Vídeo Poema de agora: Valsa Ingrata – Kassia Modesto

Vídeo Poema de agora: Valsa Ingrata – Kassia Modesto

Participação especial.: @cami__ante e @thonny_barbosa
Registro.: @ingrid.rayanasl
Edição.: @camillyverass
Direção de Arte e Cenografia.: @bladajubson
Locação.: @vinhos_e_co_
Produção.: @acessacult.producao
Parceiro de divulgação.: @elton.mtavares

Vídeo Poema de agora: Poesia Torta – Kassia Modesto

Vídeo Poema de agora: Poesia Torta – Kassia Modesto

Ficha técnica
Poesia Autoral – “Poesia Torta”
Participação Especial.: Cami Ante e Anthony Barbosa
Registro.: Ingrid Ranna
Edição.: Camilly Veras
Direção de Arte e Cenografia.: Jubson Blada
Locação.: Vinhos e Co
Produção.: Acessa Cult Produções

Nesta sexta-feira (25), escritor Marven Junius Franklin lança o livro “O pequeno admirador de marés”

Marven Junius Franklin

Nesta sexta-feira (25), no município de Tartarugalzinho, escritor Marven Junius Franklin lança o livro “O pequeno admirador de marés”. Leia sobre a a obra:

O PEQUENO ADMIRADOR DE MARÉS

O escritor Marven Junius Franklin, lança no dia 25 de agosto o livro “O PEQUENO ADMIRADOR DE MARÉS”, na praça Saturnino dos Santos em Tartarugalzinho. Marven, que recentemente foi homenageado pela Academia Amapaense de Letras (AAL) com o Prêmio de Destaque da Literatura Amapaense nas comemorações dos 70 anos dessa entidade e finalista do Prêmio Off Flip de Literatura /2023, um dos prêmios mais importantes da literatura brasileira, apresenta sua primeira obra voltado ao público infanto-juvenil.

Um livro repleto de cenas do cotidiano e questões sociais, marcas indeléveis no trabalho desse observador do cotidiano nortista – uma das grandes revelações da literatura produzida na Amazônia. O escritor, residindo a cerca 230 km de Macapá é professor da rede pública de ensino. Marven Junius Franklin é um ativista da literatura no Extremo Norte brasileiro, seu livro Oiapoque (in blues), lançado em 2018 é um exemplo de militância, resistência e engajamento literário na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. Paraense, radicado a 20 anos no Amapá, o autor coleciona prêmios e homenagens importantes no universo literário local e nacional e já participou inúmeras coletâneas, publicações em sites e revistas de literatura.

O livro a ser lançado na próxima sexta é um “conto de fadas contemporâneo”, brinca o poeta, e conta o drama de um menino de Macapá, que durante o inverno amazônico presencia enchentes e destruições provocadas pela alta das marés na área ribeirinha do Aturiá, bairro pobre de Macapá.

O livro de Marven Junius Franklin é produto de incentivo da Lei Aldir Blanc, em edital contemplado junto com a produtora Duas Telas, e o lançamento tem apoio cultural da Prefeitura de Tartarugalzinho, Secretaria de Educação de Tartarugalzinho (SEMED) e Secretaria de Cultura do Amapá (SECULT).

Lançar o livro em Tartarugalzinho é uma forma de democratizar os lançamentos de livros no estado, promovendo o hábito da Leitura, além de incentivar a produção literária no interior do Amapá“. (Marven Junius Franklin)

Por Humberto Baia – Jornalista

Poetas amapaenses se reúnem pra festejar o Dia Estadual da Poesia

O Dia Estadual da Poesia é comemorado em 8 de agosto. A data foi instituída pela Lei nº 580, de 21/06/2000, em homenagem ao poeta, médico, professor e ex-prefeito de Macapá Alexandre Vaz Tavares, nascido na capital amapaense, em 1858. Consta que ele foi o primeiro poeta a escrever poemas sobre Macapá.

Para que a data não passe em branco, o Conselho Estadual de Políticas Públicas do Amapá, com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, realizará nesta quinta-feira, 24, um evento que reúne os poetas amapaenses em torno da poesia.

