25 anos do lançamento do disco Raimundos (1994 foi um grande ano mesmo) – Por Marcelo Guido

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Hoje, 2 de abril, completam exatos 25 anos do lançamento do disco Raimundos (1994). Raimundos foi o disco de estreia do da banda homônima (que fez estrondoso sucesso), lançado em 1994 pelo selo Banguela Records, criado pela banda paulista Titãs em parceria com Carlos Eduardo Miranda.

Apesar do clipe da música “Nega Jurema” ser de produção precária, a pedidos do público, ele participou da escolha da audiência na MTV, para representar o Brasil nos Estados Unidos, que concorreu nada mais, nada menos, com o videoclipe “Territory”, da banda mineira de thrash metal Sepultura (que saiu vencedora).

Para celebrar esse clássico álbum do Rock Nacional, republico o texto do amigo Marcelo Guido.

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Discos que formaram meu caráter (Parte 2) – Raimundos (1994)

Então amiguinhos, estamos aqui de novo para falar de mais uma bela “bolacha”, que com certeza fez muita gente, assim como eu, também botar a cabeça pra balançar, poguear e pirar conforme a música.

O disco em questão trata-se de “Raimundos”, primeiro álbum da banda homônima (qualquer semelhança com Ramones não é mera coincidência) que veio do Distrito Federal dar uma nova cara para o Rock Brazuca, no começo dos já longínquos anos 90.

O momento histórico da música brasileira não era lá aquela maravilha, diga-se de passagem, sertanejo e um tal de “new pagode” tomavam conta de todas as paradas musicais naquela época, realmente era um verdadeiro cenário de terror para os fãs do velho e bom rock and roll.raimundos-1

As bandas nacionais sobreviventes dos anos 80 já se encontravam naquele esquema de “vamos fazer um disco conceitual, e sair em turnê para tocar o que a gente já gravou”, patético. (Menção honrosa para os excelentes “Descobrimento do Brasil de 93 da Legião Urbana e “Titanomaquia” dos Titãs, também do mesmo ano”).

Nesse sombrio cenário vê que aparece do cerrado, quatro moleques que falam palavrão a torto e a direito, trazendo uma energia que faltava para aquele angu enjoativo que se tornou a música brasileira.

imagesProduzido pelo Carlos Miranda e lançado pelo selo “Banguela” dos Titãs, “Raimundos” chegou fácil a 150 mil copias. Além disso, o álbum foi inovador por mostrar para nós o “forrócore”, a mistura do forró tradicional com o hardcore, coisa nunca tentada antes.

Meu primeiro contato com o disco foi através de meu grande amigo, Adriano Bago (que hoje também é um Guarani Kaiowa), que em um esquema “brodagem” me presenteou com uma fita gravada onde se encontrava a balada de duplo sentindo “Selim”.

Quando ouvi aquilo pela primeira vez, pensei: “Que porra é essa???”. Tratava-se de algo inovador, os versos da canção que diziam “Eu queria ser o banquinho da bicicleta pra ficar bem no meio das pernas…” era tão novo que me fazia lembrar que ser o caderninho da menina já estava muito ultrapassado. Aquilo sim era Rock, ou melhor, aquilo eu queria ouvir.

Recheado de palavrões, chegou de dois pés e colocou os caras no cenário nacional que era muito difícil na época, já que não tinha ninguém dançando de shortinho coreografias pré-ensaiadas.

O disco mostrou de cara que a banda tinha muito a dizer, o que se tornaria fato no decorrer da década, “Puteiro em João Pessoa” abre o disco contando logo história de uma transa adolescente (virou quadrinho nas mãos do Angeli), vai para “Palhas do Coqueiro”,”MM`S”, que tem a participação do João Gordo, “Nega Jurema” que vem descendo a ladeira trazendo uma sacola de Maria “Tonteira”, enfim, um discaço.

Antes de tudo, é importante falar que o disco remodelou o cenário musical e influenciou praticamente todas as bandas que se formaram depois na década de 90. Considero “Raimundos “como obra fundamental porque a molecada mandou à merda todos os conceitos reinantes na época, com suas guitarras barulhentas pra caralho (será que posso usar esse termo no site do Elton?), letras sujas e bateria passado por cima de tudo com muito orgulho. Foda-se a surdez (opa de novo).

