do rock, variedade de ritmos brasileiros, música africana e reggae. Ou seja, um cara Phoda!

O cantor baiano celebra amanhã 79 anos com CD carregado de forró – (crédito: photo © @hallit/Divulgação)

Vencedor de prêmios Grammys, Grammy Latino, galardeado pelo governo francês com a Ordem Nacional do Mérito (1997). Em 1999, foi nomeado “Artista pela Paz”, pela UNESCO, além de embaixador da ONU para agricultura e alimentação e ministro da Cultura do Brasil (2003–2008), o baiano tem mais de cinquenta álbuns lançados, recheados de elementos do rock, variedade de ritmos brasileiros, música africana e reggae. Ou seja, um cara Phoda!

Foto encontrada no site: Discos indispensaveis para ouvir

Gilberto Gil, com suas quase oito décadas de genialidade, embalou muitos momentos felizes de minha vida. Principalmente em reuniões familiares. Ele também me emocionou muitas vezes em mesas de bar. O tropicalista merece nosso reconhecimento, respeito e gratidão.

O cantor e compositor Gilberto Gil Foto: Fe Pinheiro / Divulgação

Enfim, por tudo que representa este espetacular artista, meus parabéns, votos de saúde e ainda mais longevidade ao monstro da MPB. Feliz aniversário, Gil. Aquele abraço!

Elton Tavares

*Fontes: sites e jornais, além dos meus quase 45 anos de vida com trilha sonora porreta.