Pat Andrade, Carla Nobre, Júlio Miragaia, Bruno Muniz, Claudia Flor d’Maria e Lara Utzig, entre muitos outros, estarão presentes. Além de declamação, o evento terá ainda varal de poesia, venda de obras e produtos literários e uma pitada de música com Cássio Pontes e Marcelo Abreu.

O dia 24 – por coincidência – é a data de nascimento de Paulo Leminski e, para homenageá-lo, a poeta Pat Andrade fará uma pequena exposição ilustrada dos poemas do autor brasileiro, intitulada “Leminski, à margem”.

Serviço:

Poetas amapaenses se reúnem pra festejar o Dia Estadual da Poesia

Data: 24 de agosto de 2023
Hora: a partir das 15h
Local: Hall da UEAP – Universidade Estadual do Amapá (Av. Presidente Vargas, nº 650. Centro)
Entrada franca

Assessoria de comunicação

‘Quarta Lilás’ colore o novo Trapiche do Santa Inês com música, arte e debates no Mês do Orgulho LGBTQIAPN+

Celebrar a diversidade e, sobretudo, marcar a resistência das mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (LBTI) é a proposta da tradicional “Quarta Lilás” que faz parte da programação do Mês do Orgulho LGBTQIA+. O Governo do Amapá apoiou o evento, que reuniu música, poesia e debates na noite de quarta-feira, 23, no novo Trapiche do Santa Inês, na orla de Macapá.

“Este é um evento histórico dentro do movimento, principalmente para as mulheres, pois marca a resistência das mulheres LBTI, lembrando que nós estamos dentro de duas datas importantes para esse grupo, o Agosto Lilás e no Mês da Visibilidade Lésbica”, destacou Simone de Jesus, coordenadora do evento.

Realizada desde 2005, a Quarta Lilás é o primeiro evento realizado no trapiche. A ideia foi ampliar a participação de jovens em um ambiente aberto, e de fácil acesso ao público em geral.

“O fato dessa celebração ser a primeira que o Governo do Estado traz para o Trapiche do Santa Inês é muito significativa para a luta das mulheres. É a primeira vez também que a Quarta Lilás vem para um ambiente livre como esse. E nós escolhemos trazê-lo para cá, para incluir os jovens e outros públicos”, reforçou Simone.

Declamações de poesia do Coletivo Juremas e dos Poetas Azuis brindaram o público às margens do rio Amazonas. A noite seguiu com apresentações musicais dos artistas Ezau Silva, Brenda Zen, Sandra Lima e Michely Maycon.

“Eventos como esse são importantes para fortalecer nossa luta, pra sempre lembrar que, embora vivamos sob circunstâncias difíceis, nós somos pessoas felizes, isso aqui não é só uma questão de mostrar que tudo é difícil para nós, mas sim para celebrar a nossa existência”, disse a estudante de teatro, Margot Inajosa.

O evento assume a dimensão de manifestação social, política e cultural de reivindicação de reconhecimento de direitos e de conquista da inclusão social e do desenvolvimento humano, por meio da aceitação, do respeito e do sentimento de pertencimento”. A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) apoiou a programação com o fomento para os artistas.

“Somamos esforços junto a essas iniciativas que visam o empoderamento da comunidade LGBTQIA+ e a transformação social para uma sociedade realmente inclusiva”, reforça a secretária de Cultura do Amapá, Clicia Vieira Di Miceli.

O calendário do Mês do Orgulho LGBTQIAP+ segue com o apoio do Governo do Estado. No dia 1º de setembro será realizada a Virada Cultural e a Marcha LBTI. Já no dia 3, os principais eventos são a 23ª Marcha e Parada LGBTQIAP+, que ocorrerão no Complexo do Araxá e no anfiteatro da Fortaleza de São José de Macapá, respectivamente.

Promoção da Diversidade

Em junho deste ano, o Governo do Amapá instituiu a Comissão Especial de Promoção da Diversidade em um decreto assinado pelo governador Clécio Luis com o compromisso de atuar pela garantia dos direitos humanos e no combate à discriminação contra LGBTs.