“Puteiro em João Pessoa, MM`S, Be-a-bá”, “Marujo”, “Selim”, realmente entraram no gosto da garotada que estava na rua nos anos 90.“Raimundos” nos mostrou também, que não era mais legal parecermos ingleses como nos anos 80, que legal mesmo era chamar o Zenilton pra tocar….“Por isso que o Raimundos nunca vai se acabar”.

* Marcelo Guido, é Punk, Pai da Lanna e Bento, Jornalista, Professor e Marido da Bia.

Precisamos falar sobre condenações – Por @Lider_Suprema

Por Juçara Menezes

Eu me separei.

Essa frase é o suficiente para começarmos falando sobre condenações: A de todos os envolvidos direta e indiretamente, a quem ouviu de um lado e não de outro, a quem sinceramente só quer ver sangue e a quem, de um modo ou de outro, se interessa pela fofoca.

Há uma semana, chorei demais ao perceber que nada, em nenhuma hipótese, vai fazer com que eu não esteja e seja condenada.

As pessoas em comum não falam comigo, o que entendi – depois de um tempo – ser perfeitamente natural, já que ouviram apenas um lado. O lado considerado mais fraco.

Depois de três meses de achincalhamento público nas redes sociais, e sem nenhuma resposta da minha parte, eles me consideraram culpada. Por tê-la ‘deixado’, por tê-la ‘traído’, por ser um ‘monstro de duas caras’.

Não foi nada disso, mas ‘quem cala, consente’. E eu havia resolvido ficar quieta sobre o assunto. O resultado é gente me odiando, parando de falar e comigo e até virando a cara em público, estando acompanhada ou não.

O ódio gratuito saiu de mim para minha namorada. As pessoas a odeiam, me disseram. Natural, já que acham que houve traição.

Nenhuma dessas pessoas veio me perguntar o por quê de eu ter saído de casa, nem quem me conhece pessoalmente, nem quem tem meu telefone particular – que é praticamente público.

Mas se as pessoas só se importam com o lado mais fraco, por que eu não falei do relacionamento abusivo?

 

Porque por mais que eu explicasse e desabafasse, sempre pareceu que ‘eu estava exagerando’ e não deveria expor nada.

Ou seja, calada eu consenti. Falando, estou errada. Natural, né?

Não, não deveria ser natural uma condenação sem direito de defesa, provas e testemunhas em favor do réu. Mas aconteceu, e eu não posso fazer mais nada a respeito.

Estou condenada.

E chorei muito semana passada.

E, essa semana, percebi que não dá para falar com cada um e dizer o que houve, como disse uma sábia amiga minha.

Então, decidi pelo conselho de uma outra amiga sábia: caguei.

Estou condenada, isso não irá mudar.

Então, continuo a viver a minha vida, a tentar ser feliz com o que restou de mim, este quebra-cabeça que vos escreve estar com peças faltando, outras danificadas para sempre e ainda as que se perderam por aí.

Existe uma boa notícia, eu juro.

Mas eu te conto só semana que vem.

*Juçara Menezes é líder suprema dos Sith manauaras, jornalista, assessora de comunicação, ex-colega de trabalho, colaboradora deste site e a comunicadora que me treinou nas artes da escrita, há 10 anos. 

HOJE a produtora Vila do Rock realiza Open Bar das Galáxias – Matéria da @cellenunes sobre a festa da @VilaDoRock

Por Marcelle Nunes

A festa será comandada pelas djs YAS e AnaGato, e as bandas Calisto, Loveplay e Liverpool. Cada show terá duração de uma hora, regados com fornecimento ininterrupto de bebidas desde as 23:00hs.

A proposta da Vila do Rock é fornecer entretenimento alternativo para os fãs do Rock And Roll em todas as suas dimensões e variados estilos. A produtora nasceu em 2011, e desde então, vem conquistando mais fãs para seus eventos.

Segundo Manuh Coutinho, fundadora da produtora, a Vila do Rock apresenta os diversos estilos dentro desse gênero musical, assim como tem diversos grupos de pessoas , associando isso a uma vila de pessoas/ moradores, com gostos e costumes diferentes vivendo em harmonia.

“A prática dessa ideia foi executada em todas as festas da produtora, pois a Vila do Rock opta sempre por colocar bandas de estilos diferentes em um mesmo evento”, explica.

