Manaus tem cozinha, mas e a copa?

                                                                             Por Darth J.Vader
Ai, Manaus, Manaus… minha linda cidade… seu Encontro das Águas é inspiração para os poetas… seu Teatro Amazonas é exemplo de uma áurea época… seu Centro é um lixão a céu aberto… seus rios são banhados por latinhas vazias… sua única praia está fechada para reformas… sua internet é a mais cara do Brasil… e a pior também! Ai Manaus, minha Manaus…

Minha terra dos guerreiros manaós! Única a lutar contra os portugueses invasores! A resistir a tal ponto que há duas versões sobre a morte de nosso grande herói Ajuricaba! Sem nenhuma punição digna até hoje… nem feriado o cara tem!

Minha Manaus, a capital verde! Que será sede do futebol da Terra! Que venceu o vizinho Pará nesse quesito! Fez festa, alardeou aos quatro ventos, brincou de apogeu e agora roi unhas, dedos, na vivência da agonia!

E a copa, que nos trará o monotrilho (será?)! Um transporte decente para nós, sardinhas! E a ponte que nunca sai, inspirada no Kwuai! E o camelódromo, oh vida!, morreu sem começar!

A ilha que dá frutos gloriosos! Teus risonhos lindos campos tem mais sabores! Vossos bosques ressuscitam a vida e morrem rente à bandalheira galerosa! Tem tucumã, tem peixe grande, peixe pequeno, tem até tartaruga em extinção!

Sabe Deus o que dará agora. Na cozinha estamos bem, mas o que será na copa, o que será?

A paixão nada secreta pelo Cebolinha

                                                                                              Por Darth J.Vader

Estou muito feliz com o que vi: criei um marcador neste blog, o Lado Negro da Força! Pois bem, agora que me sinto melhor do que o de costume vou começar uma série sobre as qualidades do Dark Side e aproveitar, neste post, para continuar a explicar meu perfil.

Como todos sabem, os jornalistas são pessoas nerds desde a época em que o termo se chamava CDF. Já lendo os primeiros livrinhos e revistinhas, os futuros repórteres que querem salvar a nação – mas sabem que isso é impossível, já que não conseguem sequer salvar o próprio salário até o fim do mês – têm consciência que as coisas, por mais que se tente, nem sempre saem como o planejado.

São os chamados Planos Infalíveis, como os arquitetados pelo nosso amigo Cebolinha. Também de conhecimento de todos, as mirabolantes idéias para ser o “Dono da Lua” nunca funcionaram (vide todos os desfechos desagradáveis para o nosso herói).

Acontece, porém, que é preciso entender os motivos para tamanha derrota. O Cascão, amigo de todas as horas, é o principal responsável pelas derrocadas do cinco fIos. Não que faça de propósito, mas é ele quem acaba se embaralhando todo, pois a coisa é tão genial quanto complicada.

E daí que eu me apaixonei pelo garoto de sete anos que anda calçado e fala “ellado” porque sim! Sempre foi o mais inteligente! Até Ferris Builler (de Curtindo a vida adoidado) já declarou: “Só os burros são apanhados, os espertos sobrevivem!”

Os planos, é claro, fazem parte do desejo incontrolável e gritante de poder. Poder sair da “dominação” da Mônica através de seu cetro, um coelho azul, e fazer o que bem entender com a pelúcia, seu principal desafeto.

Como não me apaixonar pelo Lado Negro da Força de uma criança quase ingênua?

Pelo desejo de ser o melhor, mesmo que seja na rua do bairro do Limoeiro?

Esse desejo todo de ser melhor ou maior é culpa de um sentimento de inferioridade advindo desde a infância, desde a primeira percepção que, não importa o que fizesse, os outros dois irmãos sempre foram superiores, em tudo. Não a toa demorei duas décadas para me arrepender de ter ido à forra com os carrinhos e por, até hoje, prometer repô-los e nunca fazê-lo.

Aliás, quer saber? Eu nunca vou comprar os carrinhos. Foi a primeira vez que o fiz chorar para se arrepender de tudo que fez e a vingança maligna é uma sensação eterna de superioridade, pois nada mais pode ser feito. Nem mil carrinhos raros irão repor aquela data!! kkkkkk!!

O Lado Negro da Força não tem preconceito com idade! Já falei da minha, agora me conta: qual sua maldade de infância?