Instituída na estrutura do Estado, a comissão vai assessorar as secretarias e autarquias na condução das políticas públicas que consolidam os direitos humanos, promovem a equidade e proteção da população LGBTQIA+.

O Estado mantém ainda o Núcleo de Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (Ama/LBTI) do Amapá, que existe há 2 anos e é ligado à Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPM).

Texto: Luan Rodrigues
Fotos: Aog Rocha
Secretaria de Estado da Comunicação – SECOM/GEA

Poema de agora: Faz de contas que sofremos juntos – Luiz Jorge Ferreira.

Faz de contas que sofremos juntos

Eu vou-me embora de você…sem que você acorde
Sem que a saudade volte a derrubar a colherzinha da xícara de café de cima da mesa.
Eu vou embora de você antes que a lagrima surja
…antes que na rua o cão inicie seu latir afônico…em busca de um tom mais baixo para enxotar as mariposas noturnas pousando sobre as rosas.

Eu desço as escadas sorrateiro…eu arrisco abrir um pouco as cortinas um pouquinho, para que a luz ultrapasse a negra cor que nos envolve, suavemente, e não lhe irrite as retinas…
Saio descalço para que não provoque qualquer som calçando o meu sapato de couro, que ganhei de presente, e guardei, esse ruído ficará ausente dos meus passos, e meus passos marcarão no piso o rumo que deixo quase apagado para que você imagine que são passos de retorno.
…não devo me descuidar do último degrau porquê ele range, e esse barulho ácido tira paz do barulho continuo do ventilador Arno.


…e é muito capaz do gato porcelana emitir das entranhas um ruído estranho de miados proparoxítonos.

…caminho na ponta dos dedos para que não pise na tua lixa de unha que colocas sempre debaixo da fronha a esquerda do seu rosto…e ela quando cai leva tuas digitais.. e a esquerda do travesseiro amassado, onde as vezes te ouço conversar com espelho dependurado a esguelha, eu com o dedo indicador peço silêncio ao seu reflexo no espelho, ele sorri, e eu saio.

Eu vou embora de você , antes que se aposse totalmente dos meus anseios, dos meus temores, dos meus odores, e dos meus pensamentos…
Exatamente o pedaço em mim, que tu hoje, mais ocupas, no meu dentro.

Luiz Jorge Ferreira.

Amor, louco, amor – Microconto Elton Tavares e Fernando Canto

Ao se verem pela primeira vez, ela o olhou e devaneou: “gostei desse doido”.

Por sua vez, ele, sem juízo, ajuizou: “curti essa maluca”.

E foram felizes para sempre no manicômio do Hospital das Clínicas. Fim.

Elton Tavares e Fernando Canto

Poema de agora: pelos olhos teus – Pat Andrade

pelos olhos teus

eu quase morri
às três da tarde
de um dia de agosto

quando encontrei
teus olhos rebeldes
perdidos pelas ruas vazias

abandonei meus sonhos
na primeira esquina
pra te seguir de longe

te vi espalhando delírios
e pendurando canções
nas janelas quebradas

vi as casas sorrirem para ti
e se vestirem de cores vivas
como se fossem dançar

vi o céu arrumar as nuvens
de um jeito diferente
pra tua foto imaginária

te ouvi tocar os sinos
na hora dourada do dia
fazendo vibrar os corações

te vi tragar o vento distraída
a contemplar o grande rio
engolindo a cidade lentamente

e como se nada mais houvesse
como se nada mais valesse
ou fizesse sentido

me vi perdido por ti
pelos teus passos alegres
e pelos teus olhos ancestrais

Pat Andrade

Unifap: programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento da Amazônia Sustentável promove evento aberto ao público com escritor Fernando Canto

O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento da Amazônia Sustentável (PPGDAS), da Universidade Federal do Amapá (Unifap), realiza um diálogo com o escritor Fernando Canto para receber os acadêmicos ingressantes de 2023. O evento, que visa promover um encontro entre acadêmicos, professores e o artista, ocorrerá às 18h no auditório do Departamento de Pós-graduação, campus universitário Marco Zero do Equador (Macapá-AP), e é aberto ao público. Para participar, basta comparecer ao local no horário informado.