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O Open Bar das Galáxias vai acontecer na boate Seven, em Macapá. A organização garante 5 horas de festa segura e com o melhor da música nesse segmento.

Serviço:

Open Bar das Galáxias
Data: 20/04/2017
Hora: a partir das 23h
Local: Seven Music
Endereço: Av Hildemar Maia, 568
Posto de venda: Loja do Underground no Villa Nova Shopping (cartão e dinheiro) e nas sorveterias Santa Clara (matriz e gelateria somente no dinheiro)

Fonte: Jornal A Gazeta

De amor e tanto faz – Por @Cortezolli

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Numa noite dessas, carente de um tipo específico de entretenimento, achei no meu HD o filme A Teoria de Tudo, ou se preferir em inglês The Theory of Everything. Como não pretendo fazer resenha do filme, vou me ater ao fato de ter assistido e chorado copiosamente…

Você já deve ter ouvido falar de Steve Hawking, da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) que o acometeu nos tempos de faculdade e que isso não o impediu de ser quem é e, principalmente em Buracos de minhoca ou Wormhole. Ah, não? Não tem nenhuma referência sobre o assunto? Eis uma breve explicação, Hawking é um físico teórico, cosmólogo britânico e um dos mais consagrados cientistas da atualidade, Buracos de minhoca são atalhos hipotéticos pelo espaço-tempo, conhecidos como pontes de Eistein-Rosen, grosseiramente falando, seria um meio de viajar no tempo.

De volta ao meu universo particular, lembrei do filme apenas para sublinhar que apesar de ser um drama-romântico, nos alfineta em dois pontos:

1- Amar vai além de querer ficar com alguém para o resto de nossas “nada-mole” vidas;

2- Existe um propósito na vida para todo mundo, que supera a linha tênue de “crescei e multiplicai-vos”.

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Assim, se as coisas não saíram como você esperava, não se desespere, podia ser diferente, mas não necessariamente, melhor. Então, relaxa! Tá difícil ficar sozinho e feliz, calma isso passa, é como tempestades de olhos castanhos ou temporais que não duram para sempre.

É óbvio que não disponho de respostas prontinhas, redondinhas, mastigáveis, afinal, Nietzsche em Além do Bem e do Mal, descreve o filósofo como “um homem que vive, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente com coisas extraordinárias, que fica surpreso com suas próprias ideias como se viessem de fora, do alto e debaixo, como por uma espécie de acontecimentos e de raios de trovão que só ele pode sofrer…”, e eu não fujo a regra, apensar de não ser filósofa por formação, mas me atrevo a dizer que somos todos filósofos porque fil é amor pelo saber, investigar o mundo real no âmbito das relações entre teoria e prática de concepções e pensamentos.

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Deste modo, sentir solidão é gostoso né?! Se ainda não é, um dia será. Porque sozinhos nos conhecemos melhor, nos levamos para passear ou ficamos jogados na cama, nos alimentamos com o que tiver na dispensa, podemos fazer nada e tudo bem. Damos-nos mais atenção, respeitamos nossos limites ou rompemos nossas próprias barreiras, vestimos o que for confortável e tanto faz.

Somos esse montinho de retalhos e que ficamos bonitos em conformidade com a decoração, e já notou a palavra decoração? De coração para outra oportunidade!

Hellen Cortezolli

Nesta madrugada rola chuva de estrelas cadentes: 10 DICAS do De Rocha para observar o fenômeno

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Foto: Geminidas Pendleton/ Thomas W. Earle

Por Juçara Menezes

Depois da Lua Azul, as estrelas cadentes estão chegando. É que em todo o mês de agosto pequenos pedaços de detritos do cometa Swift-Tuttle – ou chuva de meteoros Perseidas – caem aqui na Terra e nós meros mortais podemos observá-los a olho nu na região Norte e Nordeste.

Quem lembrou da chuva de meteoros de Pégasus? É quase isso: a chuva de Perseidas são assim chamadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseus.

Coincidências nerds à parte, os meteoros esquentam tanto o ar ao redor que podemos ver uma espécie de hadouken o feixe de luz característico quando chegam em nossa órbita. Ou seja, teremos uma verdadeira chuva de estrelas cadentes no céu.

E dá para ver esta maravilha também em Macapá. Entre hoje (12) e amanhã (13), é só dar uma olhada para cima e fazer uns pedidos básicos.