E a caçula foi à forra

                                                                                     Por Darth J. Vader

Dizem que os caçulas são mais mimados porque têm maior atenção dos pais. O que não se fala muito é que os mais velhos se aproveitam dos caçulas em várias ocasiões. Tenho dois irmãos que nasceram antes, a Liz e o Apoena (sim, é um homem). Acontece que a Liz é uma mocinha desde criança e nunca me fez mal, até porque foi pra Minas muito cedo e convivemos pouco desde então. Só nos resta o Poc.

Seis anos mais velho do que eu, o Poc aproveitou bastante o fato de ter uma pequena irmã por perto. Ele mandava pegar água, e dizia: “vão, escravinhas, vão fazer tal coisa para mim”. Certa vez, respondi “não sou sua escrava!” e ele falou alto e em bom tom: “Eita! Essa daí já sabe da Lei Áurea”.

Também lembro que ele nunca se servia e, no almoço, Poc encrencava comigo só para ter o prazer de ver a mamãe ralhando com esta que vos escreve.

Um dia, é claro, me revoltei. Poc tinha uma coleção invejável de carrinhos importados, minha conta vai até 45 e, por não serem fabricados no Brasil, o valor era exorbitante. Por isso mesmo, ele tinha um amor quase incondicional aos benditos. Apesar de ter os meus, os brinquedos dele eram um pouco mais interessantes.
 

Pedi pra brincar com os carrinhos dele lá fora e, depois de um tempo, ele brigou comigo por alguma coisa que agora não lembro. Revoltada com aquela ditadura de anos a fio (eu já tinha seis anos!!), resolvi deixar os benditos lá fora mesmo, e fui dormir.

Pela manhã, cadê os carrinhos? E o drama pairou na casa dos Menezes.

Poc chorava copiosamente e eu ria por dentro. Ele ficou deprimido, ficou muito gripado e até pro hospital tivemos que levar no dia seguinte. E a caçula foi à forra.

Sabe quando me arrependi? Quase 20 anos depois. Hoje, sempre prometo para mim que irei repor a coleção, mas também adio todos os anos, até porque não dá para comprar aquela mesma marca, que não existe mais. Nem aquele tal de Hot Whells chega aos pés daqueles carrinhos. Sem falar no custo disso, relativamente alto.

Por enquanto, me delicio em saber que minha vingança foi maligna.

Darth Vader, meu herói

                                                                                       Por Darth J. Vader

 

Fui informada por meu Lord Skywalker Elton Tavares que os textos estão sendo bem recebidos e que houve elogios ao meu perfil. Fiquei encantada em saber disso e desde já agradeço publicamente a todos.

Com base nessa informação, e querendo manter dois posts por dia, dissertarei sobre alguns detalhes descritos ali do lado, a começar pelo alter ego Darth J. Vader.

Como é de conhecimento de muitos, Darth Vader é rei do Lado Negro da Força. Criado pelo cineasta americano George Lucas, um dos vilões mais amados do cinema fica em voga permanentemente, pois toda semana alguém lembra de suas maldades ou ele aparece por aí, seja em eventos do gênero Geek, seja assaltando bancos nos Estados Unidos. Até reger orquestra o cara faz.

O Vader de Lucas não é exatamente um vilão e sim um homem que não se curva fácil à vontade alheia. Ele não é muito diferente da Princesa Léia ou de Mestre Yoda, ambos sempre tentando evitar a ação dos Rebeldes. Ou melhor, impedir que sua opinião seja superada por outros, com a desculpa de “equilibrar” o Universo.

Tenho a impressão que o Lado Negro da Força foi criado somente por um motivo: para que haja o bem, tem que haver o mal, porque não há sombra sem luz. Lord Vader destaca-se por sua inteligência: é preciso toda a Confederação unida para vencê-lo, enquanto ele só queria dizer que havia outra filosofia de vida.

Além disso, convenhamos, Darth é cria dos guerreiros Jedi. Sua astúcia e perspicácia deveriam ser tema daquelas oficinas de liderança, tratado como exemplo de foco e persistência contra o sistema dominante. Ele foi derrotado por puro sentimentalismo já que tentava dar ao filho sua herança maior. Nada menos

O que você está esperando? Venha para o Lado Negro da Força!