Fernando Canto tem o título de Cidadão Amapaense e é presidente da Academia Amapaense de Letras (AAL). Além de servidor aposentado da Unifap, também é escritor, jornalista, compositor, cantor, músico, poeta, professor, sociólogo, cronista, contista e fundador do Grupo Pilão. Sua contribuição para a cultura e história amapaense inclui a publicação de 17 livros, composições musicais, ensaios teatrais, entre outros.

Segundo o Prof. Dr. Marco Chagas, coordenador do PPGDAS, a escolha do escritor para participar da recepção dos novos acadêmicos do Programa, além de uma honra, é um forma de valorizar o saber local, considerando a contribuição da arte de Fernando Canto para o desenvolvimento regional. Durante a conversa, serão abordados temas relacionados à cultura, à identidade e ao desenvolvimento do Amapá.

“Estamos convidando os alunos do PPGDAS que ingressaram em 2023, os nossos docentes e a comunidade acadêmica em geral que tenham interesse em ouvir as narrativas do Fernando a respeito do trabalho que ele desenvolve de pesquisa cultural, da nossa identidade. Vamos fazer uma relação com o tema desenvolvimento e vai ser um momento muito rico em saberes”, convida o Prof. Dr. Marcos Chagas.

Para Fernando Canto, que é egresso do PPGDAS, o diálogo promovido é importante para a vida dos amapaenses. Ele afirma que além de temas como memória e identidade, pretende abordar principalmente a questão da sustentabilidade na Amazônia, voltada para o desenvolvimento.

“[O diálogo] tem um significado especial que é de pensar sobre nossas coisas, refletir sobre elas e não há choque de gerações, há um interesse formalizado por todas as idades no sentido de uso das novas tecnologias, propostas, descobertas e possibilidades de desenvolvimento”, declara Fernando Canto.

Serviço:

Roda de conversa com escritor Fernando Canto
Data: 18/08/2023
Hora: 18h
Local: Auditório do Departamento de Pós-graduação (DPg), no campus universitário Marco Zero do Equador (Rod. Josmar Chaves Pinto, km 02, bairro: Universidade, Macapá-AP).
Entrada gratuita.

* Texto: Rafaela Cristina (Estagiária Assesp/Unifap)
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
[email protected]

Literatura: Unifap promove “Diálogo entre o escritor Fernando Canto e acadêmicos”

Nesta sexta-feira (18), a partir das 18h, no auditório do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Desenvolvimento da Amazônia (PPGDAS) da Universidade Federal do Amapá (Unifap), será ministrada uma Aula Magna para acadêmicos do PPGDAS. Durante o evento, será promovido um “Diálogo com Fernando Canto”, escritor, servidor Doutor aposentado da Unifap e presidente da Academia Amapaense de Letras (AAL). O objetivo do Colegiado é proporcionar aos acadêmicos um bate papo entre o literato estudantes e professores sobre Literatura e outros temas.

Mais sobre Fernando Canto

Fernando Pimentel Canto, natural de Óbidos (PA), é macapaense em seu coração há mais de meio século. O Tucuju “pegado de galho” desde os sete anos, tem o título de Cidadão Amapaense, é imortal membro da AAL, compositor, cantor, músico, jornalista, sociólogo, professor, poeta, contador de histórias, causos e estórias, contista e cronista brilhante, apreciador e incentivador de arte, ícone da cultura amapaense, escritor “imparável, incentivador de todas as vertentes artísticas e membro fundador do Grupo Pilão.

Com 17 livros publicados (de crônicas, poesia e contos); composições autorais e outras com grandes nomes da música amapaense; ensaios teatrais, entre outras incontáveis contribuições para a cultura e resgate histórico do Amapá, além de cargos importantes ao longo de sua carreira, Canto é um ardoroso partidário da causa cultural tucuju.

Este jornalista com o mestre e querido amigo, Fernando Canto.

Trata-se de um dos Mestres da Cultura amapaense, pois possui contribuições incalculáveis para a Literatura e para a Música amapaense, da Amazônia e do Brasil.