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Foto: Nasa

O site Blog De Rocha tem umas dicas para você aproveitar ao máximo esta oportunidade. Confira:

1) Procure um lugar com pouca luz. Só olhar para cima não te garante que a iluminação pública te ajude a enxergar.

2) Arrume uma cadeira reclinável. Man, você não vai aguentar ficar muito tempo com o pescoço virado para cima e ainda curtir a paisagem.Chuva-de-meteoros

3) Durma logo. O melhor horário para ver o fenômeno é a partir das 02h da manhã do dia 13 até a manhãzinha. Ou seja, vai acontecer quando a noite é escura e cheia de horrores. Se você tiver aula no dia seguinte ou tem de ir para a labuta, você pode fazer isso sem virar um zumbi.

4) Pegue um cobertor. Aí tu dizes: estes blogueiros não sabem de nada. Jovem padawan, nem toda a madrugada de Macapá é quente.

5) Se ficar na varanda, no quintal ou fora de casa, use repelente. Todos os carapanãs são Sith e ponto final.objeto2

6) Não esqueça a máquina fotográfica. É claro que o celular resolve, mas dificilmente você conseguirá uma captura excelente. Se você tem uma máquina digital, leve-a consigo no kit de Primeiros Socorros Para A Observação Das Estrelas Cadentes MN. Se não tem, use o smartphone para fazer um pequeno vídeo e manda pra gente!

7) Tenha logo em mente todos os pedidos a fazer. Seja rápido! A previsão é de haver 100 estrelas cadentes na ‘hora de pico’ do fenômeno, mas é sabido que a taxa média é de uma por minuto.

8) Este também é um excelente momento para tirar aquele seu aparelho observador (luneta, binóculo, etc) do armário e aproveitar intensamente. Não tem? Sem problemas. Por aqui estará bem visível.415-600x337

9) Assista sem medo. Geralmente as estrelas cadentes são do tamanho de grãos de areia e raramente atingem o solo. Nem todos os observadores devem morrer.

10) Tente tudo isso mesmo. Sério! A chuva irá coincidir com a ausência de luar, fenômeno que não acontece desde 2007 e favorece as condições de observação. Esta é a sua melhor oportunidade em anos-luz.

Juçara, que a Força sempre esteja com você. Feliz aniversário!

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Hoje é aniversário da vascaína, fã de Star Wars, nerd em tempo integral, esposa da Cláudia e mãe da Amanda, poetisa, jornalista, assessora de comunicação, ex colaboradora deste blog e broda deste blogueiro, Juçara Menezes.

Era julho de 2008, por falta de espaço físico dentro da Rede Amazônica local, o Portal Amazônia funcionava na redação da TV Amapá. Eu era o novato, sendo testado a cada texto para seguir trabalhando na página eletrônica. Na época, fui treinado, via Skype por Darth Vader, sim, pelo menos em uma versão virtual, de tão severos que eram os puxões de orelha pela internet, após a revisão dos escritos.

É, a Juçara Menezes tinha a hercúlea missão de repassar ensinamentos e eventuais broncas aos novos contratados do Portal Amazônia, espalhados em filiais pelo Norte do Brasil.

Vocês não têm ideia o quanto eu a detestava no início, mas no final das contas, tudo aquilo me fez melhorar como profissional e sou muito grato a Jú por causa disso.

Após o período de aprendizado, quando eu não dava mais trabalho a ela com relação a objetividade textual, leads, parágrafos de cinco linhas para a internet e todas as outras regras para webjornalismo (é por isso que gosto de blog, território livre e sem amarras textuais), Miau e eu conversávamos muito mais sobre nossas aventuras e desventuras do que o trampo.

Enfim, Juçara, que a Força sempre esteja com você. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Do bem? Nem tanto… (por @JucaraMenezesAM )

Por Juçara Menezes

Gosto dos do mal, admito. Eles são mais fascinantes, convenhamos, mas há também os anti-herois igualmente encantadores. Os caras fazem o que é certo, com a leve diferença de execução.

Wolverine é do bem, mas nem tanto. Em suas histórias em quadrinhos, ele simplesmente mata seus oponentes. Ora, existe melhor jeito para exterminar esta raça, acabando com o mal pela raiz?