Mais sobre o PPGDAS

O Programa de Pós-Graduação Mestrado em Desenvolvimento da Amazônia (PPGDAS) foi criado em 2006, sendo o primeiro na área de ciências sociais aplicadas no Amapá. O Programa contribuiu para a expansão da pós-graduação no Estado, formando vários docentes que hoje estão à frente de outras pós-graduações, além de técnicos, pesquisadores e profissionais que protagonizam o debate sobre desenvolvimento da Amazônia e do Amapá.

Serviço:

Diálogo com Fernando Canto
Data: 18/08/2023 (nesta sexta-feira)
Local: auditório do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Desenvolvimento da Amazônia (PPGDAS) da Unifap.
Hora: 18h
Entrada: gratuita

Elton Tavares – Jornalista, escritor e editor deste site. 

Expo Favela Innovation Amapá 2023 é sucesso de público

O Amapá se fez presente na maior feira de negócios do mundo voltada para o empreendorismo de periferias, durante a Expo Favela Innovation 2023, que aconteceu no último fim de semana, em Macapá. O estado é o único do Norte a promover o evento, com a missão de unir favela e o asfalto, afim de promover conexão com investidores, visando à conquista de patrocínio e alavancar sonhos.

Mais dez mil pessoas circularam pela Expo Favela Amapá 2023, durante os dois sias de evento, segundo a Central Única das Favelas Amapá (CUFA-AP), organizadora da feira, que aconteceu no Garden Shopping. 40 expositores e dezenas de outros empreendedores locais, entre artesãos, escritores, músicos e artistas mostraram aos visitantes a potência produtiva e criativa nascidas nas periferias amapaenses.

Além da exibição dos negócios de periferias, o público também participou de palestras, debates e rodas de conversas sobre antirracismo, meio ambiente, vida nas favelas e o papel das mulheres pretas no mundo dos negócios. No espaço Favela Literária, os visitantes foram presenteados com saraus, contação de histórias, livros e ainda do lançamento de várias obras de artistas locais e de outros estados, de autores como Patrícia Andrade, Fernando Canto e o cearense Preto Zezé, membro da CUFA Nacional, investidor, artista e produtor musical.

Os dez empreendedores selecionados para a etapa nacional, que acontecerá em São Paulo, em dezembro, destacaram-se pela criatividade, inovação, ousadia, história e perseverança. Foram mulheres, jovens e idosos, todos disputando, de forma saudável, porém, acirrada, a vaga para apresentar suas ideias de negócio aos investidores de tudo o mundo, que estarão presentes na capital paulista.

Os 10 EMPREENDIMENTOS SELECINADOS

Adna Batista, com Selvage Bartender
Arlete Leal – Sementes do Araguari
Samanta Santos – Artesanato Quilombola
Luciana Mota – Lu Mota Artesanato.
Maraiza Moraes – Maraiza Cachos
Gleid Moraes – Selvática.
Reginaldo Moraes – Origens.
Raullyan Barbosa – Casa do Empreendedor.
Michael Moraes – Mazodan
Francisco Soares – Café do Lago

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

Para os demais expositores, participar da Expo Favela Innovation Amapá 2023 foi uma oportunidade gigantesca para fechar negócios, apresentar aos visitantes os valores e os conceitos de seus empreendimentos e gerar conexões. “O conceito é justamente esse: dar visibilidade aos negócios pensado, produzidos e desenvolvidos em nossas periferias. Como diz o nosso lema, ‘favela não é carência, é potência’ e, certamente, mostramos nesses dois dias todo o potencial criativo de nossas favelas”, considera Alzira Nogueira, presidente da CUFA-AP.

A empreendedora Larissa, da Marisol Floricultura, saiu do evento com outros encontros agendados. “Foi uma grande experiência, principalmente por eu ser tímida, mas consegui fazer minha apresentação e mostrar meu negócio, que amo fazer. Tive muitas oportunidades aqui, fiquei muito orgulhosa de estar entre os 40 classificados para a Expo Favela Amapá”, destacou. A CUFA-AP recebeu ao todo 300 inscrições de empreendedores interessados em participar da edição estadual.

A Expo Favela Amapá é uma realização do grupo Favela Holding e CUFA-AP, e contou com o apoio do Governo do Estado e de toda uma rede de parceiros interessados em fazer a diferença, como o Sebrae, Secult, Assembleia Legislativa do Amapá, CEA & CSA Equatorial, Ministério Público, Prefeitura de Macapá, Anistia Internacional, Agência Nagib, Amapá Garden Shopping, Duas Telas Produtora Cultural e Rede amazônica.

Somos gratas aos parceiros que acreditaram e oportunizaram essa feira, dando credibilidade e, principalmente, investindo no empreendedorismo da periferia, da favela, das comunidades marginalizadas e que produzem e fazem a economia girar, aqui e em todo o Brasil”, celebrou a presidente nacional da CUFA, Kalyne Lima.

Fotos: Aog Rocha/GEA
Assessoria de comunicação da Expo Favela Innovation Amapá

Editora da Unifap publica livro digital sobre cibernética

Relações sociais, culturais e políticas fazem parte da vida em sociedade e sofrem constantes mudanças em suas formas, principalmente após a popularização da internet e a disseminação dos meios de comunicação virtuais. A presença de máquinas e do ciberespaço se tornou parte da vida social a ponto de ser comum confundir o real e o virtual. A Cibernética, por exemplo, é comumente relacionada ao meio virtual e às máquinas, mas é um conceito que antecede a chegada deles. Então como ela surgiu e o que é exatamente?

A resposta para esta e outras curiosidades a respeito da Cibernética está disponível no mais recente lançamento da Editora da Unifap, o livro digital ‘Introdução à Cibernética’, do Prof. Dr. Ivan Carlo Andrade de Oliveira. O e-book, como são conhecidos os livros digitais, pode ser baixado gratuitamente no link https://www2.unifap.br/editora/files/2023/08/introducao-a-cibernetica.pdf e aborda o conceito e a complexa relação da Cibernética com os mais variados campos de conhecimento e seu papel fundamental na correção de processos de comunicação entre eles, além da compreensão das relações entre homem, natureza e máquinas.

Segundo o Prof. Dr. Ivan Carlo Andrade de Oliveira, a maioria das pessoas associa cibernética com informática e computadores, quando na verdade sua principal característica seria avaliar tudo como processos de comunicação.

“A guerra é um processo de comunicação, uma empresa é um processo de comunicação, a psicologia… A neurose, por exemplo, nasce de um processo de comunicação problemático”, explica o Prof. Dr. Ivan Carlo de Oliveira.

O docente conta que a inspiração para escrever o livro veio após muitos estudos a partir do teórico Isaac Epstein, considerado o pai da cibernética no Brasil, e sua larga experiência com o tema. Ele afirma que o livro surgiu da tentativa de explicar para as pessoas o que é a cibernética e aplicação dela em várias áreas.

Sobre o autor

Ivan Carlo de Andrade é doutor em Arte e Cultura Visual, Imortal da Academia Amapaense de Letras e professor do curso de Jornalismo da Unifap. Ele escreve livros e roteiros de quadrinhos desde 1989, com o pseudônimo de Gian Danton. Com um texto leve e de fácil compreensão, sua obra “Introdução à Cibernética” transmite nas entrelinhas seu objetivo de vida enquanto autor: difundir conhecimento e compartilhar suas experiências.

“Eu nunca escrevi pra ganhar dinheiro, eu escrevo para socializar conhecimento, para que mais pessoas tenham acesso ao conhecimento. Para mim é infinitamente melhor se eu puder disponibilizar gratuitamente, então o e-book é muito interessante nesse sentido, porque permite que eu possa disponibilizar gratuitamente para que mais pessoas possam ter acesso”, finaliza.