O médico Gregory House, do seriado de mesmo nome, é o melhor profissional do mundo fictício. Ele não desiste até achar a cura das enfermidades de seus pacientes, sempre os tratando com ironia e seus subordinados como tal, além de ter uma paixão nada secreta pela diretora do hospital, com quem vive às turras.

Dexter Morgan apareceu na minha vida e veio para ficar. O oficial forense é um serial killer que segue um código: matar somente assassinos que por falha da justiça, estão a solta. É um rapaz que presta um bom serviço a comunidade, no fim das contas, ajudando a tirar o lixo. Queria como meu vizinho.

E o Poderoso Chefão? Minha frase predileta: “O homem que não tem tempo para a família não é um homem de verdade!”.Na contramão, também tenho tendências a crueldades e coisas afins, mas só em pensamento. Faço de tudo para não prejudicar os outros e morro de medo de ter uma arma. Sabe Deus o que poderia acontecer, num momento de fúria (se bem que na última vez que vi uma, quase tive um troço).

As definições de bem e mal acabam se confundindo com estes personagens. Acho ótimo porque eu não assisto TV para achar o sentido da vida, mas para ter distração e inflar a vontade secreta de fazer igualzinho…

Poema de agora: Nunca me chame pelo nome


Nunca me chame pelo nome
Nunca diga que me adora 
posto que não é verdade.
Quem ama vibra e se acode,
quem adora se mostra eternidade.
E se ao chover te faz lembrança,
rememora a vida que te apeteceu
Lembra de mim, pequena criança,
e me adora, assim como eu…
Porque do teu amor ainda sigo em riste,
porque teu quadril é o mais safado,
porque minha língua sempre insiste
para o teu prazer, até extasiado.
Já que teu amor nunca fui eu
pois sempre fui quem nunca desejastes,
segue em mim, vida minha,
e me faz tua eterna castidade.
Fez-me quatro o mínimo
Para em mim saciar-te
vem de polícia, minha querida,
e te deixo de amor beijar-te.

Darth J. Vader

Sem trajes e tarjas (por @Cortezolli)

Não é meu lado negro da força quem fala mais alto que a sensatez, mas há tempos não consigo ver o Batman com os mesmos olhos. 

Nem herói, nem bandido é só mais a personificação da maldade dos homens revestidas de pseudo-virtude. Da tentativa desastrada de fazer o bem a noite, enquanto que durante o dia mantém a fama e fomento de uma imagem fútil de bem sucedido “playboyzinho” que pensa ser mais esperto que os demais. 

Oh, pobre garoto rico! Não ignore sua história genuína de vítima das circunstâncias. Não convém um bem feito, jamais.

Quanto à loucura do Coringa, sinto em admirá-la, porque seus discursos inflamados são apenas para nos despir do que julgamos certo e camuflamos de religião e falso moralismo. Ninguém em sã consciência deixa o “seu” na reta, para amar o próximo. Pois, o próximo parece equidistante de nossas próprias necessidades, esta sempre imediatistas. Não fujo a regra, nem me escondo dela. Não me dê poder e pergunte o que faria aos que me feriaram. Sem mais…

Eis, uma lavagem cerebral que um roteiro foi capaz de fazer com minha frágil interpretação de universos restritos habitantes de uma mente sem nada de novo. 

Quem brinca com o imaginário de quem? 
Será um fetiche aquela roupa preta emborrachada que deixa amostra o contorno de músculos ocultos em um terno bem alinhado? Esbanjando saúde! Quanta maldade!

E, aquela cara pintada seria do caráter corrompido de quem cansou de se esforçar e sem sucesso continuou no mesmo lugar? Rosto pintado com o colorido que reage ao mundo que insiste em debochar com hostilidade? E quem debocha sem maldade? Eu não!
Então, dê-nos poder.

Hellen Cortezolli

Festa estranha… E, eu sem birita!

Os amigos que conquistamos ao longo da vida (aqueles que cabem nos dedos das mãos), não fazem ideia do quanto nos esforçamos para sermos dignos de tal título. 


Mais uma daquelas festas onde não conhecia ninguém, além do organizador para minha coleção, contudo, valeria o esforço de contribuir com minha presença, mesmo que fosse pra “encher linguiça”. Afinal, amizade de verdade tem que ser até debaixo d’água, no frio ou com pouca roupa, sabe como é?! 

Passava da meia noite e contando comigo havia oito pessoas, depois chegou mais gente (umas duzentas mulheres e meia dúzia de homens). Não é preciso dominar o conceito lacaniano, nem os preceitos de Freud para saber que eu não iria curtir e, isso não seria meu olhar pessimista a gritar com meu superego. 

Para piorar, antes de sair de casa, me automediquei contra uma dor de cabeça horrorosa, aliás, não sei por qual motivo ela resolveu aparecer justo naquela hora… Seria de bom alvitre que o álcool fosse descartado do conjunto: “Festa estranha com gente esquisita”. Não tô legal e pior ainda sem birita.
O que senti naquele processo de esperar o tempo passar sem uma gota de álcool… Sinônimo de fracasso não seria exagero. Resolvi combater a sensação de fobia social, com análises tão profundas quanto um pires às “modelos” e seus “trajes autênticos”. Lamento, mas não consegui deixar meu humor negro de lado.

O que aconteceu com o manequim 38? 

Para usar um vestido curto, drapeado e justo malho há pelo menos nove meses e ainda não acho que meu corpo esteja adequado. Aposto que foi a mãe dessa garota que comprou esse vestido, que ela por sua vez, vestiu no escuro. Só pode. Não é feio ter mais o que mostrar, pelo contrário as  plus size estão em voga. O problema é excesso de “sem noção”, rs. Não é porque a roupa entrou, que ela serve. 

Lógico que isso não é importante, porque o visual “causando” é tudo na pista, depois do estilo “Suélem” de ser os “mino pira cas mina fantasiada de piriguete”. Tudo isso porque no bailinho, matinê, mingau continua: Meninos para um lado e meninas para outro e a velha dança do acasalamento. 
Acho que o ursinho assim como eu, também não sabe dançar. (Rs).

Hellen Cortezolli

O bom lado da Força no trabalho


Algumas manhãs no trabalho são especialmente calorosas. Adoro as segundas porque volto a me encontrar com meus queridos colegas jornalistas, os quais devoto muito respeito e certa paciência.

Respeito, pois sei que se trata de profissionais, com diploma ou não, mas que amam seu trabalho e fazem de tudo para sempre melhorar. Paciência, pois nem sempre somos reconhecidos, sequer elogiados, por superiores.

Mas esta semana me fez pensar um pouquinho. Meu chefe não se sentiu bem na terça-feira e foi embora no meio do expediente. Entende-se por meio do expediente justamente o meu horário de saída. Como não somos muitos e há trocentas coisas a fazer todo dia, resolvi ficar um pouco mais para ajudar.

E por que alguém faria isso, se vai ter mais trabalho, nenhum elogio e sequer uma folga? Porque o lado bom da Força está em usá-la quando necessário, por um bem maior – às vezes até acima do seu próprio.

Meu chefe continua doente e ainda está sem data para retornar. E eu continuo indo trabalhar sem hora para voltar (ui! Até rimou!).

‘Nós não fazemos ideia de como vamos suportar… e então percebemos que somos mais fortes que isso’.

Darth J. Vader

Você é o que você come


O homem para de fato ser reconhecido como tal, além de precisar honrar com a palavra (fator em falta no mercado) e seus culhões, necessita deter conhecimentos extras.

Se em terra de cego, quem tem olho é rei… Os “exemplares” que tiverem o paladar mais apurado, provarão dos mais diversos sabores.

Em tempos de mulheres-frutas outras “iguarias” precisam ser apreciadas com sapiência ou pelo menos com atenção para distinguir cada “prato”. O “comer” deveria ser mais bem saboreado, de repente até ser transformado em religião. Contudo, há alguns tipos bem comuns: 

1.- Mulher aperitivo – o cara pode até comer a noite inteira, desde que acompanhada de muita cerveja.

2.- Mulher sanduíche – o cara come, mas, não se satisfaz.

3.- Mulher mortadela – pode comer no carro, convidar os amigos e as namoradas dos amigos ainda a idolatram, sem cogitarem que compartilham com ela bem mais que fotos de festas.

4.- Mulher arroz com feijão, o cara come todos os dias, se não enjoar, se acostuma e acredita ser o melhor apreciador do prato mais comum da culinária brasileira.