Texto: Rafaela Cristina (Estagiária Assesp/Unifap)
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
[email protected]

Poesia de agora: IMPRESSIONISMO – Patrícia Andrade

IMPRESSIONISMO

penso que agora
me encanto mais com o céu
olho ainda mais
para as árvores e flores
sinto cada vez mais
a intensa noite
e consigo ver melhor
o brilho das estrelas

absorvo luzes e tons
capto cores e matizes
e começo a perceber
que desvendar Van Gogh
é cortar a própria orelha

Patrícia Andrade

A maça e as escolhas – (crônica porreta de Dia dos Pais do Fernando Canto)

Por Fernando Canto

A primeira vez que comi maçã devia ter uns doze anos. Até então só ouvira falar dela pelos relatos bíblicos ou através de revistas que a mim chegavam eventualmente na escola ou na Biblioteca Pública. Lembro como se fosse hoje minha mãe repartindo a fruta que meu pai trouxe da sorveteria onde trabalhava à noite, após dura jornada de trabalho como funcionário público. Não sei como, mas ela a cortava em sete pedaços, pois esse era o número de filhos que os dois tinham, todos ainda crianças. E ainda hoje cada um deles certamente guarda em sua memória o gosto e o cheiro da maçã como a lembrança do amor que nossos pais nutriam por nós enquanto viveram.

Simbolicamente a maçã representa o fruto da Árvore da Vida ou da Árvore do Conhecimento do bem do mal: conhecimento unificador que confere a imortalidade, ou conhecimento desagregador, que provoca a queda. Mas há inúmeras interpretações. Aquela, por exemplo, em que cortada em dois, no sentido perpendicular, se encontra um pentagrama desenhado e por isso representa o saber; e aquela que simboliza a eterna juventude.

Para Paul Diel (1966) ela significa os desejos terrestres. “A proibição de Jeová alertava o homem contra a predominância desses desejos, que o levavam rumo a uma vida materialista, por uma espécie de regressão, opostamente à vida espiritualizada, que é o sentido de uma evolução progressiva”. O autor diz ainda que “A advertência divina dá a conhecer ao homem essas duas direções e o faz optar entre a via dos desejos terrestres e a da espiritualidade. A maçã seria o símbolo desse conhecimento e a colocação de uma necessidade: a de escolher”.

Na verdade todos nós escolhemos. No dia-a-dia decidimos o que queremos e o que não queremos face às maçãs dos desejos e estímulos que a serpente mídia nos oferece desde que acordamos até a hora de dormir. Se não escolhermos alguém decide por nós, num processo repentino de acomodação que concordamos pelo cansaço.

Não caberia só isso na simbologia da maçã: ela está mesmo ligada á ambição, à desobediência, à astúcia do mal e à expulsão do paraíso, sem contar que a história de Adão e Eva serviu para estigmatizar na humanidade o mito da mulher curiosa e traidora.

Ser expulso do Éden significa percorrer caminhos tortuosos, o resultado da escolha de comer a fruta da Árvore da Vida ou do Conhecimento do bem e do mal. Significa também experimentar o outro lado da liberdade, aquela em que o sofrimento e o trabalho de se sustentar é o produto da dignidade humana, da obrigação de suar para merecer a comida e o sono. Quer dizer também que uma escolha dessas possibilita fazer a diferença entre os indivíduos, que vivem em sociedade, mas competem; se matam e sobrevivem. Fazem sua história e propõem novas escolhas, porém sempre lembrando suas origens, aquelas que formam identidades.

A imagem de um anjo munido de uma espada expulsando nossos avôs primordiais trajando folhas de parreira do Jardim do Éden, não só é o símbolo do abandono como a lembrança de que nós muitas vezes nos expulsamos interiormente quando achamos que erramos em nossas escolhas. É possível que essas escolhas, pelas quais optamos na vida, se deem em razão de múltiplas oportunidades que nos chegam e nos “oprimem”. Optar às vezes pelos “desejos terrestres” ao invés da espiritualidade me parece ser necessário, embora tenhamos que buscar na essência das coisas, algo de deidade, algo que transcenda e nos faça pensar e acreditar que somos mais que isso.

Fico a pensar que quando meu pai levou a fruta do pecado para conhecermos não foi só um ato de amor corroborado por minha mãe. Foi, talvez, uma metáfora da escolha que teríamos de fazer pela vida. Não apenas entre matéria e espírito, mas entre ser ou não ser, o que chamamos hoje de bons ou maus cidadãos. Obrigado, pai.