5.- Mulher sem tempero, a cara até parece boa e depois do cara comer com os olhos, quando finalmente prova, perde a vontade de continuar comendo.

6.- Mulher caviar – o cara não pode bancar, não sabe apreciar, acaba sem aprender a comer. E sai pedindo por mortadela.

7.- Mulher gostosa – o cara não sabe usar os talheres, se atrapalha, não come e pelo resto da vida sai sem saber que gosto tem, mas jura que já que todas são iguais.

É claro que é válida a hipótese dos tipos se misturem, mas vale do conhecimento adquirido pelo homem a afirmativa de “você é o que você come”. Pensar de um jeito cafajeste até que é bem divertido. 

Hellen Cortezolli

A história nada louca do dia 30…


Estava eu novamente mexendo na Wikipédia, a nova mãe dos burros, quando resolvi dar uma olhada no que aconteceu no dia 30 de junho na História.

Resumidamente, apresentaram a Bandeira de Portugal, nasceu o Mike Tyson e o Ralf Schumacher e na mesma data morreu o médium Chico Xavier.

O que mais chamou a atenção mesmo foi que a Seleção Brasileira de Futebol venceu a Copa, em 2002, e sagrou-se a primeira Pentacampeã do mundo.

É engraçado como tudo se encaixa: estamos a um dia do final da Eurocopa, loucos para assistir Itália e Espanha e completamente desacreditados na seleção canarinho.

Também pudera. Nosso maior ópio foi jogada às traças e acredito que nem os urubus ficaram muito afim da carniça. Ou alguém ainda acredita na Seleção?

Cara, num sei dizer quando começou, mas o negócio anda muito feio para os representantes da camisa amarela (e que horror de blusa!). Se Deus é brasileiro, deve ter tirado férias e colocado aquela mala sem alça e sem rodinhas para dirigir (mal) os meninos do Brasil.

De quem é a culpa? Sei lá… só sei que a nossa seleção vai levar uma peia daquelas em 2014… e vai ser muito bem feito!

Ou você acha mesmo que o Brasil passa por qualquer um desses times da Eurocopa? Tolinho…

Darth J.Vader

Quando um famoso se vai…(este texto não é recomendado para pessoas sensíveis)


Por hipótese, essa conversa aconteceria numa sexta-feira, nas noites quentes de Macapá, na companhia do Eltão e sua amada Érika. 

O local ideal escolhido: o restaurante Lamarú, regado a muito camarão no bafo e umas brejas estupidamente geladas.  Ôh, Saudade! Tá, tudo bem! No meu copo o mosquito da dengue optaria até por dar as caras, mas o importante é divagar. Realizou?

Poderíamos destacar o quanto as pessoas se comovem quando alguém morre. A morte é um tema polêmico, porque a aceitação depende em quê se acredita. Já disse isso e não me canso, creio em muita coisa e duvido de tudo. Nesse aspecto muito mais da sinceridade das pessoas.  

Nossa! fulano morreu” – “Os bons morrem antes” – “Carava, véi… morreu”!

Então, você imagina logo: “Aposto que a música dessa cantora embalou momentos inesquecíveis dessas pessoas”.  Contudo, tem gente que nasceu para lamentar, a velha máxima de não poder ver um defunto sem chorar. 

Ninguém curtia o cara, detestava as músicas velhas da cantora x, mas “sacomé” morreu né?!  Bora chorar faz parte do protocolo de “ser humano”.

Vamos twittar geral, compartilhar as fotos no “face” e fazer o download direto no 4shared, para ouvir os sons no mp3, de preferência todas as noites. 

Essa prática não é atual. Os grandes pintores vendiam quadros superfaturados depois de mortos, convenhamos em vida, ninguém era rico na idade média, muito menos um bom partido pintando quadros.

Voltando ao cenário construído hipoteticamente e do qual sinto muitas saudades, o nosso humor negro (do Eltão e meu) estaria naturalmente aflorado, a Érika iria equilibrar para não ficarmos tanto no lado negro da força. Mas, as risadas, essas não dariam para evitar.

Não vou ser tão cruel e afirmar que é pura hipocrisia, às vezes as pessoas ignoram que são superficiais e entram na onda. Afinal, filantropia nunca sai da moda, assim como usar uma auréola para combinar com o look angelical. As sucubus que o digam!

Hellen Cortezolli